Nunca Durma escrita por Hunter Pri Rosen


Capítulo 15
O Senhor dos Pesadelos - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Olás!!!

Já estou chegando aqui com mais um capítulo e tenho que dizer que ele é o meu favorito até agora! Eu simplesmente amei!

Espero que gostem também, meu povo e minha pova!

Lá vai...



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As lâminas da mão de Freddy Krueger se aproximavam cada vez mais das costas de Tony, fazendo o rapaz ter uma sensação estranha, de constante perigo e de que havia alguém ali com ele, naquele lugar quente e abafado.

Sentindo tudo isso, Tony começou a se virar lentamente, enquanto pedia:

— Por favor, que não tenha ninguém atrás de mim. Por favor, que não tenha ninguém atrás de mim.

Mas, o seu pedido não foi ouvido, já que logo Tony comprovou a sua teoria. Havia mesmo alguém atrás dele. E a aparência monstruosa de Freddy Krueger fez o rapaz arregalar os olhos imediatamente.

— Boo! — gritou o Senhor dos Pesadelos, colocando as mãos sobre o peito de Tony e o empurrando com uma força descomunal, sem lhe dar qualquer chance de defesa, muito menos de entender o que estava acontecendo.

Tony teve um sobressalto imediato e gritou à medida que caía em uma escuridão sem fim. Não havia mais chão embaixo dos seus pés. Não havia mais nada. Seu coração acelerava a cada instante e o ar em volta parecia escasso. O medo e a apreensão reverberavam por cada célula do seu corpo e comprometiam os seus sentidos. Tony estava desnorteado.

Em dado momento, finalmente, ele parou de cair e sentiu o seu corpo se chocar com uma superfície macia. Não demorou muito para que Tony visse que estava sentado no banco traseiro de um carro. E demorou menos ainda para que ele reconhecesse o motorista.

Vestido com trajes de chofer, com direito ao chapéu, Freddy olhou na direção do caçador e aconselhou com escárnio:

— É melhor você colocar o cinto de segurança, meu jovem. Algo me diz que a viagem será... Alucinante.

Mesmo sabendo que não tinha como lidar com aquele monstro, já que estava dormindo e, portanto, completamente vulnerável, Tony se inclinou para a frente, numa tentativa de afastá-lo do volante.

Porém, antes que ele sequer encostasse em Freddy, o cinto de segurança se moveu sozinho e prendeu Tony ao banco com uma pressão tão forte que ele ficou sem ar por um instante.

— Como eu disse, coloque o cinto. Segurança é tudo hoje em dia. — zombou Freddy, antes de pisar firme no acelerador e gargalhar.

Tony tentou se soltar, mas não conseguiu. O cinto não tinha mais um ponto de ligação, uma fivela, nada, era uma coisa só que continuava lhe apertando a cada segundo.

Atordoado e se lembrando do acidente que tirou a vida de seu pai e de sua madrasta há dois anos, Tony olhou pela janela e tudo o que conseguiu ver foi uma escuridão sem fim, que era cortada apenas por raios que anunciavam uma forte tempestade.

Freddy acelerou mais e debochou:

— Então foi assim que eles morreram, não foi? Essa é a sua fraqueza, Tony Carter... Que fofo!

O rapaz queria dizer alguma coisa, mas não conseguia pensar em nada. Queria lutar contra aquele trauma, mas também não conseguia. Tudo o que queria era acordar, mas, infelizmente, não conseguia também.

Enquanto isso, em frente a pousada, Rachel estreitou o olhar na direção do carro de Tony, parado a alguns metros do dela, e percebeu que o rapaz estava se debatendo.

Sentindo um desespero latente, a morena saiu do carro e correu até o outro veículo. Quando ela parou ao lado do Chevelle vermelho, se aproximou da janela e olhou para o seu interior, confirmou a sua suspeita. Tony estava dormindo no banco do motorista. Ele se debatia constantemente e parecia estar fazendo um grande esforço para acordar.

— Não... — murmurou Rachel ainda mais desesperada, antes de abrir a porta às pressas, sentar no banco ao lado de Tony e começar a sacudí-lo. — Acorda! Estrupício, acorda! — gritou, o sacudindo com mais força. — Acorda! — repetiu antes de lhe dar um tapa na cara.

Preso no pesadelo e sentindo-se enjoado à medida que Freddy acelerava mais e mais e ziguezagueava pela estrada, Tony olhou para fora mais uma vez e os relâmpagos iluminaram centenas de árvores ao longo do caminho. Seus galhos secos moviam-se de uma forma animalesca, cresciam e se transformavam em mãos enormes com lâminas também desproporcionais. Algumas dessas lâminas começaram a se aproximar do veículo e a riscar a sua lataria, fazendo um barulho ensurdecedor e aflitivo.

Tony levou às mãos aos ouvidos e fechou os olhos com força.

— Acorda! — gritou para si mesmo.

Começou a chover. Sangue. Uma enxurrada de sangue. Torrencial. Tony abriu os olhos e olhou para os vidros das janelas completamente tingidos de vermelho. Mesmo assim, ainda era possível ver algo pela janela frontal. Era possível ver que a estrada estava chegando ao fim...

— Estrupício, acorda... Por favor... — implorou Rachel com a voz embargada e os olhos um tanto vermelhos. — Acorda, seu idiota! — esbravejou, sacudindo Tony mais uma vez e lhe dando mais um tapa no rosto.

Mas, tudo o que a caçadora fazia parecia ser em vão. Tony não acordava de jeito algum. E isso a deixava ainda mais transtornada e preocupada. Com o coração apertado.

Rachel não queria que Tony morresse, que se machucasse, não queria que nada de ruim acontecesse com aquele estrupício. Com o... Seu Estrupício. Precisava dele. Se importava com ele. Estava...

Ao finalmente perceber que sim, ela estava perdidamente apaixonada por Tony Carter, Rachel engoliu a vontade de chorar e olhou para os lábios do rapaz. Uma ideia passou pela sua cabeça.

Enquanto isso, no pesadelo, o carro guiado por Freddy chegou ao fim da estrada e começou a cair em um desfiladeiro. Tony sentiu o ar lhe faltar e o medo dominá-lo diante daquele profundo e escuro abismo que o tragava.

— Fim da linha para você, meu jovem. — debochou Freddy, olhando na direção de sua vítima e rindo pela última vez antes de se dissipar no ar.

E então Tony se viu sozinho no carro, que caía numa velocidade absurda...

Ao ver o rapaz se debatendo mais uma vez, Rachel percebeu que não podia esperar mais. Sendo assim, e com o coração acelerado, ela tocou o rosto de Tony com uma das mãos, enquanto a outra repousava sobre o peito dele.

Rachel sentiu um desespero ainda maior ao constatar que o coração do caçador estava disparado. Seja lá o que for que Freddy Krueger tinha colocado na mente dele, estava o assustando muito.

Depois de engolir em seco e se inclinar mais um pouco na direção de Tony, Rachel disse baixinho:

— Não me deixe fazer isso sozinha, Estrupício. Me beije de volta.

Na sequência, a garota fechou os olhos e encaixou sua boca nos lábios de Tony suavemente. Ele parou de se debater diante daquele toque aveludado, quente e carinhoso. Inconscientemente, se acalmou um pouco.

Apesar da aflição que sentia, Rachel foi afastando os lábios de Tony pacientemente e os explorando com cuidado. Chegou a encostar em sua língua por um instante, mas não conseguiu envolvê-la e aprofundar o beijo. Para isso, ela precisava da colaboração de Tony, que continuava preso no pesadelo.

O carro se aproximava mais e mais do fundo do abismo, quando o rapaz sentiu uma dormência engraçada em sua boca e uma dor sútil no seu lábio inferior, que Rachel mordia com uma força gentil no mundo real.

Então, o carro estava quase atingindo o fundo do abismo, quando Tony fechou os olhos, com a certeza de que aquele era mesmo o fim da linha para ele.

Mas, sentindo aquela dormência se alastrar por toda a sua boca, ele abriu os olhos sobressaltado e encontrou o rosto de Rachel colado ao seu. Mais precisamente, os dentes dela no seu lábio inferior. Ela havia o mordido com mais força, numa tentativa de acordá-lo. E desta vez, tinha funcionado.

Devagar, Rachel abriu os olhos também, soltou o lábio de Tony lentamente, mas manteve certa proximidade enquanto o encarava. Estava aliviada por Tony finalmente ter acordado, mas não conseguia esboçar nenhuma reação, pois estava constrangida pelo o que havia feito. Constrangida, mas não arrependida.

Ofegante, Tony entendeu que não estava mais dormindo, embora aquilo não deixasse de ser um sonho para ele. Afinal, Rachel estava ali e ela tinha o beijado. Ou tentado, pelo menos.

Então, todo o medo e as sensações ruins despertadas pelo horrível pesadelo perderam força até se dissiparem e perderem completamente a importância. Afinal, havia algo bem mais importante acontecendo ali naquele carro. Algo que tinha roubado toda a atenção de Tony e feito ele olhar para a boca de Rachel instintivamente.

Sem dizer uma palavra, o caçador segurou o rosto dela com suas mãos trêmulas de ansiedade e acariciou as bochechas de Rachel com as pontas dos polegares por um longo momento.

Com o olhar fixo no dela, Tony esperou mais um pouco. Tinha medo de que Rachel não quisesse aquilo como ele queria, mas se convenceu de que se ela não quisesse, já teria se afastado ou dito algo para quebrar o clima.

Sendo assim e sem conseguir esperar mais, Tony fechou os olhos e encaixou seus lábios nos da caçadora com uma impetuosidade suave. Os envolveu carinhosamente e com um desejo palpável. E sentiu uma felicidade enorme inundá-lo à medida que Rachel correspondia intensamente.

Suas línguas se encontraram e o beijo tornou-se mais envolvente, profundo e apaixonado. Rachel passou os braços em volta do pescoço de Tony, o abraçando contra o seu corpo, enquanto ele emaranhava seus dedos nos cabelos da garota, mantendo o rosto dela na posição ideal para mergulhar de vez em sua boca. E foi o que ele fez. E Rachel o acompanhou naquela jornada apaixonada sem pensar duas vezes.

Um longo momento se passou até que o ritmo do beijo foi diminuindo pouco a pouco. Por fim, seus rostos se afastaram lentamente e seus olhares se encontraram. A felicidade refletida neles era visível e inquestionável.

Instantes se passaram e Rachel se aproximou de novo, abraçando Tony e escondendo o rosto em seu ombro, enquanto ele passava um dos braços em volta dela.

Lembrando-se do medo que sentiu momentos antes, a caçadora ordenou ofegante:

— Nunca mais durma. — diante do silêncio que se seguiu, ela pediu: — Diz alguma coisa. Por favor.

Tony não sabia o que dizer. Ainda estava em estado de êxtase por conta daquele beijo tão esperado e que tinha superado todas as suas expectativas. Honestamente, ele nem sabia se iria se recuperar daquilo algum dia...

Porém, disposto a não deixar de atender um pedido da sua Boneca, ele disse a primeira coisa que lhe veio a cabeça:

— Eu estou me sentindo a Bela Adormecida. — diante do riso que arrancou de Rachel com tal confissão, ele acrescentou: — É sério, Boneca, você acabou de me salvar do Dragão. Obrigado.

Após respirar profundamente e sentir o cheiro bom que Tony Carter possuía, Rachel respondeu:

— Disponha, Estrupício.

— Humm... Você não devia ter dito isso, Boneca. — insinuou ele em tom divertido.

Rachel riu levemente, mas, ao contrário do que Tony queria, permaneceu imóvel.

Então, disposto a lutar por um repeteco, o caçador dissimulou um bocejo e mentiu:

— Nossa... Que sono que me deu agora...

Um alerta se acendeu na mente de Rachel e, imediatamente, ela procurou pela boca de Tony e o beijou de novo. Mas, quando se afastou e viu um sorriso cretino nos lábios dele, ela fechou a cara, lhe deu um soco entre as costelas e resmungou:

— Seu mentiroso!

Tony gemeu de dor, fechou os olhos, fazendo uma careta, e encenou mais uma vez:

— Nossa... Agora que eu vou dormir mesmo... Desmaiar de dor, na verdade.

Rachel sabia que ele não estava falando sério, mas não resistiu. O beijou mais uma vez. E de novo.

XXX

Enquanto isso, Freddy voltou a aparecer diante de Henry, que ainda dormia profundamente no mundo real, e o encurralou contra uma parede da sala da caldeira, cheia de dutos.

Porém, quando o Senhor dos Pesadelos deu mais um passo a frente, pensando em ferí-lo com suas lâminas, o caçador simplesmente desapareceu no ar e acordou no quarto da pousada, com Emily o sacudindo.

— Graças a Deus... — comemorou a ruiva de uma forma contida e exausta, enquanto se afastava um pouco e se sentava ao lado de Henry. — Era ele, não era? Você sonhou com o Freddy... Ele está cercando todos nós... — disse visivelmente abalada, passando as mãos pelo rosto.

Henry se sentou na cama e, apesar do efeito negativo do pesadelo em seus sentidos, ele percebeu que Emily não estava nada bem.

— Ei, o que foi? — indagou preocupado, colocando a mão no ombro da garota.

Depois de afastar as mãos do rosto, Emily respirou fundo, procurou manter-se calma e confessou:

— Eu estou exausta, Henry.

— Todos nós estamos, Emy. — replicou o caçador.

— Eu sei disso, mas... Eu não sei mais o que é real ou não. — confidenciou a ruiva.

— O quê? — preocupou-se o Winchester.

Após um breve momento de silêncio, Emily tentou explicar:

— Eu cochilei durante o banho, Henry. E eu senti que o Freddy estava lá. Ele ia me pegar, mas eu acordei bem a tempo. Só que eu continuo com sono e... Eu estou praticamente dormindo em pé. Então, toda vez que eu pisco por um tempo maior, eu vejo o rosto... Dele. Eu não sei mais o que é real, eu nem sei como eu consegui chegar aqui... Eu vi o Freddy no corredor... Eu ouvi a sua gargalhada... Talvez eu esteja dormindo, talvez nada disso seja real... Você não é real...

Abalada e contendo o ímpeto de chorar, Emily levantou da cama. Henry levantou na sequência e segurou no braço dela, fazendo a ruiva voltar-se em sua direção e olhar em seus olhos, quando ele afirmou:

— Eu sou real. Isso tudo a nossa volta é real também, Emy. Você não está dormindo e não está sozinha. Eu estou aqui com você. De verdade. Aliás, obrigado por ter me acordado. Você me salvou de virar picadinho de Winchester. — após uma longa troca de olhares, durante a qual, a garota se acalmou um pouco, Henry a puxou para um abraço dizendo: — Vem aqui.

Sem hesitar, Emily aceitou aquele abraço. Aos poucos, foi se acalmando mais, porém a privação de sono estava chegando em um nível insuportável. E isso a assustava muito. Principalmente porque nem ela, nem Henry, nem os outros tinham ideia de como iriam matar Freddy Krueger. Eles nem sabiam se ele podia ser morto ou não. E como eles fariam isso? Teriam alguma chance de pelo menos tentar?

— Vai ficar tudo bem. — afirmou Henry, embora no fundo também estivesse exausto e sem muitas esperanças.

— Se nós não dormirmos em breve, vamos começar a perder os reflexos e teremos dificuldades em executar funções básicas, Henry. — articulou a garota, já que havia lido um pouco sobre privação de sono desde que aquela caçada se mostrou mais complicada do que eles imaginavam. — Nós vamos cochilar sem perceber e não conseguiremos mais distinguir o que é real e o que não é. Por fim, nós podemos entrar em coma... Que é um estado permanente de sono.

— Nada disso vai acontecer. — assegurou o Winchester, procurando pelo rosto de Emily e o segurando com as mãos. — Lembra da dimensão do Slender Man? Lembra que você também estava com medo e que eu te disse que nós íamos sair de lá e que tudo ficaria bem? — depois que Emily assentiu várias vezes com a cabeça e comprimiu os lábios, tentando não chorar, Henry prosseguiu: — Eu preciso que você confie em mim de novo. E que seja forte como você já é naturalmente, Emy. Por favor.

Após um longo momento o encarando, e sem conseguir evitar fazer isso de uma forma carinhosa, a ruiva assentiu:

— Okay. — e deixando-se levar pelo que sentia por Henry, Emily deixou escapar: — O que me consola é saber que quando tudo isso acabar, eu vou poder agarrar você.

Sentindo a sua garganta estranhamente seca e uma onda de calor se espalhando pelo seu corpo, Henry se permitiu responder aquele flerte à altura:

— Quem disse que você precisa esperar tanto?

Emily sentiu o seu coração disparar e não conteve um sorriso bobo que surgiu em seu rosto.

— Neste caso... — balbuciou, enquanto se aproximava de Henry.

Porém, quando o celular dele começou a tocar em seu bolso, Emily se afastou e o encarou visivelmente frustrada.

— Desculpe. — lamentou o rapaz, pegando o celular. — É a Isabel. — anunciou.

Emily se afastou mais um pouco, imaginando que a nephilim tinha novidades sobre aquele caso, e começou a andar pelo quarto. Henry a acompanhou com o olhar e deu um leve sorriso, imaginando que na próxima oportunidade, ele mesmo iria agarrar Emily.

Em seguida, ele atendeu a ligação de Isabel.

Algum tempo depois...

Henry, Emily, Tony e Rachel estavam do lado de fora da pousada, próximos dos seus carros, formando uma espécie de círculo.

Tony já havia contado sobre o seu pesadelo com o Freddy, Henry também compartilhou a sua experiência e depois relatou o que Erik e Isabel tinham descoberto com o Professor Clyde. Emily preferiu não contar sobre os seus recentes cochilos e sobre ter visto Freddy algumas vezes. A ruiva não queria deixar o irmão preocupado. Apesar do pesadelo, Tony parecia feliz e ela não queria estragar isso.

Os três aguardavam Rachel encerrar uma ligação que havia recebido de Bobby Singer, momentos antes. O velho caçador tinha feito a pesquisa que sua neta pediu e naquele momento lhe passava tudo o que havia descoberto de relevante.

Depois de agradecê-lo imensamente e encerrar a ligação, Rachel olhou especificamente para o primo e começou:

— O que a Isabel te contou bate com o que o vovô descobriu. O Freddy pode mesmo ter feito um pacto com demônios. Mais especificamente com demônios dos sonhos.

— Deixe eu adivinhar. — pediu Henry. — Esses demônios deram para o Freddy o poder de entrar na mente das pessoas e de controlar os seus sonhos, certo?

— Tudo indica que sim. — respondeu Rachel.

— E o seu avô descobriu como matar o Freddy? — quis saber Emily.

Lembrando-se das palavras de Bobby, Rachel explicou:

— De acordo com o que ele encontrou sobre os demônios dos sonhos, tudo indica que o Freddy não ganhou apenas poderes, mas imortalidade também.

— Por favor, Boneca, nos dê uma boa notícia. — pediu Tony.

Rachel olhou para ele, talvez por mais tempo do que devia. Henry percebeu isso e estreitou o olhar na direção dos dois. Automaticamente, se lembrou de quando ele e Emily saíram da pousada momentos antes. Na sequência, Rachel e Tony saíram do carro do rapaz rapidamente e estavam... Estranhos.

Mas, Henry estava tão cansado que preferiu não questionar a postura da prima naquele momento. Depois conversaria com ela e descobriria o que estava acontecendo.

— A boa notícia — Rachel limpou a garganta antes de prosseguir: — é que existe uma chance do Freddy perder a imortalidade no nosso mundo.

— Uma chance? — repetiu Emily desanimada.

Henry olhou para ela de soslaio e, sem se importar com os olhares da prima e de Tony, segurou a mão da ruiva e assegurou:

— Vai ficar tudo bem.

Emily retribuiu o seu olhar e sorriu levemente, tentando relaxar e ser otimista como Henry. Rachel, por sua vez, sentiu vontade de fazer um coraçãozinho com as mãos, mas se conteve e argumentou:

— Se nós trazermos o Freddy para este lado, existe uma chance, uma grande e real chance, de acordo com o que o meu avô descobriu, de nós conseguirmos matá-lo. Isso porque os poderes dos demônios dos sonhos só funcionam no mundo dos sonhos. No mundo real, a história é outra.

— E como nós tiramos o Freddy da sua matrix? — indagou Tony.

Rachel olhou para ele novamente. E quase se esqueceu da pergunta ao se lembrar dos beijos que eles trocaram no carro, pouco antes de Emily e Henry aparecerem.

Por fim, Rachel fez um esforço para manter o foco daquela conversa e respondeu:

— Um de nós vai precisar dormir. Segurar o Freddy e... Acordar. E então, ele estará aqui, fora da matrix.

Os quatro se entreolharam por um bom tempo, assimilando aquela informação. Mas, incapazes de decidir quem seria o voluntário naquele momento, resolveram seguir com o planejado e se dirigirem para a antiga fábrica, onde Freddy Krueger havia trabalhado em vida.

Antes de entrar no carro com Henry, Rachel trocou um olhar cúmplice com Tony e disfarçou um sorriso. Distraídos, os dois não perceberam que Henry e Emily se olharam por um tempo maior do que o normal também.

Em seguida, enquanto o primo dava partida, Rachel mandou uma mensagem para Isabel, pedindo para a nephilim e Erik irem para a fábrica também. Eles não podiam trazer o Freddy para a pousada, isso chamaria a atenção das pessoas e poderia ser desastroso. Mas, a fábrica abandonada, com certeza, era o lugar ideal para colocar um fim naquela caçada de uma vez por todas.


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Notas finais do capítulo

Primeiramente, finalmente Rachony se beijou!!! Aeeeeeeeeeeeeeeeee!!! Gostaram? Curtiram? Eu amei escrever este momento tão aguardado! Será que agora a coisa vai, gente? kkkkkkkkkkkkk

E será que Hemily vai aproveitar o embalo? Já deu para perceber que esses dois também estão bem coisadinhos um pelo outro, né? Oi? A ligação da Isabel atrapalhou, maaaaaas... Outras oportunidades virão... Então, aguardem e confiem que em breve Hemily também vai SMACK! Hein?

Sobre o Freddy, o lance dos demônios dos sonhos, da imortalidade e dele perder a imortalidade no mundo real é tudo baseado na biografia do personagem mesmo, ok?

E aproveitando, eu adorei escrever o pesadelo do Tony. Deu dó, tadinho... Mas adoro escrever os pesadelos porque dá para viajar bastante kkkkkkkkkk

Well, será que este povo vai conseguir tirar o Freddy de sua matrix? E quem será o voluntário? Palpites?

Bem, já estou trabalhando no próximo capítulo, então, em breve estou por aqui again, ok?

Bjs!

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