A Vingança é um Prato que se Come Cru escrita por The GreenArth


Capítulo 5
Novos Eixos


Notas iniciais do capítulo

Continuando de onde o episódio anterior parou...



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No prédio do Supremo Conselho um caus de palavras tomava conta de todos. Muitos homens conversavam sobre balística, e comentavam de assassinados no andar treze. Restos de explosivos são pegos para análise, e muitos homens vinham e iam a todo o momento, como se estivessem perdidos temendo algo. De seu celular, ele chama por um número que não o responde. Ele tenta novamente, e nada de João Batista. Quando ele ia tentar Victor, é abordado por um homem alto de cabelos negros que usava o uniforme da academia. Este era Bruno Antenor, que começa a contá-lo o que aconteceu no prédio do Supremo Conselho. "Morre-Arth atacou", era o que dizia, e deixou por volta de aproximadamente onze mortos e um ferido, tudo a tiros de sangue frio, no aparente intuito de roubar documentos de seu rival, que segundo alguns grão-mestres estavam sumidos desde então. Como percebido, ele desativou as câmaras e passou por muitos da segurança usando bombas de fumaça. Era tudo muito planejado, e o homem furioso diz que estava pronto para fazer alguma coisa. Depois de notificado, Vinícius pergunta para Bruno se ele viu tanto Batista quanto Mega andar ou participar do caso, e ele o dá uma resposta afirmando que chegará no momento, e não se cruzou com eles. Isto já era o bastante. Onze mortes, e um ferido. Mais feridos e mortos de outros crimes de Morre-Arth, e o alvo mais óbvio era Arthur. Mas aonde ele está? Se Gustavo veio se orientar, talvez ele não soubesse. E aonde estão seus dois investigadores. Isso estava muito estranho, torturante, e com isso ele não via problemas em expor a questão a Luciano Pois infelizmente M-A se transformou em uma emergência. Ele sobe os andares tenso, e quando chega ao último espera encontrar seu amigo em seu escritório como sempre ficará e tratar do assunto com ele. Quando abre as portas, o que encontra é o que queria: Luciano conversando conversando no telefone com alguém, lamentando uma morte de uma pessoa próxima, e quando o vê desliga o telefone. A expressão de Oliveira era séria e voltada para Aquiles, mas o jovem com seu porte amedrontador nem ligava para isso. Agora era resolver o problema, independente do que seja.
– Vinícius: Temos um problema, Luciano. Morre-Arth voltou para o solo Dendroviano, em um ritmo desenfreado de vingança causando muito pânico e tumultos por nossa cidade. Imagino que já esteja sabendo.
– Luciano: E estou, Vinícius. Quem diria. Quem diria. Morre-Arth. Por que que essa praga não morre!
– Vinícius: Ele atacou em sequência linear três pontos de nossa cidade. A concessionária do sul da Hunger's, empresa de Gabriel Malta, depois ainda na mesma zona o museu da história de Dendróvia, e por fim depois de toda a viagem o nosso prédio. É notável essa sequência, e o próximo item da lista seria a casa obviamente de Arthur L. Neto, que fica...
– Luciano: Zona leste.
– Vinícius: Isso. Espero que o Batista e o Mega tenham se apressado e ido atrás deles caso estivessem aqui procurando informações. Eu os coloquei no caso como investigadores.
– Luciano: Estranho então por que o Levine esta ligando para cá pedindo esclarecimentos para o Undertown, já que com os dois ele já teria acesso a estas informações há tempos.
– Vinícius: Ordenei que não abrissem a boca até terminarmos com Morre-Arth.
– Luciano: Acho então que o Morre-Arth já os deu um fim antes. Soube que a viatura roubada por Gustavo era justamente a deles?
– Vinícius: Não!

Aquiles coloca a mão na cabeça.
– Vinícius: Isso explica o fato do celular não estar atendendo. Soube de poucas coisas que ocorreram nestas últimas horas, pois estava vindo para cá para te notificar sobre o caso, porém tive atrapalhos de ruas em que o trânsito infelizmente não fluía. Tive uma surpresa quando cheguei aqui e vi a portaria com um buraco de tiro no vidro, e dai o Bruno Antenor veio me avisar sobre. Aff, como uma pessoa qualquer,quinem o M-A, ou até mesmo lesada, pretende reconquistar uma namorada fazendo o que tá fazendo. Isso é uma tremenda loucura.
– Luciano: Se você acha que só você compartilha desse pensamento está sendo muito presunçoso. Infelizmente, estamos lidando com um sociopata.
– Vinícius: Já que é a viatura e o celular do Batista que foram roubados, podemos rastreá-los com os sistemas da academia e obter as coordenadas da onde aqueles pilantras estão indo. Assim, os pegamos antes até de completarem seu objetivo, indo mais rápido. Mas queria saber aonde o grande Arthur anda numa hora dessas. Sabe me responder?
– Luciano: Arthur L. Neto não foi encontrado quando pedi informações por ele. Não obtive sucesso com vizinhos, nem com familiares. Ele simplesmente sumiu do mapa. E ele não tem culpa de ser perseguido por um doente, sabe como essa gente é. Mas, pelo visto será fácil capturá-lo.
– Vinícius: Com certeza. Vou avisar as tropas para com isso, só espero que com um rádio da polícia, ele não seja avisado.
– Luciano: Fale em código.
– Vinícius: Vou falar. Ainda bem que essa história então já está acabando, já estava com dor de cabeça por causa do Gustavo. Só espero não estar sendo anti-ético caso eu venha a lhe meter um grande soco na cara por fazer inutilmente Dendróvia passar por essa situação.
– Luciano: Não se preocupe. Os cidadãos iriam fazer pior, então estaria dentro da moralidade. O único perigo seria somente se ele resolvesse reagir, já que com suas habilidades pode dizimar uma boa quantidade de pessoas. Todos os seus tem que estar preparados para tudo, e usar fortes coletes para evitarem seus óbitos.
– Vinícius: Sim. Avisarei.
– Luciano: Agora. Vamos tratar de um outro assunto. Lembra mais cedo quando lhe perguntei se conseguiria viver no comando de Dendróvia Dekan sem mim?

Vinícius logo se assusta, pois percebe que aquilo que pensou era verdadeiro.
– Vinícius: Lembro. Cara. Não faça isso, estou mandando. Não permitirei que saia do comando de Dendróvia por causa de um futriqueiro que não tem aonde cair morto, e vem aqui brincar o cara de nossa cidade. Nem vem, que não tem.
– Luciano: Não...

Luciano esboça uma risada.
– Luciano: Nem pensei nisso, Morre-Arth hoje é pouca coisa. Só fico triste pelas mortes de nossos moradores, e pelo estrago que causa, mas nada que não possamos dar um jeito. Mesmo porque, só falei em férias, não em renúncia. Fique tranquilo.
– Vinícius: Anda assim. O que está pensando em fazer? Sair? Dendróvia precisa de você.
– Luciano: Exatamente. E não podem contar comigo se estiver tendo um ataque do coração por estresse de trabalho. Não que isso seja ruim. Amo trabalhar por nossa cidade. O problema é que sinto que preciso dar um tempo, temporário. Tenho campos em minha vida que estão estagnados, e preciso dar um jeito de fazer isso fluir. Posso ser um governante honrado e respeitado, mas ainda sou um jovem de vinte e quatro anos assim como você. Preciso viver minha juventude, visitar a família que há tempos não vejo, visitar minha cidade natal, serenar minha cabeça. Essas coisas. Espero que entenda.

Aquiles suspira.
– Vinícius: Eu entendo. Está certo. Vai ser duro esse tempo sem você, mas nada que eu não dê jeito.
– Luciano: Falei com o Nicrons e o Zé. Eles irão me substituir até lá.
– Vinícius: Quanto tempo pretende sair, e quando?
– Luciano: Apenas um mês. E quanto sair, acredito que assim que o caso do Morre-Arth terminar. Irei anunciar meu recesso amanhã, em um parecer de pronunciamento perante a imprensa, alguns empresários, e alguns representantes da classe operária. Creio que em três dias já não me verá por aqui.
– Vinícius: É uma pena, mas que consiga descansar a cabeça e volte aqui daqui um mês como um novo homem.
– Luciano: Irei. Agora devo continuar com meu trabalho, organizando os detalhes do parecer com o pessoal vinculado com a imagem do Conselho, os "DDC's". Quanto ao Morre-Arth, espero que antes da noite ele ainda esteja preso, e dou boa sorte para você e sua equipe o deter e encarcerar esse vilão de uma vez por todas.
– Vinícius: Obrigado, para você também. Irei me empenhar em capturá-lo, dar todas as minhas forças, e ligar para a academia e exigir coordenadas desse lunático, agora mesmo.
– Luciano: Vá. Nos falamos mais tarde.
– Vinícius: Até lá.

Levantando-se, Aquiles se retira do escritório de Oliveira aonde o mesmo pega o telefone e disca para o andar um do prédio do Conselho, o qual de fato era relacionado com a imagem do mesmo tendo em mãos também uma rede televisiva chamada de "Dendróvia Dekan's Channel" (DDC), que foi o termo usado pelo governante. Mesmo com o clima de amizade e soluções lhe passadas pela conversa, Vinícius ainda estará preocupado. A partir de agora, era só ele que teria que gerir toda aquela megametrópole, desconsiderando a ajuda dos dois indicados John Nicrons e José Luiz. Ia ser algo complicado, porém ficar pensando no futuro não iria dar em nada, e sabendo disso ele pega seu celular e faz uma ligação como planejava anteriormente, porém não para um policial presente no momento na academia de Dendróvia, mas sim para o oficial Victor M. Geeare querendo saber mais do roubo da viatura que dirigiam, e o porquê dos dois ainda não estarem no caso. Vendo o celular tocar, Mega logo o atende e primeira pergunta a ser feita era aonde eles estavam. O som fundo era de tumulto, e a resposta foi que ambos estavam andando pelas povoadas ruas do centrão bem próximos do prédio do Supremo Conselho, e pede desculpas pela demora explicando que Morre-Arth atacou bem debaixo do nariz dos dois sem eles o terem percebido, roubando o automóvel com o celular de Batista enquanto ambos descem numa padaria comprar um salgado já que João havia dito que estava com fome, por não ter comido no almoço. Vinícius então pede detalhes, enquanto entrando no elevador e clicando "G" para poder se dirigir a garagem, e o policial continua dizendo terem sido socorridos por Leonêncio Viena - um conhecido de ambos - e levados até metade do caminho, porém aconteceram problemas e o mesmo teve que rapidamente se retirar forçando-os a continuar o caminho apé, reclamando do cansaço que foi estarem indo até lá. Aquiles então não hesita em oferecer carona, informando que a missão do momento era capturar Gustavo usando a bendita viatura policial roubada como ponto de coordenadas, e ajuntar outros policiais para fazer uma armada próximos das duas residências do alvo, informando assim que o caso estava prestes a ser encerrado. Ele também diz que o prédio do SC foi atacado justamente pelos mesmos, usando a própria viatura dos dois, e surpreso Mega informa que não precisava da ajuda de Aquiles pois preferia agir com independência, ainda mais considerando que em suas palavras já estava bem próximo de seu ponto, e esperava que mesmo com o choque conseguiria arrumar duas motos para poder continuar a missão a seu estilo, e não "nas costas de Vin". Para compensar o prejuízo dado, ele oferece-se junto a Batista para coordenar o esquadrão que iria se por contra os dois nas áreas próximas as casas de Arthur, e bem próximo a sua moto Aquiles responde que para então eles teriam que se apressar, pois o tempo já estava bem finito e tudo tinha que ser feito com precisão para evitar que a oportunidade de sanar o problema seja perdida por nada. Assim termina a ligação, com o oficial informando ao superintendente que seriam tão rápidos quanto o cobrado, e podiam contar com a presença dos dois no caso, e uma vez desligada, o jovem tem a oportunidade de começar a perseguição à Morre-Arth ordenando ao esquadrão policial de Dendróvia a precisão da localidade da viatura de Batista, que é informada por um sistema de GPS (que não estará sendo usado) embutido em todos os carros da polícia do município e posta como base para o próprio que ligando sua veloz moto, parte para a captura de um dos maiores terroristas da história daquela cidade, sem quaisquer nervosismo. Mal sabia M-A que o jogo tinha virado.

As ruas ficam alvoroçadas, os meios de comunicação incessantes e com o tempo a imprensa obtém conhecimento sobre o pronunciamento do Supremo Conselho beirante ao caso que chocava todos os Dendrovianos no dia seguinte. Do grande fórum até a menor das residências rurais; todos diante de um televisor, assistindo um relatório feito pela equipe do Undertown sobre as mortes no prédio administrativo, e o fim que era a busca por Arthur. Uma pessoa totalmente desaparecida. Muitos homens na academia ficavam vigiando os passos do terrorista via sincronismo, fazendo anotações sobre, e passando todos os dados para todos os ligados a corporação via um sinal especial. Vinícius e os policiais sabiam que Morre-Arth e Marlon estavam fazendo a volta num cruzamento bem próximo à zona norte; hora de ficar apostos. Estrategicamente, viaturas descem as ruas para localizarem o carro roubado, confirmarem sua posição e logo depois saiam dando posição para outras. Isto fazia com que elas pudessem fechar o carro do criminoso naquela região, e M-A percebia isso. No entanto, no rádio central apenas uma notificação do caso no prédio do S.C foi emitida. Liderando, ele passa a Marlon a missão de alternar as rotas usas, porém tudo era em vão, sempre uma autoridade surgia no trânsito fazendo-os sempre buscar discrição. Era como se estivessem encurralados, e antevendo o que teria por vir, Gustavo toma uma decisão importante. Já nos limites do norte, eles adentram um túnel e em sua escuridão prosseguem até o final, adentrando em um bairro menos cheio de prédios corporativos, dando de frente com residenciais de classe média e um grande camelódromo, além de uma importante avenida. Desviando-a, eles seguem o GPS que indicava um matagal bem próximo e lá largam o carro de polícia a esmo, deixando os pertences pessoais de Batista e Mega e apenas pegando o que os seria útil. Eis um triunfo contra a corda dos superiores em Dendróvia, mas numa grande e populosa megacidade como um de rosto tão inconfundível como Morre-Arth iria passar mais ileso por duzentos quilômetros apé sem ser reconhecido? Simplesmente não vai. Marlon, com características faciais menos reconhecíveis, compra um boné em uma boutique barata ali presente que é uso por Gustavo para camuflar sua face, e com jaqueta na cintura e os rasgos escondidos e disfarçados, e além de cabeça baixa e passos rápidos, és feita uma boa maneira de se tornar temporariamente um civil, e dá certo. Muitos de lá faziam o mesmo, ou pela ausência da beleza ou por baixa alto-estima. Brilhante. Marlon dá a ideia de passaram um tempo num clube ou bar, se divertindo, mas M-A é contra usando mais uma vez como justificativa o caso comprometedor no museu. Ai que surgem uma ideia, quando nota uma circular passar por um ponto e recolher passageiros. Sem dinheiro e não querendo assaltar, a saída era as quantias de Marlon como pague da passagem até a zona leste. Um espírito de discórdia o surge, pretendo usar seu dinheiro apenas para divertimento. Com um revólver disfarçadamente apontado a suas calças, Gustavo o faz mudar de opinião. Eles sentam ao lado de uma idosa que pressentindo a energia começa a se assustar, e alguns chamam atenção a Morre que olha para os lados fingindo não ser com ele. O ônibus chega e eles compram a passagem, no entanto impaciente ele se irrita com o maquinista que estranha uma cicatriz que o terrorista tinha nos braços. Dito que foi problemas na infância por Marlon, eles sentam em um lugar vazio e passam daquele lugar para outro. O tempo estimado seria de uma hora e meia até a rua Poppsdadle, um tanto distante da Reprolt. Uma facada do velho tédio para Marlon, que sentava esperando para tudo aquilo acabar, enquanto mais conformado e discreto, seu companheiro olhava para a janela e via o mundo de Dendróvia Dekan andar. Com ele, policiais indo em direção ao matagal. Motivo de riso sarcástico da ironia presenciada, que chama a atenção do trabalhador de trás que volta a fazer o que estava fazendo. Internet conectada com o WIFI do lugar, Rodriguez se comunicava via redes sociais com seus amigos de seu bando, dentre eles a própria Manuela que afirmava já ter entrado na zona leste, e um outro apelidado de "Time" que conversa com ele durante a maior parte do tempo. No diálogo, assuntos Dendrovianos ficam em pauta, como a segurança do lugar, política, criminalidade, e pontos de lazer bem reconhecidos no lugar, que chamam a atenção de Rodriguez que apreciava uma boa aventura para maiores de dezoito anos. Infelizmente, por estar em missão, ele não podia se dar ao luxo de isto, mesmo estando bem na região aonde isto florescia, no entanto a ambição não fica calada. Gustavo por sua vez apreciava a paisagem como sempre pensante, vendo um morrinho andando ainda por aquela região aonde crianças empinavam pipa, brincavam de amarelinha, e um casal de adolescentes enamorava em cima de um muro de tijolos. A troca de gracejos desperta mais uma vez o ciúmes que tinha sobre Arthur, que era tão destrutivo quanto indomável. Ele acaricia seu revólver muito ansioso para usá-lo, mas não valeria a pena pois não estava em sua presença. Ele queria saber o status da missão de Emanuela, nem se fosse para mandar ela por seu inimigo como refém, mas de nada valia, ela ainda não estava lá. O mesmo homem viu o que está acontecendo e passou recado a outro que vai até o maquinista. De repente, um número é discado e minutos depois toda a locomotiva para. Um grão-mestre sobe no ônibus e todos ficam atentos. Dando o pretexto de averiguação de segurança, ele vai até a dupla e encarra os dois. De cabeça abaixada Gustavo estava lá, sem reação, e Marlon o olhava cético. Ele os chama pelos nomes, mas Rodriguez diz que não o são. O homem de trás se rebela, indicando a presença da arma e o oficial os puxa para revistar. Como primeiro, Marlon é pego por outro policial e é acho um revólver. Ele começa a rir quando vê rapidamente Morre-Arth levantar-se e dar uma facada nas costas do oficial responsável. A população grita e com tiros ele mata uma fileira de homens da lei que estavam lá, e seu acompanhante mata o dito "X9" por tê-los entregado. Saindo da situação intactos, eles adentram becos, pulam muros e cruzam com gatos até se localizarem pela presença típica da marginalidade ainda na zona norte. Quando eles chegam quase em um viaduto, cansados de tanto correr e se apoiando em planchas de madeira apoiadas em muros, em um canteiro de obras, M-A começa a se queixar de como as coisas estavam indo.
– Morre-Arth: Maldito seja, Arthur. Maldito seja. Como já imaginável, ele pôs todas as tropas a minha procura, dificultando a minha livre circulação na cidade e me limitando a apenas essa região. Temo que o Conselho já tenha sido mais rápido e posto Arthur L. Neto em proteção policial, prevendo que eu poderia driblá-los e chegar matar o grande ícone histórico dessa cidadezinha antes que pudessem fazer alguma coisa. Sacanagem. Nossas únicas opções são de roubar um carro qualquer e prosseguir, assaltar um táxi e obrigar o refém a nos levar, ou sentar num banco feito bestas e esperar sermos descobertos ou a Manulua terminar com seu serviço e o nosso. Isso é inadmissível. Marlon, conhece a sede do órgão em que protegidos pela lei se situam?
– Marlon: Não, não conheço. Mas eu posso perguntar pra alguém da Corporação com meu celular. Eu acho que devíamos nos esconder até a poeira abaixar. Só acho também.
– Morre-Arth: Marlon! Não temos tempo para ficar nos escondendo. É tempo de agir! Tem alguma ideia plausível?
– Marlon: Tenho sim. Podemos ir atrás de reforços. O povo de Dendróvia só está se achando experto, por que tem tiras por toda a parte e um sistema nacionalista rígido. No entanto, não há nada que não há uma brecha, Gustavo. Lembre-se disso. Esses "dezentos" sempre foram fáceis de derrubar, mesmo agora. Relaxa. De fato, eles podem estar tratando de proteger Arthur, mas deixe eles protegerem, e nós quebramos a proteção. Dendróvia não é uma cidade perfeita, é uma metrópole que com o dinheiro investe em varrer as sujeiras para os cantos e proteger sua "mega-imagem". E nesse tabu que está a solução para nossos problemas. Falei com Time pelo Whatzapp e ele disse que essa sujeira tá aqui, nesse solo aqui que pisamos. Zona norte. Cara, podemos facilmente ir atrás de descobrir aonde os ratos Dendrovianos habitam e pedir apoio nesse caso e instrução, já que pô... somos o Grito da Justiça, caramba. Nós somos o que os tiras temem em toda a Walker Luie, muito mais rica e reconhecida do que esse povinho chupinha do Arthur. Somos a assombração dos certinhos, os que poem fogo nesses bando de otários ai de terno; a lei foi feita para tentar nos conter. Sacou?
– Morre-Arth: Entendi seu ponto de vista. A credibilidade da Corporação é algo almejável e pode ser moeda de troca em prol de futuros serviços, realmente. Boa ideia. Como pretende dar extensão a este plano?
– Marlon: De uma maneira bem simples e fácil. Time não me deixou só com essa informaçãozinha só não. Tem mais. Eu já sei aonde esse povo que falamos requenta. Num clubinho aqui perto chamado The NoiaTown.
– Morre-Arth: NoiaTown? Um clube? Já não estou gostando.
– Marlon: O que eu sugiro é o seguinte, você gostando ou não: nós entramos no Noia se passando por visitantes e vamos ficar de olho no pessoal de lá, nos enturmarmos, "papapi papapá", e ai quando a gente se ver na frente dos caras certos nós começarmos a nos apresentar formalmente, e passamos o esquema todo. Você com esse seu jeito selvagem de ser, e eu com a minha "refinância" magnética.
– Morre-Arth: O plano me pareceu sério de início, mas agora estou percebendo um interesse seu em gozação, como de costume, e tenho quase certeza que está me tentando para adentrar numa encrenca tal como foi na FonserNicol. Não é mesmo? Saiba que o jogo é real e se formos pegos vamos pra cadeia. E eu não saio daqui sem ver o crânio daquele playbozinho pegar fogo, entendido? É tudo ou nada, entendeu!?
– Marlon: Então tá bom, pegamos um carro e vamos continuar nesse passeio até a zona leste, suscetíveis a mil e uma retaliações por parte dos Dendrovianos. Tranquilo. Deixamos a oportunidade de uma quadrilha nos encobrir e nos direcionar à presença de Arthur, com o apoio inclusive da Manulua que do jeito que ela é vagabunda vai pegar a nossa parte de ida à casa daquele idiota por uns trocados a mais, ou a chance de poder roubar tudo o que ver pela frente. Mas se seu gosto é outro, vai nessa. Não é por que tem medo de frissons que vamos perder a viagem.
– Morre-Arth: Gostaria de falar com o Time e averiguar se está estória é autêntica. Pois tempo é algo valioso, e não quero perder o meu para interesses banais que podem ser feitos depois da execução de nosso alvo.
– Marlon: Aff. Essa é pra acabar.

Marlon tira do bolso seu celular e passa a ele toda a conversa escrita, que é lida enquanto ele se esconde em uma plancha de madeira de eventuais passadas de viaturas.
– Marlon:Tá vendo. Eu quis sim curtir um pouco, mas a parada é séria, o NoiaTown é uma situação. E tem fama de problema pros panaquinhas do Conselho.
– Morre-Arth: Muito bem, me convenceu. Vamos ao NoiaTown. Com o abandono do carro da polícia a academia de polícia deve pensar que seguimos apé até as casas do Arthur, se tiverem os arquivos já que eu corrompi os endereços que tive acesso. Seguindo este plano, estamos dando o baile nesses infelizes, usando da imprevisibilidade contra eles aliando-se a seus maiores inimigos. Não importa o que eles tenham a nos combater. Marlon, localize este clube.

Rodriguez faz o que é pedido, usando do GPS como objeto de busca.
– Morre-Arth: E então?
– Marlon: Calma, oxê. Aqui. Fica em menos de sete quadras. Dá pra ir andando numa boa até lá.
– Morre-Arth: Já está quase ficando de noite, então já deve estar carregado de frequentadores. Excelente. Porém, quero que contenha sua animação pois isto aqui é uma missão, e depois dela que podemos curtir. Seriedade e sagacidade são a chave, Marlon. Aprenda, pois irei cobrá-lo naquele clube. Quero terminar isto ainda hoje.
– Marlon: Gustavo, Gustavo, chato como sempre. Tá bom, saco! Vamos logo, já estou com raiva.
– Morre-Arth: Use sua raiva como determinação. Agora vamos. Vamos acabar com essa história.

Assim eles saem daquele lugar e voltam a calçada, andando rumo ao The NoiaTown sem chamar a atenção entre os pedestres que cruzam. Poucos minutos depois, eis que chegam bem na frente da faxada do clube, que deixava seu lema de "sem regras" bem nítido bem na cara. Extravagante, diferente dos outros prédios, provocador, e enorme, o lugar - obra de Henry Mathut - era bem chamativo e com uma enorme porta automática dando entrada a um moderno e empolgante bar. Ainda no lado exterior, um smile amarelo com a capa do Batman olhando para cima piscava como muitas luzes e letreiros que encima do todo anunciava a certeza de que os dois haviam chegado no lugar certo, e eis que os dois entram com Gustavo um tanto impressionado e até amedrontado com o que estaria por vir, uma vez que só pelo que podia se ver de fora o que tinha dentro não era pouca coisa. Luzes artificiais vinda de um piso preto de mármore eram a entrada, com um mapa e textos da administração colocados numa vitrine colada à parede, apresentando os mesmos e os colaboradores. Morre-Arth dá uma olhada e nota empresas / comércios importantes vinculadas ao clube, tais como a Stillvolle Music Agency - uma entidade ligada a agenciação de iniciantes cantores, compositores e ligados a música - ; Kearlamber - uma marca de cervejas produzidas em Dendróvia ; e o que chama mais atenção: canal Undertown. Por trás de uma porta disfarçada de parede preta - um costume por ali - eis que eles cruzam com o bar mediante a uma música eletrônica fundo e pessoas conversando em mesas típicas de Happy Hours, vestidas para noitadas e uma mesa com mais cadeiras comemorando um aniversário. A primeira vista tudo aquilo era inocente, com um barman chamado Erick limpando taças servindo dois homens acabados. M-A se irrita com isso, mas Rodriguez o adverte que pelo que bem conhecia o lugar em suas lendas, o pior estava bem por baixo. Eles prosseguem ao bar, notando uma porta com os dizeres só para membros. Marlon pede uma tequila bem forte pois estava afim de gastar o seu dinheiro, e o rapaz atônito o faz e prepara uma conta para ser paga depois, com um olhar claro de rejeito por não estar tratando de membros. Homens de terno passam bem arrumados, e entram justamente para onde Ferreira olhava: a porta dos VIP's. Seu companheiro no entanto estava de olho num grupo de amigas que adentravam numa balada popular do outro lado, vestidas com vestes curtas um tanto vulgares chamando o lobo que existia dentro daquele terrorista pronto para sair. Há uma divergência de interesses.
– Morre-Arth: Olhe, Marlon. Há uma porta desprotegida, sem seguranças, que dá entrada para o interior desse lugar. Podemos passar por lá sem sermos percebidos. Você notou a presença de câmaras? Pois eu não.
– Marlon: Claro, claro. Pode ser.

Percebendo o seu amigo babando, ele pega seu revólver e o lasca em seu quadril, fazendo o mesmo quase gritar de dor.
– Marlon: DESGraçADO! Filho de uma égua! Cretino!
– Morre-Arth: Acho bom ter bons modos. Não viemos aqui olhar bumbuns e seios das mulheres, mas sim concluirmos nossos propósitos e sairmos de Dendróvia Dekan sem sermos percebidos. Por sorte pela ausência de luz que este lugar tem, duvido que alguém nos note aqui. Levante essa bunda dai e vamos lascar fora.
– Marlon: Calma, calma. Deixa eu terminar de beber esse drinque aqui. Não vamos fazer a desfeita.

Rodriguez o bebe.
– Marlon: Agora, tenho que fazer uma ligação.

O homem sai do banco e pega seu celular. Morre-Arth igualmente levanta e vai com ele disfarçadamente.
– Morre-Arth: Aonde pensa que vai?
– Marlon: Falar com a Manuela, porra. Me deixa em paz.
– Morre-Arth: Acho bom colaborar, está bem. Senão eu o mato e o deixo aqui como quer. Agora, concentração.
– Marlon: Ok, ok. Eu vou colaborar! Só me deixa contatá-la e eu já volto, e dai em diante nós vamos sem mais interrupções. Pode ser?

M-A não responde e Marlon disca o número de Manulua e sai de perto do mesmo. Ele ficava reflexivo, focando em seu ódio contra Arthur e tentando relacionar aquele clube, com aquelas pessoas as quais via, com a missão de matá-lo. Tudo o que via lá eram a iluminação que ascendia e apagava automaticamente, e grupos de amigos que comemoravam a situação com brindes de bebidas alcoólicas. Ao menos naquela sala nada podia ajudá-lo em seu objetivo. Com essa conclusão feita, Rodriguez volta.
– Marlon: Pronto, ela topou. Só por cinquentão a mais. Que menina barata.
– Morre-Arth: Não importa. Vamos logo invadir aquela porta. Você me trouxe aqui, agora me instrua como esse lugar pode servir para nosso plano.
– Marlon: Aff, calma! Eu te levo até a bandidagem, te apresento aos mesmos, e depois você larga do meu pé enquanto eu volto aqui pra alguns minutos fazendo meus gostos. Pois caso não lembre, eu to fazendo isso de graça. Combinado?
– Morre-Arth: Desde que haja resultados, combinado. Senão, acho melhor fugir de mim.
– Marlon: Devia agradecer por eu ser o único que não faz isso.

Eles vão em direção à porta, e tentam puxá-la sem resultado. Um mecanismo presente nela os nega, pois conectada com um leitor de faces, nada no registros os creditava como membros do clube. Enervado, Gustavo prepara sua arma para uma invasão, mas Marlon o nega ataque percebendo dois homens vindo em sua direção. O garçom que os atendia, Erick, observava tudo. Do nada, Rodriguez começa a por em prática um plano para poder entrar.
– Marlon: O que está acontecendo com está máquina!
– Homem #2: Ela está com problema de novo?
– Marlon: De novo! O povo dessa joça aqui não sabe concertar seus próprios aparelhos!

O primeiro rapaz puxa a porta e o leitor o permite passagem.
– Homem #1: Recebi um e-mail de que o sistema foi reiniciado junto com os cadastros semana passada por conta justamente do computador que tinha quebrado. Sua identidade pode ter sido deletada, junto ao seu...

Ele estranha as vestes de Morre-Arth. Marlon se arrumava bem, estava ainda perfumado já que seu perfume era forte e mesmo com um dia inteiro caminhando no sol quente e ficando esperando dentro do carro, ainda apresentava um bom aspecto. Já seu amigo demonstrava bem que não era muito vaidoso.
– Homem #1: Convidado?
– Marlon: Sim. Esse aqui é o Juca Pal, da comunidade aqui perto. Ele me salvou de um problema que tive em minhas contas uma vez, e resolvi trazê-lo para conhecer já que tinha a curiosidade. Poxa, como o pessoal do Conselho maltrata seus cidadãos.

M-A se irrita.
– Homem #2: É verdade. Minha prima é dessa comunidade, e caramba. Como o sol desgasta, e ainda esses políticos que dizem que vão colocar saneamento básico. Poxa, bota básico nisso. Tem horas que a água nem vem. Sua família deve passar um sufoco.
– Morre-Arth: Nem tanto. Moremos aqui, mas não somos tão pobres. O que a vida não nos deu de vantagem nós acrescentamos em nossos esforços, diferente de alguns que nm tentam.
– Homem #1: É verdade. Luciano Oliveira. Mas, enfim. Podem passar. Se precisar vamos ao festival de drinques exóticos, podemos ter um alto papo sobre o sistema falho que é o Conselho.
– Marlon: Já temos um objetivo traçado, mas se sobrar tempo eu estarei lá.
– Homem #2: Ótimo.

Os dois homens se afastam e os terroristas entram num corredor laranja, sendo olhados pelo barman que logo disfarça.
– Morre-Arth: A próxima vez que me chamar de mulato carente eu te viro em dois, moleque.
– Marlon: Admita, foi brilhante. Você querendo "matar" a porta.
– Morre-Arth: Foco!

Dentro do espaço VIP o cenário era outro. Eles dão ao encontro de uma balada mais aberta, mais vulgar e ironicamente mais refinada, pela presença de pessoas acima da classe média. Palavrões, funk e muitas outras coisas denunciavam que mesmo ricas, os presentes não eram nada modelos na sociedade Dendroviana. Muitas portas que davam acesso a outros setores podiam ser vistas. Havia um motel recheado de quartos; um cômodo grande de strip-tease cheio de homens pagando as prostitutas por danças; um salão de filmes vinculados com o NoiaTown; uma sala aonde muitos casais e amantes flertavam com a presença de garçons, com um esquema original de portas de vidro que se fechadas, se tornam tão transparentes quanto uma parede; e muito mais. Ainda assim, nada que pudesse valer a pena a ida dos dois ao lugar. Até o momento. Eles descem uma escada e dão de cara com um imenso casino, e em mesas chefes de gangues faziam suas apostas. Era impressionante os sons de jogos de azar e máquinas da sorte tão parecidos com o cenário auditivo dos grandes prédios de Las Vegas, com até garçonetes usando roupas coladas servindo bebidas e um enorme globo no teto transparente recheado de notas de cem em acréscimo. Diante de tantos estímulos os olhos de Marlon quase explodem por excesso de cobiça, sendo reprimida por Gustavo que depois disto se inquieta, observador, procurando a pessoa certa para poder conversar. Jogando poker, ele visa um homem de terno marrom e barba bem feita ao lado de "amigos" disputando entre outros do mesmo feitio. Ele era intimidador, e Rodriguez até fica com um tanto de medo de se intrometer naquela disputa de titãs, mas Ferreira convicto que teria resultado prossegue. Afinal, ele era verdadeiramente temido, mas diante daquela máfia seria visto muito pouco como um igual. Bem próximo, chutes de chamam a atenção bem violentos com um gemido de raiva vindo com eles. Um funcionário vai logo acudir o cliente revoltoso.
– Funcionário: Hey, você! Pare com isso!
– Rapaz: Só paro quando você me devolver o meu dinheiro, Drew! Essa porcaria de máquina comeu minhas fichas! Comeu, duas seguidas! Duas! Não vou dicar aqui jogando meu salário pros ares, isso aqui já é uma exploração; agora vê se pode chegar a esse ponto. Eu quero o meu dinheiro!
– Drew: A culpa é sua de não saber colocar fichas na máquina, e se quebrar vai ter que pegar muito mais do que perdeu. Além disso, Kirito. Como saber se não é um outro golpe como fez o mês passado!?
– Kirito: Isso aqui é uma piada. Sinceramente.
– Drew: Se está tão abalado a porta da rua é a serventia da casa. Cale-se e pare de proliferar tumulto, se não eu tomo seu cartão de membro do NoiaTown e mando direto pra fragmentadora. Entendido!?

Drew se vê diante de dois olhos cinzas o olhando com bastante ousadia, mas com um toque de ceticismo. Kirito, um jovem morador de uma comunidade da zona norte, tinha audácia, e Morre-Arth apreciava isso.
– Kirito: Tá bom. Tudo isso pra não precisar abrir a carteira e me devolver o que me foi roubado. Pode ser, aqui não tem regras, não é mesmo? Que pena. Sinceramente, pena. Sabe, já que não tem regras não há nada que me empesa de fazer isso.

O rapaz de dezenove anos dá um chute baixo entre as pernas dos atendentes, fazendo-o sentir uma intensa dor. Ele ria sendo observado por alguns homens, e alguns deles gostavam do que viam.
– Drew: Cretino... Segurança! Segurança!
– Kirito: Ué, aqui não tem regras até onde eu saiba? Nem pra mim, nem pra você. Não quer me pagar, eu entendo. Só não pode me tirar daqui, por que eu estou seguindo o lema da casa.
– Drew: Se eu te pegar na rua, tu vai ver só.
– Kirito: Tô aguardando, Drew. Que esse dinheiro venha a calhar.

Kirito sai da presença do funcionário, irritado. Ele passa tormentado por um grupo de comentadores, enquanto homens vão acudir o funcionário do Noia. Rodriguez admirava a irreverência do rapaz, e M-A a coragem. Coragem que podia ser muito bem usada a seu favor.
– Morre-Arth: Eu gostei desse Kirito. Ele tem feitio pra ser membro da Corporação.
– Marlon: Eu não sou caça talentos, mas concordo. Mesmo assim acho que um rebelde não vai ajudar muita coisa.
– Morre-Arth: Talvez. Ele pode servir nos informando mais dessa cidade e seus podres, quem sabe por uma certa quantia pode nos despistar da polícia, afinal um exército não seria o que mais precisamos, e sim pessoas competentes.
– Marlon: Sinto já ter ouvido falar dele.
– Morre-Arth: Vou ficar de olho nesse cara. Em todo o caso, vamos continuar procurando. Se nós esbararmos com ele de novo, dai é um sinal de que ele é útil.
– Marlon: Muito bem, vamos.

Flertando com duas garotas, estava um homem de terno elegante segurando um copo de cerveja. De repente, ele vê a dupla de criminosos passar e reconhece a face sombria do terrorista que atava Dekan. Seu foco sai logo das meninas, que são deixas, e vai para um evasão que o faz deixar o casino e prosseguir em um corredor laranja até uma sala de jogos, aonde depois de minutos ele se encontrará com um homem de gravata vermelha jogando sinuca e derrubando no buraco duas bolas. Ele se vira para o rapaz e o identifica como é: Victor Geeare. Sim, o policial. Ele estava lá no NoiaTown ao invés de estar indo até o prédio do Supremo Conselho como comunicou a Vinícius. Na realidade, aquilo não passava de uma mentira estratégica para justificar sua ausência junto a Batista no caso. Porém, este a sua frente não era seu companheiro de trabalho, era um afeto bem popular entre os Dendrovianos, por ser um "rosto bonito" dentre muitos comunicadores do ramo jornalístico. Em palavras mais precisas, um empresário e apresentador do canal Undertown. Este era Levine Tavares.
– Levine: Mega!? Por que tá com essa cara?
– Mega: Aonde está o Batista?
– Levine: O B foi encher a cara, aquele desgramado. O que aconteceu, levou um fora daquela ruiva?
– Mega: Ha... Estou pensando em trabalho de novo, só isso.
– Levine: Meus pêsames. Eu admito, pronto. Te atrapalhei hoje te trazendo pra cá, mas qualé, foi pelo Undertown não foi?
– Mega: Aquele idiota do Morre-Arth roubou o nosso carro.
– Levine: Ainda terá a sua vingança. Enquanto isso, deixa o Aquiles plantar cebola e vamos continuar curtindo. Não é por isso que ele vai te demitir, se tem autoridade e coragem pra isso. Qualquer coisa eu te arranjo um depoimento de que você perseguiu um cara que furtou uma padaria lá perto do Conselho, pois o resto da academia não podia lidar com crimes comuns, já que estavam ocupados demais lidando com um corno renegado.
– Mega: Em todo caso...

Com os olhos ele procura seu parceiro, e o encontra conversando com dois homens no banco do bar.
– Mega: [...] Tenho que falar com o Pita. É importante.
– Levine: Se insiste. Boa sorte.

Ele vai até Batista, que igualmente estranha o aspecto sério de Mega.
– João Batista: ...pois é, meu caro. E ainda querem que pagamos pensão pra estas... Mega! Cara, o que aconteceu com você? A ruiva de chutou a bunda pra estar desse jeito?
– Mega: O que? Todo mundo falando dessa bendita ruiva! Não. Eu vim aqui pois tenho algo importante pra falar com você.
– João Batista: Fala.
– Homem #1: A gente já tá indo. Não queremos atrapalhar.
– João Batista: Falô. Não paga, cara. Escuta o que eu tô te falando.
– Homem #1: Vamos ver o que a mãe vai dizer. Tchau.

Os rapazes se retiram.
– João Batista: Agora pode.
– Mega: Cara. Eu não sei se estou meio chapado, se tou inteiro, mas vi o Morre-Arth lá no casino há alguns minutos.
– João Batista: Eu falei pra você não beber aquele vinho, tava estragado.
– Mega: E se for verdade? Vá saber. Nós temos que fazer alguma coisa. Já não estamos colaborando com a tarefa que o Vinícius passou, agora vamos deixar o criminoso escapar sendo que ele veio até nós.
– João Batista: Pois é. Eu to com vontade de bater na cara de besta daquele infeliz, então vamos. Não tenho mais nada pra fazer aqui mesmo. Quem sabe eu ainda não aposte em alguns jogos, e saia daqui com minha aposentadoria e não precise mais trabalhar pro Aquiles.
– Mega:Então mete fora desse banco ai e trate de me acompanhar. Se for mesmo verdade, vamos fazer esse projeto de terrorista pagar por ter se metido conosco.
– João Batista: Muito bem.

Ele levanta-se e chega por trás de suas vestes para ver se a sua arma ainda estava lá, e a prepara.
– João Batista: Mas se for efeito da bebida vai ficar me devendo, e olha que eu cobro, hein.
– Mega: Eu acho que não. Então se não for, é você que vai me dever.
– João Batista: Veremos.

Aos olhos de Levine, os dois homens saem daquele salão de jogos e adentram num corredor preto com luzes artificiais laranja vindas do chão, afim de ir confirmar se Victor realmente tinha visto um terrorista em seus tempos de curtição no casino, o que para sorte financeira do mesmo era verdade. O dia já havia se passado quase por completo, e já ameaçava a qualquer momento dar o pôr-do-sol e iniciar uma bela noite de lua cheia. Cada minuto desde o início da tarde que se passava foi tomado por mais pânico e medo pelos cidadãos da cidade, e a esta altura eles já estavam se organizando para exigir um posicionamento do Supremo Conselho quanto a isso. Assim, o prédio estava saturado de tarefas e obrigações a cumprir, e toda a academia de polícia dispersa em cada canto da enorme Dendróvia em busca de ninguém menos do que Morre-Arth. O ponto zona norte era o que estava mais visto, e Vinícius nesta hora o adentrava recebendo um telefonema de Luciano que esperava por notícias, e soube que M-A foi perdido de vista pelo batalhão da polícia, para seu infortúnio. Ele já estava sendo muito cobrado por uma explicação oficial, e o parecer estava sendo organizado por encarregados para pouco tempo depois do amanhecer do dia seguinte, mas isto não era o bastante. Opositores temendo um prejuízo em suas propriedades incitavam cobranças e críticas, provando já estarem muito bem instruídos sobre o caso por muitos canais, como o Undertown que mesmo sem Júlio Tavares para anunciar a novidade contava com a ajuda de Emanuel Fernandes para a tarefa - ótimo para quebrar o galho da emissora. O caus floria em Dendróvia Dekan, e neste meio que Manulua - a agente da Corporação - andava pelas ruas da zona leste repletas de árvores e passava em frente de uma loja de televisores vendo a novidade, e uma reportagem sobre o passado de seu superior. Ela continuava caminhando, bem próxima da rua Reprolt e em menos de dez minutos obtém a localização do endereço passo, vendo uma grande casa de madeira com um mato indomado. O verde tomava conta da mesma, e discretamente ela caminha como se a casa fosse sua. Não havia nada que a impedisse de quebrar a porta com um chute; nenhum carro da polícia, nenhuma fita, nenhuma blitz, nada, embora ainda se possa ouvir o som regular de sirene que se passava de dez em dez minutos pela rua. Dentro da casa, ela caminha pelos corredores. Muitos livros, aparelhos eletrônicos, mesas, escritório, cozinha, itens de decoração, e muitas plantas selvagens. Os aspectos silvestres revelavam uma verdade: aquela casa estava abandonada. De repente ela abre uma maçaneta, e com ela adentra um grandioso quarto cheio de itens de conforto, como sofás, uma grande cama, muitas janelas, e até mesmo veludo. Muitos livros ali também tinham, mas nenhum Arthur L. Neto. Isso a irrita, indigna de ter ido até ali atoa, e para saciar a raiva ela localiza um cofre e com conhecimentos adquiridos antes o arromba, tomando o que tinha ali dentro para si. Assim, ela teria apenas que ir aonde a dupla não foi para completar sua missão, mas para informar os pagantes sobre o que viu ela liga para eles que circulavam pelo clube NoiaTown. Minutos já tinham se passado, e com eles passos haviam sido dados. Apostadores, bêbados, hipócritas e insolentes foram muito bem visto pelos olhos críticos de Morre-Arth, e considerados irrelevantes para a tarefa, mesmo com a aprovação de Marlon. O casino não foi o único lugar que perambularam. Muitos outros pontos do clube foram vistos, desde uma lanchonete até um motel aonde homens levavam prostitutas para se divertirem, e nada lá se mostrou útil. Mega e Batista foram aonde os dois foram apontados, e não viram nada de anormal lá. Victor ficou confuso, pois no fundo sabia que o que viu era verdade. João temia ter seu amigo louco e resolve voltar a companhia de Levine. Insatisfeito, Geeare impossibilita isso o empurrando para um passeio, e nele abordam de garçonetes a homens populares em busca de respostas, dando a eles a descrição física para informar sobre o paradeiro. Ninguém os viu, porém, Batista sabia que fazer isso era em vão e fala que a única possibilidade de saber disso era, pela ausência de câmaras naquela parte do casino - devido a nem tudo lá ser considerável legal - o único ponto confiável de se saber se realmente aquela visão era certa era justamente perguntando ao barman se ele viu os dois entrarem, uma possibilidade igualmente pequena. Era impossível deles terem passo pela segurança das portas automáticas. Somente com muita sorte. Isto desiludia Mega, sem saber que estaria dando benefícios a dupla de criminosos. Estes por sua vez recebem a ligação de Manuela, e têm em seu consciente o estado da casa situado em demais informações. Ela conta tudo o que viu, como o que assistiu brevemente nas telas de televisores em uma loja, na qual moradores da região eram ditos como fervorosos, e a polícia também, passando a real que seria uma questão de tempo para que os dois fossem descobertos e pegos. Terminada a chamada, Marlon conta para seu amigo tudo o que ouviu e uma pergunta em um campo intenso fica carente de uma resposta: "E agora, o que vamos fazer?".
– Morre-Arth: Marlon; eu desisto. Desisto de continuar procurando. Somente vi uma aparente gangue aqui neste lugar, e estes por sinal estes já se foram. Neste clube não há quem possa nos ajudar, e você nos meteu em uma enrascada; novamente.
– Marlon: Por favor, Gustavo. Aqui não é um poço sem água, porra. Tinha sim gente com pinta de malandro, e ainda, podemos sair daqui a hora que quisermos e nos misturar a multidão, ou roubarmos um carro aqui mesmo e vazarmos. Nada nos impede disso.
– Morre-Arth: Como você mesmo ouviu, a polícia de Dendróvia Dekan está concentrada justamente na zona norte, e a própria população está alarmada! Palavras de Manuela. Traduzindo. As chances de sermos reconhecidos nas ruas são maiores, e isto nos limita á uma situação extremamente delicada. Acima de tudo, fugir nem é o que estou mais pensando. Ainda pretendo concluir a missão, e como fazer isso enquanto essa condição só promete em se dificultar!? Percebo que vir aqui foi uma furada, e que você só me anunciou aqui para conhecer o lugar, e como sempre, viver a vida de um playboy maldito que tanto almeja. Arthur deve estar rindo de mim neste momento. E a cula é sua!
– Marlon: Deixe de ser pessimista, não é bem assim. O povinho daqui nunca foi tão bom, é um fato. Nem se a gente sequestrar um cara daqui e o obrigar a nos ajudar, ou sei lá. Sair daqui a gente vai, e mesmo se hoje não for o dia, podemos orquestrar uma guerra e voltar para cá piores. Se bem que acho que nem é tanto, pois com mais procura a gente acha. Esse clube não é tão pequeno o quanto andamos.

Ouvindo estes versos Gustavo se descontrola e agride seu amigo com o cano de uma pistola. A dor do golpe bem em seu joelho era tensa.
– Marlon: Desgraçado!
– Morre-Arth: Você, Marlon. Você é culpado de tudo. Já sei, já sei qual é a tua. Trabalha para o Arthur, não é mesmo? Trabalha sim. É por isso que está me sabotando.
– Marlon: Eu não, Gustavo. Tá doido?
– Morre-Arth: Você sim! Desgraçado!

Um tiro é dado e esquivado pelo parceiro que se assusta. A bala atinge em cheio uma parede e o som ecoa pelos corredores até ser dissipado pelo poder da música eletrônica que tocava na balada não muito longe. Ainda assim, pessoas curiosas correm para ver o que era.
– Marlon: Gustavo, está vendo com seus olhos quem que armou as confusões. Pensei que esse assunto já tivesse resolvido, cara. Eu sou inocente, agora os curiosos estão vindo aqui ver o que é. Temos que sair desse corredor, me entende. Será que é difícil pra você pensar na razão sem ficar mesclando outros pensamentos vingativos relacionados ao Arthur.
– Morre-Arth: Só diz isso por que não foi com você, chupinha daquele infeliz.
– Marlon: Ótimo. Continue dando vantagem a ele.

Marlon corre de M-A e o mesmo percebe passos cada vez mais próximos. Ele igualmente corre para não ser visto, antes confirmando se não tinha nenhuma câmara lá. Felizmente, nada a vista. Uma multidão de pessoas chegam lá, inclusive um jovem de olhos cinzas que já forrá conhecido.
– Kirito: O que que tá pegando aqui?
– Moça: Ouvimos um tiro e é por isso que viemos. Parece que foi tirado pelo aquele cara que acabou de sair por aquela porta no fim do corredor.

Kirito observava curioso,, e esboça um sorriso nos lábios.
– Kirito: Deve ter sido briguinha de casal. Eu vou alertar a segurança, não se preocupem.
– Homem: Ótimo. Eu já ia fazer isso.

Enquanto isso, em um salão de tiro ao alvo, a dupla corria um do outro e adentram num porão, cheio de itens de limpeza.
– Marlon: Parabéns. Só piorou nossa situação. E agora, o que vamos fazer?
– Morre-Arth: Eu... eu não sei. Você! Você! Voc...
– Marlon: Eu não. Cara. Eu já to quase desistindo é de você, caramba. O Arthur está protegido por uns tontos políticos, e tudo mais. Se não conseguimos sair daqui, nada melhor do que partir pra ignorância. Eu vou ligar pro pessoal da Corporação e mandar um ataque, e depois iremos ligar pro Conselho e exigir que nosso inimigo seja entregue para polpar um estrago que pretendo fazer como nada seja feito. Quinem da outra vez.
– Morre-Arth: Estamos apenas repetindo erros, Marlon. Vinícius te derrotou quando fez isso, quem garante que não derrote agora.
– Marlon: Eu garanto. Melhoramos muito desde a última vez. É só nos mantermos na incógnita até lá, e nesse tempos nós...
– Morre-Arth: CHEGA!

Com outro tiro ele quase mata seu amigo, passando de raspão por sua jaqueta de couro.
– Marlon: SABE QUANTO ME CUSTOU ESSA JAQUETA, CARA? MAIS DO QUE VOCÊ GANHA! Meu, por favor. Eu que digo chega! Me esforço pra bancar você no dia-a-dia, que fica só trancado no MEU apartamento assistindo Breaking Bad, e depois eu que sou o playboy. Aceito te ajudar numa coisa que nem me associei, em um plano que não tem pé nem cabeça, e depois eu que sou o culpado por querer fazer alguma coisa sã? No museu, foi você. Aqui...
– Morre-Arth: Nenhum criminoso...
– Marlon: Deixa de quanta besteira. O que aqui mais tem é marmanjo, porra.

No meio dos ânimos, a porta é aberta.
– Marlon: Droga! Droga! Droga!

Rodriguez vira-se e pega sua arma para atirar contra o invasor, que com suas vestes pretas se camuflando naquela escuridão se assombra quando reconhece os dois.
– Kirito: O Grito da Justiça!?
– Marlon: Isso mesmo, somos nós. E pelo visto teve a sorte de nós conhecer bem agora, não é mesmo. Você tem carro?
– Kirito: Tenho um que to pagando ainda, por favor não me roubem.
– Morre-Arth: Eu conheço você. É o cara que tava brigando com um funcionário.
– Kirito: Sim, sou eu. Esse lugar aqui é uma exploração mesmo. O que estão fazendo aqui?
– Marlon: E o que te interessa?
– Kirito: Só estou sendo sociável.
– Marlon: Não precisamos disso. Vamos, que tenho planos para você sortudo da vez. Nos leve até seu carro e vemos o resto.
– Kirito: E como vocês imaginam que seriam passar por todo o NoiaTown me levando com uma arma na cabeça. Poxa vida. Eu sei que vocês dois são cheios de problemas, mas usar armas jamais pode ajudar a aliviá-los. Como acha que cheguei até aqui.
– Morre-Arth: Não queremos seu sermão. Queremos seu carro.
– Kirito: E eu não vou dar pra vocês, não. Não de graça.
– Marlon: Que pena então, presunto. Espero que consigam um bom lugar pra você como indulgente lá no cemitério, pois não pense você que irá ser reconhecido depois dessa.
– Kirito: Morre-Arth, não lembra de mim? Já nos encontramos uma vez num terro baldio aqui perto de Dendróvia. Você também, Marlon. Numa vez que estavam fazendo um protesto sobre o Arthur. É verdade que ele te chifrou?
– Morre-Arth: CHEGA!

Ele prepara-se para engatilhar, porém, Kirito levanta as mãos antes e grita.
– Kirito: Espera! Eu vou ajudá-los, acalmem os ânimos. Se atirarem de novo o pessoal irá perceber. Eu acredito que não perceberam por causa da música brega que fica trocando.
– Marlon: Ótimo, nos leve até seu carro.
– Kirito: Posso fazer melhor. Posso levá-los até Arthur.
– Morre-Arth: Como é que é?
– Kirito: Eu não sou muito fã dele mesmo, o acho um chupa-ovo do S.C. Eu não o vejo muito, mas sempre ficou lá "fazendo justiça" contra o povo que realmente sabe fazer isso. Gente dessa laia me enoja, sabia disso?
– Morre-Arth: Se fala que não o vê, como acha que...
– Kirito: Vocês não me conhecem, tá legal. Prazer, André Kazimuruto, conhecido como Kirito do Online Swort Art. Se olharem bem pra mim irão reparar semelhanças com o personagem. Eu sabia que aqui hoje eu ia encontrar as pessoas certas pro serviço que estou planejando.
– Marlon: Não espera que eu irei pagá-lo por algo, não é mesmo?
– Kirito: Olha. Eu posso ajudá-los, não sou preconceituoso. Só quero verba, ou melhor, caixotes como pagamento por não ter feito nada. Eu dei um jeito de suavizar o primeiro tiro, então estão tranquilos.
– Marlon: Caixotes de que, especificamente?
– Kirito: Armas, drogas, explosivos, munição. Tudo o que seja bélico.
– Morre-Arth: Se aceita nos ajudar, então quero que me diga uma coisa. O que está se passando com a sociedade de Dendróvia Dekan em nossa passada por cá, e como está realmente o progresso da polícia em nosso caso.
– Kirito: Vocês estão mesmo precisando de ajuda... É o seguinte.

O telefone do garoto toca e irritado Rodriguez ameaça dar um tiro. Kirito desliga a ligação a força.
– Kirito: Tudo bem, já entendi. Não atender. Enfim. Eu não lá na academia pra saber o que eles fofocam que irão fazer, mas o povo tá bem doido com a presença doceis aqui. Estão achando que irá reprisar o que aconteceu anos atrás, e economistas temem um déficit na economia da cidade com seus estragos.
– Morre-Arth: Se Arthur não estiver em minhas mãos, será muito pior que um "déficit" que a cidade irá ter como consequência.
– Kirito: Excelente. Tem um policial em cada esquina mesmo, andando de carros e talz. Críticos creem que o Supremo Conselho irá pedir ajuda para os Vigilantes, para capturar vocês. Felizmente, eles não sabem que estão aqui. Temos essa vantagem, não é mesmo?
– Marlon: Rapá, tu desatualizado. Sabemos que eles sabem que estamos aqui.
– Kirito: Fodeu. Deve ter tira em todo o canto agora. Vão ter que redobrar a guarda, pois o NoiaTown é conhecido por não ser um bom lugar, e não é incomum que eles possam ver o que se passa aqui. Pobres traficantes.
– Marlon: Uma pergunta. Gangues frequentam aqui?
– Kirito: Oxê. Mas é claro. Trazer as amantes e jogar um bom Carteado lá no casino, ou tomar um belo vinho tinto no bar. Além de outras coisas. Aqui é top nisso.

Marlon olha para Gustavo rindo.
– Kirito: Mas, enfim. Vamos. Eu sei aonde o Arthur mora, podemos ir lá fazer uma visita. Porém antes, vocês concordam em me pagar?
– Morre-Arth: Sabemos aonde ele a, e isso já está resolvido.
– Kirito: Ok, ok. Saímos daqui então, e vamos para um lugar mais isolado e pensamos em um plano melhor.
– Morre-Arth: Sabe de algum lugar aonde o sistema abriga pessoas que estão sendo protegidas de assassinos como nós?
– Kirito: Não sei, mas conheço gente que sabe. Agora levantem o bumbum e vamos, e digam para mim: Vocês vão me pagar?
– Marlon: Só que não.
– Morre-Arth: Sim.
– Marlon: Sim?
– Morre-Arth: Se fizer o serviço bem-feito prometo lhe pagar, afinal o que está fazendo é algo digno de um pagamento.
– Kirito: Oba.
– Morre-Arth: Agora, vamos. Já deve ser quase noite, portanto não quero perder tempo. Ligue para seus contatos e busque a localização desta zona de reclusão, e quero que demonstre agilidade e coesão para poder receber a quantia que pede. Qualquer erro causará em um problema sério para sua pessoa, então, espero que não erre.
– Kirito: Não erro mesmo. Já falamos para sair desse galpão ou sei lá umas três vezes, por que estamos aqui ainda?
– Marlon: É melhor não ser abusado, garoto, ou senão irá tomar no rabo de uma maneira tão abominável que irá se arrepender dessa sua audácia toda ai.
– Kirito: Ui. Sabia que era gay.

Marlon se irrita que parte para cima do garoto, mas ele é defendido por Gustavo. Por fim eles partem daquele lugar e saem discretamente daquela dispensa, passando por uma camada de pessoas que dançavam e se divertiam, como se não escutassem nada até então, indo em direção a garagem. No caminho, Kirito liga para seus colegas, e um a um recebe a desconcertante resposta que irrita pouco a pouco o terrorista anti-Arthur: "não sei". Sabendo que poderia ser morto, o rapaz vai além de preconceitos e liga para um amigo importante na sociedade que poderia lhe informar tal localização: Júlio L. Tavares - o Levine, que estava justamente no NoiaTown. Uma conversa calorosa se forma, como se fossem amigos chegados, algo que não eram. De repente Kazimuruto, por cobrança de M-A, revela o intuito da ligação, e Levine mostra-se curioso. Ele tenta indagar Kirito de vários modos, mas Kirito se esquiva como pode tentando proteger seus patrões de caírem justamente na boca de imprensa. Marlon percebe e quase mata o garoto verbalmente, porém por misericórdia Levine induz que o rapaz teria um plano contra a sociedade Dendroviana e o revela um endereço, pedindo para que tivesse juízo em suas atitudes. No fundo ele gostava da ideia. Assim, Morre-Arth consegue um endereço, e ainda detalhes que também foram dados por Júlio. Em paralelo, uma coisa que não sabiam é que aquela multidão de curiosos percebendo que o que se passou não foi dito, pela não-agitação da segurança, decidem agir. Assim, cada homem tem noção do tiro e o aviso de armas é dado para todos os funcionários. Um detector de metais é ativado na porta final entre a zona VIP e a não, e nela Mega e Batista, que indagavam Erick - o barman - notam a movimentação e complementando um comentário do mesmo, e a visão de Victor, eles chegam a conclusão: Morre-Arth está no NoiaTown. No mesmo instante, Batista sem saber da mentira do amigo liga para ninguém menos do que Vinícius Aquiles e contam tudo o que sabem. Um confronto final ameaça se formar, depois de uma severa bronca dada aos dois, Aquiles dirige sua moto para lá enquanto o agora trio estava bem próximo de sair do clube de diversões.


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Notas finais do capítulo

Continua...



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