Paixões Opostas escrita por Lua


Capítulo 10
Capítulo 9 – Recomeços, Cinema e Skate


Notas iniciais do capítulo

YAY GALERA õ/ Como vocês estão? :3
Sim, eu sobrevivi ao 1º mês de aula no terceirão u.u #TodosComemoram
E cá estou, com mais um capítulo fresquinho para vocês :3
Quero dar às boas vindas a mimidel, Garota Confusa, Bolinho, Raysing e Robson Cryan Dave. Vocês já podem se mudar, o novo lar de vocês é o Condomínio Coração da Lua, bloco A de amor ♥
Dito isso, só tenho a agradecer por todo o carinho de vocês e pela paciência, pois apesar da correria escolar, estou tentando atualizar o mais rápido que posso.
Curtam o capítulo, nos vemos lá embaixo õ/



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“You mean everything to me

I never know what's coming

Forever fascinated

Hope you don't stop running

To me 'cause I'll always be waiting“ (Skrillex –  Cinema)

 

Conforme os dias se passavam, eu ficava cada vez mais próxima do casal de irmãos. Gabriela havia até se desculpado pelo mal-entendido, disse que não teve intenção de causar tantos problemas e que estava muito feliz por nós. Decidi deixar tudo no passado e recomeçar, fato que nos levou a construir uma amizade. Com efeito, no decorrer de 1 mês eu, Leo, as meninas e os gêmeos havíamos nos tornado um sexteto inseparável: fazíamos trabalhos em grupo, passávamos o intervalo juntos, saíamos em conjunto para nos divertir. A dupla se enturmou rapidamente com todos da sala, mas especialmente conosco: era como se eles fossem nossos amigos há anos. Quanto a mim, não podia estar mais feliz: tinha ótimos amigos, um namorado maravilhoso, uma família carinhosa... tudo. Em minha ingenuidade causada por toda a tranquilidade e alegria, eu imaginava que aquela paz duraria por muito tempo. De fato durou, mas não posso dizer que foi muito... desculpe, estou me precipitando (de novo). Vocês ficarão sabendo do ocorrido em breve, mas primeiro vamos falar de coisas boas.

— Que tal nós pegarmos um cinema em grupo depois da aula? Hoje é sexta, temos que aproveitar – propus, em um dia especialmente tedioso, no qual eu precisava urgentemente me divertir.

Gabriela encarou-me com aqueles olhos azuis, tão iguais aos de Daniel (embora a mesma semelhança não se encontrasse em seus cabelos, mais escuros que os do irmão) e por um instante eu pensei ter visto frieza nos olhos dela. Mas, tão rápido quanto veio, a sensação passou.

— Acho uma ótima ideia, Nanda – respondeu ela, enquanto sorria para mim.

— Que bom que gostou, Gaby – sorri de volta, me arrependendo mais uma vez de ter pensado mal dela, ao ver sua simpatia comigo – E então, todos estão de acordo?

— Eu topo – disse Daniel.

— Eu também – Mila concordou.

— E eu idem – Mari completou.

— Eu nem preciso responder, vou a qualquer lugar com a garota mais linda do mundo – declarou Leo, dando-me um selinho.

— Own – suspiraram as meninas em uníssono.

— Então está fechado. Nos encontramos no shopping às 15h e escolhemos o filme lá, okay? – perguntei, tentando ignorar o calor em meu rosto.

Novamente, todos concordaram. Logo depois, o toque que sinalizava o fim do intervalo soou, e nós retornamos para a sala de aula. Leo aproveitou que havíamos ficado para trás e sussurrou em meu ouvido:

— Cinema, escuro, nós dois juntos... sinto que vou gostar dessa sessão.

— Sossega, garoto. Dessa vez, pelo menos, eu quero ver o filme – dei um tapa nele, mas sorri ao mesmo tempo, estragando completamente minha pose de durona.

— Seria uma pena se eu fosse muito teimoso e não ligasse para esse seu desejo – retrucou, sorrindo descaradamente e entrando na sala.

“Essa sessão vai ser mais animada do que eu imaginava” – pensei, sorrindo comigo mesma e seguindo o meu namorado para o interior da classe.

 

x-x-x-x-x

 

Após o fim das aulas, eu e meus amigos arrumamos nossas coisas e seguimos para a saída. Naquele dia, o pai do Leo havia ido buscá-lo, e eu peguei carona com eles. No caminho, decidimos que iríamos para o cinema de skate, já que o shopping era um pouco distante de nossas casas para que fôssemos a pé. Contudo, sabia que seria difícil convencer minha mãe, que estava um tanto quanto relutante em me deixar usá-lo após a queda. Ela tinha medo de que aquilo voltasse a acontecer, além de achar que meu tornozelo ainda estava muito frágil para que eu voltasse a andar de skate. No início eu admito que o local da torção estava muito sensível, mas já fazia mais de 1 mês que eu havia retirado a tala, e a recuperação estava completa. Tendo isso em mente, entrei em casa e fui direto falar com Dona Vanessa.

— Mãe, cheguei – avisei, enquanto colocava minha mochila no sofá e seguia em direção à cozinha.

— Como foi na escola? – ela questionou, assim que entrei em seu campo de visão. Encontrei-a almoçando, pois faltava pouco mais de meia hora para que ela fosse trabalhar.

— Foi legal, eu e o pessoal até marcamos de ir ao cinema hoje – respondi, já desviando o assunto para a parte que me interessava.

— Que bom, vocês realmente precisam descansar um pouco, a escola pega pesado.

— É verdade... mas eu preciso da sua autorização pra uma coisa – afirmei, indo direto ao ponto.

— Se for para o cinema, considere-se autorizada – disse, enquanto dava outra garfada na comida.

— Não, não é pra isso... – discordei, atraindo sua atenção – Mãe, eu e Leo queríamos ir pro shopping de skate... – ela fez menção de me interromper, mas fiz um sinal indicando que a mesma aguardasse - Eu sei que a senhora não está muito confortável com a ideia desde o meu acidente, mas isso foi 1 mês atrás, meu tornozelo está ótimo.

— Filha, eu sei que você já se recuperou, mas ainda assim... eu tenho medo de que você se machuque novamente. E, sendo sincera, também temo que seu tornozelo tenha uma... “recaída”, por assim dizer, e você precise voltar para a tala.

— Eu entendo sua preocupação, mas eu amo andar de skate, e não vou conseguir me privar disso por muito tempo. Uma hora ou outra, a senhora terá que superar o seu receio.

Enquanto tentava convencê-la, lembrei-me das aulas de ballet, que estavam temporariamente canceladas por conta do machucado, mas que já haviam sido retomadas há semanas. Decidi usar isso como argumento e torcer pelo melhor.

— Além disso, eu já voltei a dançar e não tive nenhum problema. Isso prova que estou curada, e sem chances de reavivar a lesão – continuei, torcendo para que ela autorizasse. Eu poderia tranquilamente ir de ônibus para meu destino, mas realmente estava morrendo de saudades da minha segunda paixão, e queria retomá-la o quanto antes.

Olhei para minha mãe, que parecia pensativa. Em seguida, ela suspirou e sorriu para mim. Sorri de volta, sentindo que havia conseguido convencê-la.

— Tudo bem, você pode ir de skate. Mas prometa que se ocorrer algo, ou você sentir a mínima dor, me ligará na mesma hora.

— Eu prometo! Obrigada, mãe – agradeci, abraçando-a.

Dito isso, deixei-a terminar seu almoço, enquanto me dirigia ao meu quarto, radiante de alegria.

x-x-x-x-x

Quando eu e Leo chegamos ao cinema, o resto do pessoal já nos aguardava. Pegamos a sessão que estava prestes a começar, de um filme de comédia. Compramos os ingressos, os lanches e entramos na sala. Faltavam ainda 10 minutos para o início, então conseguimos bons lugares. Passamos o tempo conversando um pouco e fazendo suposições sobre o filme. Daniel pegou a sinopse na internet, para que conseguíssemos entender a história, e logo em seguida a projeção se iniciou.

De início o filme estava bom, com uma história envolvente e interessante, mas logo começou a ficar chato. Leo, sentado ao meu lado, parece que adivinhou meus pensamentos. Senti seu braço circundando meu ombro e me puxando para perto. Virei o rosto em direção ao dele, que já estava próximo ao meu. O beijo começou calmo, mas logo o desejo se manifestou e nos aproximamos ainda mais. De fato, o que nos impedia de acabar completamente com o espaço que separava-nos eram os braços das cadeiras em que estávamos sentados, e o único jeito de chegarmos mais perto um do outro era se eu sentasse no colo dele, o que não seria adequado para o ambiente em que estávamos. Sendo assim, continuamos com o beijo da mesma forma que nos encontrávamos, até que decidimos voltar a assistir o filme.

— Malditas cadeiras – Leo sussurrou, após nos separarmos.

— Nem me fale – concordei. – Mas teremos muito tempo para ficarmos juntos...

— Como assim? – ele questionou.

— A próxima sessão de cinema será na minha casa, só nós dois – revelei.

— Eu já disse que te amo? – perguntou, enquanto me beijava no rosto repetidamente.

— Já, mas eu não me importo de ouvir novamente – respondi, sorrindo maliciosamente.

— Eu. Amo. Você. – Leo declarou, enquanto intercalava as palavras com beijos em meus lábios.

— E eu amo você – respondi, enquanto entrelaçava nossos dedos e deitava a cabeça no ombro dele.

Naquele momento, sendo abraçada pelo meu namorado e imersa na mais completa felicidade, eu não desejava estar em nenhum outro lugar do mundo.

x-x-x-x-x

Acordei no sábado de manhã sentindo-me inteiramente renovada. Estranhei, ainda mais pelo horário: 8h e eu já estava a todo vapor. Cheia de energia para gastar, decidi praticar manobras no skate pela manhã e estudar à tarde, quando estaria mais calma e focada. Tendo isso em mente, após todo o processo para ficar apresentável e sair na rua (higiene matinal, troca de roupa e afins), desci para tomar café. Não me surpreendi ao encontrar minha mãe na cozinha coando café, pois ela sempre acorda cedo, não importa o dia da semana. Desejei bom-dia a ela e me sentei, saboreando um pedaço de bolo com o café fresquinho, misturado a um pouco de leite. Em seguida, lavei as mãos, peguei meu skate e saí, rumo a outro recomeço em minha vida.

x-x-x-x-x

Cheguei rapidamente à rampa, visto que a mesma se localiza próximo à minha casa, e percebi que estava lotada de gente. Enquanto esperava esvaziar, resolvi praticar algumas manobras no chão mesmo. Decidir treinar as mais simples, repetindo cada uma 3 vezes, visto que eu ainda era amadora no esporte (apesar de fazer isso já há algum tempo). Comecei com o kicturn, pressionando a parte de trás do skate para levantar as rodas dianteiras do chão e fazer um giro de 180 graus. Em seguida passei para o ollie, que é basicamente um salto mantendo o skate “colado” nos pés. Para conseguir tal feito, dobrei os joelhos, ficando numa posição de agachamento, enquanto me deslocava sobre o skate e saltava para cima impulsionando a parte de trás do mesmo.

Deixando de lado os movimentos no ar, executei um manual, o qual consiste em inclinar o corpo para trás e tirar as rodas dianteiras do skate do chão enquanto desliza pelo mesmo. Quase me desequilibrei, e tentei mais 2 vezes até conseguir fazê-lo perfeitamente.

Após isso, enquanto bebia um pouco de água e descansava, vi algo colado num poste que me chamou a atenção. Me aproximei do mesmo e percebi que era um cartaz, anunciando um campeonato de skate para amadores. As seletivas seriam dali a 2 semanas, e aconteceriam na pista onde eu me encontrava. Obviamente, eu fiquei muito animada e decidida a me esforçar bastante para que passasse nas fases eliminatórias.

Antes de retornar ao meu local de descanso, percebi que a pista já se esvaziara. Me encaminhei para lá e comecei com um drop in, intercalando com algumas das manobras que já havia treinado no chão. Essa manobra consiste em posicionar um pé na parte traseira do skate, colocar levemente o outro pé na parte frontal, inclinar as rodas e o seu corpo para frente e, quando as rodas tocarem a rampa, dobrar os joelhos e deslizar. Em seguida, fiz um rock to fakies, deslizando até a borda da rampa e colocando a metade da frente do seu skate sobre ela. Após equilibrar rapidamente o skate sobre a mesma, levantei o pé para permitir que as rodas da frente deslizassem para trás. Decidi não executar o lipslide, pois não queria causar um desastre (nome pelo qual esse movimento é popularmente conhecido) no meu skate, partindo-o ao meio.

Exausta, porém me sentindo realizada, despedi-me de alguns conhecidos que ainda estavam pelo local e rumei para casa. Afinal, meu sábado estava apenas começando.

  

 

No próximo capítulo...

“Aproveitei que Leo havia se distraído e me levantei, já com um morango em mãos. Ele permaneceu atônito por alguns instantes, talvez uns 3 segundos, mas logo se recuperou e passou a me encarar, indagando em silêncio o significado daquilo tudo.

— Quer mais um morango? – perguntei, como quem não quer nada.

Ele assentiu e pude notar que sua expressão se desanuviou, talvez porque ele estivesse esperando outra resposta. Contudo, quando Leo se aproximou e tentou pegar a fruta, desviei de sua mão, ao mesmo tempo em que corria para a porta e dizia, provocativamente:

— Vem pegar.”


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Notas finais do capítulo

Olá novamente õ/ Espero que tenham gostado e apareçam nos reviews *-* Eu não tenho nada contra fantasmas, mas prefiro gente viva que posso abraçar (virtualmente, mas o que vale é a intenção u.u) e responder os reviews com todo o carinho ♥
Vou deixar aqui um link com gifs das manobras que cito no capítulo, para o caso de alguém ter tido dificuldade em visualizá-las: http://pt.wikihow.com/Fazer-Manobras-de-Skate
Isso é tudo pessoal, até breve õ/
Beijos da Lua ♥



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