Tudo Mudou escrita por Kit Meows


Capítulo 7
As vezes, o passado retorna.


Notas iniciais do capítulo

Olá, garotas e garotos! Aqui quem fala é a Ray e sei que vocês provavelmente querem me matar, mas fiquei sem o Word durante um tempo e admito que perdi totalmente a criatividade de continuar esta história, do mesmo modo com as outras histórias. Mas estou de volta e digo a vocês que provavelmente já tinham uma ideia de como essa fic ia seguir, digo somente uma coisa: vou transformar nossa ruiva em uma pessoa vingativa. E ela terá um cúmplice. Só isso. Espero que gostem.
Boa Leitura :3



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Clary lentamente, com uma dor infernal, abriu os olhos. A luz do sol queimou seus olhos e ela tentou acostumar com a clareza do quarto. Sua cabeça doía. Seu corpo doía. E estava com fome. Muita fome.

Olhou ao redor do quarto e não era com nada parecido da quarto que se lembrava. Esse era limpo de decorações e memórias. Apenas um lugar para se distrair. De longe podia ouvir uma música tocando na andar de baixo e tentou se lembrar o que estava acontecendo.

Abriu lentamente a porta do quarto e foi surpreendida por gritos e música alta. As luzes estavam apagadas do corredor e a única clareza vinha do pé da escada. Havia pessoas, muitas pessoas, dançando e bebendo. Castiel está dando uma festa?! Por que diabos ele não avisá-la? Ele sempre avisa!

É claro que faz apenas 4 meses que moram juntos, mas ele sempre discutiu o que seria confortável para ambos. Procurou ali de cima por ele, mas havia muitos garotos de cabelos negros, dificultando sua procura. O jeito era descer lá na multidão. Começou a andar e esfregar nas pessoas suadas e bêbadas. Olhou de novo e quase desistindo, ela o encontrou no 'bar' improvisado que era divisa da sala com a cozinha.

–Você está dando uma festa? - exclamou tentando ser ouvida por cima da música.

–Yeah, onde estava? -perguntou como se não esperasse essa ação dela.

–Dormindo no meu quarto! Você deveria ter avisado...

–Mas eu avisei... Espera- Você disse que estava dormindo? Você estava aqui comigo agorinha mesmo... - Antes que Clary pudesse dizer algo, ele a cortou - Faz dois dias que estamos festejando Clary. Olhe suas roupas.

E ela olhou. Usava um cropped azul marinho com tiras e uma calça de cós alto escura e estava descalço. Castiel a olhou de cima a baixo e então agarrou sua mão bruscamente e a tirou dali. Ela ainda estava meio perdida com tudo isso. Castiel os guiou novamente até seu quarto e trancou a porta. Olhando-se na grande espelho do quarto, viu que tinha maquiagem no rosto e estava toda borrada, a propósito.

–O que está fazendo? - guinchou Clary. Ele passava as mãos por seus braços. Ele a rodava e a rodava. Então começou a descer levantar o top e a descer suas calças. Mas que porra...? Ela começou a contorcer-se fora de seu alcance.

–Castiel!

–Fique quieta, Clary! - ordenou com raiva. - Alguém drogou você e quero ver se te fizeram algo, sua idiota!

–Oh... - disse se acalmando. - Eu estou bem, Cass. - Ele lhe deu uma olhar cético. - É sério. Se tivessem feito algo, eu estaria dolorida e assustada, ok?

Ele passou a mão pelo rosto, frustrado. Ele olhou para ela tão intensamente, que a vontade que tinha era de corar, mas antes que processasse tudo, ele já estava saindo do quarto rapidamente. E ela o seguiu.

–Aonde está indo? - perguntou hesitantemente.

–Acabar com essa festa. E jogar as bebidas fora. - rosnou ele, assustando Clary com seu tom.

–Não há necessidade disso, Castiel. Foi só uma brincadeira de mau gosto. Pode continuar se quiser. - disse ela calmamente.

–É claro que há necessidade disso, Clarissa! Eu trouxe você para Paris para ser minha responsabilidade e quatro meses depois você quase foi estuprada?! O que seus pais achariam disso?

–Mas não aconteceu nad...- Tentou ela inutilmente acalmá-lo.

–Mas poderia ter acontecido! - gritou novamente, e Clary em instinto, recuou um passo atrás. A esse ponto muitas pessoas já os encarava e murmurava coisas inaudíveis para a ruiva. - Eu vou acabar com isso e não discuta mais comigo, você entendeu?

Clary, ainda assustada, concordou sem pensar duas vezes. Então ela ficou lá, do topo da escada, assistindo Castiel expulsar todos, olhando-os como se fossem vermes e ele queria exterminá-los dali.

•••••

Fazia dois dias desde do incidente da festa e desde aquilo, Clary e Castiel não haviam trocando uma palavra se quer. Claro que não foi por falta de esforço. Ela tentou puxar assunto algumas vezes, mas ele simplesmente a olhava e depois saia pela porta sem nenhuma explicação. Depois de tantos vácuos, ela desistiu de tentar qualquer interação entre os dois.

Agora, ali estava a ruivinha, enfrente ao fogão preparando uma macarronada com almôndega para o almoço. Ela ainda estava receosa com Castiel, mas tinha muito a lhe agradecer. Foi ele que deixou a dor suportável e foi ele que ofereceu um abrigo longe daqueles que ela pensou que poderia confiar. Balançou a cabeça, aquilo ainda doía, por isso evitava pensar nessas coisas.

Ouviu o clique da porta da cozinha aberta e olhou para Cass. Se arrependeu imensamente disso. Ele estava sem camisa, mostrando as runas e as cicatrizes em seu abdômen definido, usando apenas um jeans que pendia em se quadril e mostrava um pedaço de pele que Clary tem certeza que não deveria estar vendo.

–Hum... Vai ficar para o almoço? Já está ficando pronto, se quiser.

Novamente, ele apenas a encarou com os olhos cinza e fez menção que iria sair sem dizer nada. Clary já estava irritada com isso tudo, jogou a colher em qualquer lugar ali e agarrou seu braço, forçando-o a encará-la.

–Você vai parar com isso? Ou vai ficar agindo que nem criança emburrada? Faz dois dias que você não me responde e me deixa aqui sozinha!

–Não estou impedindo você de sair. Pode ir por ai se quiser. - respondeu cético.

–Claro que sim, gênio. Eu não conheço porra nenhuma dessa cidade, Castiel! Nem sei falar francês direito! Ficarei que nem uma doida numa cidade onde sou uma estranha!

–Olha aqui,eu não lhe devo satisfação alguma e eu não te obriguei a vim para cá. -rosnou.

–Então é isso? Vai jogar na minha cara? Vai fazer o que depois, hein?! Talvez o motivo que estou aqui, em primeiro lugar?! - gritou Clary. O maxilar dele travou e ele não respondeu, apenas desviou o olhar dela.

– Vocês, Nephillins, são tudo um bando de merda. - rosnou ela, com o coração batendo a mil e um nó na garganta. Ela colocou ambas as mãos em seu peito e o empurrou. Correu para a porta e pegou um casaco, correndo direto para rua. Foda-se Castiel chamando seu nome, foda-se a raiva que ela passou nos últimos meses, foda-se esse maldito Mundo das Sombras.

Clary rodava e rodava pela cidade, sem rumo. Obviamente. De todos os lugares para fugir, tinha que ser um onde nem falar a mesma língua ela falava. Depois de minutos de revolta, que ela percebeu que não estava agasalhada corretamente. Suas mãos estavam congelando e seu rosto ardendo.

Parecia aqueles filmes clichê, mas ultimamente tudo parecia clichê aos seus olhos. Estava sentada em um banco numa praça qualquer, quase congelando se lamentando da vida. Ela queria chorar, mas prometeu a Castiel que não faria isso mais, mas estava tão tentadora a ideia...

Pulou quando sentiu algo quente e macio enroscar-se em seus ombros e olhou para simplesmente encará-lo silenciosamente.


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Notas finais do capítulo

Capitulo-ponte, gente, apenas para deixá-los curiosos. Quem acham que é? kkk
Mudando de assunto, o que estão achando da série que está sendo feita: Shadowhunters?
Até agora, eu amei tudo!



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