Teus olhos escrita por luud-chan


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Não faço ideia de como isso surgiu, estava escrevendo uma coisa totalmente diferente (leia-se: outra fanfic), e do nada, surtei e OPA, ESCREVI ISSO!

É a minha primeira MadaHina, MISSSSSS ÇOCORRAM. É pequena, mas, sei lá, foi esquisito na hora que escrevi, não que tenha sido ruim, só foi... Diferente. UAHAUHAU. De qualquer modo, gostei do resultado. Espero que gostem também!

Beijo, boa leitura! ♥

ps: a música do começo é do Djavan, só que o ritmo dela, quebra totalmente o clima da história, então nem precisa escutar.



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Teus Olhos

Teus sinais
Me confundem da cabeça aos pés
Mas por dentro eu te devoro
Teu olhar
Não me diz exato quem tu és
Mesmo assim eu te devoro

Sinto os olhos dele em mim.

Está percorrendo cada centímetro do meu corpo. Não estou olhando para ele agora, mas consigo sentir. Isso faz com que um arrepio atravesse todo o meu corpo. A sensação é estranha, mas não desagradável. Meu estômago está cheio de borboletas, a garganta seca, e meus pés parecem ter vida própria, porque não param de bater incansavelmente no chão.

Quero levantar o olhar, mas não consigo. Sei que vou encontrar os olhos dele — cortantes, sedutores e rubros —, que parecem que vão me devorar a qualquer instante; e eu quero muito isso, mais do que posso admitir para mim mesma.

É vergonhoso e errado.

Mas eu gosto.

— Hinata. — A voz dele é grave e faz com que os pelos da minha nunca se enricem. Sinto como se acariciasse meus ouvidos, e fizesse uma onda de calor se espalhar pelo meu corpo.

Dessa vez, levanto os olhos para encará-lo, e quando meu rosto esquenta, sei que pareço um tomate. Tento o meu melhor para sustentar o seu olhar.

— S-sim, Uchiha-sensei? — murmuro em resposta e preciso engolir em seco para umedecer minha garganta. Minha voz está falha e ainda mais baixa que o normal.

— Você não está fazendo esse problema certo. Vamos transpor para o quadro, e assim poderá ver no que está errando — diz, tranquilamente.

Se ele soubesse que isso só iria piorar minha situação, não teria feito esse pedido. Uchiha-sensei é o motivo da minha distração e do meu nervosismo, e também das minhas recorrentes notas baixas em Matemática.

Levanto da carteira, mas antes passo os dedos na saia de pregas para ajeitá-la. Trago a apostila junto comigo, apertando-a contra meu peito. Não olho para ele, e sim, para os meus próprios pés enquanto ando na direção da lousa negra. Estou suando e é difícil de respirar.

Pego um giz e copio o mais depressa que consigo o exercício para o quadro. Quando termino, deixo ela em cima da mesa do professor — na sala de reforço —, e tento me concentrar nos números e nas letras daquela equação. Não tenho problemas com Matemática, só que minha mente está nublada e não sei o que fazer.

Sinto o olhar dele queimar minhas costas.

Engulo em seco outra vez.

Dou o primeiro risco no quadro; Uchiha-sensei pigarreia e eu tremo.

Ouço o barulho dos seus passos, que é bem baixo, se aproximarem de mim e não me movo nenhum centímetro. Ele para bem atrás de mim e está perto demais. Perto o suficiente para que eu sinta o cheiro gostoso do seu perfume amadeirado, e sua respiração bata no topo da minha cabeça.

— Começou errado, Hinata. — Ele pega na minha mão direita, que é a que estou segurando o giz, e junta sua mão grande e calejada a minha, levantando-a em direção ao quadro. Sinto que minhas costas estão quase encostando em seu peito forte, e os lábios estão perto da minha orelha. Estremeço. — Lembre-se: sinal positivo, passa para o outro lado negativo.

Eu sei disso, mas minha cabeça está rodando e não sei o que pensar. Meu coração bate rápido e acho que vou desmaiar a qualquer momento.

— S-sim — respondo em um sussurro, enquanto falho na tentativa de me concentrar no quadro, ao invés da mão esquerda dele, parando sobre minha cintura, os dedos roçando levemente em minha pele, só um pouquinho, por debaixo da fina camisa do uniforme escolar. Mordo o lábio inferior, e imagino como seria se ele descesse mais e...

A respiração dele está agitada, e antes que eu perceba, estou encostada no peito dele, e os dedos da minha mão livre seguram o tecido da calça dele, perto da coxa. Não sei o que estou fazendo.

— Continue — sussurra e preciso conter um gemido. — Você é uma garota inteligente.

Uchiha-sensei.

— Assim. — Guia minha mãe com o giz através do quadro, rabiscando números que não consigo compreender, minha mente está ficando branca, os dedos dele estão brincando com o final da minha saia, e tocam minha coxa nua, subindo, subindo e...

O barulho do sinal me assusta e dou um pulo.

Me afasto; a minha respiração está ofegante, e meu coração bate rápido. O suor desce pela minha nuca, e meus pelos arrepiados, o rosto quente, e... Meu ventre lateja. Ele está sorrindo, só um pouquinho, um mero repuxar de lábios, e isso me confunde.

Junto meus materiais com pressa, e quase tropeço quando faço meu caminho em direção à porta. Não digo uma palavra, mas paro. Viro e encontro seu olhar sobre mim, queimando, devorando.

— Até amanhã, Uchiha-sensei — me despeço com a voz trêmula.

— Até amanhã, Hinata — responde, com seu tom rouco, que faz com que eu me despedace.

Viro outra vez e sigo meu caminho, tremendo, e sei, sinto, que os olhos dele continuam sobre mim.

E é... Excitante.


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Notas finais do capítulo

Obrigada para quem leu, espero que comentem. Vai que eu surte outra vez e escreva mais MadaHina? Sei lá, né!

Beijo!