Nunca Durma escrita por Hunter Pri Rosen


Capítulo 6
Reencontro


Notas iniciais do capítulo

Oi!!!

Aproveitando que tenho alguns capítulos adiantados, que hoje é um novo dia e que a vida é curta para ser pequena (oi?) decidi postar este singelo capítulo hoje mesmo!

E aviso que mais um personagem da saga principal fará uma participação por aqui, mas sem aparecer. Cuma?

Ah! Importante, importante, importantííííííssimo!

Quero agradecer a Mariana Marques pelas sugestões de carros para Henry/Rachel e também para a moto da Isabelzinha. Valeu, eu ameiiiiiiiii!

Eu tinha deixado isso em aberto porque realmente não tinha ideias de modelos, maaaaaaas, nada como conversar com uma pessoa entendida dos paranauês, não é mesmo?

Pois bem, sendo assim, apresento-lhes o "carrinho" do priminho e da priminha:

Dodge Challenger 1970 - http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/8c/'70_Dodge_Challenger_R-T_(Centropolis_Laval_'10).jpg

A "motinha" da Isabelzinha:

Fatboy Harley - http://uncrate.com/p/2010/01/hd-fatboy-lo-xl.jpg

E por último, o "carrinho" de Tony e Emily Carter (que aproveitei e já escolhi também com base nas sugestões):

Chevelle 1970 - http://s1.1zoom.me/big3/881/346638-admin.jpg

Muito bem, todo mundo com seus respectivos meios de transporte e abastecidos, então vamos dar um rolê! Digo... Vamos ao capítulo de hoje!

Espero que gostem!



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Depois que chegaram na Elm Street, Henry e Rachel tiveram certeza de que algo havia acontecido com a irmã de Ben Ryan, que se chamava Annie, tinha trinta anos e era enfermeira.

Além de uma multidão de curiosos que se aglomerou na frente da casa da mulher, havia viaturas e uma ambulância. Os policiais circulavam entre a casa e as pessoas, fazendo uma espécie de pré interrogatório, enquanto os paramédicos recolhiam o que sobrou do corpo e levava os restos mortais para a parte detrás da ambulância.

Como não estavam disfarçados de agentes federais, Rachel e Henry acharam melhor manter certa distância dos policiais. No entanto, conversando com as pessoas em volta da cena do crime e ouvindo a conversa entre policiais e paramédicos, eles descobriram como Annie havia morrido. E tinha sido de uma forma tão bizarra que era difícil de explicar.

Porém, quando voltou para a pousada, acompanhada pelo primo, e encontrou Isabel no quarto, sentada na cama, pesquisando algo em seu notebook, Rachel sabia que tinha que encontrar uma forma de explicar aquilo.

Àquela altura, a nephilim já sabia que a irmã de Ben Ryan havia sido assassinada, pois a notícia havia se espalhado rapidamente na cidade. Mas, as circunstâncias da morte não estavam muito claras e, por isso, Isabel deixou o notebook de lado, observou a amiga sentando-se na outra cama, de frente para ela, e perguntou:

— Como Annie Ryan morreu, Rachel? Eu vi você e o Henry correndo na direção da Elm Street. O que aconteceu, afinal?

Rachel engoliu em seco ao se lembrar de tudo o que havia ouvido na cena do crime, sentiu um arrepio percorrer o seu corpo e por fim respondeu:

— Aparentemente, presa e explodida pela própria cama.

— O quê?! — exclamou Isabel, sem saber se havia ouvido direito.

— Eu sei, é loucura! — replicou a outra, soltando um suspiro. — Mas foi exatamente assim que aconteceu. Aparentemente, a Annie estava deitada na cama, aposto que estava dormindo, quando algo a puxou para o interior do colchão. E pelo estado em que o colchão ficou, essa coisa continuou puxando, puxando e puxando até um ponto complemente surreal e inexplicável pelas leis da Física. Então, outras coisas foram sugadas pela cama, como a televisão, o abajur, tudo que você possa imaginar que ela tinha naquele quarto. Por fim, houve um tipo de explosão. Sangue por toda a parte... Provavelmente, ele jorrou da cama por um bom tempo e tingiu todas as paredes e o teto de uma forma bizarra, para dizer o mínimo.

Depois de ouvir o relato da amiga e perceber algo em seu semblante, Isabel pediu:

— Rachel, eu sei que essa morte foi mesmo bizarra, mas lembre-se: se você ficar com medo desta coisa, você pode se tornar um alvo.

— Eu vou tentar me lembrar disso antes de dormir. — brincou ela, tentando esconder o nervosismo. — Mas, e você e o Erik? Descobriram alguma coisa sobre Tina Gray? — indagou, querendo mudar o rumo daquela conversa.

— Nada de relevante. Mas, amanhã nós vamos até a biblioteca, olhar uns arquivos sobre Springwood, tentar descobrir algo específico sobre a família Gray e sobre crimes ocorridos na cidade. Se isso for um espírito vingativo, deve ter um precedente. — explicou Isabel.

— Você e o Erik sozinhos em uma biblioteca? Que romântico! — brincou Rachel, tentando relaxar um pouco, para não pensar na coisa que havia matado Annie Ryan, mas também porque adorava provocar a amiga.

— Não começa. — protestou a nephilim. — Eu e o Erik somos apenas amigos.

— Claro que são, afinal, nós não beijamos inimigos. — refletiu a outra.

Entendendo aquele comentário de outro jeito, Isabel sentiu o seu rosto ruborizar e indagou:

— Quem te disse que eu beijei o Erik?

Rachel abriu a boca surpresa, fazendo a nephilim perceber que tinha falado demais. Em seguida, Rachel respondeu:

— Ninguém, mas já que você confessou, de livre e espontânea vontade, que isso aconteceu, eu vou querer saber todos os detalhes.

— Não tem detalhe nenhum. — desconversou Isabel. — Foi só um beijo sem importância. — mentiu. — Um beijo para deixar bem claro que agora nós somos amigos.

— O quê?! — indagou a outra caçadora em tom reprovador. — Isabel, se você quer ser amiga de um cara, você não beija esse cara. Isso é elementar, caso ninguém tenha te dito isso antes.

Incomodada com aquele assunto, a nephilim colocou o notebook sobre o criado-mudo, passou as mãos pelos cabelos, se acomodou melhor na cama e avisou:

— Quer saber? Eu vou dormir.

— Nem pensar. — retrucou Rachel, levantando-se da cama e se afastando na direção do banheiro. — Eu vou tomar um banho, colocar um pijama e então você vai me contar essa história de “apenas bons amigos” direitinho.

— Rachel... — começou a dizer Isabel, mas desistiu quando ouviu a porta do banheiro se fechar.

XXX

No quarto ao lado, Henry também havia contado sobre a morte de Annie Ryan para Erik, que já estava se preparando para dormir. Sentado na outra cama, o caçador indagou um tanto surpreso:

— Eu te conto tudo isso e você vai simplesmente dormir? Você não está impressionado ou... Com medo?

— Você está? — rebateu Erik.

Henry pensou um pouco e por fim respondeu seguro de si:

— Eu confesso que este caso é bem impressionante, mas não, eu não estou com medo desta coisa. Eu quero caçar esta coisa e pôr um fim nela ou nele. Só isso.

— E eu confesso que essas mortes são mesmo bizarras, tristes como todas as mortes, e lamento por todas elas. Mas eu fui possuído por um demônio, então acho que estou vacinado contra qualquer tipo de medo por um bom tempo. Além disso, nós vamos dar um jeito nesta coisa, certo? — argumentou Erik.

— Nós? — repetiu Henry, achando aquilo meio engraçado. — Você está mesmo querendo se envolver nisso, não é?

— Foi como eu disse na lanchonete, eu já estou envolvido. — lembrou o outro, e depois de se virar na cama, dando as costas para o caçador, desejou: — Boa noite, Henry.

— Boa noite... Colt. — replicou ele, um tanto pensativo.

Henry pensava na loucura que era ele estar diante do último descendente vivo de Samuel Colt, pensava no interesse que Erik demonstrava por Isabel, pensava no que havia acontecido ao rapaz, pensava naquela maldita caçada, pensava em... Emily.

Ao pensar na garota, Henry sacudiu a cabeça levemente, tentando afastar certas lembranças e sensações que ela lhe trazia. Estava quase levantando da cama, para tomar um banho e tentar dormir um pouco, quando o seu celular vibrou no bolso da calça. Então ele pegou o aparelho e abriu a mensagem de sua mãe, que dizia:

Antes de dormir, não se esqueça, sal nas portas e janelas.

Henry sorriu diante da mensagem e digitou a resposta:

Mãe, quantos anos a senhora acha que eu tenho? Não se preocupe, eu estou bem.

A resposta de Natalie Jones veio logo em seguida:

Eu sempre vou me preocupar com o meu Bebê Awesome. *-*

Henry revirou os olhos e colocou o celular sobre o criado-mudo. Em seguida, caminhou até o banheiro, entrou e fechou a porta.

Enquanto tomava banho, acabou se lembrando de Emily novamente. Onde será que ela estaria naquele momento?

No dia seguinte...

Era dez horas da manhã e Isabel e Erik estavam na biblioteca de Springwood, que possuía um grande acervo de jornais antigos. Mas, por sugestão da nephilim, eles dividiram a pesquisa. Enquanto Isabel ficou encarregada de descobrir algo relevante sobre a família Gray e algum tipo de ligação com as famílias das outras vítimas, Erik deveria pesquisar crimes violentos ocorridos no lugar nas últimas décadas.

Sendo assim, cada um foi para uma sessão diferente, uma mais voltada para a história dos moradores de Springwood e árvores genealógicas, e a outra focada em investigações policiais.

Mesmo à distância, de vez em quando, Erik olhava para Isabel. Em um desses momentos, ela percebeu e ficou um tanto sem graça. Erik sorriu levemente e acenou. Isabel acenou de volta, deu um sorriso amarelo e tentou se concentrar na pesquisa. Estava cada vez mais difícil.

XXX

Enquanto isso, Henry e Rachel se dirigiram até a delegacia, disfarçados de agentes federais. No fundo, eles sabiam que a polícia não iria fornecer pistas que não tivessem explicações lógicas para eles, mas talvez se os dois olhassem o corpo da última vítima, ou o que sobrou do corpo, pudessem encontrar algum indício da coisa que matou Annie Ryan.

Assim como demônios, geralmente, deixavam resquícios de enxofre, lobisomens arrancavam os corações das vítimas e fantasmas podiam deixar ectoplasma para trás, talvez aquela coisa que estava matando as pessoas enquanto elas dormiam tivesse deixado alguma pista também.

Era sobre isso que Rachel e Henry conversavam, quando estacionaram em frente à delegacia. Em seguida, os dois deixaram o carro e caminharam pelo estacionamento. Mas pararam subitamente quando um carro ao lado deles abriu a porta subitamente.

Henry puxou a prima um segundo antes da porta atingí-la e já ia xingar o motorista, quando uma bela e conhecida ruiva saiu do veículo, trajando uma saia cinza, uma camisa branca e um par de scarpin preto, um tanto distraída e se desculpando:

— Oh... Eu sinto muito, eu não vi vocês...

— Emily? — reconheceu o caçador, estreitando o olhar na direção dela, visivelmente surpreso, e engolindo em seco.

A garota ergueu o olhar na direção do rapaz e ficou igualmente surpresa ao reconhecê-lo. Mas havia algo além de surpresa no olhar de Emily, e também no olhar de Henry, e Rachel percebeu isso enquanto olhava ora para um, ora para outro.

— O que vocês estão fazendo aqui? — perguntou Emily por fim, percebendo que o silêncio estava começando a ficar constrangedor.

— Eu poderia te perguntar a mesma coisa. — retorquiu Henry.

Deduzindo o que estava acontecendo ali, Rachel revirou os olhos e murmurou:

— Ah não...

Quase no mesmo instante, a outra porta do carro foi aberta e Tony surgiu. Ele usava uma calça grafite com riscas de giz, uma camisa branca, uma gravata cinza e trazia um terno pendurado em uma das mãos. O rapaz exibia um lindo sorriso, pois já havia visto Rachel ali. Então, ele se apoiou no capô e a cumprimentou:

— Boneca! Que coincidência! Ou seria o destino conspirando a nosso favor?

— Que o destino está conspirando, é um fato. A meu favor, eu já não sei. — resmungou Rachel, lançando um sorriso sarcástico na direção do rapaz, enquanto Henry o fuzilava com o olhar. — Deixe eu adivinhar, vocês vieram por causa das mortes que estão acontecendo por aqui, certo?

— Vocês também? — indagou Emily.

— Sim. — confirmou Henry. — Nós chegamos ontem.

— Eu e o meu irmão chegamos há poucas horas. — relatou Emiily.

— Isso é... Maravilhoso! — exclamou Tony, visivelmente empolgado. — Eu quero dizer... Não as mortes em si, mas o fato de nós termos nos reencontrado. De novo. — esclareceu, fechando a porta do carro e aproximando-se do trio. Mais especificamente de Rachel. — É muito bom te ver novamente, Boneca.

— É muito bom ver que você se recuperou mesmo, Estrupício. — retribuiu ela, um tanto sem graça. — Mas já que eu e o meu primo, além de uma amiga nossa, chegamos primeiro, eu acho que vocês não tem muito o que fazer por aqui.

— Como é? — indagou Emily, sem gostar de ouvir aquilo.

Henry decidiu intervir:

— O que a Rachel quis dizer é que, quando um caçador chega em uma cidade e percebe que já tem outro caçador no caso, geralmente ele vai embora. É uma regra entre caçadores.

— Pois eu conheço outra regra bem mais interessante. — anunciou Tony. — Nunca abandonar um caso. E já que eu e a minha irmãzinha estamos aqui e pesquisamos algumas coisas durante o caminho... Sinto muito, mas parece que nós vamos ter que trabalhar juntos nisso.

— O quê?! — exclamaram Henry e Rachel ao mesmo tempo, visivelmente insatisfeitos com aquela solução.

— Porém, para evitar mais discussões, eu sugiro nos dividirmos. — propôs Tony, olhando para o outro caçador. — Então você e a Emily, podem ir falar com os policiais, examinar o corpo da última vítima, essas coisas chatas, enquanto eu e a Rachel vamos tomar um sorvete por aí.

— Muito engraçado! — desaprovou Henry prontamente, porém, antes que ele pudesse dizer algo mais ou tentar impedir, Tony puxou Rachel pela mão e praticamente a arrastou para longe dali.

Henry chamou a prima algumas vezes, mas Rachel acabou se convencendo de que o plano de Tony era interessante. Não por ficar sozinha com ele, mas sim por deixar Emily e Henry sozinhos. Rachel estava convencida de que estava rolando um clima entre eles, desde que se reencontraram há alguns dias. Seria bom deixá-los trabalharem juntos naquele caso.

Então, Rachel simplesmente permitiu que Tony a levasse para o outro lado da rua. Logo, os dois pararam na calçada de uma lanchonete e só então o rapaz soltou a mão da caçadora, que ria compulsivamente ao lembrar da cara de Henry enquanto a chamava desesperado.

Um tanto cansada da verdadeira corrida até ali, Rachel apoiou as mãos nos joelhos e continuou rindo, até que ergueu o olhar na direção de Tony e viu que ele a observava com um leve sorriso.

Sem graça, Rachel se endireitou e parou de rir, enquanto o encarava de volta.

Por fim, Tony disse cheio de si:

— Eu fico feliz em saber que a minha presença diverte você.

Rachel deu um sorriso torto e confessou:

— Tudo bem, eu admito que o que você fez foi engraçado. Mas é só isso, Estrupício. Eu achei engraçada a cara do Henry e também da Emily. Está claro que tem um clima rolando entre aqueles dois.

— Só entre eles dois? — perguntou Tony, arqueando uma sobrancelha.

Sentindo-se constrangida de novo, Rachel achou melhor mudar de assunto:

— Você mencionou um sorvete, Estrupício. E só porque eu estou de bom humor, eu vou aceitar o convite.

— Humm... Você já estava de bom humor antes ou ficou de bom humor quando me viu? — provocou Tony, contendo um sorriso de satisfação.

Rachel revirou os olhos, caminhou até a porta da lanchonete, abriu e segurou a porta de vidro do lugar. Em seguida, olhou para o rapaz, fez um gesto com a cabeça, indicando o interior da lanchonete e disse:

— Antes que eu mude de ideia.

Tony sorriu, caminhou até ela e entrou. Rachel o seguiu.

XXX

Enquanto caminhava em direção à entrada da delegacia, ao lado de Emily, Henry disse com certa revolta:

— Eu não acredito que o idiota do seu irmão fez isso.

— A minha companhia é tão ruim assim? — perguntou a garota, com a cabeça baixa e um tanto ofendida.

— Não, não! — respondeu Henry imediatamente. — Não foi isso o que eu quis dizer, Emily. Eu estou falando sobre o seu irmão ter arrastado a minha prima sabe-se lá para onde.

— Eles só foram tomar um sorvete. — esclareceu a caçadora, rindo da preocupação exagerada do rapaz. — Depois que nós falarmos com a polícia, podíamos fazer a mesma coisa. — sugeriu, sentindo o seu rosto enrubescer.

Houve um longo momento de silêncio, durante o qual Henry não soube o que responder. Emily o pegou de surpresa. Totalmente desprevenido. Era engraçado porque se fosse qualquer outra garota, ele aceitaria o convite imediatamente. E, com certeza, eles não ficariam apenas com o sorvete.

No entanto, Emily era diferente. Ela era especial e Henry se sentia um completo idiota perto dela. Além disso, Henry não queria magoá-la, não queria que ela se aproximasse demais dele e percebesse que ele não era quem ela pensava, não queria se envolver porque estava convencido de que não merecia uma garota tão especial como Emily Carter.

— Talvez não. — disse ela por fim, arrependida por ter feito aquele convite e constrangida diante do silêncio do rapaz.

— Emily... — começou ele, pensando em se explicar.

— Está tudo bem, Henry. Não esquenta. Foi só uma ideia... Uma ideia estúpida. — interrompeu a garota, desejando ter o poder de desaparecer no ar naquele exato momento. — Vamos nos concentrar na caçada. O que você e a Rachel já descobriram?

Sentindo-se um idiota ainda maior por ter dispensado Emily daquela forma e a magoado, Henry subiu os degraus que levavam à entrada da delegacia e respondeu um tanto confuso:

— Por enquanto, nós achamos que é um espírito vingativo. Ou algo assim. Definitivamente, é algo extremamente cruel e inteligente. Eu não sei o que pensar, na verdade. Talvez não seja um espírito, afinal.

— Eu espero que eu e o meu irmão possamos ajudar vocês a solucionarem este mistério. — desejou Emily, parando na porta de entrada.

— Então vocês vão mesmo ficar? — indagou Henry, parando ao lado dela.

— Você quer que eu vá embora? — rebateu Emily, olhando para ele.

No entanto, ao pensar sobre aquela pergunta, e decidido a não magoar mais a garota na sua frente, Henry decidiu ser sincero, mesmo que estivesse dando esperanças à ela. Então o caçador respondeu:

— Não, Emily. Eu quero que você fique. É bom rever você e... Ter você por perto. — ao perceber um certo brilho nos olhos dela, Henry voltou a si e achou melhor fazer uma ressalva: — Mas o seu irmão bem que podia dar meia volta e ir embora.

Emily riu e assegurou:

— O Tony é legal. Se você não estivesse tão preocupado com a Rachel, iria perceber isso.

— Talvez. — assentiu Henry, antes de abrir passagem para que a ruiva entrasse primeiro na delegacia.

XXX

Perto dali, na lanchonete, Rachel saboreava um delicioso sorvete de chocolate, enquanto Tony simplesmente assistia a cena com certo fascínio. Os braços apoiados na mesa, uma das mãos no queixo e um olhar penetrante na direção da caçadora.

Quando percebeu isso, Rachel engoliu uma colherada do sorvete com certa dificuldade, sentindo a sua garganta congelar por alguns instantes. Em seguida, perguntou:

— Por que você não pediu um sorvete também?

— Eu estou bem assim, obrigado. — dispensou Tony, soltando um suspiro e mantendo o olhar sobre Rachel. — Você percebeu que este é o nosso primeiro encontro oficial, Boneca? E que você simplesmente aceitou? — perguntou, instantes depois.

— Isso não é um encontro, Estrupício. — retorquiu a caçadora. — É só uma forma de dar um tempo para a sua irmã e para o meu primo. Além disso, seria mesmo estranho quatro agentes federais entrarem naquela delegacia juntos. Foi melhor nós nos dividirmos.

Tony abriu um largo sorriso, se recostou na cadeira e observou animado:

— Primeiro aceita o meu convite e agora diz que aprova o meu plano? Me chame de maluco, Boneca, mas algo me diz que nós estamos evoluindo.

— Maluco. — resmungou ela, antes de afastar a taça de sorvete e mudar de assunto: — Quer saber? Já que você propôs essa divisão, eu acho que nós podíamos ir até a casa da última vítima e procurar por alguma pista. Eu fui ontem com o Henry, mas nós não chegamos a entrar lá. Pode ter alguma coisa relevante.

— Nada me deixaria mais feliz. — assentiu Tony.

— Visitar um lugar onde uma pessoa morreu brutalmente te deixa feliz? — estranhou Rachel.

— Eu estava falando sobre a companhia. — esclareceu o rapaz, olhando fixamente para ela.

Rachel revirou os olhos e retrucou:

— Claro que você estava. — e depois de levantar rapidamente, ela finalizou: — Já que você me convidou, a conta é sua. Eu te espero lá fora.

Tony seguiu Rachel com o olhar enquanto ela saía da lanchonete e esboçou um leve sorriso ao pensar sobre o que ela lhe despertava. Adorava a forma como ela sempre fugia do assunto. Era quase como um desafio. Um desafio que o deixava cada vez mais interessado nela. Adorava a forma como o seu coração batia mais forte e como o seu corpo ficava mais quente na presença dela.

Por fim, ele soltou um suspiro e acenou para uma garçonete do lugar, a fim de pagar a conta e sair logo dali.


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Notas finais do capítulo

E aí??? Gostaram? Odiaram? Querem mais? Gostaram da participação de Natalie Jones? kkkkkkkkkkkk E do reencontro entre o quarteto fantástico? Será que esse povo caçando juntinhos vai dar certo? E esses sentimentos pairando no ar, hein?

Ah! Sobre a morte de Annie Ryan me inspirei na morte do personagem do Johnny Depp no primeiro A Hora do Pesadelo. Aquilo foi muito bizarro, cara kkkkkkkkk

Well, well, well, o mistério se intensifica, Freddy está a solta, complicações à vista e muito romance no ar também...

Espero que tenham gostado e no sábado, com a graça de Odin, postarei mais um capítulo! Inté lá!

Bjs!

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