Depois Daquela Noite.. escrita por Paulinha


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

vou postar mais! mas comentem para eu saber se devo mesmo continuar



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Por Rodrigo

Minha vontade era de esquartejar o João Marcelo. Tentei negociar com ele, mas ele disse que a única coisa que interessava era ver a minha vida arruinada. Como não havia nada que eu pudesse fazer, só dormi. Pensei muito, e cheguei a conclusão de que eu precisava um aliado naquela briga. O Leo estava no Rio, não seria muito útil. Eu também não podia chamar o Dani, para a situação em casa não ficar tensa. Tive que chamar a pessoa que eu passei anos odiando, mas que eu sabia que se importava com a Priscila. O Juliano. Eu ainda tinha o telefone dele, de quando tivemos que fazer um trabalho há anos atrás, então liguei para ele.

Rodrigo: Eae cara, tudo bom? É o Rodrigo Rochette, seu ex colega de escola. To precisando falar um assunto bem sério com você.

Juliano: Fala aê meu! Quanto tempo! Como vai a Priscila? Se você quiser podemos nos encontrar naquele bar perto da sua casa, hoje de noite, topa?

Rodrigo: É justamente sobre a Pri que eu quero falar. Topo sim! Nos vemos lá as 21h então?

Juliano: Claro, te espero lá. Abraço.

Eu realmente esperava que o Juliano pudesse me ajudar. Nem eu sabia direito com o que eu queria ajuda, mas esperava que ele me aconselhasse sobre o que fazer. Tomei um banho e fiquei vendo TV para o tempo passar, e quando deu 21h saí de casa. O bar era realmente perto da minha casa, então em menos de 10 minutos eu já havia chegado. Avistei o Juliano de cara, ele estava igualzinho a época do colégio. Sentei, pedi uma cerveja e começamos a conversar.

–Que assunto sério era aquele que você mencionou, Rodrigo? Pra vir falar comigo, deve ser bem sério mesmo.

–Realmente é sério, Juliano. Mas primeiro eu queria me desculpar pelas vezes que eu te tratei mal, e por aquele empurrão. Minhas atitudes eram meio impensadas, tudo por ciúme. Mas agora eu vejo que era errado, sei que você só se importava com a Pri e jamais tentaria nada com ela sabendo que nós estávamos namorando.

–Que isso, cara! Tudo bem, passado é passado!

–Haha que bom que estamos resolvidos então! Mas o real motivo que eu vim aqui é que meu namoro com a Pri pode estar com problemas. No passado, meu irmão já tentou ficar com ela, mas ela preferiu a mim. Ele não gostou muito disso e agora está disposto a fazer de tudo para acabar com o nosso namoro. Eu e a Pri tivemos uma briga nessa semana, e ela está em São Paulo. Eu sinto que deveria contar para ela que meu irmão pretende interferir no nosso namoro mas não sei como ela vai reagir, ela já está irritada o suficiente.

–Que situação, Rodrigo.. Mas acho que a Priscila tem o direito de saber, afinal das contas ela também está envolvida, e assim vocês já podem se preparar para o que pode acontecer.

–Ela me mandou uma mensagem perguntando se eu já estava em BH, acho que ela está vindo para cá. Mas o que eu faço? Eu simplesmente conto para ela ou peço um tempo, para o meu irmão não ter como nos atingir?

–Que tempo o que, Rodrigo! Se unir contra o seu irmão é a melhor opção, vai aumentar a confiança de vocês um no outro, além de impedir que o seu irmão atrapalhe as coisas! Vocês tem que estar juntos nesse momento, conscientes de que o seu irmão vai tentar acabar com vocês, mas não deixe isso acontecer. Sei que a Pri te ama muito e que você também ama ela.

–Pô, valeu cara. Muito obrigado.

Passamos o resto da noite bebendo e conversando. Quando cheguei em casa, estava decidido de que teria que conversar com a Priscila, o mais rápido possível. Tentei ligar para ela mas caiu direto na caixa postal. Imaginei que devia estar sem bateria, por isso nem mandei uma mensagem.

Quando acordei de manhã, decidi ir para o sítio com o Daniel. A Priscila não havia dado sinal de vida, então ir para lá ia ser bom para me distrair. Lembrei de alguns anos atrás, quando nós dois passamos nossa primeira noite lá... Foi tão bom, gostaria e voltar no tempo para as coisas serem que nem naquela época, sem João nem Nicole presentes.

Chegando no sítio fiquei surpreso ao ver que o que estava acontecendo lá era na verdade um churrasco, lotado de gente. Duvido que meus pais tivessem aprovado aquilo, mas nem liguei. Conversei com várias pessoas e quando estava anoitecendo decidiram fazer um luau. A Pri não havia me ligado, muito menos mandado mensagem, então resolvi aproveitar meus últimos momentos de paz. Eu não fazia ideia de se a Priscila iria me apoiar ou ficar braba quando descobrisse o complô do João, então estava bem nervoso.

O luau estava muito bom, mas lá pelas tantas comecei a ficar tonto. Eu não sabia o que era, e resolvi ir deitar. Fui cambaleando em direção ao meu quarto e quando cheguei lá cai no chão antes de chegar na cama. Aquilo tudo estava muito estranho, mas quando vi a Nicole entrando no meu quarto as coisas começaram a fazer um pouco de sentido. Era tudo uma armação!

–O que você está fazendo aqui, Nicole? O que você e meu irmão aprontaram??

–Oi pra você também, Rodrigo! Nós não aprontamos nada, só botamos um remedinho na sua bebida que pode estar deixando você meio, hm, confuso.

–Por que você esta fazendo isso comigo? Por quê?

–Na verdade minhas intenções são as melhores impossíveis! Eu só concordei com o plano do Marcelo pra poder passar um tempo com você, já que nós não ficamos muito bem resolvidos da ultima vez que nos vimos..

–Nicole, eu amo a Priscila, e não quero nada com você, por favor entenda isso.

–Fofinho, você é inocente mas acho que já é bem capaz de entender uma coisa... Tem certas coisas que mulheres como a Priscila não conseguem te fazer sentir..

–Se a Pri não consegue me fazer sentir essas coisas, não é você que vai conseguir. Agora, com licença que eu preciso dormir.

Depois que eu falei isso ela se levantou e foi até a porta. Achei que ela fosse sair, mas só trancou. Comecei a ficar assustado, aquela mulher era louca. De repente, ela tirou a roupa e ficou só de calcinha e sutiã.

–O que você está fazendo? Que palhaçada é essa?

Ela começou a chegar perto de mim.

–Só um segundinho que eu já deixo você dormir...

Então, ela tirou a minha camisa e botou a mão no meu ombro, ficou uns dois minutos assim e depois se vestiu e foi embora. Fiquei sem entender o que tinha acontecido, quando olhei para a janela e vi o João, com uma câmera fotográfica na mão...


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