O legado dos heróis escrita por RL


Capítulo 15
Ruivas...


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores!!!
Realmente espero que me desculpem pelos últimos acontecimentos, mas é o destino...
Rose ultrapassei os limites na última resposta, foi mal... Mas é verdade kkkkkk Mas sério, escrevi algo para você não ter motivos para me ameaçar, não por enquanto XD



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– Perseu Jackson você está me assustando – falei tentando me sentar, mas uma dor muito forte nas costelas me impediu.

– Eu te assustando? – ele perguntou azedo – você tem certeza que sou eu que estou assustando alguém aqui?

– Percy...

– Nunca mais vamos nos separar – ele pareceu respirar, engolir alguma coisa – você sempre me diz isso, mas parece esquecer a cada oportunidade que tem – ele bufou – vamos falar só dessa última. Você pensou alguma vez em mim? Enquanto você pulava, que poderia ser muito bem para morte.

– Não sou a única a pular para morte...

– Mas eu pulei para ficar ao seu lado e enfrentarmos juntos...

– Cale a boca! Não sou hipócrita, não estou falando do Tártaro – dessa vez com a raiva ignorei a dor e me sentei – Eu admito que tem horas que ignoro as consequência, e ajo assim que penso nas possibilidades de resolver aquela situação...

– Eu ainda não fiquei esperto.

– Argh! Tem horas que não posso esperar, preciso agir. Eu sei! Okay? Eu sei, como é ruim uma pessoa caminhar para morte e você não poder fazer nada, a não ser desejar sorte. E no meu caso ainda tinha a profecia declarando que eu iria perder alguém que amava – dessa vez eu que bufei – enfrentar a dor da perda. Até queimar sua mortalha... Depois descobrir onde ele estava também não ajudou!

– Não tinha outra escolha e a culpa foi da Afrodite de eu cair onde caí, mas foi ela que cuidou de mim – ele dizia na defensiva – foi a única opção para continuarmos com aquela missão.

– E qual era opção que eu tinha?

– Você poderia ter tentado falar com Damásen.

– Eu tentei! Se você não estivesse achado que eu não seria capaz de fazer as coisas deveria ter percebido – Zöe, Damásen, Rachel, Reyna e uma enfermeira entraram onde estávamos.

Reyna percebeu o clima tenso ao me olhar.

– Frank estava fazendo a patrulha que você pediu e encontrou duas meninas enfrentando monstros aqui perto. Então ele foi buscá-las, por isso não veio.

– Ele precisa de ajuda? – perguntou Percy olhando para Reyna.

– Hum... – ela olhou para mim, eu assenti com a cabeça – acho que pode precisar.

– Então vou atrás dele – Percy saiu e antes de passar pela porta da enfermaria me olhou magoado.

– Quanto tempo eu fiquei inconsciente? Como vocês o deixaram passar fome? Ele está parecendo raquítico – falei para os gêmeos.

– Nossa, fico feliz por já estar boa – Zöe me disse irônica.

– Mãe me desculpe...

– Já passou, mas não quero que isso se repita! – olhei para os dois que estavam lado a lado – proibido usarem os poderes se não estiverem em uma batalha de verdade. Estamos entendidos?

– Claro mamãe! – os dois responderam em uníssono.

– Annabeth você está bem? – perguntou Rachel.

– Já estive melhor – olhei para enfermeira – quebrei quantas costelas?

– Só três. Poderia ter sido pior se Zöe não tivesse feito aquela piscina para que você caísse. Porém a água pode ser como um concreto se a queda ocorrer de maneira errada e de elevadas alturas.

– Neto do Poseidon não tem esse problema – Damásen disse sem graça.

– Noras também, pois era para ela ter quebrado o pescoço pela maneira que caiu – a enfermeira disse – eu vi tudo. Estou impressionada.

– Acho que Annabeth precisa descansar – Reyna disse – só preciso trocar algumas palavras com ela antes – todos se despediram e saíram. Antes a enfermeira me ajudou a deitar outra vez.

– Quanto tempo?

– Duas semanas – ela disse com pesar – mesmo falando que você iria acordar, que só havia fraturado as costelas, ele recusava sair do seu lado. Admito que perdemos a confiança depois do segundo dia que você não acordou – ela olhou sério para mim – Frank poderia ter aguentado o ataque. Qual foi real motivo por ter feito aquilo?

– Odeio isso – bufei – mas não sei explicar. Só sei que não podia deixar Damásen ir adiante com aquilo – eu dei uma risada fraca – é Piper que possui pressentimentos e eu a razão. É frustrante para mim, não conseguir explicar as coisas.

– Eu entendo o que você quer dizer.

– Reyna, quero contar o que eu vi nesse tempo. Porém não pareceu demorar tudo isso. Acho que foi o real motivo por ter ficado inconsciente todo esse tempo – acrescentei séria – Não quero que saia daqui e muito menos que você dê risada.

– Não consigo imaginar o que seja – ela disse já rindo.

– É sério! – exclamei. Contei a ela toda a visão com Érebo e Atena.

– Tem certeza que foi só uma estratégia? – ela perguntou tentando ficar séria.

– Absoluta!

– Percy tem razão em estar mordido – ela falou caindo na risada.

– Duas semanas foi tempo suficiente para repouso. Já posso voltar a duelar – a ameacei.

– Duvido! Você nem consegue se sentar pela dor – ela disse dando mais risada – não é só a costela, mas é o corpo dolorido pela queda também. Fora o fato de seu corpo estar parado por dias – ela riu – não posso perde a oportunidade de lhe provocar, sem o risco que você me acerte.

– Vai com graça, eu me recupero rápido e tenho uma ótima memória – dessa vez também estava rindo – mas o que você achou sobra Atena?

– Se você não entendeu, quem dirá eu?!

– Meu boné ficou no apartamento...

– Preciso que você convença o Diego que ele não é um semideus.

– Como assim?

– Ele quer frequentar o acampamento. Ele é só um mortal.

– Olha o preconceito – disse rindo – você sabe os motivos dele.

– Annabeth posso lhe sufocar com travesseiro facilmente.

– Só por que estou de cama.

– Tenho que ir. Vou receber as novas campistas. É estranho, pois geralmente elas são treinadas por Lupa antes.

– Como você sabe que não foram treinadas?

– Frank mandou uma mensagem de Íris descrevendo a cena.

– Mensagem de Íris?

– Vivendo e aprendendo – ela disse saindo da enfermaria.

Caí no sono logo que Reyna saiu. Mesmo tendo dormido muito nos últimos dias. Meu corpo estava dolorido.

Acordei com duas vozes histéricas femininas. “haaaa Percy você que nos salvou, você que tem que ajudar-nos a descobrir esse novo mundo”. Voz melosa demais. Insistência demais. Proximidade além do que demais! Ignorei a dor. Me levantei e fui caminhando para direção das vozes. Vinha da entrada da enfermaria. Respirei fundo e andei pelo corredor das camas com a mão escorando meu lado esquerdo.

Haviam duas garotas aparentemente de 16 anos, ruivas, magras com os olhos verdes e extremamente parecidas uma com a outra. Só poderiam ser gêmeas. Cada uma segurava uma mão do Percy. Pareciam estar forçando para que ele fosse com elas. Consegui ver através dos detalhes de vidro da porta da enfermaria. Respirei mais uma vez profundamente. Endireitei a postura, ergui a cabeça. E saí pela porta.

Quando saí às meninas me encaram, mas continuaram segurando a mão do Percy. Dei mais um passo, e fiquei exatamente no meio deles ao lado de suas mãos dadas. Com uma sobrancelha erguida.

Peguei muito educadamente os pulsos das meninas e as soltei das mãos do Percy.

– Ei! – elas protestaram. Só olhei para elas com uma sobrancelha erguida e um sorriso de canto de boca debochante.

– Algum problema?

– Nada que bom tapa na sua cara não resolva – uma delas disse. Percy estava paralisado olhando para mim.

– Tenta – falei como uma lâmina. As duas vieram para cima de mim. Só qual tinha falado levantou a mão. Eu a segurei um pouco antes de se aproximar do meu rosto. Levei sua mão para trás de suas costas girando seu corpo em 360°. A empurrei para frente, a distanciando da porta da enfermaria. Me virei para outra que tinha se afastou alguns passos.

– Também quer tentar? – perguntei com a sobrancelha erguida. Ela sacudiu a cabeça ruiva e foi ajudar a irmã se levantar do chão.

Segui em direção à sala de Reyna. Não sabia o que fazer e nem para onde ir. Mas sabia que ela ficaria sabendo. Havia várias pessoas perto da entrada da enfermaria, também tenho certeza que ninguém fez nada por saberem quem sou eu. Porém brigas são erradas independente de quem seja. Teria que me explicar de qualquer maneira.

– Annabeth me espera! Para onde você vai? – Percy me perguntou. Percebi que ele correu para me alcançar. Já estava alguns passos a sua frente – pode parar de fingir que você e não esta com dor – ele me disse já ao meu lado e me puxando delicadamente pelo braço – e também não tente não mancar. Eu sei que seu tornozelo dói quando você está irritada.

O olhei irritada para ele. Cadê a Zöe quando eu precisava dela? Ela some bem quando não consigo nem andar.

– Você não podia se levantar. Quer se machucar ainda mais? – ele colocou a mão em minha cintura no lado esquerdo.

– Tire. A. Mão. Daí.

– Annabeth...

– Aí que está machucado – disse ríspida. Zöe e Damásen apareceram correndo. Não vi da onde eles saíram.

– Você precisa ficar de repouso – Damásen começou a dizer aflito.

– Eu irei ficar bem, mas agora preciso falar com Reyna – falava com Damásen sem tirar os olhos do Percy – vocês dois vão comigo.

Falei com Reyna ela disse que cuidaria de tudo. E não riu nem um pouco da situação. Mas tenho certeza que ela iria brincar com aquilo depois. Pedi para Zöe me levar a atrás das construções, que Percy tinha me levado no meio do café. E pedi para ela se comportar junto com o irmão, e para que me deixasse ali. Precisava ficar sozinha para me acalmar. Em um lugar que ninguém ficasse me encarando.

– Prefiro quando você explode de raiva e me atormenta – Percy disse caminhando em minha direção – do que me deixar no gelo.

– Você merece – disse indiferente.

– Você que tenta se matar e eu que mereço?

– Não vem com essa, você é o primeiro a fazer isso. Você e seu defeito fatal.

– E você e seu orgulho – ele respondeu – vamos voltar para enfermaria.

– Calypso também era ruiva? – perguntei explodindo. Não aguentava mais o ciúme – afinal, qual é seu problemas com as ruivas?

– As ruivas são só minhas amigas – ele disse parado em minha frente. Estava com as mãos nos bolsos olhando para baixo – gosto das loiras.

– Brincadeira idiota eu dispenso.

– Desculpa se me preocupo com você e se sinto vontade de lhe proteger. E com isso esqueço o quão forte você é.

– Me elogiar não vai ajudar.

– Annabeth eu não sei o que fazer. Por você faço qualquer coisa. Não posso ficar sem você – ele continuou na minha frente.

– Percy, não serei mais a menininha histérica enciumada que sempre faz cena.

– Você só bate agora.

– O que eu falei sobre a brincadeira?

– Mas é verdade – ele disse com um sorrisinho.

– Enfim, não quero que coisas como essa se repita.

– Me desculpa de verdade.

– Se você vier com esse negócio de precisamos conversar novamente daquela maneira. Você vai ver o que vou fazer, ou melhor, o que não vou fazer.

– A ameaça é a mesma se você tentar se matar de novo – ele sorriu presunçosamente olhando para mim.

– Você não conseguiria – provoquei sorrindo – Percy você sabe melhor que ninguém que nossa vida é um perigo ambulante. Corremos para morte ao respirar.

– Eu sei. Vou parar com a paranoia. Mas o meu pesadelo não ajuda.

– Percy nunca vamos nos separar novamente.

– Nunca.

– Eu estou com muita dor para levantar e lhe beijar.

– Romântica como sempre – ele se acachoou em minha frente e me beijou delicadamente – hora de voltar para enfermaria! – ele me pegou no colo.

– Hora de voltar a comer! Ou você não vai mais me aguentar.

– Você está me chamando de fraco?

– Estou. E raquítico também.


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Notas finais do capítulo

Rose viu? Fui boazinha...
Agradeço a todos os últimos comentários novamente.
E como sempre espero suas opiniões.
Rose também não ameacei ninguém você viu né?



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