O Despertar do Lobo escrita por Chase_Aphrodite, danaandme


Capítulo 4
Capítulo 03 - Olhos Negros como a Noite


Notas iniciais do capítulo

Hey gente!!!
Muito obrigada por todos esses comentários! Estou tão feliz que vocês estão gostando!
Bem, vamos lá, essa semana foi especial afinal foi semana de estreia. E a partir de agora começaremos a seguir um cronograma que fiz com as datas das postagens. Dessa forma, eu e a Dana estaremos alguns capítulos escritos a frente, para que as postagens saiam sempre nos diz certos.
Funcionará assim, até o final de fevereiro postaremos semana sim, semana não, às quartas-feiras.
A partir de março, com o início das aulas, os dias das postagens mudarão para as sextas-feiras. Vou colocar ali embaixo, as datas até o final de fevereiro. Ah, e em Julho, mês de Férias, teremos um especial em que postaremos semanalmente.
A razão disso é realmente para podermos termos tempo de lermos todos seus comentários, respondermos, ver como vocês estão sentindo a história, se devemos mudar algo, etc.
Eu sei, que vocês queriam um capítulo por dia, é que dessa forma, podemos garantir que não fique um tempo irregular entre as postagens.
Ah, e por favor, se aconteceer de postarmos na madrugada, é porque eu e a Dana. Afinal, eu sou o Batman, hahaha... Brincadeira. Talvez não.
Curtam o capítulo!
Chase

Hihihi
Eu só gostaria de acrescentar que eu sabia que ela ia uppar a tabela! Kkkkk É uma pena que não possa ser a colorida!
Abraços,
Dana



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Russel Fabray e Bernardo Lopez discutiam algumas peculiaridades sobre algumas das medidas de segurança, que a alcateia precisaria tomar já que alguns Lobos mais jovens haviam avistado recentemente rastros estranhos nos territórios do sul, quando Santana Lopez invadiu a casa chutando a porta da frente, com uma garota coberta de sangue em seus braços. Os homens até então sentados tranquilamente em poltronas de encosto alto na sala de estar, pularam de seus lugares alarmados. E quando Brittany entrou em seguida, praticamente segurando uma Quinn Fabray também com o uniforme coberto de sangue e visivelmente em choque, Russel não esperou por nenhuma explicação para correr até sua filha para socorrê-la.

– Santana, por Díos que aconteceu? – Bernardo Lopez perguntou a sua filha caçula, já tomando a pequena morena dos braços da garota. Rachel voltou a gemer de dor, e na mesma hora Quinn tremeu, se agarrando a Brittany quando seus joelhos falharam em sustentar o peso de seu corpo. Russel se adiantou para segurar sua filha mais nova, procurando com olhos e mãos aflitas por feridas e machucados no corpo da garota.

– Nós estamos bem, Papi. Senhor Fabray, Quinn está bem. É só a Rachel. Ela salvou a Quinn e agora...

– Salvou minha filha? Santana o que aconteceu? Quem é essa garota? – Os olhos esverdeados de Russel Fabray saltavam de Santana para sua filha, que apesar de estar agarrada a ele, não desviava o olhar do corpo da garota já nos braços de Bernardo.

Mas a mais jovem descendente da família Lopez não precisou responder. Mesmo desacordada, Rachel ainda exalava o cheiro forte e dominante, que delatava sua importância para todos os presentes. Na mesma hora Bernardo gritou por sua filha mais velha e os dois desapareceram com a pequena morena subindo pelas escadas às pressas.

Ao ver Rachel ser levada, Quinn pareceu perder o restante de suas forças, e desmaiou nos braços de seu pai.

...

Uma hora depois, Francine Fabray quase derrubou a grande porta de madeira maciça da entrada da casa dos Lopez, quando entrou feito um redemoinho invadindo a ampla sala de estar de decoração rústica chique.

A irmã mais velha de Quinn havia recebido a notícia que sua irmã caçula estava na casa de Bernardo porque havia sofrido uma emboscada nos bosques perto da escola e, sinceramente, o resto da mensagem se perdeu no ar, porque Frannie jogou o celular para cima e se enfiou dentro do carro, acelerando a toda velocidade até a casa do médico da alcateia.

– Quinnie! Quinnie! – berrou a garota invadindo a sala a procura da irmã, nem ao menos se importando com a grande quantidade de membros do conselho que estavam presentes.

– Estou aqui, Frannie. – a resposta veio baixa e fraca de uma das poltronas reclináveis de encosto baixo, num dos cantos mais reclusos da sala, perto da lareira. Quinn estava pálida, enrolada numa manta grossa de lã branca, e aparentava estar exausta, mas não parecia ferida. Só que, Francine Fabray não se deixava convencer pelas aparências, e se jogando de joelhos na frente da irmã, começou a passar a mãos por seu rosto, braços, tórax e pernas, procurando por ferimentos.

– Eu estou bem, Fran. – Quinn tentou argumentar com um sopro de voz.

Constatando que a afirmação da irmã coincidia com seu exame, Frannie puxou Quinn para seus braços, apertando-a junto ao corpo.

– Oh, Quinnie. – disse a garota. – Você me deu um susto. Você está bem mesmo? Tem certeza? O doutor Lopez já examinou você? Nenhum dano interno? Ele tirou um raio-X? Ultrassom? Dói em algum lugar?

– Estou bem, Frannie, mas agora está difícil respirar...

– Ah tá. Desculpe Quinnie-bear. – disse Fran afrouxando seu abraço e dando um beijinho afetuoso no nariz de sua irmã. O rosto de Quinn se tingiu de vermelho vivo e seus olhos se arregalaram.

– Francine! – Quinn repreendeu a irmã, mortificada por ser tratada feito um bebê na frente de vários membros do conselho.

Russel se aproximou de suas filhas, colocando a mão gentilmente sobre o ombro de sua filha mais velha, tentando conter um sorriso.

– O amor entre irmãs é algo digno de orgulho, Quinnie. E só mostra o quanto você é importante, e o quanto nossos laços são fortes.

Quinn até que tentou, mas não foi capaz de esconder um biquinho indignado. Ela franziu a testa fazendo cara feia para a irmã mais velha, que sorriu satisfeita para ela antes de se levantar e se dirigir ao seu pai.

– Mamãe e vovó estão voltando de Columbus. Vou ligar avisando que Quinnie está bem.

Quinn mordeu o lábio. Sua mãe havia sofrido uma emboscada há alguns anos, e esse ataque quase a matou. Judy Fabray ficou alguns meses na UTI, e depois disso, passou a mancar de uma perna. Os médicos disseram que por pouco ela não perdera o membro completamente. E apesar de conseguir andar sem a ajuda de muletas ou de um andador, Judy ainda sentia dores horríveis no local da fratura, porque o ataque chegou a romper os ligamentos e o tendão. A última cirurgia de reconstituição havia sido há dois meses e desde então ela e sua avó viajavam para Columbus duas vezes na semana para que sua mãe fizesse suas sessões de fisioterapia com um profissional especializado.

– Mas, mamãe não deveria voltar. Ela precisa das sessões de fisioterapia e...

Russel se ajoelhou na frente dela, interrompendo-a.

– Sua mãe e sua avó se recusam estar longe numa hora como essa. E você mais do que ninguém deve saber que nem mesmo eu posso dissuadi-las ao contrário. – ele olhou para Fran. – Eu já falei com elas há alguns minutos. Primeiro tive que ter certeza que Quinnie estava bem... E depois... – ele olhou ao redor para as outras pessoas que abarrotavam a sala. – Tive que protegê-la da avalanche de perguntas que surgiram.

Francine estreitou os olhos, entendendo exatamente o que aquilo significara. Desde o momento que ela desceu do carro ela sentiu o cheiro. A presença. O poder. Ali na sala de estar o cheiro era ainda mais forte... E sua irmã estava impregnada com a essência dele, do Alfa.

– Onde ele está? Ele está bem? Foi ele quem salvou minha irmã?

Fran viu a expressão de vergonha no rosto de Quinn, e logo em seguida seu pai suspirou fundo, desviando o olhar de sua filha caçula.

– Ela. Ela está lá em cima. Bernardo e Helena estão cuidando dela.

O queixo de Francine quase caiu no chão. A loira arregalou os olhos cor de avelã, completamente surpresa com a revelação.

– Ela? – perguntou boquiaberta.

Oh Deus. Por essa ela não esperava.

...

Helena Lopez, a irmã mais velha de Santana auxiliava seu pai a estancar o sangue que ainda jorrava do ombro da garota inerte na maca à sua frente. A família Lopez mantinha um quarto/consultório no segundo andar da casa para esse tipo de emergências já que não era possível levar os Lobos feridos diretamente para o Hospital local.

A garota pressionou um tufo de gaze sobre o ombro dilacerado, checando mais uma vez com o olhar no monitor, os sinais vitais da garota. Eles já haviam conseguido cessar o sangramento algumas vezes, mas todas as vezes que eles precisavam mover o braço da garota, para tentar colocar o osso no lugar, ou para cortar os restos da jaqueta e da blusa que ela vestia, o sangue voltava a jorrar copiosamente. As feridas eram tão profundas, que algumas delas atravessavam o braço de lado a lado. Estava quase impossível limpar, suturar e tratar as partes para que Rachel pudesse usar seus dons de regeneração lupina, para curar suas feridas.

– Vamos limpar depois, quero suturar logo essa parte. Ela já perdeu muito sangue. – disse o médico preocupado. Helena puxou um carrinho com uma bandeja com mais um kit de sutura e correu até a geladeira em busca de uma bolsa de sangue ‘O’ negativo.

– Eu vou começar a transfusão. – a morena avisou ao pai, já injetando a agulha no outro braço da garota. – Isso vai levar no mínimo uma semana para sarar completamente. Eu só espero que ela não perca os movimentos no braço.

O doutor Lopez respirou fundo, já se preparando iniciar a sutura em um dos cortes mais profundos no braço de Rachel, quando viu um par de olhos totalmente negros o encarando com curiosidade. O médico piscou rapidamente, assustado pela reação inesperada.

– Rachel? Eu sou...

Mas ele foi interrompido por um rosnado baixo. Bernardo engoliu seco quando percebeu a arcada dentária da garota, agora com dentes afiados e presas alongadas, que se pronunciavam perigosamente em sua boca. Rachel ergueu o lábio superior ameaçadoramente, rosnando mais uma vez.

Helena congelou no lugar. Bernardo ergueu os braços devagar, se afastando lentamente da maca. Com o olhar ele incentivou sua filha a fazer o mesmo. Rachel já havia se sentado e arrancado todos os fios que a conectavam aos monitores e aparelhos da sala. O soro e a bolsa de sangue jaziam estourados no chão. Helena conseguiu chegar até seu pai, que tentava acalmar a Alfa chamando por seu nome e dizendo que ele só pretendia ajuda-la.

Mas aparentemente Rachel não estava muito interessada em saber disso.

A morena pulou da maca para o chão rosnando alto e expondo as presas para o médico e sua filha. As pontas de seus dedos pareceram escurecer e suas unhas se alongaram, se transformando em garras letalmente pontiagudas. Eles estavam acuados num canto do quarto, e dificilmente escapariam com vida se Rachel resolvesse que eles realmente eram uma ameaça.

...

No andar debaixo todos estavam petrificados em seus lugares. O rosnado fora inumano, ainda maior do aquele que Santana, Quinn e Brittany haviam ouvido no bosque. E a força da presença que havia tomado conta do ambiente, era imensuravelmente assustadora.

Mais uma vez, Santana foi a primeira a se recuperar do choque, correndo até as escadas para socorrer seu pai e irmã. Porém, Brittany a segurou no último minuto pelo braço a impedindo.

– San! Não! Se você entrar lá, ela vai matar você e todo mundo.

Santana arregalou os olhos para sua parceira.

– B, meu pai! Lena!

Russel correu até as garotas.

– Ela tem razão. Intervir assim é muito imprudente. O Lobo deve estar se sentindo ameaçado, já que tecnicamente ela ainda não assumiu a alcateia...

Outro rosnado furioso fez com que todos os presentes tremessem mais uma vez.

– Precisamos pará-la! – Santana já estava desesperada.

– Quinn? – chamou Brittany. – Ela não vai machucar você.

Quinn arregalou os olhos para a amiga. Seu rosto parecia novamente perder o pouco da cor que tinha recuperado.

...

O doutor Bernardo Lopez e sua filha Helena testemunharam espantados o sangue no ombro da morena ferver sobre a pele, parecendo evaporar, enquanto as feridas se fechavam numa velocidade absurda. Em menos de segundos, eles viram nervos, ligamentos, músculos e pele se reconstruírem sem nem ao menos deixar uma cicatriz.

– Díos mio... – sussurrou Helena. – No és possible, Papa.

Rachel movimentou o ombro já completamente curado, estalando os ossos sonoramente.

– R-Rachel... Escute por favor... – tentou mais uma vez o médico se colocando na frente de sua filha de uma maneira protetora. Mas a morena começou a caminhar lentamente de um lado para o outro na frente deles. Farejando o ar e talvez estudando qual seria a melhor posição para o ataque.

Seus olhos escuros não demonstravam nenhuma emoção, e ela flexionava os dedos, estalando os ossos, enquanto rosnava baixinho se aproximando de suas presas.

– R-Rachel?

Então ela parou. E num piscar de olhos ela estava na frente de Quinn, que estava parada perto da porta de entrada do outro lado do quarto. A loira se assustou e suprimiu um grito ao ver a garota parada na sua frente. A velocidade com que ela havia se movido fora surreal.

Mas, apesar de estar apavorada, Quinn estava absolutamente fascinada com criatura diante de seus olhos. Ninguém nunca havia visto ou ouvido falar em algo parecido com aquilo antes.

Rachel parecia ter sido capaz de efetuar algo que mais parecia uma transformação parcial. A morena estava seminua, trajando somente jeans e sutiã, exibindo seu abdômen definido. Ela estava mais alta, alguns poucos centímetros a mais que Quinn; Seus olhos eram tão negros que a loira conseguia ver seu rosto refletido perfeitamente nas orbitas escuras; As garras eram extensões de suas unhas e pareciam ossos afiados e escuros; Seus dedos estavam mais alongados e pareciam ter sido enfiados em uma lata de tinta preta; Os dentes brancos, outrora pequenos e perfeitos, agora estavam pontiagudos, mal possibilitando que a garota fechasse a boca direito.

Era aterrorizador, mas Quinn não conseguia deixar de pensar de como ela parecia majestosamente perfeita.

– Minha. – a voz grotesca sussurrou muito próxima ao rosto da loira, e Quinn viu Rachel estender a mão para acariciar sua face. Lentamente, as garras se recolheram, dando lugar a mão macia de pele cor de bronze. Quando os dedos roçaram a pele alva, Quinn sentiu um arrepio percorrer seu corpo, a partir de seu baixo ventre. E inconscientemente, inclinou o rosto sobre a palma da mão dela.

– Proteger. – Rachel voltou a dizer com a mesma voz que mais parecia um rosnado.

– Está tudo bem agora. Ninguém quer machucar você. – Quinn sussurrou de volta. Rachel inclinou a cabeça ainda acariciando suavemente o rosto da loira. - Será que você pode relaxar um pouco? Você está assustando sua família.

A morena franziu o cenho um tanto confusa, e com um gesto rápido envolveu Quinn num meio abraço, a puxando para junto de si.

– Minha. Eu. Proteger. – ela voltou a acariciar o rosto de Quinn. - Você. Não. Segura... Muitos. Lá. Fora. - foi à resposta que Quinn recebeu, sussurrada em seu ouvido em meio a um rosnado baixo.

E como se quisesse provar seu ponto de vista, Rachel se virou de uma vez, rosnando na direção das duas pessoas acuadas no canto do quarto, e depois afastou Quinn da porta rugindo ferozmente na direção do corredor.

– Eles são a sua família, Rachel. Você deveria protegê-los e não assusta-los!

Quinn tentou argumentar junto a morena, se desvencilhando do abraço protetor e se virando para encará-la. Por instinto, colocou as duas mãos sobre o rosto de Rachel, não deixando alternativa para a morena, a não ser olhar diretamente para seus olhos.

– Essa é sua alcateia, a sua família, Rachel. Por favor. Volte para nós.

E com um sussurro ela acrescentou baixinho.

– Volte para mim...

Foi o suficiente. No mesmo instante, os olhos negros davam lugar as íris amendoadas, enquanto as garras se retraiam juntamente com as presas.

A única mudança que pareceu não ser revertida completamente fora a altura. Rachel já não estava tão mais alta que Quinn, mas também não voltara a sua altura normal. A morena agora estava agora do mesmo tamanho de sua parceira, e a encarava cansada.

– O que está acontecendo comigo? - ela perguntou com um sopro de voz. As lágrimas que escorriam por sua face, faziam seus olhos brilharem, ressaltando uma súbita e inesperada fragilidade, que contrastava absurdamente com aquela imagem anterior de completa ausência de emoção, que sua forma semitransformada apresentava.

– Você não sabe? - Quinn perguntou baixinho, surpreendida por Rachel aparentemente não saber nada sobre seu legado.

Rachel sacudiu a cabeça num sinal negativo, confirmando as suspeitas de Quinn.

– Eu sou um mostro?

– Não. - Quinn se apressou em dizer. - Você é um Lobo. É nossa Alfa. A verdadeira líder da alcateia de Lima.

Provavelmente essa informação foi demais para Rachel. Porque no minuto seguinte, a morena desmaiou nos braços de Quinn.


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Notas finais do capítulo

Preciso falar... AHÁ! Vocês achavam que já sabiam de tudo... Não esperavam por essa não é? Gostaram?
A nossa agenda de postagens até final de Fevereiro, eu vou atualizando vocês aos poucos, pois como não definimos quantos capítulos terão fiz uma simulação caso tenhamos 100 capítulos:

21 de janeiro de 2015 (quarta-feira)
• Capítulo 04

04 de fevereiro de 2015 (quarta-feira)
• Capítulo 05

18 de fevereiro de 2015 (quarta-feira)
• Capítulo 06

27 de fevereiro de 2015 (sexta-feira)
• Capítulo 07

Aposto que vocês não contavam com a nossa astúcia! Hehehehe
Agora vamos seguir a tabelinha da Chase!!! Até daqui há quinze dias! Rs