Ao longe ouviu-se um grande estrondo. A batalha se encerrara. Todos estavam extremamente felizes e iam em direção ao local onde foi ouvido o estrondo. Não conseguiam conter sorrisos animados, Annabeth mal podia esperar para ver Percy. Durante a batalha eles tiveram que se separar, mas agora estava tudo bem, eles poderiam se reencontrar, se beijar e viver o mais normalmente possível que semideuses poderiam viver, pelo menos por um tempo.
Mas, o sorriso no rosto de Annabeth desapareceu. Todos os outros pararam abruptamente. Eles conseguiam ver um corpo estirado a alguns metros de distancia.
Annabeth adiantou o passo, ela reconheceria aqueles cabelos negros em qualquer lugar. Lagrimas rolavam pelo seu rosto descontroladamente. Ela se ajoelhou ao lado do filho de Poseidon e viu que ele ainda estava vivo. Um tremor de alivio percorreu seu corpo, graças aos deuses ele estava vivo.
Percy não respirava direito e tinha um corte muito profundo em seu abdômen. Desesperada a garota gritava para todos pedindo néctar e ambrósia, mas todos faziam um sinal negativo avisando que todas as sobras já estavam esgotadas. As pessoas começavam a se aglomerar, olhando tristemente para Percy, ele fora um herói.
O moreno, ao perceber o desespero de sua amada sabidinha segurou em sua mão.
–Escute.- Ele fez uma careta de dor, sua voz quase não saia.- Não se preocupe. Não se preocupe comigo.
–Percy...-sua voz saia como um sussurro- Você não pode, você não pode ir, não pode me deixar, não pode, não pode...
A cabeça dela balançava freneticamente enquanto soluços profundos lhe escapavam pela boca.
–Não, Annabeth. Eu nunca vou te deixar, eu sempre estarei com você.
Ela o beijou por um breve segundo.
–Eu te amo, eu te amo... Eu sinto muito não podermos ter a vida que planejamos, eu sinto por não estar com você como planejei, eu sinto muito pelos momentos que te fiz sofrer, eu apenas, sinto muito, Annabeth. Eu te amo... - Ele disse aquelas palavras repetidamente até que os olhos dele puderam mirar os olhos tempestuosos da garota e seus lábios pararam de se mover, ritmados às ultimas batidas de seu coração.
Uma frase ainda ficara no ar, e reverberara por muito tempo: "Eu sinto muito, Annabeth"