Escolha-me [EM REVISÃO] escrita por Moriah


Capítulo 29
Epílogo - A Carta.


Notas iniciais do capítulo

Então, tenho surpresinha para vocês :3



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1 Ano Depois...

Tudo esta ótimo, quem diria, tudo começaria com um show que eu não queria ir. Devo admitir que foi a melhor coisa que já me aconteceu. Lembrar do primeiro dia no castelo, do meu namoro com Maxon, com os nossos filhos, da formatura e de quando Sally ficou grávida. Fizemos um trato, todos nós moraríamos no castelo! Assim aquele lugar não ficaria tão vazio.

Sally e Benjamin tiveram gêmeas! Duas meninas, uma se chama Mírian e outra se chama Lia. Mírian tinha os cabelos pretos da mãe e os olhos azuis do pai, Lia era a cara do pai, olhos azuis e cabelos loiros como Ben. Claro que John não perdeu a oportunidade e disse “Uma faz par com Joseph e a outra faz com o Paul”.

Lucy e Aspen finalmente tiveram o bebe! Ele se chamava Paul (Se le Pow), esta com um ano. Paul era idêntico a Aspen.

Henrique e Esther são Rei e Rainha de Illéa, as castas foram banidas e tudo esta indo bem. Eles pretendem ter um filho, mas ainda não tem, são felizes, não agem como adultos, na verdade agem como adolescentes completamente loucos, passaram por muitas criticas horríveis dizendo que não eram maduros o suficiente para o trono, mas ele estão demonstrando exatamente o contrario.

John e Pâmela estão viajando, foram para Europa, nos ligam sempre que é possível... Eles estão felizes juntos, brigam e se amam, acho que esse é o importante, não é?

Julieta e Gabriel estão namorando! Finalmente meu filho parou de ser um “mini canalha”, Julieta começou a falar fluentemente e acreditem se quiser, mesmo sendo “muda” ela sabe Inglês, Português (BR), Português (Portugal), Frances e Japonês!

Stalin e Emily continuam com aquele negocio de mandar um no outro, chega a ser engraçado, mas eles gostam mesmo um do outro, então todos nós já nos acostumamos.

May terminou com o namorado Brian e esta rolando um clima entre ela e o Príncipe Max, pelo menos foi o que pareceu no Natal...

Mamãe e Senhor Lucas estão felizes juntos e apesar de eu ter sido contra no inicio, agora sou super a favor, minha mãe merece ser feliz, amo minha mãe e amo o Senhor Lucas, e sei que minha mãe nunca vai amar mais alguém do que já amou meu Pai, e sei que o Senhor Lucas também nunca vai amar alguém mais do que amou a sua falecida esposa, são duas pessoas machucadas pelo tempo, tentando recomeçar juntas e estão conseguindo.

Marlee ainda é professora na escola onde nós trabalhamos juntas e Carter é um advogado bem sucedido.

E eu e Maxon... Bom o que podemos dizer? Eu podia começar com um “Estamos sendo felizes para sempre”, mas seria mentira. Já brigamos tanto nesse ultimo ano... Às vezes eu quase fazia as malas e ia embora, mas então eu recebia um choque de realidade e voltava a perceber que eu não iria a lugar algum, a não ser para os braços do meu marido.

–Um beijo pelo seu pensamento! – Maxon diz sentando do meu lado.

Estou sentada na sacada da nossa casa da praia – Sim, nós temos uma casa na praia, Maxon não é mais Rei, então não é obrigado a ficar no castelo o tempo todo –, olhando Calebe jogar a bola para Astrid, e olhando Phillip destruir o castelo que Agnes havia feito.

–Em como nossa vida mudou – Digo depois de um tempo.

Havíamos adotado quadrigêmeos, eles foram encontrados em uma caçamba de lixo, e eu resolvi que queria aqueles bebes para mim, Maxon concordou, e assim Calebe – um garoto bronzeado com cabelos marrons cacheados e olhos pretos –, Astrid – Uma garotinha de cabelos marrons cacheados e olhos azuis –, Phillip – Um garoto com o cabelo loiro misturado com marrom extremamente liso e olhos verdes – E Agnes – Uma garota com cabelo marrom escuro quase preto e olhos cor de mel – Entraram na nossa vida.

–Nossa vida sempre foi uma caixinha de surpresa, não é mesmo? – Falo depois de um tempo.

–Lembrei de uma coisa – Maxon diz se levantando e entrando na casa, logo ele volta com uma carta na mão – Não fui eu que escrevi, mas é para você. Benjamin, John, Esther, Stalin e Julieta já receberam as deles.

Maxon se limita a dizer isso e vai de encontro a Agnes que chorava por ver seu castelo ser destruído.

Na parte da frente da carta dizia.

De: Kriss Ambers.

Para: A mulher a quem meu marido escolheu.

Abro a carta:

Isso é estranho, fazer uma carta para alguém que não faço idéia de quem seja, mas mais estranho que isso é saber que se você esta lendo isso é por que eu já estou morta.

America, bom, pelos menos eu espero que seja a America quem meu marido escolheu. Então, se você não é America Singer, me desculpe, mas vou escrever isso para ela. Por que ela é a única mulher (fora a rainha Amberly) que Maxon realmente amou.

America, sei que você me odeia, esse sentimento é recíproco, na verdade era, já não te odeio mais, e espero que me perdoe. Eu fui muito idiota. Eu nem tenho palavras para escrever o quanto eu fui idiota e má com você. E sei que nessa historia de conto de fadas, eu nunca serei nada alem da Rainha Má. Mas você é a Cinderela, a Branca de Neve ou qualquer outra princesa, e por isso te peço que com esse coração bom que tens, tente ao menos me perdoar, apenas tente.

Não sei por que estou escrevendo isso. Talvez seja por que eu sei que não tenho muito tempo. E então o remorso bateu, e bateu muito forte, na minha cara. Eu não fui uma boa pessoa, não fui uma boa mulher, não fui uma boa esposa, não fui uma boa mãe, não fui uma boa amiga. Eu não fui nada!

Há tantas coisas que quero dizer, tantas coisas que eu quero lhe contar e, quando decidi escrever esta carta, tudo parecia estar claro na minha mente. Agora, entretanto, percebo que estou confusa e não sei por onde devo começar.

Vou começar dizendo: Maxon te ama.

Se você esta lendo essa carta, já é uma prova disso. Se você é America Singer, é uma prova disso também. Agora se você é America Singer e esta lendo essa carta, não resta duvidas, ele ama você incondicionalmente.

Sabe, quero que me chame de Kriss, e quando as pessoas falarem “A antiga Rainha Kriss” quero que você responda “Eu conheci a Kriss”, por que é assim que os amigos me chamam, apenas de “Kriss”, com nenhum titulo no inicio ou no final do nome. Sei que não somos amigas, mas sinta-se a vontade para me chamar de como quiser, inclusive de vaca...

Morrer é uma coisa estranha e não vou entendia-la com os detalhes. Posso ainda ter algumas semanas, ou talvez meses. Embora eu saiba que isso vai soar clichê, a verdade é que muitas das coisas nas quais eu acreditei serem exenciais, já não têm importância.Eu não leio mais o jornal, não faço relatórios, não me preocupo com qual roupa vestir, não me importo com o mercado de ações, nem ligo para se vai chover ou não. Em vez disso, eu me lembro de como me senti assim que vi Benjamin pequeno nos meus braços, e da alegria que senti em adotar minhas outras crianças. Foi apenas quando tive meus cinco lindos filhos, que eu realmente entendi o que é amar. Não me entenda mal, sempre amei Maxon, mas é diferente do que sinto pelas crianças.Não sei como explicar e não sei se preciso. Tudo o que sei é que, apesar de ter morrido (sabe Deus como), me sinto abençoada, por que fui capaz de conhecer Benjamin, John, Esther, Stalin e Julieta.Sei que sou uma mãe horrível, bater nos meus filhos é algo horrível, mas fui educada dessa maneira, e só agora percebo que... Meu Deus! Eu sou um monstro. Embora eu saiba que não deveria, me pego pensando no fato de que nunca vou acompanhar meus filhos ate o ensino médio, nunca vou ter outra chance de ver eles abrindo os presente de aniversario ou natal. Nunca terei a oportunidade de ajudar Esther e Julieta com a formatura delas, nunca vou assistir aos jogos dos meus filhos queridos. Não vou estar aqui quando Benjamin, John e Stalin resolverem se casar, quando eles se declararem para alguém e eu me sentir velha por já ser sogra. Não vou estar presente quando minhas meninas forem escolher seus vestidos de noiva. Há muitas coisas que eu nunca verei ou farei com eles e, às vezes, eu me desespero, pensando que nunca serei nada alem de uma memória distante para Maxon e meus filhos.

Maxon. Ele, apesar de me ver apenas como amiga, é meu sonho e meu companheiro, meu amante e meu amigo. Ele é um pai dedicado. Porem, mais do que isso, ele é o marido ideal, do sonho de qualquer mulher. Não posso descrever o conforto que sinto quando ele me abraça, ou quanto eu ansiava para dormir ao seu lado, mesmo que ele não me tocasse. Há um senso inabalável de humanidade nele, uma fé na bondade da vida e eu sinto meu coração apertar quando imagino que ele ficará sozinho.

É por isso que eu pedi a ele que entregasse essa carta para você. Penso que isso é uma maneira de fazê-lo manter a promessa que me fez: Que depois que eu morresse ele encontraria outra pessoa, que ele amasse e que o amasse tanto como eu o fiz – Alguém especial. Ele precisa disso.

Sou abençoada por ter passado 8 anos com ele. Agora, minha vida esta quase terminada e você vai assumir meu lugar. Você se tornara a esposa dele e a mãe de meus filhos. É aqui que você entra. Eu quero que você faça algo por mim, mesmo que eu não mereça. Se você ama Maxon agora assim como ele te ama, então o ame para sempre. Faça-o rir como nunca e valorize todos os momentos que você tem com ele. Converse sobre coisas banais como política e previsão do tempo, discutam sempre que for possível. Saiam para caminhar e andar de bicicleta, aconcheguem-se juntos no sofá e assistam a filmes sob um cobertor. Prepare o café da manhã para ele, mas não o mime. Deixe que ele também prepare o café da manhã para você, para que ele demonstre que você é especial para ele. Beije-o e faça amor com ele, e considere-se uma pessoa de sorte por tê-lo encontrado. Ele é o tipo de homem que vai provar para você que estar viva é o melhor que poderia ter te acontecido.

Eu também quero que você ame meus filhos como se fossem os seus. Ajude-os na escola e no emprego. Beije-os e os abrace quando eles voltarem de algum lugar onde ficaram muito tempo, longe. Passe a mão nos seus cabelos e garanta-lhes que conseguirão fazer qualquer coisa e que basta se esforçarem para tal. Imponha regras, mas com amor. Faça festas surpresas e comemorações para cada momento especial para eles e apóie-os nas suas decisões. Ame-os, ria com eles, ajude-os a crescer e a se transformarem em adultos gentis e independentes, por que eu sei que Esther vai sofrer tendo que liderar uma nação. Sei que Benjamin vai acabar se machucando por ser “muito bom” com as pessoas. Sei que John será odiado por cada menina que ele já magoou por dizer que “foi um romance de uma noite”. Sei que Stalin vai precisar de conselhos amorosos. E também sei que Julieta em algum momento vai resolver falar, e talvez ela venha a querer se fechar para outras coisas, por favor, não deixe isso acontecer! Não deixe que ela se transforme em alguém anti-social. E sei que você será a pessoa que estará do lado deles nesses momentos, então não deixe de ajudá-los! Eles vão precisar de um ombro. Vão precisar de uma mãe, uma amiga, uma irmã mais velha e uma professora. Por favor, eu lhe imploro, seja essa pessoa. Faça essas coisas por mim. Afinal, agora eles são sua família, não minha.

Não sinto ciúme ou raiva por você me substituir, como já mencione, considero-a uma amiga. Você trouxe a felicidade ao meu marido e aos meus filhos e eu gostaria de poder estar por perto para agradecê-la pessoalmente. Em vez disso, a única coisa que posso fazer é assegurar que você terá minha gratidão eterna. Se Maxon escolheu você, então eu quero acreditar que... Eu também te escolhi, como guardiã dos meus filhos e a felicidade do meu marido.

Com carinho – Acredite ou não –,

Kriss Ambers.

Fecho a carta e olho para Maxon, ele estava girando Agnes no ar enquanto os outros riam e diziam “Agora é a minha vez!”. Eu perdôo Kriss. Acreditem ou não, eu não seria essa mulher madura que sou, se ela não tivesse feito tudo que fez. Ela amava Maxon e deixava isso bem claro. Fico feliz que antes de morrer ela tenha parado de me odiar e agora não a odeio mais.

Eu não sei o que esperar do futuro, talvez venham mais filhos – quem sabe? – Talvez eu morra e Maxon fique livre, talvez Maxon morra e eu fique sozinha. Talvez nossa morte não seja como nos filmes, não creio que eu vá morrer em uma cama de hospital e Maxon morra do meu lado segurando minha mão. Eu não quero fazer planos, eu apenas quero viver, quero aproveitar meus filhos e netos, aproveitar meu marido. Sabe, se realmente existe reencarnação, na minha próxima vida eu farei diferente, vou sorrir mais, vou chorar mais, vou rir mais, vou viver, eu sou forte, eu consigo, todos conseguimos, juntos, sempre.


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Notas finais do capítulo

Para começar, rolaram boatos de que vocês estavam esperando o epilogo para recomendar :v Bom o epilogo chegou, cade a recomendação?
Esse é o pior momento da estrada que é escrever um fic, o final. Eu não acho que acabe aqui, foi apenas uma ponto final, afinal de quantos pontos é feita nossa vida?
Vou sentir falta de vocês, falta de mendigar comentários e nunca recebe-los, falta de ler os comentários enormes das minhas fãs de carteirinha, saudade das mensagens de vocês, sabe, simplesmente saudades. Saudades de quando eu ficava irritada e sem vontade de escrever, mas por vocês eu ia e escrevia.
Eu vou sentir falta de vocês, por que - acreditem ou não - vocês são parte da minha vida, por que minha vida é escrever e essa historia é uma parte de mim. Eu amo vocês, cada um de vocês. E se eu pudesse dava um abração de urso em cada um.
E como é do meu feitio quero que vocês comentem. Quero que vocês me xinguem por que não vai ter segunda temporada, quero que briguem, chorem, gritem, falem sobre vocês, e principalmente as minhas leitoras fantasmas, sabe em cada capitulo eu tinha esperança de que vocês se mostrassem e bom... Esse é o ultimo, então essa é a ultima chance de conversar com vocês, nem precisa ser grande, só um "Oi" ou diga o que acha.
Quero deixar claro que eu aceito recomendações, por que né :v Ultima vez que eu falo com vocês :'l
E eu estou chorando... Isso dói cara.
Devo dizer que ja tenho 6 fics em andamento, eu vou postar uma de cada vez, estou postando a Corações de Gelos e Coroas de Fogo. E quando terminar ela, postarei outras :3 Espero ver vocês nas minhas futuras fic, para eu matar a saudade