Nunca Durma escrita por Hunter Pri Rosen


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas cheguei!!!

Sim, meu povo e minha pova! Podem ficar felizes, podem comemorar, porque é com grande alegria que começarei a postar hoje a sequência da fic O Caso do Slender Man!

E se lá tivemos as mini pessoas lutando contra o Slender Man, aqui a caçada das big pessoas será outra... Ninguém mais, ninguém menos do que Freddy Krueger. #Medo

Espero que curtam!

Lá vai...



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Depois que exorcizou o demônio que havia possuído Erik, e levou o rapaz até um estúdio onde ele fez uma tatuagem contra possessão um pouco acima do peito, Isabel dirigiu a sua moto por cerca de uma hora, levando Erik consigo, já que havia se comprometido a lhe dar uma carona até Ohio.

No entanto, como sabia que seria impossível chegar ao destino final nas próximas horas, — na verdade, levaria no mínimo mais um dia de viagem até Ohio — Isabel decidiu parar em um hotel de beira de estrada para que os dois pudessem descansar. Muito mais Erik do que ela, na realidade.

Então, depois de deixar a moto no estacionamento que estava repleto de carros, eles caminharam em direção à entrada e logo estavam diante da recepção, onde um jovem de seus vinte e poucos anos sorriu e iniciou a conversa:

— Boa noite. Em que posso ajudá-los?

— Boa noite. — respondeu Isabel, apoiando-se no balcão e ajeitando a mochila que carregava no ombro. — Nós precisamos de dois quartos, por favor.

O atendente olhou para a jovem e para o rapaz ao lado dela e expôs:

— Sinto muito, mas no momento, nós só temos um quarto disponível.

— Só um? — surpreendeu-se Erik.

— E vocês tiveram sorte. É perigoso dirigir com sono e, por isso, muitas pessoas param aqui para passarem a noite. Vocês devem ter notado que o estacionamento está cheio. Só sobrou um quarto. — explicou o rapaz.

Desconfortável com aquela situação, Isabel olhou de soslaio para Erik. Dormir no mesmo quarto que ele estava fora de cogitação. Os dois mal se conheciam e era bom que continuasse assim.

Aliás, Isabel estava convencida de que eles não poderiam, em hipótese alguma, ficar mais próximos do que já estavam. Tudo o que ela iria fazer era levar Erik até Ohio e depois esquecê-lo.

Ele não era sua responsabilidade. Pelo menos, era isso que Isabel repetia para si mesma o tempo todo, numa tentativa de não criar nenhum tipo de laço com Erik. Nenhuma afinidade, amizade, nenhum vínculo.

Sentindo que a ideia de dividir o quarto não agradava a garota ao seu lado, Erik olhou para o rapaz da recepção e dispensou:

— Tudo bem, nós vamos procurar outro hotel.

— O próximo fica a horas daqui. — alertou o atendente.

Neste momento, Isabel percebeu algo na expressão de Erik. Era desânimo.

Como nephilim, Isabel tinha uma certa resistência ao sono, por conta do seu lado anjo. No entanto, era perceptível que Erik estava exausto. Não só da viagem até ali, mas principalmente, por conta do período em que ficou perdido em algum lugar de sua mente, aprisionado, enquanto um demônio possuía o seu corpo.

Erik precisava descansar. Isso era visível e indiscutível. E era um descanso que ia além da necessidade física. Ele precisava descansar a mente, assimilar o que aconteceu, recompor as energias e pensar no que faria dali para frente.

Pensando em tudo isso, Isabel respirou fundo, voltou a olhar para o rapaz da recepção e perguntou um tanto vacilante:

— Esse quarto que você mencionou tem... Duas camas?

— Sim, duas camas de solteiro. — informou o rapaz.

— Neste caso, nós vamos ficar com ele. — disse a nephilim.

Isabel não viu, mas naquele momento, Erik a olhou de um jeito agradecido. Na verdade, era mais do que isso. Erik ainda não conseguia acreditar que uma desconhecida tinha o ajudado tanto e em tão pouco tempo. Isabel o livrou do demônio que o possuiu e agora iria levá-lo até Ohio. Além disso, estava aceitando dividir o quarto porque percebeu que ele precisava dormir um pouco.

Erik a observou abrir a mochila e pegar uma carteira dentro dela. Imediatamente, ele voltou a si, colocou a mão no bolso da calça e também pegou uma carteira. Rapidamente, retirou um cartão de crédito e disse:

— Eu pago. — e ao perceber que Isabel iria protestar, ele olhou para ela e insistiu: — Eu quero pagar. Você já está fazendo muito por mim, Isabel. Me deixe compensar de alguma forma. Por favor.

A nephilim o encarou por alguns instantes. Não parecia certo deixar Erik pagar pela hospedagem, considerando que ela ia utilizar um cartão de crédito falso e, portanto, não ia pagar um centavo. Deixar o rapaz utilizar um cartão válido parecia injusto.

Enquanto pensava nisso, Isabel desviou do olhar de Erik e se pegou olhando para o cartão de crédito na mão dele. Aos poucos, as letras prateadas e em alto relevo ganharam mais foco e Isabel conseguiu distinguí-las. Eram duas palavras. Nome e sobrenome.

O nome ela já sabia muito bem qual era e, por isso, não se atentou muito a ele. Foi o sobrenome que a deixou surpresa. Paralisada. E confusa.

Isabel olhou para Erik e depois voltou a fitar o cartão de crédito. Mentalmente repetiu o que aquelas letras formavam: Erik Colt.

Este era o nome completo do rapaz ao lado de Isabel. O nome do rapaz que ela salvou há algumas horas. O nome do rapaz que tinha entrado em sua vida daquela forma abrupta, possuído por um demônio que queria matá-la.

Na verdade, embora Isabel não se lembrasse, Erik tinha entrado em sua vida bem antes daquela noite. Mas tinha sido uma troca de olhares tão rápida e inocente, há tanto tempo e em um momento tão tenso, que nenhum dos dois se lembrava de que já tinham se visto antes. No dia em que Isabel, então com seis anos, pegou uma arma chamada Colt, feita por Samuel Colt, e caminhou sozinha por uma estrada, em direção à uma floresta, numa tentativa de derrotar um monstro, o Slender Man, que tinha levado os seus amigos Henry e Rachel para uma dimensão hostil e misteriosa.

Erik estava em um carro que parou no acostamento daquela estrada. O pai dele ficou surpreso ao ver Isabel caminhando sozinha e decidiu parar. Tentou entender o que estava acontecendo, quis ajudá-la, mas Isabel simplesmente correu em direção à floresta. Erik a vendo pela janela do carro... Seu pai tentando impedí-la. Sem êxito.

Como não tinha reconhecido Erik daquela época, a única coisa que passava pela cabeça de Isabel naquele momento era aquele sobrenome e sua possível relação com o lendário Samuel Colt.

Erik Colt... Colt...

— E então? — indagou o rapaz da recepção, estranhando aquela troca de olhares e a indefinição em relação ao pagamento da taxa de hospedagem.

Imediatamente, Isabel despertou daquela espécie de transe. Erik, no entanto, franziu o cenho e continuou olhando para ela, um tanto confuso. Isabel parecia desconcertada e ele percebeu isso.

Erik ia perguntar se ela estava bem, se estava sentindo alguma coisa, quando Isabel simplesmente guardou a carteira na mochila e, sem olhar para ele, disse:

— Tudo bem, se você quer assim, pode pagar com o seu cartão.

Erik assentiu com um meneio de cabeça e então entregou o cartão de crédito para o recepcionista.

Isabel ajeitou a mochila no ombro e pegou a chave do quarto sobre o balcão.

Instantes depois, os dois seguiram por um corredor em direção ao quarto.


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Notas finais do capítulo

OMG! Eu venho guardando esse segredo desde a fic anterior, mas quis abrir a sequência já revelando o sobrenome do Erik. Sim, sociedade, ele é descendente do próprio Samuel Colt. Mais detalhes no próximo capítulo!

Por falar em próximo capítulo, outros personagens vão dar as caras por lá eheheheh

Bjs! Inté sábado que vem!

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