Um velho de cabelos grisalhos curtos e um garoto de cabelo preto andavam pelas ruas urbanas.

–Aqui é mesmo bem diferente, não acha Gregori? Disse o garoto.

–E daí, mesmo que isso te seja um problema a gente não pode voltar, sacou rapá!? Respondeu o velho.

–Não é um problema. Mas também não tem necessidade de você imitar a fala local.

Mas em uma noite qualquer, o velho estava derrubado no chão, ensanguentado, e mal conseguia falar.

–Gregori! Gritou o garoto de cabelo preto.

E um pesado martelo desceu sob a cabeça do velho. Porém um dia esse mesmo martelo foi cortado em dois, por uma mera e acabada espada de madeira empunhada pelo garoto de cabelo preto e cortou também o ombro da mesma pessoa que desceu o martelo.
Shinya correu de Peri, pois percebeu que não poderia enfrentá-lo desarmada. Peri pulou em direção a ela para finalizar e sua espada foi detida pela faca de Azuma

Shiena que apenas observava a luta, disse -Como é que ele consegue cortar com uma espada de madeira?.

–Estou mais impressionada em como ele consegue cortar com o estilo de luta dele. Respondeu Haruki.

Peri apenas ignorou Azuma e pulou por cima mirando a ponta da espada para Shinya e caiu

–Não vou deixar que você escape. Falou Azuma segurando a perna dele.

–Para de me atrapalhar. Por que não me deixa? Perguntou Peri.

–Eu só acho que é errado você matar. Respondeu Azuma enquanto impedia que ele avançasse.

Porém ele tentou cortá-la e assim Azuma largou, deixando com que ele prose guise com sua fúria, e estava tão perto de cortar a cabeça de Shinya fora quando Haruki e Isuke impediram

–Então é esse desejo de vingança, que te dá tanta determinação!? Disse Haruki bloqueando parte da espada de madeira.

Azuma puxou Peri para trás

–Não quero ouvir de uma assassina que matar é errado! Falou Peri.

–Pelo visto você não quer nada, sendo que o que eu disse foi que é errado VOCÊ matar. Respondeu Azuma.

Peri se levantou e atacou Azuma tentando matá-la, e toda vez que ele bloqueava, os golpes voltavam mais fortes e cada vez mais difíceis de segurar. Uma hora Azuma teve que começar a desviar, então Peri viu a chance e foi para cima de Shinya novamente, mas parou quando a viu se encolhendo assim como ele quando Gregori morreu.

–Eu ainda acho precipitada essa sua ideia de que todas nós não somos assassinas de verdade sendo que já tiramos centenas de vidas, mas pode ser que esteja certo em relação a algumas. Disse Haruki.

–Me diz, por que ela tem essa personalidade assassina? Perguntou Peri.

–Se você quer mesmo saber, foi por que, quando criança ela foi torturada fisicamente e psicologicamente, e então lutou contra seu agressor e o matou. É foi assim que ela conseguiu essa cicatriz. Respondeu Isuke.

Peri estendeu sua espada para Shinya e todas correram para impedi-lo porém foi tarde pois a espada já havia descido.
No dia seguinte Peri entrou na enfermaria da escola abriu a cortina e lá estava Bamba sorrindo com um curativo em seu olho

–Como você sabia que a Shinya morreria se cortasse a cicatriz de novo? Perguntou Bamba.

–Não sabia, apenas pensei que se a cicatriz a lembrava do trauma então seria a chave da personalidade assassina. Respondeu Peri.

–E se isso não tivesse matado ela, você teria me matado junto? Perguntou novamente.

–Não, na quele ponto eu já tinha desistido de matar, mas não de me vingar da Shinya. No fim nem mesmo ela era uma assassina. E também não acredito que ela esteja completamente morta, afinal ela é uma personalidade. Respondeu Peri novamente.

–Agora, quero que ouça a minha história se possível. Disse ele.

E com um rosto feliz Bamba acenou a cabeça concordando.