A Filha do Presidente escrita por Jess Gomes


Capítulo 1
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Notas iniciais do capítulo

Boa tarde, gente!! Primeiro sábado do ano, primeira fic do ano. Só eu estou sentindo que 2015 promete? hahaha Bom amores, aqui está mais uma história minha. Espero que vocês gostem. Boa leitura.



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POR ELE

– Alô. – Atendi ao telefone e minha saudação saiu mais como um resmungo, já que o toque do celular foi quem me acordou. No meu lado, Melanie murmurou alguma coisa e se remexeu, ficando quieta em seguida.

– Dylan? O Presidente quer que você venha até o Crow nesse exato momento. – Steven, meu colega de serviço, respondeu do outro lado. Com a mão livre, cacei meu relógio de pulso no criado mudo. Eram 05h: 45 mm da manhã.

– Tudo bem. – Disse simplesmente e desliguei. Uma coisa que eu havia aprendido após quatro anos trabalhando no Serviço Secreto dos Estados Unidos é que não existe “não” ou “mais tarde”para uma ordem, ainda mais do Presidente.

Respirando fundo, empurrei o cobertor de cima do meu corpo e levantei, rastejando-me até o banheiro e tomando uma ducha rápida. Enrolado em uma toalha, fui até o meu guarda roupa e peguei meu uniforme casual de trabalho: terno preto e gravata, claro, sem esquecer a pistola. Tomei um café forte e voltei rapidamente ao quarto apenas para pegar meu celular e minha carteira, porém parei ao ver que minha noiva me observava da cama.

– Tão cedo assim? – Sussurrou com a voz sonolenta e eu ri fraco, me aproximando.

– Ele quer falar comigo. – Dei de ombros enquanto me inclinava pra lhe dar um selinho, e ela não precisou de mais detalhes pra entender.

– Boa sorte então. – Sorriu pra mim e eu lhe dei mais um beijo na testa antes de me virar e sair do quarto.

Minha casa fica do lado contrário ao da Casa Branca, mas devido ao horário, em menos de vinte minutos eu estava atravessando os portões de uma das mansões mais famosas do mundo. Steven já me esperava perto da entrada quando estacionei meu corola preto.

– O que aconteceu? – Disparei assim que sai do carro, sem tempo pra formalidades. Ele deu de ombros.

– Não sei, Ele apenas ordenou que te chamassem. – Respondeu, abrindo a porta para mim e dando dois tapinhas em meu ombro, me encorajando. Nervoso, atravessei rapidamente os longos corredores da mansão, e rapidamente cheguei ao gabinete do Presidente. Esperando um momento para que a secretária me anunciasse, entrei em seguida, sendo saudado por Adam Joseph Lockwood, o homem mais poderoso desse país.

– Dylan, me perdoe por ter feito você chegar tão cedo. – O homem já um pouco grisalho sorriu pra mim, enquanto se servia de uísque.

– É o meu trabalho. – Sorri de volta e ele se sentou em sua gigantesca cadeira de couro, fazendo sinal para que eu fizesse o mesmo.

– A verdade é que eu queria conversar pessoalmente com você, e como tenho compromissos o resto do dia... – Começou, enquanto procurava alguma coisa na sua gaveta. Eu apenas observava tudo, calado. Quando finalmente encontrou o que queria, estendeu pra mim. – Acho que não preciso dizer quem é nas fotos.

– É a sua filha. – Respondi, depois de analisar diversas imagens diferentes de Amellie Lockwood, filha única do Presidente.

– Obviamente. Essas fotos apareceram em revistas, blogs e etc. de tempos em tempos. – Ele continuou e eu assenti com a cabeça, sem entender direito aonde Ele queria chegar. – Acontece que tem uma coisa em comum em todas elas, e que fugiu da percepção de todos, menos da minha equipe de pesquisa, claro.

Observei mais atentamente as imagens em minhas mãos. Todas mostravam a menina andando na rua, saindo de alguma loja, tomando sorvete com as amigas, de mãos dadas com algum namorado famoso. Mas rapidamente entendi o que o Presidente queria dizer: em todas as imagens, mais ao fundo, um ou dois homens de preto a observavam de longe.

– Os homens. – Apontei rapidamente, e Adam concordou com a cabeça.

– Exato. Acontece, Dylan, que esses homens não são da minha equipe. – Disse e eu arregalei os olhos, entendendo finalmente aonde o homem queria chegar.

– São terroristas. – Afirmei pra mim mesmo, mas mesmo assim Ele concordou.

– Não é como se eu estivesse surpreso, claro, Amellie é o meu único ponto fraco e eles sabem disso. O que não me deixa confortável, Dylan, é saber que minha filha está tão desprotegida em um momento como esse.

– Eu não entendo, Senhor. Que eu saiba George é o segurança oficial de sua filha há anos e nunca tivemos nenhum problema com ele. – Comentei, colocando as fotos em cima da mesa enquanto Ele bebericava um pouco de seu uísque.

– Claro que George é um profissional muito bem qualificado e trabalha para mim há muitos anos, mas não sei se com a sua idade avançada ele ainda é capaz de dar a proteção necessária a Amy nesse momento. – Explicou e eu concordei.

– Então o que você sugere? – Questionei e Adam sorriu pra mim, descansando seu copo em cima da mesa.

– Quero que a partir de agora você seja o segurança oficial de Amellie. Óbvio que colocarei muitos outros para acompanharem-na de longe, mas é você que deve estar com ela em todos os momentos. – Respondeu.

– Mas por que eu, senhor? Temos muitos outros profissionais mais qualificados e experientes no Serviço Secreto. – Comentei e Adam riu fraco, se endireitando na cadeira.

– Não seja modesto, Dylan. Todos sabemos que você é um dos mais bem treinados da equipe, e mesmo que não seja tão experiente, é mais do que qualificado para proteger a minha filha. Além disso, acho que Amy preferirá ser vista com alguém mais jovem, sabe como essas adolescentes são. – Fez graça e eu ri apenas por obrigação. Confesso que quando entrei pro Serviço Secreto, ser responsável pela filha mimada do Presidente não era uma das minhas missões favoritas, mas já sabia que isso poderia vir a acontecer.

Minutos depois fui dispensado, porque o Presidente teria uma reunião há pouco. Steven já me esperava no corredor quando sai da sala.

– E então? – Perguntou, curioso. Eu suspirei.

– Advinha quem foi escolhido pra ser o mais novo segurança oficial de Amellie Lockwood? – Levantei as sobrancelhas irônico, e meu amigo gargalhou.

– Boa sorte, cara, você vai precisar. – Deu dois tapinhas no meu ombro, ainda rindo. Eu ri de volta, mas estava nervoso por dentro. Uma simples adolescente não poderia ser tão difícil como todos dizem, poderia?

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POR ELA

– Você não está entendendo, Amy, você tem que vir! – Camille gritou animada do outro lado da linha, e eu rolei os olhos segurando uma risada.

– Acho que vocês podem muito bem se divertir sem mim. – Garanti, enquanto cutucava a bainha da minha saia. Era óbvio que eu queria ir nessa festa do lago, só que para “a filha do presidente” as coisas são tão mais complicadas. Você se surpreenderia com a quantidade de “nãos” que eu recebo todos os dias, principalmente do meu pai.

– Você está esperando que eu implore, certo? – A loira resmungou e eu ri com o nariz. – Tudo bem, Amellie. Venha, venha, por favor, eu preciso da minha melhor amiga aqui comigo!

– Eu vou tentar. – Respondi e ela deu um gritinho de felicidade.

– Você não vai tentar, você vai vir! – Exclamou, mandona como sempre. – Você não disse que o tal de George tinha se aposentado e agora você não tinha mais segurança oficial?

– Mas isso não significa que eu não tenha mais uma dúzia de funcionários do meu pai me vigiando. – Eu expliquei e Cam fez um barulho com a boca.

– Tudo bem, dê seu jeito. Mas venha! – Gritou mais uma vez antes de desligar o telefone. Rindo, joguei meu celular na cama e fiquei parada, encarando meu closet. Talvez uma adolescente normal já estivesse mais que acostumada com festas e não relutaria tanto pra ir. A questão é que eu não sou uma adolescente normal. Meu pai sempre foi de ramos importantes da política, e tudo piorou quando ele foi eleito presidente. Eu só tinha treze anos na época, e de repente tinha seguranças me seguindo em todos os lugares que eu ia. Portanto foram muito poucas as festas que já fui na minha vida e eu não sabia direito como agir nelas.

“Você só tem dezoito anos, tem que se divertir!” Uma vozinha falou no fundo da minha mente. Talvez ela tivesse razão. Qual o problema de eu sair pra me divertir? Ainda mais agora que George se aposentou, eu tenho muito mais liberdade pra fazer o que eu quiser.

Finalmente cedendo à parte de mim que estava super curiosa com essa festa, me encaminhei pro closet, pegando um short jeans rasgado e um cropped branco rendado pra pôr por cima do biquíni. Coloquei uma sandália simples e amarrei uma bandana vermelha na cabeça, enfim pegando meus óculos Ray ban. Dando uma última olhada no espelho, peguei minha bolsa e minhas chaves e sai do quarto, indo em direção as escadas.

– Bom dia, Senhorita Lockwood. – Alguém me saudou assim que eu fechei a porta.

– Dia. – Respondi ainda andando, mas de repente parei e me virei. Não era pra ter mais ninguém do lado da minha porta. – Ahn, quem é você?

– Sou Dylan Parkes, seu novo segurança oficial. – Ele sorriu pra mim. Um sorriso bem bonito, inclusive. Mas a ideia de meu pai ter mentido pra mim me impedia de prestar a atenção necessária no rapaz.

– Hm, me desculpe, mas deve estar havendo algum engano. Eu não tenho mais segurança oficial. – Afirmei e o tal Dylan franziu as sobrancelhas.

– Bom, senhorita, o seu pai me contratou hoje. – Insistiu e eu não disse mais nada. Furiosa, girei nos calcanhares e fui em direção a sala do meu pai, pisando duro. Passei como um furacão pela recepção e abri a porta de supetão, fazendo com que todos que estavam lá dentro se virassem pra mim.

– Pai, que diabos é aquilo? – Apontei simbolicamente pro lado de fora, e ele massageou a testa, suspirando.

– Amellie, querida, eu estou em uma reunião. – Respondeu, apontando com a cabeça para as outras pessoas presentes na sala. Eu arqueei as sobrancelhas.

– Eu não to nem ai pra sua reunião. Você tinha me dito que George havia se aposentado e eu pedi de presente de aniversário que você parasse com essa história de segurança oficial. – Aumentei a voz esperando chamar sua atenção pra mim, mas Adam apenas riu.

– Não é como se eu fosse te deixar desprotegida, de qualquer jeito. – Deu de ombros, como se aquela conversa já estivesse acabada.

– Mas você prometeu! – Bati o pé e ele respirou fundo, levantando e se aproximando de mim.

– Às vezes, Amellie, nós prometemos coisas que não vamos cumprir. É triste, mas é necessário. Você estava feliz, eu estava bêbado e feliz porque você estava feliz. Da próxima vez, apenas não acredite. – Piscou um olho pra mim.

– Eu odeio você. – Declarei, me encaminhando pra porta.

– Amo você também. – O ouvi responder antes de abandonar a sala.

Indo em direção ao corredor do meu quarto novamente, vi Dylan ainda parado perto da minha porta, esperando.

– E então? – Perguntou elevando uma sobrancelha e eu bufei.

– Se você vai ser meu segurança oficial, então me seja útil. Quero que me leve a um lugar. – Ordenei, colocando as chaves do meu carro conversível em sua mão e voltando a andar.

– Seu pai sabe sobre isso? – Questionou de novo e eu me virei, com um sorriso cínico no rosto.

– Você trabalha pra mim ou pro meu pai? – Retruquei e Dylan sorriu de lado.

– Na verdade, é seu pai que me paga, então... – Ele deixou a frase no ar e, suspirando, atravessei os dois metros que nos separavam.

– Que seja, quem precisa de segurança? Eu posso me virar sozinha. – Falei simplesmente, catando as chaves da sua mão e descendo as escadas.

– Acho melhor você ir atrás dela. – Algum outro segurança disse para Dylan, antes de eu chegar ao primeiro andar.


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Notas finais do capítulo

Yeeeeey, o que acharam do gato delicious do Dylan? E da Amy? Vocês já shippam o casal? Respondam-me nos comentários, afinal, qualquer elogio ou crítica é muito bem vinda. Lembrando que, como todo início de história minha, as atualizações serão de duas em duas semanas. É triste, eu sei, mas acontece que lá pro meio de dezembro eu tive um bloqueio mental e não consegui escrever mais nada, e estou recomeçando agora. Tenho seis capitulos prontos, e acho que att de duas em duas semanas é ótimo porque eu posso adiantar mais sem nenhum tipo de pressão. Espero que entendam. Beijinhos e até dia 17 de janeiro.



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