I can't lose you escrita por MylleC


Capítulo 17
Capitulo 16 - Conversa séria


Notas iniciais do capítulo

Eaee, demorei eu sei, me desculpa por isso. Tive que viajar de ultima hora e no fim de mundo chamado Lucianópolis não existe qualquer sinal de internet (só conseguimos uma vez no meio de um rua de terra kkk) Mas o capitulo ta ai, beeem grande, maior que o outro. Enfim, Boa leitura!



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Eu tenho tudo o que preciso quando você está comigo

Eu olho à minha volta, e vejo uma vida boa

Estou presa no escuro, mas você é minha lanterna

Você me guia, me guia pela noite

Meu coração dispara quando você ilumina meus olhos

Não dá pra mentir, é uma vida boa

Presa no escuro, mas você é minha lanterna

Você me guia, me guia pela noite

(FlashLigth – Jessie J - Pitch Perfect2)

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POV Oliver

Dig e eu levamos Slade novamente ate a A.R.G.U.S. que desenvolveram uma nova prisão para prende-lo. Ainda seria na ilha, mas seria uma espécie de prisão em baixo do mar, um pouco separado da ilha, onde só se conseguiria ir até la por submarino. O sistema do cativeiro não era o mesmo que o outro,não havia um botão afastado da cela para se abrir as portas, mas seria aberto apenas por uma pessoa, dentro do computador principal da A.R.G.U.S.

Praticamente impossível de se sair de la. Joe pediu para ficar alguns minutos falando com Slade, o que era compreensível.

–Deixa Oliver. Vá para casa que eu fico aqui até Joe decidir voltar. –Disse John.

–Tem certeza?

Dig sorriu e assentiu.

–Sim, e também tenho certeza de que Felicity não vai para casa até você chegar.

Assenti e sorri, sentindo o peso sair cada vez mais do coração, lentamente me acostumando que todo o inferno que passamos tinha acabado.

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POV Felicity

–Não acredito que você namora o Arqueiro, isso é tão empolgante. –Minha mãe estava toda animada com essa historia de Oliver ser o Arqueiro, pensei que ela fosse surtar pelo menos um pouco, mas não.

Sorri e me levantei, retirando o pequeno tubinho que distribuía soro em minha veia que Caitlin tinha insistido para por.

–Mãe, Oliver deve estar chegando. Vou te dar a chave do meu apartamento.

–Chave?

–Ãhn... Sim, com tudo isso tive que me mudar temporariamente para a casa de Oliver, ele achou que seria mais seguro. Mas ainda vou passar essa noite la. Então pode ficar la e descansar, amanhã eu vou te buscar, preciso conversar uma coisa com você, mas só quando estivermos nós duas descansadas.

Obviamente eu não havia contado de Richard para ela ainda, evitei ao Maximo que os dois se encontrassem por acidente, amanhã conversaria com ela com calma.

–Tudo bem então. Você vai ficar bem, Felicity?

–Vou sim.

A abracei apertado e sorri.

–Até amanhã. –Falei. -Barry vai te levar.

Ela assentiu e seguiu Barry para a saída da boate. Thea havia trazido umas frutas há alguns minutos, peguei uma maça e desci até a cave para esperar Oliver.

Cisco e Caitlin arrumavam as coisas para poderem voltar a Central, também visivelmente cansados.

–Vão passar a noite na cidade não vão? –Perguntei.

–Sim, fizemos reserva em um hotel aqui perto. –Respondeu Caitlin. –Não agüentaríamos uma viagem até Central agora.

Ouvimos passos e Oliver apareceu nas escadas, sorriu ao me ver e fui até ele, beijando seus lábios demoradamente.

–Vamos? –Perguntou.

–Vamos.

–Até amanhã. –Cisco se despediu e acenei para os dois.

Estávamos quase saindo da boate quando Richard passou pela porta. Parou olhando Oliver e eu, ainda havia aquele olhar em seus olhos, de ansioso, querendo conversar. Eu também estava ansiosa para a conversa, mas só teria cabeça para isso no dia seguinte.

–Falei com mamãe. Ela esta no meu apartamento. Vou lá amanhã e explicar a ela, e então podemos conversar. –Expliquei.

Ele sorriu, o sorriso ainda como eu me lembrava.

–Tudo bem, até amanhã então.

De alguma forma meu coração se aqueceu com aquela frase, um pequeno medo tinha surgido em mim, pensando que talvez agora que tudo acabou ele pense em sumir outra vez. Mas sua voz saiu confiante agora, confirmando que nos veríamos amanhã, seu olhar não era fingido, havia sinceridade neles.

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Eu devo ter cochilado no caminho para casa, pois quando menos percebi já estava em frente a casa de Oliver.

Entramos em casa e respirei fundo, apesar de não ser minha casa. Tudo estava enfim acabado, Slade estava preso e provavelmente amanhã eu poderia voltar para minha casa. Thea disse que passaria essa noite com Roy, para no deixar sozinhos. O que foi meio constrangedor.

–Está com fome? –Oliver perguntou.

–Um pouco, mas preciso absurdamente de um banho.

Oliver sorriu e assentiu.

–Eu também. –Caminhou até a geladeira a abrindo e tirando uma jarra de água de lá.

Mordi o lábio pensando em como aquela fala soou com duplo sentido em minha mente. Oliver se virou com o copo de água cheio e franziu o cenho por me ver ainda parada ali, mas então um sorriso começou a se abrir em seu rosto, passando de um simples sorriso para um completamente malicioso.

–Fe-li-ci-ty... –Deixou o copo na pia e se aproximou alguns passos.

–O que? Eu não disse nada. –Respondi, mas abri um sorriso igualmente ao dele.

Oliver ergueu a mão e acarinhou minha bochecha, seus olhos brilharam me olhando. Eu provavelmente não estava muito apresentável, meu cabelo com certeza estava bagunçado, meu rosto provavelmente um pouco sujo por toda a batalha que passamos há algumas horas atrás. Mas ainda assim Oliver me olhava com aquele olhar apaixonado, como se eu fosse a pessoa mais linda do mundo. Coloquei meus braços em volta de seu pescoço e me aproximei devagar, sem quebrar o contato visual.

Oliver foi quem quebrou a distancia entre nós e seus lábios tocaram o meu, urgentemente e apaixonadamente. Imediatamente aquela corrente elétrica percorreu meu corpo, meu coração acelerou e percebi outra vez o quanto tinha realmente sentido falta dele, de beijá-lo e de senti-lo. Não era um beijo como trocamos quando enfim tínhamos pego Slade, esse não havia sofrimento, apenas a saudades. Esse era mais urgente e com um desejo que o outro não teve, arranhei de leve a extensão de seu pescoço e mordi seu lábio inferior, me afastando pouco centímetros quando senti sua mão adentrar minha camisa e fazer movimentos em minha cintura.

–Realmente preciso tomar banho. –Sussurrei abrindo os olhos levemente, não querendo sair dali, não querendo terminar aquele momento. Apesar de querer o banho.

Oliver sorriu mais uma vez e suas mãos percorreram o caminho da minha cintura até minhas coxas, as apertando provocativamente antes de me impulsionar para cima, fazendo minhas pernas circularem sua cintura.

–Podemos tomar banho também. –Deu um rápido selinho em meus lábios e sorriu novamente. –Estou com saudades, preciso saber que esta bem, preciso de você.

Passei a ponta da língua em meus lábios, e assenti, reconhecendo minha própria necessidade de estar o mais perto dele possível, e me aproximei o beijando novamente. Oliver caminhou comigo até o quarto e me pois no chão delicadamente. Suas mãos foram até a barra da minha camisa e a puxou para cima, separando nossos lábios por um momento. Minhas mãos foram até sua camisa e repeti o mesmo movimento que ele havia feito comigo, puxando sua camisa pela cabeça, voltando meus dedos para seu abdômen, escorregando até suas costas e voltando. Oliver passou a beijar meu pescoço e estremeci com a sensação de seus lábios quentes em minha pele, a ponta de sua língua me provocando, me fazendo gemer baixinho.

Meus dedos trilharam o caminho do seu abdômen até o cós de sua calça Jeans, abrindo o botão e descendo o zíper. Oliver murmurou meu nome com a voz rouca de desejo, puxou levemente o elástico que prendia meus cabelos e se afastou um pouco, tirando a calça e me puxou para perto dele novamente, retirando minha calça também. Novamente me pegou em seus braços e caminhou comigo até o banheiro, seus lábios avançaram nos meus novamente, a língua explorando todos os cantos da minha boca, me impedindo de ter qualquer pensamento racional.

Ouvi o barulho da água do chuveiro descendo e logo as gostas mornas molhavam minhas costas. Oliver afastou o rosto e abri os olhos, mergulhando na imensidão azul dos dele. E de repente tínhamos entrado em uma bolha de sentimentos e cuidado, mergulhando apenas no olhar um do outro, procurando a confirmação de que ambos estávamos bem, tendo a resposta positiva uma vez que estávamos enfim juntos novamente.

–Eu te amo. –Disse, afastando uma mecha do meu cabelo do meu rosto. –Não sei o que teria feito se tivesse te perdido, se ele tivesse te matado.

Sorri ternamente para ele, eu também não sabia o que seria de mim se Slade conseguisse matá-lo. Mas agora estava tudo bem, Slade estava preso e mais nada iria nos atrapalhar.

Beijei o canto de sua boca e desci até seu queixo, indo até o pescoço e voltando para a orelha.

–Esta tudo bem agora. –Sussurrei. –Slade não venceu, de novo.

Peguei o sabonete liquido ao meu lado e despejei um pouco na esponja, começando a percorrê-la por seu peito e ombros, devagar, observando cada pedaço de pele que o sabão cobria, encontrando apenas poucos e superficiais cortes no caminho. Oliver beijou meu pescoço, subindo até o módulo da minha orelha, deixando eu percorrer seu corpo com a esponja. Suas mãos foram até o fecho do meu sutiã e o abriu, jogando para o lado. Se afastou com um sorriso, os olhos escurecendo alguns tons de desejo e pegou a esponja da minha mão. Imitando meus movimentos, passando a esponja por meus ombros, descendo pelo pescoço até os seios e os mamilos túrgidos.

Seu olhar se deteve ali, o sorriso ainda brincando em seus lábios. Continuou o caminho com a esponja, passando por minha barriga e a passou em meus braços, tão suavemente quanto eu fiz com ele. Parou observando a água lavar a espuma e sem mais se conter se aproximou, colando nossos corpos ainda com as peças intimas da roupa e sua boca avançou para um dos meus seios, enquanto com a mão acarinhava o outro.

Gemi longamente, sentindo um misto de sensações dentro de mim, minhas mãos passavam por cada pedaço de pele dele que conseguia alcançar, até chegar ao tecido de sua cueca. Meus dedos ansiosamente adentraram o tecido, percorrendo o membro ereto e pulsante.

Oliver suspirou de encontro a minha pele, parecendo ter perdido momentaneamente o pensamento do que estava fazendo. Sorri, feliz pelo controle que comecei a ter da situação. Desci o tecido, deixando que ele escorregasse por suas pernas grossas, continuando os movimentos, pra frente e para trás, sentindo Oliver perder cada vez mais o controle.

Gemeu impaciente perto do meu ouvido e afastou minhas mãos, apertando minha cintura possessivamente e andando para trás, me encostando na parede, erguendo uma perna minha ao redor de sua cintura e tocando nossas intimidades, ainda separadas pelo tecido da minha calcinha.

–Oliver... –Gemi com a pressão pulsante. Suas mãos passaram por minha perna, chegando na coxa e fazendo movimentos circulares com o polegar, subindo mais um pouco até tocar minha intimidade por cima do tecido encharcado. Empurrou um pouco para o lado e escorregou um dos dedos para dentro de mim.

Gritei me segurando mais firmemente a ele, sentindo meu corpo tremer com os espasmos distribuídos. Mordi seu ombro, escorregou outro dedo, tornando a fixação mais intensa. Minha visão começou a ficar embaçada, minha intimidade mais molhada e escorregadia, o nó em meu ventre se tornando mais apertado. Minhas unhas cravaram sem dó nas costas de Oliver e quando tudo parecia que enfim explodiria dentro de mim os movimentos pararam.

Oliver desligou o chuveiro e me acomodou melhor em seu colo, agradeci internamente já que não conseguiria em hipótese alguma andar naquele momento. Senti novamente o contato de nossas intimidades e rebolei limitadamente por cima dele. Oliver rosnou impaciente e logo senti a cama macia em minhas costas, ele retirou rapidamente minha calcinha, separando minhas pernas, os dedos percorrendo novamente minha intimidade, subindo por minha pele arrepiada até chegar em meu pulso. Abriu minha mão e seus dedos entrelaçaram os meus.

Abri os olhos, encontrando os seus, escurecidos de desejo. As gostas de água escorrendo por seu corpo.

–Oliver... –Arqueei as costas, procurando o contato de seu membro com minha intimidade, mas Oliver sorriu arteiro e me impediu. Resmunguei impaciente.

–Felicity... –Sussurrou. Mordi o lábio e o olhei, esperando algo mais. –Você é linda... Eu amo você. Tanto.

Sorri e apertei seus dedos entre o meus, meu coração batendo como nunca, tão alto que Oliver provavelmente conseguia ouvir.

–Também amo você. –Declarei.

Ele sorriu, beijando meus lábios inchados calmamente. Apertei minhas unhas em sua pele novamente quando senti ele me preencher sem qualquer aviso, invadi sua boca com minha língua e cruzei as pernas em volta de seu quadril, aumentando a proximidade, acompanhando os movimentos que começou.

–Nunca... –Começou a falar, a respiração ofegante e entrecortada. Sem cessar os movimentos. –Ninguém... Vai... Tira-la de mim... Novamente.

Sorri e mordi seu pescoço, impulsionado meu corpo, tombando nossos corpos na cama e ficando por cima. Parei os movimentos, ainda completamente preenchida por ele. Passei meus dedos por seu cabelo, descendo para o pequeno corte em sua sobrancelha e novamente entrelacei nossos dedos. Levante o quadril a desci novamente, Oliver gemeu longamente, apertando os dedos nos meus.

–Nunca... –Repeti o movimento lentamente. –Ninguém. –De novo. –Vai me tirar. –Outra vez. –De você, Oliver.

Invertendo novamente as posições Oliver soltou minhas mãos e apertou minha cintura conta a dele, acelerando os movimentos.

–Te amo. –Repetiu, os olhos fechados fortemente. Repetindo as palavras de novo, e logo eu o estava acompanhando. Até o nó em meu ventre se apertar cada vez mais e então se desfazer.

Relaxei completamente e logo Oliver se derramou dentro de mim. Deixando seu peso sobre meu corpo por alguns minutos. O único barulho de nossas respirações se fazendo presente.

Oliver rolou para o lado e me virei de frente para ele, me aproximando. Sua mão descansou em cima da curva da minha coluna e sorrimos.

–Vai mesmo voltar para sua casa amanhã? –Perguntou em um sussurro.

–Hmm, talvez. Não sei, Oliver... Não pode me perguntar isso depois disso tudo, sabe que não conseguiria simplesmente falar que iria voltar.

Se aproximou, ainda com o sorriso e beijou meus lábios.

–Essa era a intenção.

Talvez eu discutisse mais, mas sinceramente, não sei se realmente quero voltar e estou cansada demais para discutir no momento. Fechei meus olhos e me acomodei a ele, o sono não demorou a me dominar e logo estava dormindo.

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Abri os olhos preguiçosamente e tateei a cama ao meu lado, encontrando o espaço vazio. Pisquei algumas vezes e observei o cômodo. Completamente vazio. Obriguei meu corpo pesado a se levantar e me arrastei até o banheiro, fazendo minha rápida higiene e sai do quarto. Encontrando Oliver na cozinha.

–Bom dia. –Disse, vindo em minha direção e me beijando calorosamente.

Senti o cheiro bom do que quer que ele estivesse fazendo e meu estômago roncou raivosamente.

–Estou faminta, o que está fazendo? –Perguntei, indo até o fogão onde ele também foi com um prato. Despejou ovos no prato e apagou o fogo, voltando para a bancada onde havia dois pratos com sanduíches.

Mordi o lábio olhando tudo que havia dentro do pão. Ovos, bacon, uma linguiça cada partida ao meio, maionese e tomate.

–Quanta coisa para um café da manhã. –Falei.

–Na verdade são duas e meia da tarde. –Falou.

–O que? Devia ter me acordado antes Oliver. –Pensei melhor e fiz uma careta. –Não, na verdade não devia não, bom mesmo ter me deixado dormir.

Oliver soltou uma risada gostosa e fechou a parte de cima dos dois pães.

–Eu acordei uns vinte minutos antes de você, Felicity. Nós precisávamos dormir, estávamos muito cansados.

É nesses momentos que me pergunto por que de tudo na minha mente parece que automaticamente tem mais do que um sentido em seu significado e porque que meu rosto reage corando violentamente. Oliver sorriu, sem comentar minha evidente reação dos óbvios pensamentos que tive. Se aproximou e deixou um beijo estralado em meu pescoço.

–Agora coma. –Falou, indo até a geladeira e tirando uma jarra dali. Pegou dois copos e os encheu com o suco de abacaxi.

–Vai falar com seu pai hoje não é? –Dei minha primeira mordida no lanche e assenti.

–Sim, finalmente vou saber o que aconteceu naquele maldito dia.

–Quer que eu vá com você?

Sorri e neguei.

–Não precisa, obrigado.

Oliver me contou sobre o que aconteceu com Slade e me disse que ligaria para John depois para saber como Joe estava e eles ainda precisavam mandá-lo de volta para casa.

Ouvi meu celular tocar e o peguei, vendo o nome de Barry no visor.

–Barry, oi.

–Felicity, estamos voltando para Central, tentamos ligar antes, mas você não atendi, presumi que dormiram demais.

–É nós dormimos. Já estou saindo?

–Sim, o metro deve chegar em alguns minutos.

–Tudo bem, obrigada por tudo Barry, daqui alguns dias nós vamos visitá-los.

–Tudo bem, até mais Felicity.

–Tchau, Barry.

Desliguei e lamentei por um momento por não poder ter me despedido direito.

–Vou tomar banho e ir até meu apartamento conversar com minha mãe. –Disse a Oliver, me levantando e deixando o prato e copo vazios na pia. Me virei para ele encontra seu sorriso sugestivo em seu rosto.

–Ah, não. –Neguei, sem conseguir esconder meu próprio sorriso. –Quero acabar logo com isso, vou tomar um banho rápido e você vai me esperar comportado.

–Tem certeza? –Perguntou, colocando as mãos um pouco abaixo da minha cintura e tocando os lábios no meu, passando a ponta da língua em meu lábio inferior, me provocando. Mordi levemente seu lábio e me afastei, indo até a porta.

–Tenho!

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Sai do banho e me arrumei, me sentia uma nova pessoa. Menos cansada e enfim limpa e alimentada. Oliver entrou no quarto tirando a camisa. O olhei e mordi o lábio, percebi o quanto isso esta se tornando um habito meu, ele sorriu convencido.

–Eu tomarei banho Srta. Smoak.

Assenti com a cabeça, não desgrudando os olhos de seu corpo sem camisa. Oliver sabia jogar.

Me aproximei e me coloquei na ponta dos pés, ainda descalços, e o beijei. Suas mãos escorregaram por minhas costas e me apertaram contra ele. Passei minhas mãos por seu peito desnudo, percorrendo as cicatrizes. Me separei em busca de ar e sorri, dando um breve selinho antes de me afasta completamente.

–Você tinha banho pra tomar.

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Cheguei em frente ao meu apartamento e respirei fundo. Contar tudo para minha mãe não seria fácil, estou sinceramente duvidando de que vou conseguir fazer isso.

–Felicity... –Oliver colocou as duas mãos em meu ombro, levou uma até minha bochecha e fez um leve carinho ali. Olhando profundamente em meus olhos. –Você não precisa fazer isso sozinha, sabe disso não é?

Mordi o lábio inferior, percebendo o quanto eu realmente precisava dele ao meu lado naquele momento. Sorri e assenti, segurando sua mão e entrelaçando nossos dedos.

–Fica comigo?

Oliver sorriu e beijou meus lábios docemente.

–Sempre.

Sorri e destranquei a porta a abrindo.

–Mãe?

–Felicity, você apareceu, eu já iria te ligar. –Disse, vindo em nossa direção com um sorriso empolgado como sempre.

–Desculpe, dormimos demais. Mas, eu tinha que vir, nós precisamos conversar. –Ela me olhou curiosa pelo meu tom sério.

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Contar a ela não foi fácil e nos rendeu várias horas ali. Comecei explicando um pouco mais sobre Oliver ser o arqueiro, sobre Slade e se ataque terrorista a cidade, então chegamos ao ponto do porque ela foi seqüestrada e logo depois eu também. Se a conversa com ela sobre Richard não foi fácil, difícil será quando estivermos todos no mesmo cômodo para conversarmos e ele contar tudo o que precisava. Ela chorou enquanto eu dizia que ele havia voltado, expliquei que não conversamos muito sobre o que aconteceu, que eu queria conversar quando estivéssemos os três juntos. Ela chorou um pouco mais quando eu contei que ele havia de inicio ajudado Slade, mas depois ajudou a salvar a cidade.

–E você Felicity? –Perguntou depois de ter se acalmado o suficiente. –Esta aceitando bem tudo isso?

Pensei um pouco.

–Bem, tudo aconteceu muito rápido e tínhamos coisas mais urgentes para resolver, mas agora que tudo acabou não sei bem como estou. Acho que só vou conseguir responder isso depois que tiver respostas. Por isso decidi dar a ele a chance de se explicar.

Ela pareceu pensativa.

–Tudo bem, acho que... Nós duas precisamos dessas respostas não é?

Sorri e me aproximei dela, a abraçando.

–Posso chamá-lo? –Perguntei.

–Pode.

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Meu coração batia tão forte em meu peito que eu podia ouvi-lo pulsar em meus ouvidos, junto com o barulhinho do relógio na parede, nem mesmo as respirações de nós quatro se destacava muito. Estávamos cerca de cinco minutos parados olhando um para a cara do outro, esperando quem falaria primeiro. Apertei a mão de Oliver apreensivo e ele apertou de volta, dando o apoio que precisei no momento.

–Comece pelo seu trabalho que nunca soubemos se era um maldito trabalho de verdade ou não. –Falei, quebrando o silencio. Richard respirou aliviado por um momento, mas então ficou tenso novamente e seus olhos vagaram de mim para minha mãe e então em Oliver e novamente em mim,

–Não era um trabalho de verdade. –Começou. –Bem, realmente era uma empresa e existiam sim pessoas que realmente trabalhavam no prédio, mas o meu trabalho ficava no subsolo da empresa. Era uma das bases da máfia alemã, eu criei e melhorei coisas para eles. Os ajudei a invadir lugares e etc. No começo eu fiquei preocupado, eu pensei em vocês duas, pensei na promessa que havia feito para você, Donna, que não me metera mais em problemas, que não tínhamos dinheiro para pagar mais fiança. Mas ele me dariam muito dinheiro e nós estávamos perdendo a casa, não tinha dinheiro para dar coisas decentes a Felicity e logo chegaríamos a um ponto que não teríamos mais o que comer. Mesmo com o meu pequeno trabalho em casa, antes do Sr.Rey aparecer e me oferecer o emprego, não seria o suficiente para nos sustentar por muito tempo. Depois que comecei a ganhar o dinheiro confesso que fui parando de me importar tanto com a promessa que fiz. Não tinha me metido em problemas e caso me metesse eu daria um jeito, o mais importante era que eu estava conseguindo sustentar a familia que eu deveria sustentar.

Mordi o lábio inferior, meu estomago se revirou em desconforto e ansiedade.

–Mas então nós invadimos a máfia Mexicana para pegar umas coisas e como sempre eu ajudei, era o meu trabalho. A invasão foi bem sucedida e tudo ficou bem por algum tempo. Acontece que a noticia se espalhou entre muitas máfias, a máfia alemã estava planejando cada vez mais ataques as outras máfias, não sei por que, eu era proibido de questionar qualquer coisa. Acontece que eles só conseguiam porque tinham a mim e logo os inimigos começaram a perceber isso e a investigar e de algum jeito chegaram a mim.

Parou, respirou fundo e pareceu pensar um pouco, avaliou a mim e minha mãe, talvez pensando o que se passava em nossas mentes, mas nenhuma de nós duas disse nada, então ele respirou fundo e continuou.

–Você estava tão fascinada Felicity, com todas as coisas tecnológicas, sempre foi e enfim estava montando seu primeiro computador. Eu queria fazer parte disso, mas ao mesmo tempo eu estava com cada vez mais trabalho na máfia. –E então ele sorriu, parecendo se perder em lembranças por um momento. – E então Donna me contou como você entrou em meu laboratório por dias seguidos sem eu nem ao menos notar, tudo porque queria terminar o computador. Naquela mesma noite em que prometi te ajudar um homem apareceu em nossa casa, tudo que eu via naquele momento era você dormindo tranquilamente em sua cama, com um homem ao seu lado apontando uma arma em sua cabeça. Nunca, em um milhão de anos, eu vou esquecer aquela imagem.

Prendi a respiração, chocada. Já estive tão perto do perigo há muito tempo atrás, bem antes de entrar para o Team Arrow e só fico sabendo agora.

–A condição era eu sair sem me despedir, sem nada, armar para que parecesse que eu havia ido embora por conta própria e não por ameaça. Fiz minhas malas e parti, depois de me certificar de que eu teria certeza que se eu obedecesse aquela ameaça vocês realmente ficariam bem sem mim. Depois disso as máfias enlouqueceram, cada um queria me tirar do outro. Mas enquanto eu estivesse trabalhando com a que conseguisse me capturar eu tinha que fazer o Maximo possível e eu fazia, pois eu sabia que se eu desobedecesse eles matariam vocês duas. Chegou em um ponto em que eu nem ao menos tinha mais qualquer noticias de vocês, não sabiam se estavam vivas ou mortas, se estavam ou não estavam bem. Até que uma organização conseguiu me capturar definitivamente, Depois de anos em que fiquei de uma máfia para a outra só fazendo mal. Essa que conseguiu ficar comigo permanentemente eu não chamaria bem de máfia. Eles são gente da pesada e não estavam me capturando realmente. Me disseram que eu se eu aceitasse trabalhar com eles e dar o Maximo de mim eles me contariam como vocês estavam e garantiram que nenhuma outra máfia tentariam me capturar. Eu teria uma vida razoavelmente estabilizada ali com eles. A ultima noticia que eu tive das duas foi que estavam em Las Vegas.

Me lembro que apenas um mês depois que ele havia sumido e tivemos a certeza de que ele realmente tinha nos abandonado, minha mãe reuniu todo o dinheiro que conseguiu e partimos para Las Vegas, onde compramos um apartamento e minha mãe começou a ser garçonete.

–Então comecei a trabalhar para eles. A H.I.V.E.

H.I.V.E.?

–Depois de mais alguns anos ele me levaram para a Austrália, onde fariam grandes negócios. Pelo que eu entendi o negócio não deu certo e vocês precisam saber que ninguém brinca com a H.I.V.E. Ninguém recusa um negócio com eles, ninguém saí da H.I.V.E. com vida. E ninguém, absolutamente ninguém deve enfurecê-los. Apenas porque esse tal negocio não deu certo eles juraram vingança contra todo o país. A essa altura eu já tinha tudo quanto é policia e agente secreto atrás de mim. Na H.I.V.E. eu passei por um treinamento, aprendi a lutar e a resistir á tortura, foram... Tempos difíceis. De algum modo a noticia da vingança deles se espalhou pelo país e ele começou a entrar em crise. Pessoas querendo deixar o país, manifestações, Exigências com a policia. Já estava em uma dimensão tão grande que outros países já tomavam a conhecimento. Não sei o que fez a H.I.V.E. Não atacar o país todo, mas alguns lugares sofreram ataques e em um deles eu fui pego. Pego justamente pelo serviço secreto Australiano. Fui interrogado por horas em um dia e no outro o maluco do Slade tinha invadido o lugar, de algum jeito ele soube de mim. Ele criou uma situação de caos no lugar até conseguir invadir a prisão e me tirar dali.

–E você em nenhum momento pensou em lutar? –Oliver perguntou, percebi o quanto ele estava se segurando o tempo todo ara não interromper.

–Assim que conseguimos sair da prisão eu lutei, mas ele já estava com ajudantes e armaram uma emboscada para mim, me aplicaram sonífero e quando eu acordei já estava em Starling. Percebi que Slade não era uma pessoa para brincadeiras, ele já tinha um plano enorme arquitetado contra a cidade e eu apenas parei de lutar porque sabia que era uma questão de tempo para que a H.I.V.E. Me encontrasse e eu voltasse para a minha vida, até que... Até que eu soube que Felicity estava aqui e estava... Tão perto. Eu me lembrei da pessoa que eu era, bem antes de toda essa bagunça, me peguei me perguntando como vocês duas estavam. Slade claro, usou isso contra mim, mas qualquer influencia que ele tivesse comigo se esvaíra quando ele tentou usar você, Felicity, na maquina.

Me lembro de como ele estava aquele dia, em como ele me olhava desesperado, mas ainda assim obedecia Slade, tudo parecia fazer sentido agora. Ele respirou fundo antes de continuar mais um vez.

–Em nenhum momento eu abandonei vocês por não amá-las, o problema era eu amar demais para suportar ser a causa da morte de vocês, ou de colocá-las em perigo. E uma coisa que e aprendi na H.I.V.E. É que amor é um fraqueza.

As lagrimas desciam pelo rosto de minha mãe e enfim as minhas caíram. Eu não havia sido trocada, ele não tinha outra mulher com outra filha nerd melhor do que eu para amar, tudo o que ele havia feito, por mais errado que tenha sido, foi para nos proteger. Incrível como basicamente todas as pessoas na minha vida tentam em algum momento me proteger. Minha mãe, tentando acobertar o abandono do meu pai por um mês. Meu pai, meus amigos, Oliver, todo mundo. Ainda que toda a explicação tivesse sido dada e feito sentido, algo começou a me incomodar.

–E agora, você vai embora de novo? –Perguntei.

–Não se vocês não quiserem. –Respondeu.

Minha mãe se levantou e secou as lágrimas, mas mais delas desceram. Ela caminhou ate a janela e olhou para fora.

–Por mim, você nem ao menos tinha que ter aparecido novamente. –Respondeu.

Okay, eu estou no mínimo surpresa. Uma única vez eu vi minha mãe usar aquele tom sério, ter aquele olhar desolado, perdido. E foi quando nós estávamos prestes a nos mudar para Vegas. Ela provavelmente precisaria de um tempo maior que o meu para aceitar, afinal eu venho tendo uma briga com minha mente e coração há semanas desde que descobri que ele havia voltado. Ela simplesmente tinha sido jogada em um mar de informações.

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Pedi para Richard dar um tempo para minha mãe e sinceramente eu mesma também preciso de um tempo. Ele saiu, minha mãe entrou no quarto pedindo para ficar um pouco sozinha.

–Como você está? –Oliver perguntou quando voltei e me joguei ao seu lado no sofá.

–Eu estou bem. –Respondi, mas minha voz não saiu muito confiante. –É só que... É muita coisa para digerir.

Me deitei em seu colo e abracei seu corpo, sentido seu braços me apertarem conta si, seguido de um longo suspiro.

–Mesmo depois dele ter explicado tanto, uma parte de mim ainda reluta, ainda se lembra de como doeu quando ele foi embora, é como se fosse... Uma cicatriz dentro de mim, daquelas que dói mesmo depois de tanto tempo. Estou com medo de... –Parei de falar, o nó em minha garganta se apertando, as lágrimas querendo descer novamente. Os dedos de Oliver passavam carinhosamente na extensão do meu braço. Deixei as lágrimas rolarem. –Tenho medo de realmente perdoá-lo, de esquecer o que aconteceu e de me apegar novamente para logo em seguida ele partir outra vez.

Abracei Oliver um pouco mais forte, inalando seu cheiro e de certo modo, mesmo com tanta coisa na cabeça e com tantos sentimentos dentro de mim eu me sentia bem ali em seus braços, Oliver despertava em mim algo que eu nunca senti com outra pessoa dessa forma. Como pode que mesmo com tudo isso, meu coração bate de duas forma, a dolorida pela situação, mas a de forma boa por estar tão protegida nos braços de Oliver, onde eu sabia que estava minha felicidade. Como pode minha pele se arrepiar com seu toque, quando eu estou uma bagunça.

–Queria poder tirar toda essa dor de você, toda essa complicação. Queria poder ajudar de alguma forma.

Sorri, levantei o rosto um pouco e o olhei nos olhos, me aproximei e o beijei suavemente por alguns segundos, e então voltei a em aconchegar em seus braços.

–Você já faz o suficiente. –Sussurrei.


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Notas finais do capítulo

Eaeeee gostaram? Gente, eu estava desesperada porque quanto mais eu escrevia eu ficava vendo o numero de palavras aumentar e não estava nem perto de acabar e foi um sacrifício me decidir em qual momento parar o capitulo para continuar no outro, mas uffa, consegui.
Proximo capitulo vou explicar como ficou a situação do Joe (não coube nesse capitulo kkk) mais algumas coisinhas e.... Vai ser o ultimo aaaah :( mas ainda vai ter o epilogo depois eeeeee. Enfim, me digam o que acharam do Capitulo, se gostaram dos momentos Olicity, se Donna e Felicity vão ceder com Richard, se vão conseguir confiar que Joe não vai contar nada sobre o arqueiro. Se Felicity ficaesta gravida (algumas pessoas perguntaram sobre) enfim, conversem comigo kkk bjsss e até o próximo.