Belarus's Tips On How To Seduce Your Big Brother escrita por quixoticHeart


Capítulo 2
Dica #2


Notas iniciais do capítulo

Demorou um pouquinho mas chegou. Eu vou recompensá-los com um capítulo enooorme. Boa leitura!



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Belarus acordou e instantaneamente reconheceu a decoração típica russa do seu quarto.

Bom, ela tinha conseguido entrar. Lembrava de ter gritado até a exaustão e caído no sono na porta da mansão russa. Também tinha a memória da voz doce e gentil de Ivan surgir em algum momento, e de ser transportada para um ambiente mais escuro e uma superfície mais fofinha.

Ah, como seu irmão era cavalheiro. Sinceramente, o que uma garota poderia pedir mais em um homem?Ele a levara até um quarto para que ela pudesse descansar. E de fato, agora ela se sentia bem mais revigorada. Estava pronta para continuar com o seu plano de…

Cade o caderno?

Uma súbita onda de enjoo, provavelmente associada com o nervosismo e o medo de Ivan ter pegado e lido o caderno atingiu Belarus. Ele não podia pegar aquele caderno. Se visse o seu conteúdo, todo o seu plano estaria arruinado.

Foi com grande alívio que ela localizou sua bolsa de couro no extremo canto da sala. Seus sapatos também estavam fora do seus pés, posicionados do lado da cama. E foi com surpresa que Belarus notou que na verdade havia um lençol sobre suas pernas.

Ivan é tão cuidadoso quando quer… , a jovem suspirou.

Ela se levantou e dobrou o lençol em cima da cama. Não gostava de deixar as coisas desarrumadas. Buscou pela bolsa e se certificou que o caderno estava lá dentro. Ufa. Decidiu guardar o caderno em algum lugar seguro antes que tomasse outro susto como este. Não sem antes checar a segunda dica do guia:

Dica #2 - Faça ele ficar superprotetor.

Faça o que quer que seja necessário para deixá-lo com ciúmes e ativar seu lado mais superprotetor. Irmãos mais velhos geralmente apresentam este ponto fraco sob a menção de outros homens com os quais as irmãs mantém uma relação. É uma ótima forma de fazê-lo perceber os próprios sentimentos.

Os cantos de seus lábios logo se curvaram num sorriso maléfico. Ela acrescentou uma nota final a segunda dica:

Felizmente, eu achei o idiota perfeito para provocar o Irmaozão.

HORAS ANTES, BIELORRÚSSIA.

“…Então você topa?”

“Uma oportunidade pra irritar o Rússia?” responde a voz do outro lado da linha “É claro que eu topo.”

“ Então você pode pegar um avião pra lá agora.” Belarus responde, apoiando o aparelho telefônico no seu ombro enquanto remexia sua bolsa para checar se seu item mais importante estava na bagagem. “Eu vou chegar antes. Me mande mensagem quando estiver—-“

“Whoa, espera aí, gatinha.” ele a interrompeu. “Eu sou uma identidade muito atarefada, você sabe, sendo o país mais importante do mundo e talz…”

“Ugh”, o tom de desprezo na voz da bielorussa.

“…Eu não posso simplesmente pegar um avião a qualquer hora e abandonar meu país.”

Ela levou um segundo, dando a chance para que o país se redimisse e aceitasse a proposta sem reclamações. Mas como ela já esperava deste cabeça de bagre, ele teria de ser convencido de outra maneira.

Belarus suspirou, vencida.

“O que você quer em troca?”

“Talvez… Um beijo seu?”, ele respondeu petulante.

“Qual parte do ‘eu estou tentando conquistar meu irmão’ você não entendeu?”

“A parte do ‘meu irmão’ com certeza.” ela pode ouvir sons exagerados de vômito do outro lado da linha.“Enfim, era só dizer que não.”

“Peça outra coisa.”

“Argh, tá bem!” ele reclamou. “Vejamos… Eu ouvi dizer que você tem muitas fotos íntimas do Rússia.”

– Boa tarde, dorminhoca. - Rússia brincou quando Belarus entrou na cozinha, guiada pelo cheiro de comida. Ele preparava algumas blinis na frigideira, famosas panquecas russas finas. – Acordou bem em tempo para lanchar.

– Obrigada Ivan. - ela o cumprimentou com um raro sorriso amigável. - Por quanto tempo estive desacordada?

– Faz quarenta minutos. Mas eu não sei a quanto tempo você tinha ficado dormindo quando eu te encontrei. - ele retirou as panquecas do fogo e despejou a cobertura de chocolate em cima. - Desculpe por não ter atendido a porta, mas eu não estava em casa.

– Porque nenhum dos bálticos atendeu? - a garota fez bico, cerrando as sobrancelhas.

– Eu dei o final de semana de folga para eles. Tóris só volta amanhã de manhã.

Belaruscongelou em sua cadeira.

Tóris?

Rússia virara para ela com um prato com as panquecas na mão e uma expressão confusa. Ela mal tinha percebido que havia verbalizado sua indagação.

– Sim, o Lituânia. - ele ofereceu um prato para a garota, que o ignorou. Rússia deu de ombros, e sentou-se na frente dela.

– Por quê você o chama assim?

– Por quê esse é o nome dele.

– Eu sei, mas… - ela fez uma careta. - …Não acha meio íntimo demais?

Rússia fitou Belarus com ar de interrogação, o garfo a centímetros de distância de sua boca.

– Ele trabalha aqui a anos, Bela. - ele afirmou com humor, baixando o garfo. - Acho que depois de tanto tempo, nós podemos nos considerar íntimos o suficiente.

Segundos de silêncio passaram enquanto Belarus o fitava, inexpressiva.

Apesar de conhecê-la a anos, Rússia nunca soube decifrar seu semblante inexpressivo. Por isso,decidiu cortar a tensão, voltando a dirigir o garfo a boca. A garota reagiu fechando a cara e cruzando os braços sobre o peito. Se adicionássemos duas maria-chiquinhas e um bichinho de pelúcia, Belarus seria a imagem perfeita de uma criançinha emburrada.

Rússia desistiu de tentar provar da panqueca, largando os talheres no prato.

– Qual é o problema?

– Você nunca me chama de Natalya. - ela resmungou.

Rússia ergueu as sobrancelhas.

– Eu te chamo de Bela. Itália me disse que no país dele, "Bella" significa bonita. Você não gosta? - ele franziu as sobrancelhas.

Natalya virou o corpo para a direita, no que seria um implicação clara de insatisfação. Rússia suspirou profundamente, numa implicação clara de frustração e consequente desistência.

– Tudo bem, Natalya.

A loira virou-se para o irmão, surpresa. Esperava mais argumentação da parte dele. Belarus presumiu que o irmão estava finalmente a encarando com os olhos que devia. Ela também estava ignorando completamente o fato de que Ucrânia havia feito Ivan prometer tentar ser mais gentil e atencioso com sua irmãzinha depois de ver como ele a evitou na última reunião mundial.

A pequena nação sorriu largamente. Ponto para Natalya.

Ivan também sorriu, satisfeito por ter tirado aquela expressão chateada, e fofa, da cara da irmã. Fazia tanto tempo desde que vira aquele sorriso. Os únicos sorrisos que vinham de Natalya eram geralmente perturbantes e com traços psicóticos. Mas este era um sorriso verdadeiro, feliz, natural, lindo. Seu sorriso era lindo.

Ivan mal notou que a irmã lhe chamava a atenção.

– O quê?

– Eu perguntei se você me ouviu.

– Ah, sim! - ele respondeu automaticamente, logo dando-se conta da contradição em suas palavras. - Quer dizer... Não, me desculpe.

– Está tudo bem. - ela respondeu, um esboço de sorriso no canto de seus lábios. Tão pequeno e tão belo…

Ele se viu mais uma vez pensando no sorriso da irmã, e achou melhor censurar a si mesmo.

Belarus voltou a cutucar sem interesse sua panqueca.

– Eu tinha perguntado se você lembrava da última reunião mundial que nós atendemos juntos.

– Ah... - ele prendeu a respiração.

Fora naquela reunião que fizera a promessa para Katyushka de cuidar mais de Bela. Pois fora nesta reunião que havia a tratado com certa grosseria e estupidez. Em sua defesa, estava agindo influenciado pelo medo.

Belarus havia o perseguido até no banheiro masculino, tomada por uma raiva e olhar psicopata, armada de uma faca. Havia ameaçado rasgar seu cachecol se não houvesse casamento naquela noite. Felizmente, Ucrânia foi capaz de acalma-la e faze-la voltar ao normal-menos-assustador. Mas a memória de como havia empurrado a bielorrússa contra a mesa com tamanha força que partira a madeira ao meio ainda estava viva na sua mente.

Ele se perguntava se a menina também se lembrava da cena. Ela havia desmaiado com o estrondo, e quando acordou ainda tinha a mesma ambição de casório de antes. Desde então, Rússia havia a tratado com todo o amor e carinho que tinha pela garota para compensar pela atitude anterior. Ele achava que a nova relação estava indo bem, apesar das visitas cada vez mais frequentes da loira, eles agora conviviam em harmonia por mais tempo do que ele imaginava ser possível.

Era por isso que, quando lembrado da reunião e dos eventos que a seguiram, sentiu o sangue descer frio pela espinha. Não queria destruir o que tinham construído com aquela memória horrível.

Ele engoliu em seco.

– ... Sim. Lembro-me daquela reunião.

Ele buscou com pressa pelo copo de água na sua frente, afim de ocupar sua boca para evitar gaguejar.

– Bem, - a menina começou. - No começo da reunião, enquanto você tinha sumido inexplicavelmente de vista, - fugido era uma expressão mais apropriada. - eu tive tempo para conversar e comhecer melhor um certo... Alguém.

A hesitação na voz da garota ao revelar a identidade da pessoa era suspeita. Rússia ergueu uma sobrancelha, desconfiado. O que ela queria com essa conversa...?

– Prossiga. - ele encorajou.

– Bem... - ela tamborilou os dedos sobre a mesa. - …Não surte agora, mas eu acho que o Senhor América não seja tão péssimo assim e--

– Pode parar por aí. - ele a interrompeu, estreitando os olhos. - O que você estava fazendo com aquele frouxo?

– Não chame ele de frouxo! - ela gritou para o irmão.

Rússia, pego de surpresa pelo ato, ficou sem palavras. Ele não podia acreditar que ela estava defendendo o americano.

Belarus suspirou, como se juntasse coragem ou animo para prosseguir:

– Eu sei, ele pode não ser o seu pretendente predileto, - É o quê?– mas eu descobri que ele pode ser uma cara muito legal e engraçado, além de forte e boni--

– Belarus, pare. - ele a interrompeu, o tom sério e frio. - Você, de todas as nações, não pode ter caído nas graças daquele idiota. Eu não quero mais que você fale com ele. Nunca mais. Na verdade, nem diga mais o nome dele. Está proibida.

Ela cruzou os braços, em tom desafiante.

– Você não pode me dizer o que fazer. - ela ergueu uma sobrancelha, um sorriso brincalhão brotando em seus lábios. - Além do mais, ele já está a caminho pra conversar com você sobre o nosso relacionamento...

– O qUE?? - ele esmurrou a mesa. Ele se levantou bruscamente, empurrando a cadeira que caiu com um baque surdo atrás dele.

Três batidas na porta foram ouvidas. Apesar de tomado pela ira, Rússia ainda estava preso ao mesmo lugar pelo choque.

Foi Belarus quem pulou da cadeira no mesmo instante, correndo com animação para a porta e girando a maçaneta para revelar um jovem loiro de olhos azuis cobertos por um par de óculos. Ivan acompanhou com os olhos, ainda imóvel, quando a jaqueta de couro marrom do americano envolveram a cintura esguia de Natalya, e ela laçava os braços no pescoço de América, num abraço caloroso.

Foi apenas quando América encostou o queixo na cabeça da bielorrussa e encarou Ivan com escárnio que o russo pode voltar ao juízo.

Rússia rapidamente tirou os braços de América da cintura de Belarus, substituindo-os pelos dele próprio, puxando a garota para si e para longe do americano.

Ivan encarou América com olhos cruéis, do fundo de sua garganta surgiram os primeiros "Kolkolkolkol"s.

– O que você pensa que está fazendo? - ele encarou o americano.

– Cumprimentando sua irmãzinha. - ele respondeu, com um sorriso torto que não fazia esforço algum de esconder o quanto estava se divertindo com toda a situação. - É assim que as pessoas civilizadas dizem "oi", sabia?

– Nunca mais toque na minha irmã, seu porco. - o russo rosnou.

Belarus se remexeu em seus braços, lutando para fora. Quando conseguiu, fez uma cara de raiva e parecia frustrada com o irmão. Rússia gesticulou para o americano, o semblante confuso. Belarus apenas lhe deu as costas. Rússia massageou a testa. Um som irritante de risadinha nem-tão-disfarçada de América surgiu a sua frente, fazendo o soviético o encarar friamente.

– E o você que veio fazer aqui? Não é bem vindo nesta casa.

– Eu o convidei, irmão. - Belarus respondeu.

– Bela? Por que?

– Sinceramente, Ivan, você nunca ouve nada do que eu digo, não é? - a garota reclamou, aproximando-se de América, que pôs um braço sobre seus ombros quase que como se declarasse que ela agora o pertencia.

Oh, esse cara vai morrer.

– É isso aí, camarada, você perdeu. - o americano zombou com tanta casualidade que mal parecia estar em território inimigo. - A Nat prefere ficar comigo do que com você, o irmão que ela tanto ama.

Rússia fuzilou América com os olhos. Seu olhar carregava tanto ódio que ele poderia queimar alguém.

– ...Do que você chamou ela? - ele perguntou, pausadamente.

América sabia que tinha cutucado exatamente no ponto mais fraco, e não recuaria até que causasse a reação que Belarus e ele mesmo queria.

Ivan nunca deu muita importância pra esse lance da intimidade com os nomes humanos entre nações, ele considerava todos seus amigos. Mas não este canalha. Nunca este canalha. E este mesmo canalha agora ousava criar um apelido para sua preciosa Natalya?

América estreitou os olhos para ele.

Nat. - ele repetiu com veneno.

Rússia avançou para cima de América com olhar assassino.

E se não fosse por uma pequena porém forte bielorrussa se pondo no caminho, é quase certo ele causaria um estrago no americano.

– Ivan! - ela chamou, se pondo entre os dois e o segurando pelos ombros. - Não ouse começar uma briga.

América recuou alguns passos, nada surpreso. Na verdade, ele ria como uma criança da situação inteira.

– Por que você esta defendendo ele? - indagou o russo, o coração ainda acelerado de adrenalina e lutando contra o aperto de Belarus.

– Eu não estou defendendo ele! - ela gritou, o que fez com que Rússia parasse de lutar e ouvisse. - Pense bem, se você agredi-lo fisicamente, é capaz de começar uma nova guerra em escala mundial. - ela vou-se para o americano, calando-o. - E ninguém aqui está em condições de iniciar uma nova guerra….

Os dois calaram-se e olharam para ela, em sinal de rendimento.

– Tudo bem. - desculpou-se Rússia. - Eu só não consigo entender... Por que ele?

– Por que eu a trato melhor que você. - América respondeu pela garota.

– Isso não e verdade. - o russo apontou um dedo para ele, ameaçador.

– É claro que é. - O americano riu. - É só ver como você tem tratado a Ucrânia desde o fim da União Soviética. Estava demorando pra ela perceber o quanto você a tem deixado na mão. A Belarus, então... Nem se fala.

– Natalya, isso não é verdade. - ele virou-se para a irmã. - Eu estive ocupado, mas eu sempre me preocupei com vocês duas.

– Ah, mas é claro. - América interrompeu. - Se preocupou tanto que a mais velha teve que vir atrás de mim pedir ajuda financeira. Sem dúvida, eu concedi, mas tudo tem seu preço e a Ucrânia sabia qual era o dela.

Os dois irmãos voltaram suas cabeças na direção do americano, estreitando os olhos para aquela afirmação.

– O que você quer dizer com isso? - Belarus franziu o cenho.

– Interprete como quiser, camarada. Mas eu estou começando a ter pena sua, Rússia, por não poder aproveitar essas belezuras que são as suas irmãs... - ele gesticulou para Belarus, a encarando de cima a baixou descaradamente. - Bom, talvez não a Belarus. Mas da Ucrânia dá pra se fazer bom uso.

Rússia franziu as sobrancelhas.

– O que você fez com a Katyusha? - ele perguntou ameaçadoramente.

– Eu cobrei o meu preço, só isso. - América sorriu, todas as intenções claras a transparente através do sorriso perverso.

Rússia avançou mais uma vez, pronto para bater duas vezes mais no americano. Mas Belarus segurou seu braço, o prendendo no lugar. Ele voltou-se para ela, que também encarava América com fúria.

– Natalya, me deixa bater nele. - o mais velho puxou o braço.

– Eu adoraria eu mesma fazê-lo, mas ainda implicaria em ameaça política.... - ela soltou o braço do irmão. - … Mas eu não vejo porque não deixar o senhor América bater um papo com os nossos amigos peludinhos.

Rússia voltou-se para ela, como se para ter certeza que ouvira o que ouvira. Belarus sorriu para ele com a crueldade de uma criança. Rússia sorriu também.

– Que assim seja. América, eu acho que já deu da sua visita por hoje. Por favor, permita-me pedir que meus amigos o acompanhem até o seu quarto.

América ergueu as sobrancelhas, surpreso pela reação.

– Uau, isso foi muito mais fácil do quê eu pensava. Bom, falou então, acho que meu trabalho aqui está feito. - ele se voltou para a porta e começou a descer as escada até o chão do jardim frontal.

Quando estava na metade do caminho até o carro, virou-se para os irmãos que o observavam da porta.

– Ah é, Bela, sobre aquelas fotos que a gente combinou…

– Não têm foto nenhuma pra você, América. - Belarus respondeu.

– … O quê? Mas a gente tinha um trato! - ele exclamou com revolta.

– O trato foi desfeito no momento em que você desrespeitou a mim e a minha irmã. - ela respondeu com firmeza. - Fique feliz por não ser eu e Vanya a te ensinarmos a respeitar Yekaterina.

– Por enquanto, Grigory e Boris podem tomar conta de você. - Rússia completou, um sorriso simpático brincando em seus lábios.

– Quem? - perguntou América.

Belarus então levou dois dedos a boca e assobiou.

América não teve muito tempo para agir, mas conseguiu se esquivar da primeira investida do grande urso pardo. O animal abocanhou a jaqueta de aviador do americano, que chacoalhou-se inteiro até se ver livre da peça. O urso cuspiu a jaqueta ao chão e observou o americano correr o mais longe possível, apenas para ter que se esquivar de última hora de outra boca cheia de dentes afiados que surgiu da esquerda.

– Tente não morder a cabeça, Grigory! - Rússia alertou o urso.

– Não queremos decapitar o senhor Jones, apenas infligir ferimentos graves. - Belarus acrescentou.

Se o urso entendeu as instruções ou não, não importava. Os grandes mamíferos continuaram a perseguir o americano, que apesar de em boa forma, começava a se cansar. Para um animal de grande porte, os ursos eram bastante rápido e conseguiam alcançar a nação sem muito esforço.

– Bela! Isso não estava no nosso contrato! - América gritou enquanto contornava uma grande árvore.

– Fez um acordo com esse babaca? - Rússia indagou.

– Valeu a pena. - ela respondeu, rindo.

A garota lembrou-se do casaco de América no chão.

– Será que devíamos devolver? - ela apontou para a jaqueta.

– Só quando os meninos se cansarem de perseguir ele.

– Mas não seria uma pena se sujasse nesse chão? - ela fez um bico, depois o transformou num sorriso maléfico.

Rússia sorriu junto, e ofereceu a mão para Belarus, de forma a guia-la para fora da casa.

– Bem senhorita Natalya, eu tinha planejado para esta tarde que nós dois saíssemos para um passeio pela cidade. Sabe, o verão é a minha época favorita do ano e Moscou fica linda sob o céu ensolarado.

Belarus sorriu e aceitou a oferta da mão, descendo as escadas com uma elegância incrível.

– Certamente. Mas temo que estes sapatos sejam novos, Ivan. Seria um infortúnio vê-los sujos logo no primeiro uso.

– Não seja por isso. - ele fez uma reverência exagerada, arrancando risonhos da irmã.

Rússia então andou cerimoniosamente até o casaco caído no chão, pegou-o, e ajeitou sob uma poça de lama.

– O que você tá fazendo com o meu casaco? - América gritou do topo de uma árvore que conseguiu escalar no meio tempo.

Nenhum dos dois irmão respondeu. Rússia ofereceu a mão para Belarus novamente, que a aceitou.

– Nãonãonãonãonão NÃO! - América gritou, tentando impedi-la, mas ja era tarde demais.

Belarus então segurou a barra do vestido e andou sobre o casaco, afundando a parte de dentro no lodo.

América soltava xingamentos enquanto os ursos arranhavam a casca da árvore.

Rússia e a irmã riam enquanto entravam no carro.

– Para onde primeiro, miss? - Rússia perguntou, checando os vidros.

– Eu ouvi que têm um novo restaurante chinês na cidade.

– Não foi só um restaurante que abriu, Nat. - ele encheu-se de pompa ao pronunciar o apelido. - Você vai gostar do lugar.

Rússia então pisou no acelerador. Próxima parada, ChinaTown de Moscou.


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Notas finais do capítulo

Quem aí achou que a ajudante misterioso seria o Prússia levanta a mão. Sério, eu quero saber quem vocês acharam que era hahaha.
Enfim, eu vi na última semana que a visualização do capítulo tava alta mas só teve um comentário :(. (btw, valeu Herdervary) Eu realmente gostaria de ver o que as pessoas estão achando da fanfic, até porque é um ship impopular. Eu aceitei o desafio de conquistar o fandom e melhorar a reputação da Belarus e eu vou até o fim com isso, mas seria legal ganhar um comentário de vez emquando pra dar ânimo, sabe. Você que esta lendo a fic, me fale o que tem achado até agora.
Espero feedback dessa vez, hein! Até a próxima semana, leitores lindjos. Beijos e queijos pro'cêis.



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