Tudo Mudou escrita por Kit Meows


Capítulo 3
Castiel.


Notas iniciais do capítulo

Heeey! Sei que sou uma péssima autora e péssimo ser humano, mas calma aí né gente!
Calma o caralho! kk Admito: sou uma autora irresponsável, mas é isso aí. Uma hora eu tenho muito criatividade, outras nem tanto e outras eu nem sei escrever meu próprio nome. kk
Mas espero que gostem.
Boa leitura!



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O sol nascente era uma visão que Clary amava, mas naquela instante, sob tal circunstância, tal beleza não lhe servia para nada. Andava calmamente, contra a brisa gélida das ruas de Manhattan. Sim. Seu apartamento ficava na área nobre de New York. Bem, não era mais seu pelo que parece.

Olhava as pessoas que acordavam cedo fazendo sua caminhada, emburradas por terem que fazer algo tão cedo. Ela não estava muito diferente. Mal pregara os olhos durante a noite, mesmo sob os cuidados de uma bondosa mulher. Saíra sem se despedir, deixando somente um bilhete para não preocupar sua vizinha. Lembra-se de ficar atenta, como se estivesse sendo perseguida, com receio de encontrar seu ‘ marido’ em algum lugar do prédio, mas não o viu um lugar nenhum. Agradeceu por isso.

Ela estava consciente dos olhares que recebia. Roupa amassada, descalça, cachos amassados e cara de sono não era uma combinação boa. Para um sem-teto, talvez. Para ela não. Pouco se importava, só queria fugir do mundo. Não tinha muitas opções para seguir. Não trouxera uma bolsa, conseqüentemente incomunicável e sem dinheiro algum. O que restara era andar. E preferiu seguir caminho para Central Parker.

Sentou-se num banco, olhando para todos ali. Poderia ter ficado assim por horas, ou somente segundos, ela não queria saber, mas se assustou quando uma sombra lhe cobriu e esta sentou ao seu lado. De soslaio pode ver bem. Um homem, perto dos seus trinta anos, a encarava descaradamente.

–Ora. Se não é a filha de Valentim em carne, osso e bagunça.

–Se me lembro bem, Filha de Valentim nunca foi o nome de alguém. – devolveu, o encarando da mesma forma.

Olhos cinza, rosto angular, cabelos escuros bagunçados e bolsas pretas debaixo dos olhos, forte indicação que não havia dormido a bom tempo. Um sorriso torto pairava sobre seus lábios.

–Oh, sei disso. Então devo chamá-la de Clarissa? – perguntou.

–Faça o que achar melhor. – ela não estava sociável.

–Ok.

Desviou sua atenção para o chão, que no momento era um grande atrativo. Não queria ser rude, mas não queria conversa. Depois de longos minutos em silêncio, virou para olhá-lo. Seus trajes pretos estavam desalinhados, cheirava a álcool. Festa. Farra, provavelmente.

–Posso saber seu nome? – arqueou a sobrancelha, curiosa.

–Claro, lady. É Castiel.

–Não é o anjo que seu nome indica, é?- provocou;

–E você? Está clara e pura como seu nome diz? – Merda. Ela odiava quando a respondia com outra pergunta.

–Isso não se aplica quando descobre que é traída. – Merda dupla. Por que contar isso ao um estranho?

–Por que você precisa de um desabafo. – respondeu com olhos arregalados.

Ficou confusa de início, então reparou em seu erro, novamente. –Ah, falei em voz alta. – respirou fundo. – Por favor, me ignore. Não é meu melhor dia.

Ele riu pelo nariz. – Acredite em mim, eu não me importo. Se quiser falar... sou todo ouvidos.

–Não posso falar da minha para um estranho. – questionou.

–Ótimo. Falaremos de outras coisas, então. – sugeri, ou melhor dizendo, quase a obrigou falar de outra coisa.

Conversaram bastante. Coisas fúteis é algo essencial numa conversa entre estranhos. Ela até conseguiu soltar algumas risadas das aventuras escrotas de Castiel, não que ela tenha se esquecido do que aconteceu, somente não queria ficar lembrando disso o tempo todo. E ele fez um papel excelente em fazê-la esquecer.

O sol acima deles esquentou, lembrando a eles que o tempo voa e nem sempre eles podiam acompanhá-lo. Ela se lembrou que não avisara nada a ninguém, e provavelmente aqueles que sabiam do seu sumiço deveriam estar preocupados. Além do mais, ela tinha uma coisinha dentro do seu ventre para se preocupar também. Isso a levou direto para sua mãe.

–Castiel?- hesitou em falar.

–Hum?

–Eu... ahn... posso fazer uma ligação do seu celular?- perguntou por fim.

–Sim. Claro. – e lhe entregou um objeto fino. Não pensou muito, apenas discou o número, rezando para todos os deuses para que ele não atendesse

Residência dos Heronda..-se atrapalhou como se medisse suas palavras. –do Herondale. Pois não?

Simon, por favor, não me denuncie. – disse antes que ele fizesse um escândalo. Ouviu o suspiro aliviado como se ele estivesse ao seu lado.

Não tem ninguém em casa. Como posso ajudar? – respondeu como se Clary fosse uma estranha. Provavelmente havia alguém perto dele.

–Mande minhas coisas para casa dos meus pais por favor? - perguntou triste. Não fazia idéia do que faria depois que deixasse Castiel.

Aqui não é nenhuma academia de treino. Não acha que alguém como você, agüentaria algo isso? Não é... arriscado? – Clary ficou impressionada como ele falava em códigos.

–É sim, mas não tem outra forma. Além do mais, não irei para casa tão cedo. – confessou. Houve um momento de silêncio.

Não foi nada. Só estava ajudando. – ouviu o bip da chamada encerrada. Virou-se para Castiel que a encarava desconfiado. E ela nem podia julgá-lo. Pegar o celular de alguém e falar em códigos, não era algo normal.

–Obrigado.

Ela voltou a encarar as pessoas a sua frente. O parque estava mais cheio do que quando ela chegara aqui, um fluxo de pessoas correndo, outras em grupos fuxicando algo, outros comendo e fazendo pique-nique alegremente com suas famílias. Ao olhar as cestas cheias de lanches, seu estomago automaticamente roncou. Roncou alto.

Castiel ao seu lado riu. Ela apostava que estava vermelha da cabeça aos pés.

–Já comeu algo hoje, Clarissa? - ela hesitante, negou com a cabeça. - Vamos. Te pagarei um almoço.

Clary o olhou incrédula. Ele era bem ousado. -Como você chama alguém para almoçar sem nem mesmo conhecê-la?

–Como você acha que eu levo garotas para cama? - perguntou com falsa inocência. Ela riu.

–Bem... Isso faz algum sentido. - respondeu franzindo o cenho. Mesmo assim o seguiu. Ele a guiou no meio das árvores e arbustos, até chegarem numa avenida. Do outro lado, havia um restaurante de aparência simples, quase rústica.

Não era só a aparência, as comidas eram caseiras, nada de chefe francês de cá, chefe italiano de lá. Apenas uma senhorinha que faziam suas comidas tradicionais. Haviam poucas pessoas, mas as que estavam ali a olhava de canto de olho. Novamente se lembrou do seu estado.

Sentou num canto afastado com Castiel e pediu frango xadrez, arroz, e uma salada básica, para beber foi um suco para ela e uma Coca para ele. Eles ficaram se encarando durante longos minutos. Até ela quebrar esse gelo.

–O fato de eu ter aceito o convite do almoço, não significa que você vai me levar para cama. – zombou. Ele arregalou seus olhos cinzentos, a maçã do rosto levemente corada, então começou a rir, mas não respondeu nada.

Alguns instantes depois, seus pedidos chegaram e eles comeram em silêncio. Hora ou outra ela acariciava sua barriga afetuosamente, lembrando da sua menina que estava ali dentro. Se ele percebeu, não atreveu a comentar.

Também não fazia sentido dele se intrometer em algo que não era da sua conta.

–Tem família? – perguntou Clary quando estavam quase no fim.

–Só meu irmão caçula, se isso servir. – deu de ombros. Pela forma como disse, parecia não ser seu assunto preferido. Ela se amaldiçoado por ter aberto a boca. O silêncio reinou novamente, mas dessa vez, era algo desconfortável.

Ela observou Castiel ir pagar a conta, esperando na porta onde ele pediu que ela ficasse. Bem, era agora. Clary tinha voltar para sua realidade. Explicar para sua mãe o PR que de ter voltado para casa, possivelmente encarar Jonathan mais uma vez. Pensar nisso, fez seu coração dar uma parada. Aquilo doía, e como doía.

Tão envolvida que não viu Castiel em sua frente. – Você está bem? – soou uma preocupação real.

–Ahn? Sim, eu... estou bem sim. – disse tentando disfarçar. – A propósito, muito obrigado pelo almoço e por me ter feito companhia.

–Não precisa agradecer. Não por isso. – sorriu simpático.

Ela se virou para ir quando sentiu segurarem seu pulso. – Espere. Tome isso.

Ele estendia uma nota de 50 dólares e sua jaqueta para que ela pegasse. – Eu não preciso disso. – afirmou.

–Sim, você precisa. Você está tremendo e não pode ir andando pro outro lado da cidade. – Como ele sabe onde eu moro?

–Você é famosa. Quase todos sabem sua localização. – respondeu como se ele sua mente.

–Acredite em mim. Eu consigo ir andando até lá, muito obrigado. – respondeu seca.

–Isso não fará bem para seu filho. – ela congelou. Eh, ele percebeu. Ela se virou irritada e pegou as coisas de sua mão. Colocou a jaqueta que ficava bem grande em sua estatura minúscula.

–Obrigado. De novo. – sorriu para ele e recebeu um sorriso. Saiu do recinto, indo para a avenida chamar um táxi. Colocou o dedos nos lábios e assobiou alto, alguns segundos um carro amarelo/laranja apareceu para servi-la prontamente.

Deu seu endereço, mas quando estava para dar arrancada, uma cabeleira negra apareceu na janela.

–Ah, me esqueci de algo, Clarissa. Não cante vitória antes da batalha começar. Eu ainda posso te levar para cama. – dito isso, Castiel sumiu entre a multidão, deixando uma Clary perplexa para trás.

Franziu o cenho em uma careta. Ele não precisa de um homem por agora e nem quer um. Só quer colocar as coisas em ordem. Pensou em diferentes formas de seguir a diante a partir dali, mas fora pouco tempo, pois quando deu por si, estava parada na frente da livraria de Luke, com alguns olhos sobre ela.


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Notas finais do capítulo

Só para matar a curiosidade: Castiel será um personagem importante para o desenrolar da história. Alguém que vocês vão amar. Bem, eu acho.
Por favor comentem e me digam o que acharam! Sabe... Um comentário naão mata ninguém, mas deixa um autor muito feliz!