O Jogo dos Espíritos escrita por Soph


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Ah sei lá, é só uma ideia maluca ai que eu tive e resolvi compartilhar.. ;)



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-Eu não sei se quero fazer isso Sam. – A garotinha de cabelos escuros se encolhe de pernas cruzadas ao se sentar no chão.

- Relaxa Carly – Digo – Vai ser divertido.

Logo me posiciono em frente a ela, com o tabuleiro entre nós.

- Vamos lá – digo – primeiro as regras: Você nunca pode jogar sozinha, você nunca pode jogar num cemitério e deve sempre dizer adeus.

Enquanto eu dizia Carly se concentrava em cada palavra olhando para o tabuleiro.

- Bom primeiro você faz um circulo para cada uma – coloquei os dedos sobre o indicador móvel e comecei a fazer os círculos – em seguida você fala: corações sinceros reunidos estamos. Espíritos próximos nos invocamos.

- Corações sinceros reunidos estamos. Espíritos próximos nos invocamos – Carly com a voz tremula repete e pousa seus dedos sobre.

- Tem alguém aqui com a gente? – Digo.

Neste momento o indicador começa a se mover até o lado em que está escrito “sim”.

- Sam pare com isso! – Carly diz brava, logo se afastando.

-Olha, – digo pegando o indicador e levando até os olhos – se tiver algum espírito aqui dá pra ver por este buraquinho. Este é o olho pra o outro lado.

Carly pega o indicador e o leva até os olhos, olhando através apara cada parte do quarto, quando percebe uma sombra e solta um grito desesperado.

- Meninas, hora de ir pra cama. – Spencer aparece no quarto.

- Já vamos. – Carly diz ainda tremendo.

-Calma Carly – digo – isso é só um jogo bobo, não é real.

7 anos depois

- Se você não me soltar agora, eu juro que te torturo com aquela sua tesoura sem ponta até cortar cada pedacinho seu. – Disse já euforicamente brava, olhando pra Freddie de certa forma que só faltou ele desmaiar de medo.

-Não Sam! Você não vai vencer desta vez – ele disse com um tom de arrependimento e pânico – Estamos quites agora.

- Como é que é Benson? Quites? – começo a rir ironicamente – Não tem essa comigo não, querido, eu não jogo para empatar ok?

- Não sou uma peça do seu jogo, pra você fazer o que quiser comigo enquanto fico quieto. – Ele diz tentando transparecer que estava prestes a sair correndo.

-Tem razão Freddie, você tem toda razão. – me ponho a mais uma de minhas atuações – me desculpe por tudo, está bem? Agora me solta, que meus punhos já estão doendo. – Começo a balançar meus braços que estão para trás presos em uma algema, que não faço a mínima onde o nerd arrumou. Na verdade não faço ideia de como o deixei coloca-las em mim.

- Ah, não! Não vou cair nessa. Nunca que Samantha Puckett iria pedir desculpas logo para mim.

- Olha aqui seu mané, tira isso de mim agora, ou eu mesma vou tratar de quebrar isso na sua cabeça.- Disse já indo em direção a ele.

Antes mesmo que eu pudesse chegar até ele, Carly desce as escadas e nos olha espantada.

- O que está acontecendo aqui?

- Ela quer me matar Carly – Freddie já se esconde atrás de Carly. Mas é um covarde mesmo.

- Não precisa se esconder Benson, não farei isso agora. Não quero que seja tão simples. – O fitei com um olhar pensativo.

- Não tenho medo de você. – Ele diz já saindo de trás da Carly.

- Dá pra vocês me explicarem o que está acontecendo? – Diz a morena já impaciente com nossa discussão em meio a sala dela.

- Aconteceu foi isso. – Viro-me e mostro meus braços grudados um no outro em meio a uma algema.

- Sam! Meu Deus o que aconteceu? Porque te prenderam desta vez? – Ela diz preocupada.

- Pergunta pra essa cara de pinico ai. – Digo fazendo a maior questão de olha-lo para dar à certeza a quem me referi.

- Está querendo dizer que foi o Freddie? – Carly desconfia. Com razão, jamais se passaria pela cabeça de alguém, o fato de que o nerd pudesse me pregar uma peça. Não é? Sim é.

-Ela colocou um rato morto no meu sanduiche. – Freddie diz inconformado.

- Sam! – Carly se vira para mim.

-Qual é? Eu te fiz um favor.

- Um favor? E onde isso poderia me servir como algo favorável? - Ele me encara de uma forma... Confusa. Sim é isso.

- Aquele, seu como diz, sanduiche – mostro como aspas – não passava de vários leguminhos em um pão.

- E o que um rato morto tem haver com isso?

- Uai, pelo menos você comeria uma carne.

- Ouviu isso Carly? – ele olha para a morena que se encontra no balcão distraída com algo em seus pensamentos longes – Ela é louca!

- Eu vou te mostrar quem é a louca. – Começo a correr atrás dele, ainda com os braços amarrados por trás.

- Dá pra vocês pararem por um segundo! Já cansei de ter que lidar com essas brigas bobas de vocês todos os dias. Chega! Vocês não têm mais dez anos de idade. – Ela sai em direção ao Studio pisando fundo.

O que foi isso? Carly nunca falou assim antes, é claro que ela sempre nos dá um sermão sobre nossas brigas, mas seu olhar nunca esteve tão... Tão rancoroso. Ela vem estado assim já faz alguns dias, meio distante. Como se não estivesse nos ouvindo, se distraindo em qualquer movimento e palavras. Eu e Freddie nos entreolhamos confusos.

- Vou lá falar com ela. – Freddie já se direciona as escadas.

- Não eu vou. – Digo.

-Deixa. Eu quero ir. – Ele lança um olha que saquei na hora.

-Você não desiste né?

- Eu a amo Sam. Não poderia.

Então, nenhuma palavra preencheu o silêncio.

- Ei Benson? – Digo o fazendo parar de andar.

- O que foi?

-As chaves!

- Ah claro! Desculpe. – Ele se aproxima e tira as algemas de mim.

- Você sabe que isso não acaba por aqui né? – Lancei um olhar perpetuo enquanto massageava meus pulsos vermelhos.

- Quem disse que quero que acabe? – Ele segue sobre as escadas.

Nerd idiota. Ah se ele me paga.

Assim que sai do apartamento, fui direto para o Vitamina da hora, me posicionei em umas mesa quando vi Gibby se aproximando.

- Gibby! – Ele entrou dando seu famoso “cheguei”.

- E ai Gibbyzão?

- Tão na boa – ele senta-se à mesa comigo – e ai, vai à festa do Tyler?

- Ah tava muito afim não, mas esse tipo de festa sempre tem um banquete bom né? Então estou repensando de ir.

-Ah conta outra, sei que você tem uma quedinha por ele. – Diz já soltando leves risadas.

- Se veio aqui me encher com esses papos idiotas, é melhor se mandar daqui agora. – Digo já em alto tom.

- Não precisa ficar toda nervosinha, não está mais aqui quem falou. – Ele se levanta e vai até outra mesa com uns caras esquisitos.

Eu não fiquei nervosa. Talvez eu tenha ficado um pouquinho, por talvez curtir um pouquinho do Tyler. Ele é um cara maneiro. Curti motos, adora comer uma boa picanha e cá entre nós, é um gato cheio de cicatrizes. Ah como eu amo caras com cicatriz.

****

A noite, já pronta, vou até o Bushwell me encontrar com Carly e Freddie, já que combinamos de ir a festa juntos. Entrei no apartamento da Carly e a chamei. Depois de alguns minutos ela desceu com um semblante preocupado ainda de pijama.

- O que faz aqui Sam?

- Como o que? Combinamos de ir pra festa do Tyler juntas, esqueceu?

-Festa? – diz tentando de lembrar-se de algo – Ah, claro. A festa.

- Você esta bem? – Me aproximo.

- Claro! Porque não estaria? – Ela se afasta assustada.

- Bom, porque você deveria ter começado se arrumar há horas, como sempre, e está ainda de pijama.

- Ah, então, acontece que eu não vou.

- Por que não? Você estava esperando está festa á semanas.

- Eu sei, mas eu não estou me sentindo muito bem.

- Então eu vou ficar aqui com você, pedimos uma pizza e vemos um filme..

- Não! – ela me interrompa- Não precisa! Sério, eu estou meio desanimada e já estava indo pra cama e também o Spencer já deve estar chegando. – Ela vai me levando em direção à porta.

- Você vem agindo diferente de uns dias pra cá – paro e seguro a porta – está sempre desanimada pra fazer as coisas que adora fazer, tem ficado sempre calada durante as aulas e se distraindo ou se estressando por qualquer coisa. O que ta pegando? Eu sei que algo está acontecendo.

Um silêncio se formou e Carly fitava o chão.

- Carly, não há segredos entre nós se lembra?

- Lembra-se daquele jogo que a gente brincava e fazia perguntas sobre o futuro?

- Sei. O tabuleiro Ouija. Você morria de medo daquilo – Disfarcei o riso.

-Isso. – ele suspirou – há umas duas semanas, eu joguei ele só de brincadeira e... Sei lá, eu...

- Carly, aquilo é só um jogo bobo. Sempre foi assim.

- Assim como?

- Assim, completamente besta. – Soltamos risadas.

- É eu estou bancando a louca.

- Certeza que não quer vir?

-Tenho.

- Poxa, o nerd vai ficar todo bolado de seu amorzinho não dançar com ele. – Faço voz de garotinha debochando.

- Ah para. O Freddie é um fofo. – Diz abrindo um sorrisinho de lado.

-Ixxii vai começar o momento Carly apaixonada e eu não quero estar aqui pra presenciar. – fui em direção ao corredor rindo – te vejo amanhã?

-Claro! – Ela fecha a porta.

****

Com toda certeza, aquela noite foi uma das melhores da minha vida. Não só pelo fato de eu ter comido até não aguentar mais, mas também, por poder experimentar aqueles gostosos lábios do Tyler. É a mamãe aqui tá podendo. Então, aconteceu que deu a louca naquele monte ambulante do Gibby que saiu espalhando pra todo mundo que eu achava o Tyler gato e é claro, ele veio tirar um tipo diferente de satisfação comigo. A questão é que agora estamos em um relacionamento intensamente bom.

Chego ao Bushwell e vou diretamente para o apartamento da Carly, como havíamos combinado. Assim que entro, vejo Freddie, Gibby, Tasha e Spencer sentados fitando o chão. Percebo que todos estão chorando, principalmente Freddie e Spencer.

- O que está acontecendo aqui gente? Até parece que alguém morreu – Jogo um meio riso.

Freddie me olha tentando enxugar as lágrimas, que escorrem sem parar.

- Sim, a Carly.


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Notas finais do capítulo

Eai pessoal, devo continuar? #medinho hahaha
Até o próximo capítulo galera! Beijão ♥