Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira


Capítulo 14
O primeiro aniversário


Notas iniciais do capítulo

Após a leitura, gostaria de saber a opinião sincera de vocês. Embora o número de acessos não pare de aumentar, tenho recebido menos comentários. Então, quero saber dos leitores se a história está ficando cansativa. Devo continuar?



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Sam, Freddie e Isabelle chegaram ao “Bots”, decorado especialmente para a ocasião com o tema de “A Bela Adormecida”, com muito rosa. Ficaram encantados.

Isabelle vestia uma fantasia da Bela Adormecida, idêntica ao vestido rosa de baile da princesa, feita por Cat, que adorava costurar fantasias.

Os pais, com a bebê, começaram a receber os convidados. Eram os de sempre.

Sam se surpreendeu ao ver Jade, acompanhada de Beck.

– Nossa amiga que barrigão! – falou Sam, olhando para a barriga de grávida de Jade – Como cresceu!

– Pois é, já estou no oitavo mês – disse Jade – Paguei minha língua.

– Olha, pior que pagou mesmo – concordou Sam, lembrando-se de quando descobriu estar grávida de Isabelle e Jade a chamou de burra por não ter tomado cuidado.

Jade e Beck haviam se casado há alguns meses, pouco depois de descobrirem que esperavam um bebê.

Pâmela Puckett entrou no salão, afobada.

– Pensei que nem vinha mais mamãe. O que aconteceu? Seu voo atrasou? – perguntou Sam.

– Nada menina. Viajei ao lado de um super gato. Advogado! Ficamos um tempão conversando no aeroporto, ele me convidou para ir ao hotel dele, eu estava quase indo, mas aí me lembrei do aniversário da minha neta. Peguei o telefone dele e vim correndo pra cá, mas não posso ficar muito, tenho compromisso mais tarde – explicou Pam.

– Como sempre né mamãe? E pra variar é advogado. Pelas minhas contas já é o quinto advogado que a senhora namora.

– Acho que foram seis.

– Qual foi o outro?

– Ah, deixa pra lá, faz muito tempo, foi antes de você nascer. O que tem pra comer nessa festa?

– Os robôs garçons estão servindo, fique a vontade Senhora Puckett – falou Freddie, com educação.

– Valeu gatinho – apertando a bochecha do genro – Com todo respeito Sam – falou olhando para a filha e, em seguida, indo para o fundo do salão atrás de salgadinhos.

Enquanto isso, Carly mexia no celular sentada numa mesa com Cat, Robbie, Nona, Melanie e Spencer. Gibby olhava para a morena, tentando tomar coragem para se aproximar e falar o que queria, mas, dessa vez, sóbrio.

Carly se levantou e começou a andar para a entrada do restaurante, Gibby foi atrás. Ele estava quase se aproximando quando viu um rapaz loiro, alto, atlético, de olhos claros e muito bonito se aproximar de Carly e beijá-la na boca.

Gibby ficou parado, sem reação. Ao perceber a presença de Gibby, Carly fez as apresentações:

– Austin, esse é meu amigo do ICarly Gibby e Gibby, esse é meu namorado Austin.

A palavra “namorado” ficou fazendo eco na cabeça de Gibby.

– Muito prazer. Eu tô te reconhecendo, eu adorava o ICarly, você é aquele gordinho engraçado que falava “Gibeeehhh” – disse Austin, animado.

– Pois é – foi tudo o que Gibby conseguiu dizer.

– Fala o seu bordão? Vou adorar ouvir pessoalmente – pediu Austin.

– Não vai dar cara. Eu tô com sede – disse Gibby, saindo rapidamente dali.

Freddie estava conversando com Beck quando viu Gibby passar como um foguete para o banheiro.

– Beck, depois a gente continua esse papo sobre paternidade. Eu já volto, preciso resolver uma coisa – disse Freddie ao amigo.

– Claro cara, vai lá – falou Beck.

Gibby estava jogando água no rosto quando Freddie entrou:

– O que aconteceu Gibby?

– Nada Freddie, me deixa.

– Você está chorando.

– Não, um cisco entrou no meu olho.

– Eu só quero te ajudar. Pensei que fôssemos melhores amigos.

– Você me deu um murro no ano passado.

– Porque você cantou a minha mulher na minha frente.

– Tá, você tem razão. Eu mereci aquele soco, foi mal.

– Então agora vai me contar o que aconteceu?

– A Carly tá namorando. Você sabia?

– Sim, ela contou para mim e para a Sam. A Carly conheceu o Austin em Seattle, quando foi visitar o Spencer nas férias. Ele se mudou há pouco para o Bushweel Plaza. Está cursando cinema. Ela tá até querendo transferir o curso dela de jornalismo pra lá, pra poder ficar mais perto dele e também porque sente muita saudade do Spencer.

– Então o lance é sério mesmo?

– Sim, é. Você está completamente apaixonado por ela, não é Gibby?

– Estou, mas foi ilusão minha pensar que eu teria chance com uma garota tão linda quanto a Carly. Ela sempre me olhou como o amigo fofinho e engraçado dela. Ela gosta de caras como você e o belo Austin.

– A Carly nunca me correspondeu, você sabe disso. E hoje, eu agradeço por isso. A rejeição da Carly me fez enxergar que tudo não passava de uma ilusão e que o verdadeiro amor da minha vida sempre esteve ao meu lado e eu não percebia.

– Tá falando da Sam né?

– De quem mais? E vou te dar um conselho, olhe em volta que vai encontrar alguém que te ama de verdade e que também merece o seu amor.

– Não sei onde. Eu sou só um gordo sem noção.

– Está magoado agora. Eu te entendo. A rejeição dói. Mas, cara, vou te dar uma dica. Tem uma menina linda que adoraria ter um pouquinho do seu amor.

– Onde? Quem?

– A Melanie tá caidinha por você.

– Sério? Mas, ela é tão bonita!

– E daí? A Tasha também é bonita e gostou de você.

– Mas depois me trocou pelo personal trainer dela.

– A Melanie não é assim. Tenho certeza de que ela enxerga o seu interior e não tem dúvidas do quanto você é bonito.

– Pô Freddie, valeu pela dica.

– De nada. Agora vamos voltar pra festa. A Sam já deve estar atrás de mim.

A festa continuou animada. Chegou a hora de cantar parabéns e todos se reuniram em volta à mesa com o bolo e os docinhos. Isabelle batia palminha contente, imitando o gesto dos demais. Sam segurava a filha no colo e inclinou-se com ela sobre o bolo, Freddie acompanhou o gesto da esposa e da filha, e juntos apagaram a velinha.

O primeiro pedaço foi para Carly, o segundo para Cat, o terceiro para Spencer, e aos poucos, o bolo foi sendo cortado e distribuído aos convidados. Melanie pegou o seu pedaço e foi se sentar. Gibby foi atrás:

– Oi. Será que a moça bonita pode me dar um pedaço do seu bolo?

– Tá falando comigo? – perguntou Melanie, olhando em volta, desconfiada.

– E tem outra moça bonita por aqui? Posso me sentar?

– Claro.

Os dois começaram a conversar e marcaram um passeio na praia no dia seguinte.

A festa terminou tarde. Todos estavam se divertindo e demoraram em ir embora. A aniversariante adormeceu no colo da mãe. Voltaram para casa no carro de Goomer.

– Vai mais devagar Goomer! Quer acordar a minha filha? – reclamou Sam, depois de mais um solavanco.

– O que eu posso fazer? A culpa não é minha, mas dos buracos – explicou-se Goomer.

– Não sentiríamos tanto os buracos se você reduzisse a velocidade – observou Sam.

– Calma Sam, a Belinha nem se mexe, tá ferrada no sono – falou Freddie, olhando para a filha adormecida nos braços da mãe – Outra coisa que ela puxou de você, quando dorme, dorme que nem uma pedra.

– Melhor do que puxar a você que se senta na cama assustado várias vezes durante a noite e acaba me acordando, mesmo com o meu sono pesado.

– Seu sono anda mais leve, porque está sempre preocupada com a Belinha acordar no meio da noite. Na verdade, eu ainda não consegui me livrar desse “terror noturno”. Eu me acostumei a acordar várias vezes durante a noite devido aos treinamentos, para o caso de incêndio, da minha mãe.

– Isso é sério? – perguntou Goomer, começando a rir.

– É sério, e é triste, não engraçado – disse Freddie, fechando a cara.

No dia seguinte, pela manhã, Sam preparava o mingau de Isabelle, quando Melanie se aproximou trajando um biquíni com uma saída de praia por cima:

– Como estou Sam?

– Tá bem. Vai à praia com quem? Você não conhece Los Angeles direito.

– Vou com o Gibby.

– Então tome cuidado, porque a baleia gosta de água, mas é atrapalhada.

– Não fale assim dele. O Gibby é um amor.

– Impressão minha ou tá rolando com o Gibby?

– Por mim, já estaria.

– Que mau gosto heim Mel?!

– Ah Sam, ele é fofinho, gente boa, tem um grande coração e é muito engraçado. A maior qualidade de um homem é saber fazer uma mulher rir. Por favor mana, me deseje sorte.

– Tá bom. Gosto não se discute. Boa sorte mana.

– Valeu. Tchau.

Melanie retornou nas nuvens, alugando Sam por um bom tempo, querendo contar os mínimos detalhes do encontro que já tinha, praticamente, feito surgir um namoro.

No mês seguinte, numa noite estrelada em Los Angeles, Sam estava tentando fazer Isabelle dormir quando ouviu o celular tocar. Então, colocou a filha no berço, ainda bem acordada, já que os esforços da mãe estavam sendo em vão, e foi atender.

– Alô, Sam? – perguntou uma voz masculina do outro lado da linha.

– Sim, sou eu.

– Aqui é o Beck. A Jade acabou de ganhar neném. Estamos avisando aos amigos. Se puder falar pra Cat também...

– Claro. A Jade está bem? Ela já pode receber visitas?

– Ela está ótima. Pode sim.

– Beleza. Valeu Beck.

Sam foi contar para Freddie e Cat. Decidiram ir à maternidade no dia seguinte.

Jade estava deitada na cama, ao lado de Beck, segurando o bebê em seus braços quando Sam, Cat, Freddie, Robbie e Isabelle (no colo do pai) entraram. Havia uma calma no semblante de Jade que nenhum dos presentes havia visto antes. Os olhos dela não expressavam mau humor como sempre, mas eram amorosos e exclusivos ao seu bebê.

– Oi pessoal! Que bom que vieram. Aproximem-se, venham conhecer o meu pequeno Richard – mostrando o belo bebê.

Richard era parecido com Beck, mas tinha os olhos claros da mãe, o que fazia do pequeno ainda mais bonito.

– Oh, como ele é lindo Jade! Parabéns – elogiou Sam.

– É um garotão muito bonito mesmo. Parabéns ao casal – concordou Freddie.

– É uma gracinha - elogiou Robbie.

– Eu vou poder cuidar dele Jade? – perguntou Cat.

– Claro que vai. Pode ter certeza que ainda vamos usar muito o serviço de babá de vocês – respondeu Jade.

De repente, Isabelle inclinou-se no colo do pai, tentando alcançar o bebê.

– Não Belinha, não pode bater no amiguinho! – disse Freddie puxando a filha e a recriminando por já conhecer o instinto agressivo dela em relação a outras crianças.

Mas, surpreendentemente, Isabelle começou a atirar beijinhos, tocando a mãozinha nos lábios e depois a estendendo em direção ao bebê.

– Nenê binitinho – falou Isabelle, sorrindo.

Todos ficaram surpresos.

Mais um mês havia se passado quando Freddie chegou eufórico em casa depois de um dia de trabalho na Pera Store.

– Advinha meu amor – disse ele à esposa, que estava sentada na mesa da cozinha, dando sopinha à Isabelle (sentada na cadeirinha especial).

– Tô cansada demais para adivinhações nerd.

– Eu fui promovido!

– Verdade??? Aaahhh! – disse Sam levantando-se rapidamente e subindo no colo do marido, após enlaçar as pernas na cintura dele, que a segurou com firmeza, começando a pular.

Sam soltou-se do marido e perguntou:

– Que cargo vai ocupar agora bebê?

– Vou ser gerente!

– Que chique! Começa quando?

– Começo daqui a um mês. Só tem um porém.

– Qual?

– Vamos ter que voltar para Seattle.

– Como?

– Eu participei de uma seleção para o cargo. Eu não quis dizer nada para não te dar esperanças e depois te frustrar, caso eu não fosse aprovado. Eu passei, mas fui classificado em segundo lugar. Assim, não poderia ficar em Los Angeles e a segunda vaga, coincidentemente, era pra Seattle. Mas, não está feliz em voltar pra casa meu amor?

– Não sei dizer.

– Sei que está muito acostumada a Los Angeles e que somos felizes aqui, mas, tenho certeza de que seremos ainda mais felizes na nossa terra natal, pode acreditar – disse Freddie dando um beijo estalado na boca de Sam e a abraçando, em seguida.

Sam sentiu um calafrio percorrer o seu corpo, acompanhado de um mau pressentimento. Seu coração estava apertado.


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