Welcome to my Life escrita por Érih Grace, Gabbsbe


Capítulo 1
I´m not scared


Notas iniciais do capítulo

Yaaaaay! Então, primeiro capítulo dessa fic, que se tudo correr bem vai ter muuuuitos ♥. Eu espero que gostem bastante desse capítulo. Esse ep. foi escrito por mim(Ériih), e o segundo vai ser da lindona da Gabi. Let's go?



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— Mamãe, quem é ela? — O pequeno garotinho de 6 anos pergunta, apontando para a garota nos braços de sua mãe.
— Lembra da garotinha que vimos, abandonada na rua? — O menino fez que sim. — Então, Mike, o nome dela é Helena e vai ser sua irmanzinha a partir de hoje!
— Mas… Como a cegonha trouxe ela tão grande assim? — A mulher riu.
— Helena, essa é sua nova casa, e esse, é o Mike. Ele vai ser seu amigo. — A pequena desse do colo da mulher.
— Meu amigo? Mas ninguém quer ser meu amigo… — A pequena falou, tristonha.
— Mas eu vou ser, e vou te ajudar em tudo! Venha quero te mostrar meus carrinhos! — Mike puxou Helena pela mão. Ela não se moveu. — Vamos! Venha, vai ser legal!
Ele consegue levá-la até seu quarto, onde havia todos os tipos de carrinhos de brinquedo que você possa imaginar. Sua mãe, Aline, ficou de longe, observando tudo. A garotinha parecia encantada com cada coisinha que ele mostrava a ela.
— Helena, querida, vamos tomar um banho? Está quase na hora do jantar! — Aline disse, sorrindo docemente.
— Banho? Eu não gosto de tomar banho… São aqueles monstros que me dão banho! E… e eles me machucam, bem aqui! — Helena diz, chorando e colocando a mãozinha sobre seu órgão genital.
Aline corre até Helena, a abraçando, não contendo as lágrimas. Mike não entende porquê as duas choram, mas se esgueira em meio aos braços, conseguindo um espacinho no meio do abraço.
— Ninguém mais vai te machucar, minha pequena! Eu sempre vou estar aqui! — Aline seca as lágrimas de Helena, e depois de consolá-la, e demonstrar que não queria machucá-la, consegue dar banho na menina. Durante o banho, Aline vê claramente marcar roxas, pretas, e até amareladas na pele da menina. É, aquela criança já havia sofrido bastante. E ela só tinha 6 anos.
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Por favor, não me machuque! Por favor, NÃO, NÃO… — Helena acorda chorando, achando que O homem estava bêbado novamente, mas o que acho foi Aline e Emanuel a abraçando, e Mike fazendo carinho em sua cabeça. Um garoto desconhecido estava no quarto. Ele parecia ser mais velho, ter uns 12 anos… Helena queria saber quem ele era. Porque ele a olhava de tal maneira? Parecia que queria se aproximar, mas estava com medo. Mas ela tinha tudo que sempre sonhou em ter. Uma família. E acabou descobrindo que aquele, também seria seu irmão, seu nome era Andrew.

Ela sabia que podia confiar neles, mas também sabia que não podia confiar nas sombras de seu novo quarto. Um dia ouvira dizer, que é lá que os monstros se escondem.
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4 anos depois(Mike e Helena estavam com 10 anos)~
Aline e o marido resolveram tirar umas férias, só eles, e os três filhos. Andrew, Mike, e a adotada Helena. Foram visitar a praia.
— Mike, Andrew, sério, parem! — Helena gritava em meio a risadas, enquanto seus irmãos corriam atrás dela, para fazerem cócegas na mesma.
— Quem mandou destruir o nosso forte de areia? — Andrew disse.
Helena acaba caindo, e machucando o tornozelo. A dor é tão forte, que automaticamente ela começa a chorar. Andrew, sendo o mais velho, e não sendo mais uma criança,sabia que era responsável pelos dois irmãos mais novos, e ficou desesperado quando viu que não era só uma torção.
— Olha, Helena, não se desespera, mas… Eu acho que você quebrou o tornozelo… — Helena se desespera mais ainda.
— Leninha, não chora assim! Eu vou chamar o papai! — Mike disse, e saiu correndo em direção a casa de praia da família, onde seus pais estavam. Não era muito longe, mas pareceu uma eternidade para Helena. Em 10 minutos o pai e a mãe deles chegaram.
— O que é isso, Andrew? Eu não disse para cuidar dos seus irmãos? — Emanuel, o pai deles, falou.
— Mas eu estava cuidando, não tenho culpa se ela se machucou! — Andrew falou, com raiva.
— Você podia ser mais cuidadoso, meu filho… — Aline disse, mais como se consolasse ele, do que repreendesse. Emanuel pegou Helena no colo.
— Calma, filhinha, o papai vai te levar para o hospital, e vai ficar tudo bem! — Emanuel, Aline e Helena foram para o hospital, e Andrew e Mike ficaram em casa, esperando eles voltarem.
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6 anos depois(Mike e Helena estão com 16 anos)~
P.O.V Helena:
Esperava sentada nas cadeiras da sala de espera do consultório de minha psicóloga. Tinha que fazer visitas semanais a ela. Confesso, melhorei muito depois de começar a fazer o tratamento terapêutico, os remédios, e as visitas à psicologa me ajudaram a deixar uma fase da minha vida que não gosto de lembrar, para trás, mas… Eu odeio ter que falar sobre meus sentimentos, é como se eu tivesse de me despir na frente de outra pessoa. Ficar nua, sem minha armadura. Era como se eu tivesse uma ferida, e cada vez que eu tivesse que falar de meus sentimentos, eu cutucasse essa ferida, não a deixando cicatrizar. Eu me sentia tão inútil…
— Helena, vamos passar?! — Minha psicóloga apareceu, sorrindo, como sempre.
— Vamos… — Caminhei lentamente até a sala de terapia, e me joguei em uma poltrona azul, que combinava com todo o resto da sala, que era em tons de branco, cinza e azul.
— E aí, como foi sua semana? Passou bem? Nenhuma crise? — Ela sempre perguntava a mesma coisa.
— Foi bem.
— Hum. Essa resposta é muito vaga para mim, Helena! — Ela falou, com cara de “vamos, fala, mocinha”.
— Foi normal. Me senti um ET como sempre, tirei ótimas notas nas provas, briguei com meu irmão, estou sem notícias do meu outro irmão. A única coisa de diferente é que minha mãe pegou uma gripe e eu fiquei cuidando dela! Ponto. — Falei, me concentrando no jarro de flores que estava em cima da mesa.
— Helena, já trabalhamos a parte da confiança. Você tem que confiar em mim! Eu estou aqui para te ouvir, meu anjo! Você está assustada?
— NÃO! Eu não estou assustada! E não me chame de meu anjo! Você está aqui para arranjar dinheiro ouvindo os problemas dos outros. NINGUÉM me entende. Ninguém. E o que mais dói, é que as pessoas não buscam me entender! — Falei, deixando lágrimas escorrerem por meu rosto. Fazia tempo que eu não chorava. Achei que estava forte o suficiente. Droga.
— Isso! Pode descontar em mim! Bote parar fora! Esse é o meu emprego, é o que gosto de fazer. Ouvir as pessoas, e tentar ajudá-las, nem que seja só sendo um ouvido de pinico! — Ela disse, arrancando um riso meu.
— Eu estou saturada, Alexia… Eu não aguento mais! — E assim, deixei mais uma vez, aquela mulher de olhos puxadinhos, maças do rosto saltadas e sorriso sempre presente, penetrar minha armadura. Deixei ir…
E após a seção, fui para praia, para o mar lavar minha alma. E ali, lembrei dos dias mais felizes da minha vida: o dia em que cheguei na minha nova casa, o dia em que toda a família Clark me aceitou como membro da família.
Nesse momento, tive que juntar todas as minhas forças, vestir minha armadura, pegar meu escudo. A Heleninha chorona, fica naquele consultório, e agora, a Helena guerreira, segue seu caminho de volta ao forte dos Clark. O problema, é que eu não tenho mais medo de que monstros se escondam no escuro de meu quarto. Agora, eu tenho medo de que ao chegar em casa eu encontre os verdadeiros monstros. Os amigos de Mike.


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Notas finais do capítulo

Bye, amorecos ♥!