De Repente Um Conto De Fadas escrita por Rosyta Alonso


Capítulo 1
Capitulo 23 e 24


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura



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Demorei a pegar no sono naquela noite, em parte por que o German não saia da
minha cabeça — ainda sentia meu corpo se arrepiar apenas com a lembrança do cheiro de sua pele e em parte porque não tinha tomado banho. Fiz uso da água do jarro para lavar apenas o essencial e mais nada. Custei a dormir. Entretanto, meu sonho foi muito real naquela noite. O German e eu estávamos em casa — na minha casa. Ele sentado no sofá e eu deitada, minha cabeça em seu colo. Conversamos sobre coisas banais e sua mão brincava em meus cabelos. Uma música suave coloria a cena. Foi tudo tão real que eu podia dizer até o nome da música que ouvi em meu sonho.
Acordei cedo outra vez, não sei se devido ao sonho estranho ou se pelo incômodo. Mas, já que estava desperta e o sol havia nascido, decidi sair da cama. Juntei os apetrechos de banho e minhas roupas — minha saia e regata — e saí sorrateiramente.
Não encontrei ninguém na cozinha ou nos corredores. Imaginei que ainda fosse muito cedo para que os empregados estivessem por ali. Segui o caminho que o German e eu fizemos no passeio do outro dia e assim que cheguei ao rio procurei em todas as direções por algum olho curioso, mas eu estava sozinha.
Deixei a trouxinha perto da margem do rio e me despi. Pensei em entrar na água aos poucos, mas imaginei que ainda estaria um pouco fria, o sol ainda era fraco. Então dei um impulso e mergulhei na água cristalina.
Caramba! Gelada! Gelada! Gelada!
Minha respiração se acelerou e me arrepiei inteira. Batendo os dentes, alcancei a trouxinha e comecei meu banho, quanto mais rápida eu fosse, mais rapidamente sairia da água fria. Contudo, depois de alguns minutos, meu corpo foi se habituando com a temperatura da água e pude aproveitar melhor meu banho. Não me lembrava da última vez que tinha tomado banho de rio, talvez quando ainda era criança. A suave correnteza brincava em minha pele e, depois de me sentir limpa, realmente desfrutei o rio. Tanto que realmente estava brincando exatamente como uma criança — jogando água pra cima e tudo! — quando o German me encontrou.
— Você é impossível! — censurou, me assustando.
— German! — gritei, afundando na água o mais rápido que pude, mas pela sua cara constrangida, tive plena certeza de que ele tinha visto bem mais que meus belos olhos castanhos.
Era a segunda vez que ele me via tomar banho. Pelo menos dessa vez meu cabelo não estava verde, me consolei.
— O que está fazendo aqui?
— Pretendia lhe fazer a mesma pergunta. O que faz aqui tão cedo, desacompanhada e... — ele olhou o vestido jogado no chão. — Sem seu vestido?
— O que parece? Estou tomando banho, não deu pra notar?
— Notei sim. Lá da estrada! — seu sorriso me perturbou. Não sabia se era irônico ou desgostoso. Mas, com certeza, não era um sorriso feliz.
Ai, droga!
— Você devia ter pedido aos criados para que lhe preparasse o banho. Não é seguro, tampouco apropriado, que esteja aqui nestas condições. — proferiu austero.
— Acontece que dá muito trabalho tomar banho por aqui, sabia? Já tentou preparar seu próprio banho alguma vez? — sua testa se enrugou. Claro que ele nunca tinha feito isso. — E pare de chamar seus empregados de criados, é irritante, grosseiro e ofensivo!
— Perdoe-me, senhorita, mas acho que não a compreendi.
— Você me entendeu sim! Pare de dizer que são seus criados. São seus empregados. Seus funcionários. É tão ridículo se referir a eles dessa forma! German
não sabia se ria ou se ficava irritado.
— Por que se importa com isso? — questionou.
— Por que eu também trabalho! Se meu chefe se referisse a mim como sua criada, eu te juro que arrancaria as tripas dele pela orelha! O German
tentou não rir do meu pequeno discurso trabalhista, mas acabou gargalhando alto. Só então me dei conta que Storm estava ali também.
— Ele fugiu outra vez? — perguntei sem pensar.
— Não. Estamos tentando uma caminhada amistosa. — ele passou a mão no pescoço do cavalo. — Estou tentando me tornar seu amigo.
— German, olha só, eu preciso sair daqui antes que minha plateia aumente. — ergui apenas uma sobrancelha. — Será que poderia se virar, por favor?
— Certamente, senhorita. Eu a deixaria sozinha se tivesse certeza de que nenhum rapazote fosse aparecer por aqui e... — ele se virou e terminou com a voz mais baixa — Imaginar tolices.
— Engraçado. — eu disse, me erguendo na margem e me embrulhando com o pano-toalha. — Não é que você tem razão! Tem mesmo um rapazote que insiste em me ver tomando banho! Já fez isso duas vezes!
— Não era minha intenção... — ele começou e depois se virou rapidamente para me olhar nos olhos. — Quem é um rapazote? — Seu rosto indignado. Ele estava ofendido.
— Você, quem mais? — apertei mais firme o pano-toalha, mas senti que se grudava em cada curva de meu corpo conforme absorvia a água. Rezei para que não revelasse nada mais.
— Sou homem há muito tempo! E, se não estou enganado, até já lhe provei isso.
Eu corei. Lembrei-me com muita clareza de seus beijos na carruagem, das carícias, da rigidez...
— Obrigada por lembrar. Agora, vire-se para que eu possa me vestir.
Ele fez o que eu pedi e se calou. Vesti minhas roupas mesmo ainda estando muito molhada. Não me importei. Passei o pano nos cabelos e os desembaracei com os dedos. Juntei minhas coisas na beira no rio.
— Desculpe-me, senhorita, eu não tinha a intenção de ofendê-la. — disse ele, ainda de costas.
—Tudo bem. — retruquei, sentindo exatamente o oposto. Caminhei até ele e atirei minhas coisas com pouco cuidado. — Já que está aqui, então seja útil, pelo menos. German
me deixava muito perturbada, às vezes, eu queria beijá-lo e nunca mais parar e às vezes, queria esganá-lo!
Seus olhos arregalados me examinaram minuciosamente.
— Por que não está vestida?

Mas eu estou vestida, — abri os braços para que visse
— Não está, não? Coloque o vestido de volta. — ele ordenou. — Não quero que algum moleque mal intencionado te veja vestida dessa forma. — tirou o vestido da pilha que eu havia lhe entregado e o estendeu para que eu o pegasse.
— Eu. Estou. Vestida! Além do mais, tenho certeza de se você me viu da estrada, sabe muito bem diferenciar quando estou nua e quando estou vestida, não sabe?
Ele corou, confirmando minhas suspeitas. Respirei fundo e comecei a andar. Brinquei com o cavalo quando passei por ele. O German me seguiu.
—Não quero que ninguém a veja vestida assim. Por favor, senhorita? — ele me estendeu o vestido outra vez, seu rosto suplicante.
— Não se preocupe, German. Assim que eu entrar em casa, colocarei um vestido limpo. Não o trouxe porque achei que acabaria cheio de lama, já que se arrasta no chão. Não precisa ficar preocupado, não vou envergonhá-lo! — assegurei a ele.
Ele sacudiu a cabeça.
— Não é com isso que estou preocupado. Só não quero que outro homem... — ele parou, parecia que iria sufocar se não dissesse as palavras.
— O que? — incitei.
— Não quero que outro homem possa vê-la usando estas roupas. Elas deixam muito pouco para a imaginação! — falou, olhando para os próprios pés.
— Você não quer... — lentamente, meu cérebro juntou suas palavras e as associou de forma engraçada. — Você está com ciúmes?
— Na verdade, estou sim. — a voz baixa e acanhada deixou ainda mais irresistível. — Creio que já sabe que eu a estimo muito.
Mesmo sabendo que era errado de muitas formas, não pude deixar de sorrir. Aproximei-me dele com cautela, pronta para fugir caso seus braços começassem a me rodear e beijei sua bochecha delicadamente.
— Também gosto de você, German.
E assim como eu sabia que faria, seus braços encontraram o caminho em minha cintura, mas dessa vez fui mais rápida e disparei correndo para a casa. No entanto, depois de ter corrido apenas alguns metros, me virei para vê-lo, ainda parado no mesmo lugar, feito uma estaca. Seu rosto desconcertado.
— Você nem faz ideia do quanto! — eu disse, sem conseguir me conter.
Ele sorriu em resposta, recomeçou a andar e eu me pus a correr outra vez.

Assim que me vesti adequadamente voei para a cozinha. Estava com muita
fome e pensei que talvez o German pudesse estar na sala de jantar. Não queria me encontrar com ele. Meu coração agia sem controle quando ele estava por perto, o que não era bom — racionalmente. Encontrei Olga com a barriga colada no fogão de lenha preparando alguma coisa com o cheiro muito bom.
— Vou querer um pouco disso. — disse, para anunciar minha presença.
— Oh! Bom dia, senhorita Angeles. Como foi seu passeio ontem? — perguntou ela, sorrindo.
— Foi muito legal. Posso comer alguma coisa? Estou com fome.
— Claro que sim. Levarei seu café em um minuto. Pode esperar na sala...
— Não posso comer aqui? — a interrompi. Sua testa se enrugou.
— Aqui?
— Tem algum problema? Não quero metê-la em encrenca.
— Problema? Não, senhorita. Claro que não tem problema. Mas é que os patrões não comem aqui. — explicou.
Ótimo, então! Eu não sou patroa de ninguém mesmo! — eu ri e puxei a cadeira, pegando um pedaço do bolo que estava num prato grande sobre a mesa. — Humm! — murmurei com a boca cheia de bolo. Olga me passou uma xícara e depois me serviu o café fumegante.
— Deseja comer alguma coisa em especial? — e me olhou curiosamente.
— Hum-hum — engoli. — Não. Só o bolo e café tá bom. Na verdade, tá ótimo! — mordi o bolo, derrubando um pouco de farelo. Olga riu e sacudiu a cabeça.
— Sabia que a Senhora Castillo também gostava disso? Bolo com café, quero dizer. E, muitas vezes, quando o marido viajava e seus filhos ainda eram pequenos, ela tomava o café aqui na cozinha. Não gostava de comer sozinha, pobrezinha. — seus olhos ficaram vazios, distantes, com a lembrança. — Era uma boa patroa. Muito boa mesmo!
— Você gostava dela, Olga? — perguntei curiosa.
— E quem não gostaria? — ela disse, como se qualquer um soubesse disso. — Era muito atenciosa, muito educada. Nunca destratou ninguém nessa vida!
— Posso acreditar nisso. — conhecendo German e Violeta, sua mãe tinha que ter sido uma mulher extraordinária, assim como eram os filhos. — Como ela era?
— Violetta se parece muito com ela, exceto pelo cabelo, o da Senhora Maria eram castanhos. Isso me surpreendeu. Poque o German tinha os cabelos pretos e a Violetta tinha cabelos muito loiros . Olga notou minha surpresa.
— kkkk mas os olhos azuis são herança da mãe. Ela era uma mulher muito bonita.
— Pelos filhos que teve, acredito que foi mesmo!
Enquanto eu terminava meu café, Olga remexia numa pilha de roupas. Ela ergueu uma peça e a examinou por um segundo, em seguida sacudiu a cabeça.
— Outra camisa perdida! — falou desgostosa.
Olhei para a camisa nas mãos dela, grandes manchas coloridas cobriam a frente e parte das mangas.
— Toda vez que o Senhor Castillo resolve pintar à noite é a mesma coisa! — reclamou desanimada. — Já perdi as contas de quantas camisas ele estragou.
— German está pintando? — minha voz soou mais interessada do que eu pretendia.
— Sim, mas dessa vez no quarto de dormir! — disse ela, escandalizada. — Não sei o que deu no patrão! Hoje de manhã, quando fui arrumar seu quarto, me deparei com a bagunça de tintas e uma tela coberta. — sua testa franziu. — Ele não quer que ninguém veja a tela. Achei estranho. Ele nunca fez isso!
Ali estava uma coisa que eu queria ver: O German pintando. Mas, se ele não deixou sua governanta ver, imaginei que eu não teria chance.
— O Senhor Castillo está muito diferente esses dias. Pergunto-me o que pode ter mudado para que ele esteja agindo de forma tão inconstante... — e me lançou um olhar que me disse o nome e sobrenome da tal mudança.
Limpei a garganta.
— Deve ser... Uma fase. Um cara jovem como ele sempre entra numas de vez em quando. Passa logo! — dei de ombros.
Vi a incompreensão no rosto redondo de Olga e desisti de explicar.
— O que vai fazer com ela? — perguntei apontando a camisa.
— Acho que está perdida! Nem posso mandá-la para a paróquia como doação. Estas manchas não sairão daqui. — me mostrava as grandes bolas coloridas.
— Será que posso ficar com ela então?
— Ficar com a camisa do Senhor Castillo? — suas sobrancelhas se ergueram, três grandes vincos surgiram em sua testa,
— Olga, não me olha assim! Eu tô meio sem roupas, lembra? Essa camisa seria perfeita para eu usar como pijama, Ou será que não se importa se eu dormir sem roupa alguma?
Ela corou pensando no assunto. Depois, voltou a colocar a camisa na pilha de roupas sujas.
— Vou lavá-la e depois a deixarei em seu quarto, senhorita.
— Valeu, Olga. E obrigada pelo café. Estava maravilhoso, como sempre. Do corredor, ouvi uma melodia muito agradável e, hipnotizada, segui o som até chegar à sala de música. Violetta tocava harpa. Assim que me viu, parou de tocar e começou a se levantar.
—Por favor, não pare! Toque mais um pouco, Villu. Sinto tanta falta da música! Ela sorriu.
— Bom dia, Angie. Alguma música em especial? — Violetta perguntou me mostrando suas covinhas.
Não. — sacudi a cabeça. —Toque as que você mais gostar. — eu não conhecia muita música clássica de toda forma. Ela começou uma melodia animada. As notas doces da harpa faziam a música parecer algo celestial, delicado e puro.
Sentei-me na cadeira perto da Camila. Pensei que seria rude de minha parte me sentar do outro lado da sala.
— Bom dia, senhorita Angeles. — ela disse.
— Bom dia, Camila. Como está?
— Estou muito bem, senhorita. Ainda mais agora que o baile se aproxima! Estou tão ansiosa para conhecer o filho de Lady Catarina! — seu sorriso enorme.
— Legal! — concordei.
Ficamos em silêncio por um tempo, apenas ouvindo a melodia que enchia toda a sala.
— Posso lhe fazer uma pergunta, senhorita? — ela parecia insegura.
— Claro, Camila. — O que ela queria?
Ela titubeou um pouco, e depois começou.
— Gosta dele, não é? — eu sabia a quem ela se referia.
— É claro que eu gosto. Gosto de todos aqui. Ela sacudiu a cabeça.
— Não, senhorita Angeles. Refiro-me a outro tipo de afeto, de gostar romanticamente. Você gosta dele dessa forma, não é?
— Eu... Por que quer saber?
— Por que estimo muito a família Castillo. Não quero vê-los magoados. — seus olhos pareceram sinceros.
— Nem eu, Camila. — suspirei. — Nem eu.
— Mas eu notei como ele olha para você. E depois do que vi ontem na carruagem... Ele a estima de uma forma única. O conheço há muito tempo para saber que está encantado com sua pessoa. Apaixonado, talvez.
Não respondi. Remexi nervosamente na saia do vestido.
— Sei que pretende ir embora logo e ele sofrerá muito com isso. — Camila concluiu.
Eu sabia disso. Sabia muito bem!
Apenas assenti sem ter nenhuma outra resposta para ela.
— Então, eu queria lhe pedir que não o engane. — sua voz estava muito séria, sem aquele tom cínico que ela usava frequentemente quando falava comigo.
— Não vou! Jamais poderia enganá-lo. — apressei-me. — Eu queria muito que as coisas fossem diferentes. — como no sonho daquela noite, talvez. — Mas não posso controlar nada. Acredite! E ele sabe que partirei logo, de toda forma. Não estou enganando ninguém.
Ela assentiu também, os olhos em Violetta.
— Se não precisasse partir, você ficaria aqui? —ela indagou,
—Eu.. Eu...
Ficaria? Abriria mão de tudo para ficar presa ali?
Não podia responder a isso. Eu tinha minha vida, meus amigos, meu emprego. Não podia largar tudo e simplesmente viver no passado, ainda que isso fosse possível.
Mas pensar em ir embora e nunca mais ver o German era doloroso demais, impossível. Perder o German seria insuportavelmente excruciante
— Eu não sei dizer. — respondi com sinceridade. Ela viu a tristeza em meus olhos, ouviu o pesar em minha voz. E me surpreendeu novamente tocando minha mão com a sua.
— Desculpe-me. Não queria aborrecê-la. Apenas queria me certificar de que meus amigos tão queridos não estavam sendo enganados. Você realmente os estima. — ela sorriu, suas sobrancelhas arquearam, a testa se enrugando. — Parece que me enganei!
— Eu realmente gosto deles, Camila.
— Posso ver isso em seus olhos agora. Espero que tudo se resolva para o melhor. Ele seria feliz com você. Nunca o vi tão animado como agora. — ela sorriu. — Parece que você o enfeitiçou!
Eu ri nervosa.
— Acho que não dá pra dizer que virar a vida dele de pernas pro ar seja um feitiço! É mais um praga. E ele deve estar interessado pelo novo, daqui a pouco a novidade acaba e ele nem me notará mais. — engoli seco quando terminei. Seria assim? — Duvido muito. Ele não é volúvel, — rebateu enfaticamente. Violetta
parou de tocar quando o mordomo apareceu na porta. Trazia uma carta em uma bandeja. Villu a leu e depois sorriu.
Esplêndido! Nossos vestidos estão prontos. Madame Georgette pede para irmos buscá-los ainda hoje. — levantou-se do banquinho, incapaz de conter sua excitação.
— Você ficará linda com seu vestido, Cami. — ela exclamou contente.
— Eu espero que sim. Madame Georgette é uma artista! E eu preciso estar majestosa para o baile!
— E o seu também será deslumbrante, Angie. — Violetta estava tão empolgada que parecia quicar no chão de madeira. — Um vestido tão delicado que combinará perfeitamente com sua pessoa.
Eu? Delicada? Rá!
— Sabe que nem prestei muita atenção no modelo? Não tenho certeza se me lembro do desenho que você escolheu... — não tinha certeza nem se era um vestido de mangas ou alças, acabei me distraindo com as novidades que a costureira tinha para contar. Mas a cor eu sabia: era branco.
—Tanto melhor! Assim, não poderá reclamar depois que estiver pronto. — Violetta disse, me deixando apreensiva. — Não que você reclame, mas já notei que não gosta de vestidos muito grandes. — ela fez um gesto passando as mãos em torno dos quadris para demonstrar.
— Acertou na mosca. — ela fez aquela cara de “hein?” e eu me expliquei melhor. — Você tem razão. Não gosto de me sentir um balão. — e, para minha surpresa, dessa vez, Camila também riu.


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Notas finais do capítulo

Então, eu postei os capítulos 23 e 24, para vocês relembrar de onde parei, daqui a pouco postarem o 25 e 26.

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