Twenty stitches in the hospital room

Vinte pontos no quarto do hospital
When you started cryin', baby, I did, too

Quando você começou a chorar, querido, eu chorei também
But when the sun came up, I was lookin' at you

Mas quando o sol começou a nascer, eu estava olhando para você
Remember when we couldn't take the heat

Lembre-se quando não podíamos tomar o calor
I walked out and said, "I'm settin' you free,"

Eu saí andando e disse, "Estou te libertando"
But the monsters turned out to be just trees

Mas os monstros, na verdade, eram apenas árvores
And when the sun came up, you were lookin' at me

E quando o sol nasceu, você estava olhando para mim

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J.HERONDALE (Trilha sonora)

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– O que aconteceu? - Jace encaminha-se rápido para o balcão do Hospital St Magnus.

– Clarissa Fairchild? - A senhora levanta os olhos castanhos. - Ela quase sofreu um abuso.

– O QUE? - Peeta se aproxima no balcão, com os braços envoltos em Katniss, que possuía lágrimas nos olhos. - Quando? - Ele abaixa a voz, ao perceber que isso só pioraria a situação da Everdeen.

– Hoje, foi em plena luz do dia. - Ela responde, segurando três crachás. - Vocês tem quinze minutos.

Jace, que ainda não conseguiu mover o olhar dos próprios pés, sentiu uma mão no seu braço.

Virou-se e encontrou olhos cinzas o encarando.

– Não é sua culpa. - Ela murmura.

– É sim, eu não devia tê-la deixado ir sozinha. - O louro se lamenta.

Mellark se coloca ao lado dos dois.

– Não é. Pare de se culpar e vamos. - Ele entrelaça seus dedos com os de Katniss, o que fez Jace pensar em Clary. Caminhando, ainda tonto, com os dois, Jace se sentia extremamente perdido.

O Hospital era excepcionalmente branco, então a única coisa que dava cor ao lugar, era o cabelo dos louros e os olhos de Peeta e Jace.

Chegando no quarto de Clarissa, Jace hesitou. O que Clary falaria?

– Jace! - Os olhos verdes da ruiva se acenderam.

De repente, todo o cansaço, toda a dor, tudo havia desaparecido. Apenas Clary, e ele. Como se o resto do mundo fosse preto e branco, mas eles? Em cores vibrantes.

Se aproximando dela, sem pensar exatamente no que falar, ele segura a pequena mão. Não sabia se podia sequer abraçá-la.

Ela pareceu confusa. E então notou Peeta e Katniss.

– Kat! Peeta! - Ela sorri.

– Clarissa, você vai me dizer exatamente o que aconteceu. - Jace diz, tentando demonstrar o máximo sua preocupação no olhar, embora sua voz estivesse fria. Clary o encarou. - Clary, eu só quero o melhor para você. - Ele suaviza a voz.

– Eu estava saindo da sua casa e indo para o Shopping, sabe? Ia tomar um sorvete com Izzy, quando um cara me parou, eu tentei ligar para você, mas você não atendeu. - Ela abaixa os olhos, Jace, sentindo o coração se retrair, segurou a outra mão da ruiva. - E-Ele disse que a namoradinha do filho Herondale não era tudo isso, e d-depois me puxou para um banheiro...

"E então Izzy me ligou, e nesse momento eu atendi, e gritei o máximo que pude. Ela veio depois de um tempo com dois seguranças, o homem foi levado m-mas não antes de fazer um corte nas minhas costas e na minha barriga. E o pior, ele cortou um JC na minha mão."

– Ai meu Deus, Clary... - Katniss se senta no sofá, perto da cama da ruiva. - Você sabia quem era? Conseguia ver os detalhes do rosto?

– Era um garoto. Um pouco mais velho que eu, e ele tinha cabelos loiros. Mas não como o de Jace, como o da Kat. Meio pálidos, só que os dele eram super pálidos. E tinha olhos pretos.

Isso chamou a atenção de Jace.

O garoto retira cuidadosamente as mãos da de Clary e pega sua carteira, segurando uma foto da família Herondale e eles e a levantando para eles verem.

– Está vendo esse garoto? Atrás de Tris? - O louro entrega a foto para a namorada. - Acha que é ele?

– Acho. - Diz ela, e depois levanta o olhar para o Herondale. - Quem é?

– Jonathan Christopher Herondale, embora sempre gostou de se chamar Morgenstern por ser o sobrinho favorito de Valentim, sobrinho entre aspas, ele apenas era o Herondale favorito. Sempre fora um psicopata. E sempre me odiou e odiou tudo que eu amo. - Agora Jace que abaixa o olhar.

– Bom saber que ele me odeia. Pelo menos sei que me ama. - Ela sorri. - Mas isso não precisa de confirmação. Eu sei.

Jace dá um sorriso de lado.

– Acho que já vamos, não é Kat? - Peeta se pronuncia.

Katniss dá de ombros, ela e Peeta se encaminham para fora do quarto, e ela se vira, batendo de frente com o louro.

Olhando para Jace por trás do ombro do Mellark, ela diz:

– Fiquem bem! - E após isso, se vai, junto com o amigo.

– Jace, por que você está agindo assim? - Clary pergunta timidamente, segurando as mãos cheias de cicatrizes do namorado.

– Porque? Porque eu não mereço você. E muito menos mereço seu amor. Esse garoto fez mal para você por minha causa.

– Já parou para pensar se eu mereço ter alguém que me ame? Pois tenho certeza que você me ama. - Ela responde.

– Meu amor por você não ajuda em nada, você viu o que aconteceu Clary... - O garoto retira as mãos das de Fray.

– Eu não me importo, Jace!

– Sinto muito, Clary, mas você merece muito mais. - Ele se levanta e abre a porta, deixando Clarissa sozinha. Olhando-a de lado, o louro percebe lágrimas se formando nos olhos da namorada. - Eu te amo, mas você não merece isso, você merece alguém melhor. Passa pela mesma, deixando para trás Clarissa. Eu fiz o que pude para fazê-la feliz, mas eu não consigo fazer alguém feliz.

E eu sei que esse pode ser o pior erro que eu já cometi.

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C.FAIRCHILD

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Após Jace sair do quarto dela, Clary não sabia o que fazer ou o que dizer. Apenas se sentia um lixo. Um lixo por não tê-lo feito ficar.

E agora ela estava encolhida num quarto de hospital sem sequer poder falar com ele.

– Jantar. - Uma enfermeira lhe dá uma bandeja com um pouco de arroz e macarrão. - Brigou com seu namorado, menina?

– Não exatamente. - Ela afunda o corpo na cama. - Pode deixar na mesa? Não estou com fome agora. Vou tentar dormir um pouco.

Mas no final, Clarissa não dormiu nada. Nada mesmo. Seus pensamentos corriam como uma bala perdida. No começo da madrugada, um barulho chamou sua atenção.

Temendo que fosse alguma enfermeira, ela pega sua bandeja e tenta comer.

– Clary? - Ela levanta o olhar para Jace, que estava parado na porta. - Eu sei que é loucura, mas quer dar o fora daqui?

Ela o encara.

– Alguém me deve desculpas antes disso.

– Desculpe, eu estava com medo, Clarissa. Medo que algo aconteça á você. Algo grave. Eu nunca, nunca mesmo, me perdoaria. - O louro confessa.

Clarissa se levanta da cama, e marcha até o garoto. Ela segura o colarinho da camiseta do garoto e o puxa para mais perto.

– Escute aqui, mocinho, quem tem que te perdoar sou eu. Então vê se fique quieto e me beije, porque eu não estou namorando com mais ninguém. - Dito e feito, Jace a puxa nos braços e a beija ferozmente. Não havia uma ternura envolvida, mas algo como uma chama ardente. Clary sabia que não seria ela a separar o beijo.

E não fora, fora Jace.

– Fray, você não tem a miníma noção do efeito que tem em mim. - Ele sorri. - Gosto disso.

Ela sorri.

– O que você disse sobre dar o fora daqui?

– Ah isso. Eu tenho uma toalha de piquenique e uma cesta cheia de doces da padaria dos Mellark. Acha que é o bastante para você ir para a praia comigo? - O Herondale sorri ainda mais.