O que é Amor? escrita por Tah Jackson


Capítulo 1
I - Eu Odeio Isso...


Notas iniciais do capítulo

Hey, gente! Voltei! Estou postando essa fic que eu havia excluído. Desisti dela mais por questões pessoais do que qualquer outra coisa, mas prometo que dessa vez vamos até o fim! Espero que gostem!



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Mac saiu da sala de interrogatório claramente irritado, ele odiava quando os assassinos conseguiam mexer com ele. Aquele que havia acabado de interrogar, mesmo que o agente não demonstrasse, havia conseguido - e muito. Eram 11:00 horas de uma segunda feira e o agente já contava as horas para chegar em casa - que ótima forma de começar a semana.

~POV - Interrogatório ON~

MT: “Eu não entendo! Realmente não entendo. Você é formado em biologia, física, química, psicologia e filosofia, já tem 54 anos, tem uma família... Para que matar alguém? Todos esses anos de estudos não colocaram nem um pouco de juízo na sua cabeça?!”

O assassino riu e, com uma expressão um tanto quanto cética nos olhos amendoados, respondeu:

XX: “Humpt. Pois é, eu estudei todos esses anos em busca de respostas... Esse mundo é engraçado! Consegui várias respostas. Pode-se dizer que entendo como o mundo funciona, como as pessoas funcionam, como elas pensam, o que pensam, por que certas coisas ocorrem, como muitas coisas funcionam. E do que me adianta? Em meio a tantas respostas, me encontro perdido. Tenho ainda mais perguntas, minha mente não para. Algo que me atormenta bastante, ultimamente, é pensar sobre o amor... O que ele é, como ele é, como ocorre... O que você chama de assassinato, eu chamo de mais belo ato de amor.”

Após uma pequena pausa, ele continuou:

XX: “Sabe, conhecendo a sua vida, eu sei que você tem uma ideia do que seja o amor, eu também tive, também amei uma mulher. Me casei com ela, tivemos filhos... Ela me traiu, me deixou, me esnobou... Então eu a matei... É o fim. Dessa forma, ela morreu com meu amor, durante toda a vida dela a amei, estive com ela, do início ao fim. Se o fiz, o fiz por amor, amor próprio! O amor que ela devia a mim! Como eu disse, eu apenas puis um fim. No meu caso, em especial, era o fim do meu sofrimento. E não pense que você é tão diferente de mim... O seu ceticismo é palpável, assim como o meu. Eu sei que a sua mente também não para. Você é viciado em achar as respostas, e cada crime sem solução te atormenta, tanto pelas famílias que querem justiça quanto pelo enigma sem resposta. O seu vício é o mesmo que o meu, não seja tão duro comigo, não seja tão duro consigo mesmo.”

Mac não respondeu nada, apenas pegou a pasta que se encontrava sobre a mesa e se retirou muito incomodado, deixando que os policiais prendessem o assassino insano.

~POV - Interrogatório OFF~

Durante todo o resto do dia aquele pensamento voltava à sua cabeça. As palavras do infeliz assassino pareciam ter grudado em seu cérebro. Ele não aguentava mais pensar a respeito. A pensar sobre o amor. Por incrível que pareça, o seu vício por resposta não era o que o incomodava. Um sentimento tão belo sendo usado como justificativa de um assassinato brutal.

Após terminar seu relatório, percebeu que, da equipe, só restavam ele e Stella no laboratório. Decidiu ir até a sala dela para mandá-la para casa, já estava bem tarde. Não é saudável trabalhar tanto assim.

~POV – Sala da Stella ON~

Stella trabalhava no último relatório que precisava terminar quando Mac bateu à sua porta, não importava até que horas se ficassem no lab., ele estaria ali. Olhando para o relógio, ela percebeu estar adquirindo o mesmo hábito. Com um sorriso no rosto, ela convidou o amigo a entrar:

SB: “Você já viu que horas são? Entra aí.”

O detetive entrou na sala sorrindo.

MT: “Já vi, sim, por isso vim aqui te mandar para casa. Você precisa dormir, mocinha, está com uma cara horrível!”

Stella riu do comentário do chefe.

SB: “Sabe, essa não é o tipo de frase que as mulheres ficam felizes em ouvir! E se eu estou cansada, imagina você.”

MT: “Você está com uma cara horrível por causa do cansaço, você sabe disso. E por que eu estaria mais cansado que você?”

SB: “Bem, depois da sua conversa com o filósofo-assassino-nas-horas-vagas, não parou de pensar no que ele te disse... Isso deve estar te deixando maluco.”

Mac suspirou. Não adiantava tentar negar, ela sempre sabia o que ele pensava. Se jogando no sofá da sala da amiga, respondeu:

MT: “Odeio admitir, mas ele conseguiu mexer comigo... Ficou muito óbvio? Não gosto de demonstrar esse tipo de fraqueza.”

Ela sorriu, ele era como um livro aberto para a grega.

SB: “Quase todos os seus pensamentos são um tanto quanto óbvios para mim. Os poucos que não ficam claros são verdadeiros enigmas, para o mundo todo, acho. É isso não é fraqueza.”

Agora foi a vez dele de sorrir. Era bom ter alguém que o entendesse tão bem.

Após conversarem durante alguns minutos, Mac concordou em esperar que Stella terminasse e foram embora. Dessa vez, não para casa (cada um a sua), foram para um bar, já que tinham o dia seguinte de folga.

Depois de algumas bebidas, o assunto dos pensamentos de Mac surgiu novamente.

SB: “Você chegou a alguma resposta, sobre ao que é o amor?”

Ele suspirou, não estava nem perto de chegar a alguma.

MT: “Não... Mas estou aberto a sugestões.”

Stella franziu o cenho. Após pensar durante alguns segundos, respondeu:

SB: “Eu acho o amor um sentimento nobre, e ele se mostra nos pequenos atos. Ele não é algo fácil de se classificar, existe de inúmeras formas em inúmeras intensidades. Justificar um assassinato brutal com esse sentimento nobre já é um crime por si só.”

Mac pensou um pouco no que a amiga disse antes de continuar.

MT: “Deve ser por isso que nos machucamos tanto... Por tentarmo definir e ter como concreto algo tão mutável. Que vem e vai tão fácil e, quando fica, pode ser tirado de nós por uma ironia do destino.”

Stella pegou a mão do amigo, odiava vê-lo assim. Mesmo após tanto tempo, ele ainda sofria com a morte da mulher.

SB: “Normalmente, agora seria o momento em que alguém diria ‘pense pelo lado positivo, ao menos você conheceu o amor verdadeiro’, mas eu sei que essa frase é uma bosta. Eu também já estive no paraíso, apenas para que o tirassem de mim. O pior foi que eu tive que tirá-lo de mim mesma.”

Mac sorriu, decidiu mudar de assunto, aquela conversa já estava pendendo demais para o lado depressivo.

MT: “Eu não sei quanto a você, mas eu tive a sorte de encontrar uma mulher que me entendesse melhor do que ninguém, para tornar minha vida pós-paraíso vivível. Na verdade, ela tornou minha vida amável de novo.”

Ela sorriu ao reponder:

SB: “Eu também tenho muita sorte, também temos isso em comum.”

MT: (Rindo) "Quer dizer então que a Bonasera encontrou uma mulher?"

SB: (Rindo) "Quando eu concordei, estava me referindo a um homem, naturalmente. Mas e se fosse uma mulher, qual seria o problema?!"

MT: (Em tom brincalhão) "Problema nenhum, contando que eu pudesse fazer um test-drive para averiguar se ela serve para você ou não!"

Os amigos riram e continuaram bebendo e conversando por mais algumas horas. Eles estavam realmente se divertindo. É claro que se referiam à amizade que construindo naquelas palavras de amor. O relacionamento dos dois foi crucial para que se mantivessem fortes depois de tudo que já havia ocorrido com cada um deles. Era um sentimento lindo, sendo concretizado a cada preocupação, a cada pequeno ato. Que mesmo após 10 anos, continuava em crescimento.


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Notas finais do capítulo

Heeeeeeeeeeeeeeeey! O que acharam, people? Comentem!



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