Belarus's Tips On How To Seduce Your Big Brother escrita por quixoticHeart


Capítulo 6
Dica #5 - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Na qual eles se resolvem pela noite.



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Foi muito gentil no começo. Havia uma certa distancia entre os dois. Ambos estavam levando o seu tempo para processar a situação e entender o novo calor que emergiu em seus peitos. Gradualmente, ao se acostumarem com a nova sensação, a distancia encurtou e Ivan puxou Natalya para mais perto. Os toques eram suaves e longos, como se quisessem estender ao máximo aquele momento. Mas depois de um tempo, a medida que Natalya buscava mais pelos lábios de Ivan e ele a concedia o pedido com o mesmo ritmo, o beijo começou a ficar mais aprofundado.

Ivan sabia que devia ir pro inferno depois disso, mas Deus, como ele se sentia cada vez mais perto do paraíso.

Ele deveria estar ficando louco. Porque por mais que ele soubesse que deveria, ele não queria parar. Seus beijos eram intensos e exigentes, e caramba, ele estava gostando daquilo. Um turbilhão de pensamentos passavam pela sua cabeça, nenhum pelo qual ele se concentrava por mais que 3 segundos porque estava muito ocupado sentindo as mãos de sua irmã bagunçarem seu cabelo e lhe causarem arrepios ao tocar sua nuca.

Não, ele não queria se arrepender. Sabia que iria, algum hora, acordar e se arrepender, e estava fazendo o que podia para adiar esse momento. Natalya parecia caber tão bem bem seus braços, seria um erro soltá-la agora. Aquela garota ali em seus braços estava pronta para se entregar de bandeja em suas mãos. E Ivan sabia que devia haver algo errado com aquela imagem.

Belarus não entendeu bem porque aos lábios de Ivan entortaram em meio ao beijo. Foi só quando ele a empurrou levemente para trás e partiu o beijo, recostando a testa na dela que ela percebeu. “Cedo demais.”

Ele então se afastou bruscamente, sem olha-la nos olhos. Se levantou com a mão sob a boca e sumiu atrás do sofá, provavelmente para a cozinha. Ela encarou o vazio a sua frente por alguns segundos, sem reação. Deixou-se cair para trás no estofado do sofá com um suspiro insatisfeito.

“Muito cedo demais.”

Rússia notou que estava tremendo quando derramou um pouco de vodca para fora do copo. Ele logo se impediu de continuar a tarefa, descansando a garrafa na pia com um banque.

“Droga, o que foi que eu fiz?”

Havia pouco mais que um dedo do líquido no copo, mas ele decidiu beber mesmo assim. Virou-se para se apoiar na pia, e antes que pudesse descer o álcool pela garganta, foi surpreendido pela figura de Natalya a sua frente.

Ela estava recostada casualmente na soleira da porta, bracos cruzados, cabeça reclinada e pernas, uh--

Ele realmente precisava de uma bebida agora.

– O que pensa que está fazendo? – ela indagou.

Ivan descansou o copo em cima da pia.

– Nada.

– Não pode fugir com a vodca pra sempre, e você sabe disso.

Ivan fitou os pés em silencio.

Nenhum dos dois falou nada, muito menos se moveu, pelo o que pareceu muito tempo.

– Você se arrependeu cedo demais.

Ivan desviou os olhos mais uma vez, cerrando o cenho.

– Eu teria que acordar alguma hora, então que diferença faz?

Ele podia ver de canto de olho Natalya sair de seu recosto na porta e vir parar bem na sua frente.

Ele não ousou olhá-la no rosto.

– Por que fez aquilo? – ela perguntou.

– Eu... Estava ainda meio alto. – ele mentiu

– Pare de me contornar com a desculpa da vodca. Eu sei que você é mais forte que eu pra bebida e, convenhamos, nós acabamos com um pote de sorvete inteiro.

Ivan fechou os olhos com forca.

Belarus se abaixou, entrando no campo de visão do irmão.

– Por que está fugindo de mim?.

Ivan a fitou.

– Eu na estou fugindo. Estou me afastando.

– Tem diferença?

Ele desviou o olhar de novo.

– A diferença ‘e que eu nem devia ter começado.

– Então por que começou? Por que me beijou? – ela puxou o rosto dele para que olhasse para ela.

Ele não sabia porque tinha feito aquilo. Desde que se deixou levar, culpou algum suposto resto de álcool em se cérebro que comandava suas ações. Mas ele sabia perfeitamente bem que devia estar sóbrio a mais de 1 hora. Então, por que havia feito aquilo? Ele não sabia. Talvez fosse o momento, a situação. Belarus estava em cima dele, ele podia sentir um arrepio em todos os lugares que o corpo dela tocava o dele. Talvez fosse os olhos dela, tão azuis e honestos. Talvez fosse o cabelo loiro e impecavelmente liso que emoldurava seu rosto. Talvez fosse a pele pálida, tão intocada. Ela inteira era tão bela como uma obra de arte. Uma obra de arte pouquíssimo apreciada. Era quase uma heresia da parte de Ivan ter passado tanto tempo sem notá-la. Ela tinha uma beleza que ao mesmo tempo que pedia para ser admirada, pedia para ser tocada e apreciada em cada canto. Ele não pode resistir. Seu coração batia acelerado demais, e por um instante, ele se permitiu perder o controle e atender as suas próprias súplicas mais profundas.

Olhando para ela, ele podia lembrar do quão bom foi ter ela em seus braços, seus lábios sincronizados em harmonia perfeita. Deus, ele queria ter se arrependido mais tarde. Ele ainda podia sentir o gosto dos lábios de Natalya, e estava travando uma luta interna para resistir a beijá-la de novo. A sensação era boa demais, e talvez o fato de ser errado fizesse tudo muito melhor.

Ele podia tentar mentir para ela, mas não mais para si mesmo. Ele aceitou o que ela ofereceu de prontidão porque queria tanto quanto ela. E ele gostou de cada segundo daquilo.

– Você não precisa se culpar tanto, sabe. Não precisa se envergonhar.

– Natalya, por favor não me force a fazer isso.

– Fazer o que? A falar comigo? A admitir que queria parar tanto quanto eu?

Ele comprimiu os lábios numa linha fina, torcendo para que ela só o deixasse só. Não realmente queria que ela fosse embora, mas precisava disso.

– Eu não posso. Não posso falar isso em voz alta.

– E por que não?

Ivan a fitou com olhos sinceros e preocupados.

– Porque eu não deveria estar me sentindo assim sobre você.

Diferente do que ele esperava, Belarus revirou os olhos e cruzou os braços.

– Tudo isso só por que nós somos irmãos? Eu não sei ate onde você realmente acredite que isso seja um tabu. Eu te amo de mais de uma forma, isso é um fato. – ela se aproximou alguns passos, deixando o rosto a centímetro do dele. -E você Ivan, me ama?

Rússia levou algum tempo antes de juntar os nervos para responde-la.

– Amo. – ele disse simplesmente.

Ela não demonstrou reação. Ela queria mais que uma palavra. Queria a verdade. Ele suspirou.

– Eu te amo, ok? Eu só, estou tendo problemas em decidir de que forma eu te amo, exatamente...

Belarus expirou, quase que com compaixão pela situação dele. Ela entendia, realmente entendia. Tinha passado ela mesma pela fase de aceitação muito tempo atrás.

– Você não precisa se preocupar com isso. – ela acariciou os cabelos pálidos dele, afastando os fios de seu rosto. - Se quiser, eu posso te ajudar a descobrir. Posso ficar até que você decida. – ela disse, se aproximando cada vez mais e encurralando-o entre o armário e ela mesma.

Rússia arregalou os olhos em alarme.

– Não. – ele escapou pelo canto. - Não, não, não pode. Eu sinto muito.

Podia ouvir ela suspirar em frustação atrás de si.

– Por que não? Eu sei que você queria parar tanto quanto eu. Não precisa ser assim, nos podíamos só...

– Não. Não podíamos nada. – ele se virou, a encarando com severidade. - Não deveríamos ter feito isso. Foi errado e egoísta da minha parte deixar acontecer.

– Se você quer falar sobre egoísmo, pode começar a falar do porque foi embora. – ela gesticulou com as mãos para o sofá no outro cômodo. - Estávamos os dois nos dando muito bem a alguns minutos atrás.

– E esse é o problema. – ele passou as mãos pelo cabelo. - Nós não podemos fazer isso, nunca mais.

– Por que? – ela deu alguns passos nervosos para frente. - Ivan, por favor, pare de ser ao cabeça dura! Não estamos fazendo mal para ninguém. Amar não deveria ser pecado. Eu sei que você se preocupa com o que o resto do mundo vai achar de nós, duas aberrações da natureza humana... Mas agora, isso não importa. Não tem ninguém aqui para nos julgar. Por favor irmão...

Seus olhos eram de súplica. Súplica pelo afeto que lhe foi negado por tanto tempo. Ela tinha os olhos de um cachorrinho prestes a ser abandonado. Ele sentiu seu estomago se revirar em dor.

Então ela fechou os olhos e a súplica sumiu. Por um segundo, ele acreditou que ela havia desistido. Nunca pensou que fosse possível fazer ela desistir, e se sentiu meio mal por isso. Ele não queria que ela desistisse.

– Ivan, por favor. – ela juntou as sobrancelhas em desespero. - Não me deixe ir embora. Não de novo. Eu sei que você não quer, no fundo. Por que eu sei que no momento em que eu for embora, você vai voltar a se sentir tão infeliz e solitário quanto antes. – ela se aproximou, o encarando dos pés a cabeça. - Você nunca quis ficar sozinho, você odeia isso. Então não me afaste, e eu prometo que nunca mais vou te deixar se sentir solitário de novo.

Ivan estava sem palavras. Mas é claro que nao queria deixa-la ir. Queria que ela ficasse, e que ela o beijasse de novo e fizesse o mundo desaparecer por alguns minutos como fizera antes. Queria que ela o fizesse se sentir menos como o Rússia e mais como o Ivan. Queria ter Natalya.

Ele fechou os olhos mais uma vez e deu um grande suspiro.

– Eu... Não posso. Não posso fazer isso, não posso permitir.

Belarus cerrou o cenho com raiva. Já estava farta de tantos nãos, e tantas portas na cara.

–MAS POR QUE NAO?! – ela gritou. – Tudo o que precisa fazer é me beijar de novo. O mundo vai embora, a Natalya fica. Nem que seja só por esta noite. Eu não vou parar até que você me deixe entrar, Ivan. Então me diz, por que você não só me beija logo, caramba?!

Ele a encarou em silencio. Odiava quando ela gritava com ele, mas odiava ainda mais quando sabia o que falar, mas não dizia nada por medo.

Ele foi covarde por tempo demais.

– ... Por que eu não sei se vou ser capaz de parar. – ele disse calmamente.

Então ela o beijou suavemente nos lábios, e Ivan entendeu que enquanto ele tivesse forcas para afastá-la, ela teria forcas pra continuar lutando por ele. E ela não iria para até alcançar seus objetivos. Era muito determinada, e também extremamente teimosa. Tentar repudiá-la seria um esforço em vão, então porque não só aceitar as condições do contrato e se deixar levar por aqueles lábios tão suaves? Ela o fazia sentir algo que nunca sentiu na vida. Um coração pulsando. Um calor agradável. Ele se sentia mais humano.

Natalya partiu o beijo, deixando Ivan a mercê numa busca cega aos seus lábios. Ele abriu os olhos para protestar, mas ela estava o encarando.

– Parar é a última coisa que eu quero fazer.

Ivan então a beijou, e sua mente virou uma bagunça.

Ele se sentia cada vez mais afundando naquela garota, e temia que logo mais não haveria escapatória. Mas sinceramente, ele não podia ligar menos. Ele queria faze-la feliz como nunca quis outra coisa na vida. Estaria ferrado se a fizesse, mas ferrado se não a fizesse. E ele queria, ah como ele queria deixa-la alegre.

Ele a segurou mais perto, com medo que ela lhe fosse escapar. Por mais que cada beijo parecesse infinito, ele sabia que estavam nua corrida contra o relógio ali. Dentro de algumas horas, o sol nasceria e Natalya teria que voltar para a casa, assim com ele mesmo teria que sair para trabalhar. Mas por enquanto, Ivan não tinha problema em se afogar nela. Ele nunca se sentira tão vivo, tão completo. Ele nunca soube o quanto precisava dele até aquele momento. Aquilo não poderia dar certo em nenhuma perspectiva, mas ele não estava disposto a desistir agora. Aquilo era uma tragédia, mas Ivan sentia como se ela fosse o remédio que ele sempre buscou pra todas as d’dúvidas e incertezas, para todos os males, para todas as noites frias. Ela estava ali e ela era sua. Então ele também se entregaria inteiro para ela

E então, ele podia sentir o gosto de se beijo de novo. E de novo, e de novo...

O calor começava a aumentar, e a cada respiração, ele perdia mais o folego. Belarus se inclinava cada vez mais na direção dele, e Ivan acabou batendo o braço no armário. Aquela cozinha era muito pequena para os dois.

Ivan deslizou as mãos pelas pernas de Natalya e segurou a parte de trás, em menção de levanta-la. Ela entendeu rapidamente e enlaçou seu pescoço, ganhando apoio para se impulsionara para cima e enroscar as pernas ao redor da cintura de Ivan. Ele ofegava, mas não era pelo esforço de carrega-la. Podia ficar com ela em seus braços para sempre. Ele a levou até a a sala de novo, deitando-a no sofá, sem nunca partir o beijo. Não é como se ele quisesse partir, de qualquer jeito.

Natalya deixou a cabeça cair na almofada, sua respiração escapou de seus pulmões e seu coração saiu de seu peito e caiu nas mãos, boca e olhos do mais velho.

Os dedos dele afagavam seu cabelo, suas mãos envolviam suas costas e a traziam para seus lábios. Ele intercalava entre sua boca, seu rosto, se atrevendo até a depositar alguns toque suaves em seu pescoço. Seus lábios vinham decorados com suspiros e palavras bonitas. Ela estava derretendo em suas mãos e não tinha absolutamente problema nenhum com isso.

De vez em quando, ocorria a Ivan que apesar de doces e apaixonados, aqueles lábios ainda pertenciam a sua irmã mais nova. Então ele se afastava e procurava ajuda nos olhos de Belarus. Os olhos azuis antes de tão gélidos agora possuíam um calor e uma névoa de encantamento. Eram tão intensos, tão apaixonados, que Rússia não precisava nenhuma afirmação. Ele sabia que estava tudo bem.

Ele abandonou a mão que segurava a cintura de Natalya para traze-la até sua bochecha. Ele contornou todo a face da irmã com um toque suave, descansando a mão por ultimo em seu rosto. Depositou um beijo em sua testa, outro em seu nariz, e um ultimo e demorado em sua boca.

Natalya sorriu contra seus lábios, abraçando seus ombros. Aquilo era um sonho, só podia ser. Entretanto, a sensação de Ivan em seus lábios parecia bastante real. Seu coração estava acelerado e aquecido com amor, e ela tinha certeza que poderia morrer feliz contanto que fosse naqueles braços. Não queria nunca mais ter que sair de lá.

Porem, o ponteiro do relógio estava rodando e logo o dia amanheceria. Ela teria que ir embora e não estava nem um pouco ansiosa para isso. Muito menos queria ela pensar no que seria dos dois depois desta noite. Tudo com o que se importava era com o calor e o amor contido em cada um dos beijos de se irmão.

Com o passar da noite, o último estágio da bebida fez efeito, e ambo sentiram o cansaço pesar seus olhos. Natalya caiu no sono sentindo a respiração quente do irmão em seu ouvido, o coração agora mais calmo batendo contra seu peito, cheio de felicidade. Ela dormiu com um sorriso no rosto.


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Notas finais do capítulo

A imagem do capítulo nao me pertence. Eu sei, tem neve, tem uma faca no meio, tem um cano la atrás, Belarus esta com o vestido normal... Vamo relevar tudo isso e nos focar no que realmente interessa, que é esse beijo. Jzuis o que foi isso? Essa fanart é diva demais.
Haha...Ha... Entao. Tenho uma surpresa. O capítulo é mais longo que isso.
Eu estava escrevendo e o negócio ficou enorme. Seria desproporcional postar um capítulo com mil palavras e o outro com 6 mil palavras, por que era assim que ia ficar. As situacaoes também nao iam caber, e eu teria que encaixar duas cenas em um so capítulo se fosse para postar em duas partes... O que eu estou querendo dizer é, sim eu estou fazendo bagunça de novo. Ma hey, voce nao deveriam ficar bravos comigo! Eu sei que faço bastante bagunça com os capítulos, mas é necessario.
O que eu estou querendo dizer é... Essa nao e a final da fic. E eu nao digo que ainda tem o epílogo, por que sim, ainda tem o epílogo, mas... Ainda tem mais uma cena para a Dica #5 antes de eu fechar a história e ir pro Epilogo. Entao, sim, haverá um DICA #5 - PARTE 3.
Surpresa.
Eu sinto muito pela confusão. E so que ficou MUITO grande, e era inconcebível deixar tudo em um so capítulo.
Prometo que a parte 3 sai assim quanto antes. Eu tenho ela inteira escrita no papel, tudo o que falta é passar pro computador. Nao deve demorar muito, talvez eu poste nas próximas horas, talvez eu poste amanha a tarde.
Mas o Epilogo ainda ha de sair no próximo domingo.
Eu sei que causei legal, mas eu tive que. Me perdoem. Espero que tenham gostado do capítulo! Estou preparando a lista de música com links e tudo e vou postar junto com o Epílogo.

Comentem, pequenos pudins. Titia ama voces.



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