Athena e Eu escrita por Naiane Nara
Notas iniciais do capítulo
Saint Seiya não me pertence e sim à Humanidade.
Athena
Enquanto abria os braços, queimei com mais intensidade o meu Cosmo, não como uma forma de ameaça, mas sim para mostrar a sinceridade dos meus sentimentos. Sim, eu sabia, ela sempre o havia amado, mas eu pensava que fossem felizes em plenitude, sendo a ausência dela a causadora do distúrbio dele em aumentar seu Reino de Sombras.
Mas as suas atitudes e expressão me mostravam o contrário: eles não haviam sido totalmente felizes, eu via nos olhos de minha pequena irmã, ela se arrependia de algo que nunca havia feito por ele.
E agora me castigava por isso. É claro que não posso questionar, mesmo sabendo que ela está sendo injusta, quando quem quer castigar na verdade é a si mesma. Mas eu lhe devo isso. Afinal, fui eu quem matou seu marido, lhe tirei a razão de viver, seu maior sonho, o amor de sua vida.
Respirei fundo, e esperei pela dor. Quando ela veio, foi tão forte que quase me jogou no chão. Perséfone colocou sua mão em meu peito e a afundou, à procura do meu coração, exatamente como a flecha de Sagita fizera um dia.
Ouvi os gemidos dos Cavaleiros. Por favor, não sofram, estou fazendo isso para acalmar uma alma atormentada por outro tipo de dor, mais profunda e irremediável. Não posso deixar que Perséfone também siga para um caminho que não é o seu, e depois não consiga sair mais dele, assim como fizeram os outros deuses.
Eu preciso evitar... Vocês não sabem, mas ela não é assim. Eles também não eram assim...
Finalmente ela tirou sua mão de meu peito, arrancando meu coração consigo, provocando uma dor tão lancinante que achei que deixaria a vida naquele momento. Mas não deixei. Não podia deixar.
– O coração de Athena. – Notei seu olhar de cobiça - Sabe quantos deuses dariam qualquer coisa para ter o seu coração, Palas? Sabe quanto poder está encerrado aqui?
– Sei apenas o que a sua alma pede. E não tem nada a ver com poder. - respondi.
– Talvez saiba. Você é minha irmã mais velha afinal. Eu a amava. Você, Athena, era meu espelho, alguém que eu queria ser no futuro. Até você matar a minha esperança de viver. Até você me matar por dentro.
– E como você acha que me sinto? De época em época sou obrigada a lutar contra minha própria família. Sim, eu matei meu tio em um momento de dor extrema, mas eu faria a mesma coisa se visse o bem que eu vi ameaçado sê-lo novamente.
Perséfone apertou mais o meu coração, me fazendo não conseguir mais segurar e gritar de dor.
– Sim. A Terra. A humanidade. Ninguém sabe o que exatamente motiva essa sua obsessão. – disse ela, enquanto colocava o meu coração na balança. Tive vontade de dizer “segure com cuidado, Seiya esta aí dentro.” Mas achei melhor não dizer nada, não quero que o machuque, vou perder todo o foco.
A balança se equilibra, e a expressão dela se transforma em algo indecifrável, até mesmo para mim.
Continuo tentando manter os Cavaleiros parados, mas não sei por mais quanto tempo consigo...
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Pessoal, essa é uma das minhas primeiras fics, então por favor, não me matem :p Estou carente de reviews!