Sogeking escrita por Bia


Capítulo 1
Único


Notas iniciais do capítulo

Oláaa! o/
Depois de taanto tempo à procura de uma fanfic entre Kaya e Usopp e nenhum resultado, cansei e decidi criar eu mesmo uma AJSKADASASA Bom, primeiro de tudo, a história se passa pós-timespick, ou seja, quando o Usopp virou aquele pitel, hehe *carinha aquela*.
Segundo, não me perguntem como ele foi parar aí na vila Syrup, foi mágica, gente jaskajdkaksasas O plot tá beeem simples, de verdade, mas eu achei a coisinha mais fofa do mundo. Porque, sério, KayaxUsopp são umas coisinhas fofas demais.
Como não há fanfics deles?? /boladíssima
Enfim, espero que gostem, fiz com tanto esmero que acabou virando uma poça de açúcar, hahaha! xDD
Boa leitura o/



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Usopp se olhou no espelho pela vigésima vez em apenas alguns segundos. Conferiu se a tira para prender a máscara estava bem encaixada atrás da cabeça, afinal, não queria que ela caísse enquanto conversava com Kaya - todo o seu plano iria para o ralo!

Havia chegado a sua vila natal há exatos cinco dias. Deveria ter ido conversar com a jovem dama há muito tempo, mas toda a sua coragem havia escorrido para um canto obscuro em seu subconsciente.

Ele havia sim amadurecido, conseguindo reunir um pouco de coragem o suficiente nesses tantos anos em que estava com os Chapéu de Palha; não corria mais ao ver adversários, e até se arriscava a derrotar alguns sem precisar de seu alter-ego e amigo, Sogeking.

Vamos ser francos: ninguém está preparado para o amor, muito menos Usopp. Não havia um treinamento denominado “como não ser um completo cagaço na frente da garota que você gosta” em seus aprendizados diários com Heracles.

No quesito romance, Usopp era um fracasso. O melhor de tudo é que ele tinha total e completa noção disso, o que o poupava de uma sessão dolorosa de humilhação. Então, para não ter sua autoestima ainda mais rebaixada, Usopp vestiu sua armadura, digo, máscara, para poder ir ver sua donzela.

Abriu a porta com força, inspirando pesadamente e saindo da casa. Havia ficado hospedado na casa de um de seus “tripulantes”, Tamanegi, que quase desmaiou ao vê-lo ali depois de tanto tempo. Na realidade, todos os Piratas do Usopp tiveram um pseudo-AVC ao vê-lo ali.

Continuou andando em direção à mansão onde Kaya morava, atraindo olhares dos humildes cidadãos de Syrup. Usopp suava como um bode, receoso com a reação que seu povo estava tendo. Do jeito que são, poderiam atacá-lo a qualquer instante! Afinal, com seu perfeito disfarce, ninguém iria reconhecê-lo.

O pensamento não acalmou a situação. Estava com medo de ser atacado por seus queridos cidadãos. Começou a andar mais rápido, quase correndo. Em parte porque realmente não tinha a intenção de ser o malvado da história e em parte porque… Mal podia acreditar! Estava mesmo indo vê-la, reencontrá-la depois de tanto tempo! Em poucos segundos, à medida em que corria em direção à mansão, apenas adrenalina corria em suas veias; todo o sentimento de hesitação ou dúvida havia desaparecido.

Vê-la era o que importava. Quero dizer, tanto quanto impressioná-la com seu disfarce perfeito. O dia estava impecável, nuvens perfeitamente desenhadas decorando o céu, que parecia sorrir para o atirador.

Parou ofegante em frente ao enorme portão. Se eram dois palitos atravessá-lo antes, ficou imaginando o quão fácil era agora. Sorriu, agarrando-se às barras de ferro e subindo-as com habilidade. Tomou cuidado com as lanças, principalmente quando foi passar uma perna para o lado de dentro - não queria que suas calças rasgassem ou que outra coisa saísse machucada.

Se soltou do portão quando já estava dentro, pousando na grama verdinha com sucesso. Olhou para os lados, notando apenas agora que não haviam seguranças para barrá-lo. Aproveitou a chance e correu em direção à árvore onde sempre se encontrava com Kaya. A janela do segundo andar estava aberta.

Escalou a árvore com facilidade, assimilando-se com um macaco. Riu com o pensamento, sentando-se no galho onde sempre se sentava e observando o quarto da garota. O.k., aquilo foi extremamente desrespeitoso; deu sorte ao ver que não havia ninguém ali, imagine só se Kaya estivesse se trocando?!

Olhou ao redor, tendo uma visibilidade muito grande ao sentar-se tão ao alto. Usopp quase caiu dali quando pôde ver uma espécie de chifre encaracolado. “É o Merry!” pensou com alegria, sabendo que quer onde Kaya esteja, seu empregado também estaria lá.

Desceu da árvore com destreza, indo correndo em direção aos jardins. Usopp pôde ver claramente alguns seguranças por ali, mas, não sabia ao certo o porquê, eles não o barraram, mesmo claramente vendo-o; era como se eles o reconhecessem, porém varreu essa ideia ridícula da mente, já que era impossível seu disfarce falhar.

Conforme aproximava-se do jardim, sentia seu coração bater forte contra o peito. Parou por um instante quando pôde vê-la. Kaya estava absurdamente linda, talvez muito mais desde a última vez que se viram. Seu cabelo agora era comprido, moldando seu rosto delicado e fino. Os olhos negros concentravam-se em um livro, devorando-o pedacinho por pedacinho. Ela mantinha a posição elegante, porém de um jeito dela. Único.

Kaya sempre seria única na vida do atirador. Não sabia porquê. Talvez o sentimento de aceitação era grande demais entre ambos.

A jovem dama não parecia muito interessada no monólogo de Merry, que andava de um lado para o outro, um papel em suas mãos, lendo-o com entusiasmo. Parou abruptamente o que estava fazendo quando avistou aquela figura bizarra no jardim. Pelo nariz e pelo cabelo, soube de imediato que era Usopp-kun.

Foi pego completamente de surpresa. Gaguejou por dois instantes, os olhos ainda vidrados no atirador. Mesmo com a máscara, era percebível que mudara bastante. Já não era um magricela. Olhou de esguelha para sua jovem dama, que ainda estava concentrada em seu livro.

- Kaya-sama, temos visitas… - Disse, apertando o papel contra o peito ao ver Usopp se aproximar.

Kaya pareceu despertar de um sonho muito bom ao levantar o rosto para encarar seu criado. Viu que ele parecia vidrado em algum ponto próximo, por isso girou a cabeça para também saber o que era.

A jovem dama pensou que poderia morrer naquele momento. Seu livro “Medicina Aplicada - Vol. 03” escorregou por entre seus dedos, caindo aberto na grama. Seus olhos se arregalaram, encarando, encantados, aquela figura que há tanto tempo não via. Sua vontade era de saltar do banco onde estava sentada e correr em sua direção para agarrá-lo, abraçá-lo, senti-lo como nunca pôde.

Quando mais nova, era Usopp quem enchia sua rotina monótona de alegria, contando-lhe aquelas histórias mirabolantes. Sempre gostou dele, mesmo que não tivesse percebido a intensidade do sentimento. Às vezes via uma manchete notificando mais uma das ações extravagantes dos Chapéu de Palha e, perceber que Usopp era parte daquele bando, a enchia de felicidade.

Levantou-se, o punho cerrado contra o peito, os olhos grudados nele.

- Uso- - começou, mas foi abruptamente cortada pelo atirador, que ergueu uma mão ao alto.

- Ora, ora, ora! - Gritou o atirador, seus nervos à flor da pele, mais suado que testemunha falsa. Seus punhos tremiam, a presença da donzela fazendo-o ver porcos voadores. - P-presumo que seja Kaya, c-certo? Eu sou Sogeking, o Rei dos Atiradores! Usopp-sama, honorável guerreiro do mar, demais aquela cara, realmente… - Murmurou audivelmente, desfocando-se demais da conversa. - Me mandou até aqui! - Retornou correndo ao assunto, andando mais alguns passos até Kaya, que observava tudo com certo ceticismo.

A jovem dama não estava é entendendo nada. Queria conversar com ele normalmente! Tentou mais uma vez, afobada, quase angustiada.

- O que há de errado, Us- - mas, novamente, foi interrompida. O atirador ergueu a mão na frente do rosto da jovem dama, um sinal para que ela não falasse.

- Não precisa ficar emocionada sob a minha presença, Kaya. Na ilha onde eu nasci, todos nós somos iguais. - Começou, estufando o peito. - Se for para emocionar-se na presença de alguém, emocione-se na presença de Usopp-sama. Bravo guerreiro aquele homem… - Disse com um falso ar sonhador. - Eu, mesmo tendo feito tantas coisas impressionantes, como queimar a bandeira do Governo Mundial, ainda temo Usopp-sama… Ele já havia me salvo de muitas coisas assustadoras.

Mesmo Kaya não entendendo bulhufas do que se passava ali, sorriu. Para Usopp, linda e perfeitamente, assim como ela sempre fora. A jovem dama inclinou sua cabeça para o lado, voltando-se a sentar no banco. Olhou de esguelha para Merry, que observava a cena toda com curiosidade. Fez um sinal com as mãos para que ele partisse, batendo logo em seguida no local vazio ao seu lado, indicando onde “Sogeking” deveria se sentar.

O atirador não perdeu tempo e largou-se ali, uma distância calculada para que não tocasse em Kaya. Olhou-a de esguelha, confiante de que ela estava acreditando.

- Ah, é mesmo, Sogeking-san? - Kaya começou, virando-se de lado e cruzando as pernas, uma posição mais confortável para ouvi-lo. - Diga-me quais “coisas assustadoras” são essas! Venho esperando notícias de Usopp-san há muito tempo! - Disse, animada, lembrando-se da época em que conversas sobre aventuras eram frequentes.

- Mesmo? - Usopp deixou de lado, por um instante, sua atuação.

- É claro! Sinto falta de Usopp-san, de suas histórias mirabolantes e de seu nariz engraçado! - Kaya o deixou muito feliz antes de dizer a última parte.

Quase que automaticamente, o atirador apalpou o nariz, encarando-a de rabo de olho.

- O nariz de Usopp-sama não é engraçado... É heróico, marcante, assim como sua presença - quase resmungou, erguendo o queixo. Apenas deixou de lado quando ela riu, divertida. Vasculhou em sua mente uma história para contá-la.

Engraçado…” notou ele, sorrindo imperceptivelmente “desta vez, não é nada inventado.”.

Optou por escolher o dia histórico onde irritou profundamente as estribeiras de Doflamingo ao derrotar Sugar. Graças a isso, todos os brinquedos de Dressrosa foram transformados em humanos novamente. Além da mais alta recompensa por cabeça ser dele. Obviamente, Usopp descartou as partes onde ele quase se cagou nas calças, já que detalhes eram apenas detalhes.

Tudo havia saído como planejado, ou seja, perfeito: a encenação, os risos vindos de ambas as partes, os olhos atentos e cheios de curiosidade de Kaya e o sentimento de confiança crescente nele mesmo. Ambos conversavam como se já estivessem juntos há três mil anos. A jovem dama estava se segurando com todas as forças, já que vê-lo trazia a ela uma explosão interna de coisas que nunca pôde fazer.

- Usopp-san ficou tão forte! Fico feliz por ele - Kaya elogiou-o, aproximando-se mais do atirador. Talvez conseguisse ver seu rosto...

Usopp notou a aproximação dela, ficando tenso de repente. Deslizou pelo banco, afastando-se, suas costelas batendo no braço do banco. Engoliu em seco quando Kaya deslizou também, ficando mais próxima a ele. O.k., agora ele não tinha para aonde ir.

Usopp encarou aqueles olhos negros com hesitação, sua garganta tremendo de nervosismo. Acabou por não aguentar a pressão e se levantou rapidamente, deixando Kaya à deriva, completamente confusa. O homem estralou as costas, tentando disfarçar seu embaraço.

- A prosa está ótima, Kaya, porém, você sabe, eu tenho assuntos importantes para tratar na minha ilha… - Cantou mentalmente seu hit. “Sogeki no shima kara kita otoko…”. - Mirar em olhos de ratos… Mirar no coração das pessoas… Coisas desse tipo - explicou, olhando para os lados.

Kaya assustou-se. Ele estava indo embora?! Mas mal se falaram! E, pior, nem vira seu rosto! Chamou baixinho pelo nome dele, mas Usopp não ouviu, já que continuava a explicar sobre o que acontecia em sua ilha.

- Usopp-san… - Chamou de novo, um pouco mais alto.

- Não se preocupe com ele! - Sogeking ofereceu-a seu melhor positivo. - Usopp-sama é um bravo guerreiro do mar! Kaya, foi ótimo conhecê-la! A vejo em breve! - Acenou, começando a andar.

Mas a jovem dama não estava disposta a isso. Que falta de modos a dele! Não se viam há dois malditos anos e nem mostrar seu rosto ele mostraria? Saltou do banco, dando uma corridinha básica para alcançá-lo.

Usopp tinha a sensação de dever cumprido, já que a havia impressionado o bastante. Na realidade, Kaya estava muito estranha, aproximando-se daquele jeito… O quão baixas eram suas habilidades amorosas?! Pensou em soltar um suspiro, desapontado consigo mesmo; era um verdadeiro conflito interno: ao mesmo tempo em que se sentia satisfeito, se sentia desapontado. Provavelmente não conseguiria mais que um simples abraço dela.

O atirador levou um susto enorme ao ser pego com violência pelo ombro. Viraram-o bruscamente, e até passou por sua cabeça que era um dos seguranças. Mas o que mais o surpreendeu foi ver que, na realidade, era Kaya quem havia pego-o com aquela força e virtude.

Ficou feliz por ela: já não era doente e frágil, como era há dois anos.

- Kay- - começou a dizer, mas engasgou-se quando a garota pegou sua máscara por baixo, arrancando-a sem cerimônias e jogando-a no chão.

Olhou, chocado, sem defesas, sem nada, para a garota, que tinha um olhar meio rabugento no rosto. Seus olhos colaram-se aos dela, que pareciam dois poços de petróleo.

Kaya espalmou o rosto de Usopp com ambas as mãos, fazendo as bochechas do atirador ficarem levemente salientes. Sentia uma felicidade enorme ao olhá-lo no rosto depois de tanto tempo, era como se provasse, definitivamente, que era mesmo Usopp quem estava ali, e não um impostor engraçadinho com nariz feito de papel machê.

No fim, sorriu. No ponto de vista de Usopp, linda e perfeitamente. Kaya inclinou a cabeça, observando-o de um ângulo diferente, sentindo seus lábios formigarem. Utilizando-se do fato de que sua cabeça estava inclinada, aproveitou a chance para aproximar seus rostos.

Nem deu ao pirata uma única chance de pensar racionalmente. Colou os lábios com avidez e precisão. É claro que, ao mesmo tempo, com inexperiência. Mas não importava o quanto talentosamente ambos se sairiam naquela atividade envolvendo lábios. O importante era o quão perfeito aquele momento era como um todo.

Kaya deslizou suas mãos para os ombros do atirador, abraçando-o forte enquanto Usopp circundava sua cintura fina com cuidado com os braços. A jovem dama permanecia nas pontinhas dos pés, equilibrando-se melhor naquele momento, já que Usopp a segurava. Se separaram, encarando-se, rubros como tomates. Kaya voltou com as plantas dos pés ao chão, achando que aquela posição era melhor, mesmo com a diferença de altura.

O atirador inclinou-se, encostando suas testas, os narizes roçando-se. Usopp acariciou com cuidado o rosto delicado de Kaya com seus dedos calejados. Sentia suas bochechas queimarem como fogo em brasa, envergonhado.

- K-Kaya… - Começou, mas a realidade é que não sabia o que dizer, de fato.

Mas, para a jovem dama, aquela reação era mais do que podia esperar. Sorriu, orgulhosa, fechando de leve os olhos.

- Usopp-san, guarde sua máscara para enfrentar o Governo Mundial, e não a mim, o.k.? - Gracejou, fazendo-o rir e abraçá-la novamente.

- Tudo bem, Kaya… - Respondeu-a, aninhando-se a ela mais ainda. Então, pela primeira vez, Usopp pensou que suas habilidades amorosas não eram tão catastróficas assim.


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Notas finais do capítulo

"So kiss me, kiss me, kiss me
I'm dying just to see you again
Let's make tonight the best of our lives" ~dançando~
FOFOOOOS ASJAKDASAS ~abraça os personagens forte e nunca os deixa irem~
Espero, de verdade, que tenha curtido. E, por favor, não deixem de comentar! SEMPRE fico roendo as unhas de nervoso quando vou postar qualquer história!
Grandes beijos a vocês! *w*
PS.: feliz Ano Novoo, minha gente! o//



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