Adotado escrita por Thiago Tavares


Capítulo 8
Capítulo 8 - esqueceu de mim?


Notas iniciais do capítulo

desculpa a demora. mil desculpas mesmo para os poucos que leem



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Adotado – Capítulo 8

– Nick? O que? – parecia um sonho, a Nick apareceu na porta da minha casa – entra!

– Thiago! – a voz dela, parecia fraca, estava franca. Tão distante de mim, a tempos não ouvia aquela voz, claro que eu abracei ela. Eu não senti nenhuma resposta, ela apenas afogou o rosto dela no espaço do meu pescoço e tossiu. Da tosse dela, saiu sangue.

– o que? Vem aqui! – eu a puxei pra dentro e dei agua pra ela, ela bebeu, percebi que a garganta dela estava ferida! Eu sabia que não era a hora de gritar com ela, ai lembrei do sanduiche. Estava um pouco queimado, mas ofereci pra Nick, ela aceitou, também ofereci o suco, ela comeu tudo. Parecia faminta – Nick...

– muito obrigado Thiago – ela parecia chorar, eu me aproximei e a abracei de novo, eu não sabia o que falar – eu... – e nem ela. Ela estava suja

– tem que tomar um banho – conclui – não tenho roupas suas aqui, mas tem as novas da Isa. E com certeza ela não vai brigar

– o que? Não! Por favor, não quero incomodar – ela disse, ainda fraca

– me diz, quem mais sabe que você está aqui? – estou curioso, tinha muita coisa que eu queria saber

– ninguém! E não é pra ninguém saber, só quero passar uma noite aqui. Se não for incomodar – ela pedia

– claro, pode ficar. Vai tomar banho, levo a roupa já pra você – ela concordou e fui no quarto da Isa procurar algo do tamanho da Nick e achei, bem... um camisetão, uma calça jeans e um tênis esportivo... não é o que saiu por último na moda, mas serve. Peguei a roupa e quando fui passando na cozinha. Vi a Vih – Vih, minha best, minha ever, minha linda, sai daqui – falei sorrindo, minha melhor cara de que eu não estou escondendo uma garota. Ui, sou muito escondedor de garota.

– nossa, você me convida e me manda ir embora? Bom amigo hein? – ela fala, e percebe um prato em cima da bancada e um copo sujo de suco – e já comeu o sanduiche? Você não estava com indigestão?

– sim, eu estou... quer dizer, vaza! – como eu vou dar uma desculpa. Eu a convidei pra vim aqui

– eita, magoou, você vai sonhar com esse lindo rostinho triste – ela diz fazendo cara de cachorro

– tanto faz, tchau – eu apontei pra porta e a empurrei pra lá. Nem... sou muito expulsador de gente

– nunca mais eu venho aqui – ela diz

– você vem sim – respondi

– é, eu venho! – dizia derrotada. Já na porta, ela me olhou e saiu com a cara fechada.

– DESCULPA? – gritei! E ela não respondeu.

Fechei a porta e peguei as roupas da Isa novamente.

– está aqui as roupas – coloquei as roupas na porta do banheiro – ah, esqueci a toalha. Volto já. Não se suicide!

Voltei no quarto da Isa pra pegar a toalha e ouvi “CHEGAMOS”, provavelmente da minha mãe. Eu tinha esquecido isso. Que eles voltariam cedo. Voltei pra sala com a toalha em mãos, debaixo da blusa.

– mãe, pai, Isa... vocês? Tão cedo? Por aqui? – disse

– eu moro aqui! Se lembra? – o pai disse tentando parece engraçado... tentando – e... o que é isso na sua barriga?

– coisas... que bom que chegaram. Sintam-se em casa, porque é nela que vocês estão – eu disfarço bem? Não gosto de mentir pro meu pai. Mas... é a Nick!

– então está bem! Senhor normalidade, comeu um sanduiche? – mamãe perguntava colocando o prato em cima da pia

– ah, sim! Vou ali – me afasto da família e escuto “ele está aprontando”. Quem? Thiago? Aprontando? Eu sou um santo!

Cheguei perto do banheiro e percebi que a roupa não estava mais lá. Com certeza foi a Nick que pegou

– aqui está a toalha – sussurrei – como você pode perceber. Meus pais chegaram com a Isa

– Isa? – ela sussurrou de volta – não conheço nenhuma Isa

– te explico mais tarde! Pega, vamos sair – disse continuando a sussurrar

– vamos aonde? Não não, não quero sair – ela falava se defendendo

– você não vai viver pra sempre no banheiro não é? Então se arruma e vamos! – mandei

– droga! Tudo bem! Estou pronta, como vamos sair? – ela perguntava e eu já tinha pensado em um plano

– certo, eu vou chamar todos pro meu quarto. Quando ouvir um grito, espera uns minutinhos e sai pra esquina – disse, me preparando.

– ok, vai logo! – ela diz

Eu me afastei do banheiro. Dei uma olhadinha por fim e passei pela cozinha tentando não ser percebido, já que todos estavam por lá. Entrei no quarto, e tranquei, na verdade, eu quase tranquei, deixei meio trancado pra que eles fizessem pouco esforço quando for abrir. Me preparei, sentei na cama e

– AAAAAAAAH – gritei, ouvi passos correndo pra direção do meu quarto. Hesitei um pouco quando eles bateram na porta. Esqueci de arrumar alguma desculpa.

– THIAGO? THIAGO? ESTÁ TUDO BEM? – gritaram! Hesitei de novo... estou recuando muito

– AAAAAAAAH – gritei de novo. Dessa vez eles conseguiram abrir – UMA COBRA... VENENOSA ALI – apontei para um canto do carto e o pai foi olhar

– é uma cobra de borracha – o pai disse decepcionado

– aaaaah uma cobra venenosa de... de borracha – deu certo, espero – já que não tem nada, vou embora. Vou andar ok?

– então “tá”! – a Isa disse – senhora maia (a Isa ainda não acostumou a chamar a Maia de mãe) eu também vou dar uma volta.

– ok meninos, qualquer coisa eu ligo – a mãe disse – e vocês também.

– okay – dissemos juntos

Troquei de roupa rapidamente, peguei meus celular e sai. Fui em direção a esquina, vi uma silhueta

– cara, quase que eu não saia de lá – eu disse para a silhueta – ai tipo... – eu olhei pra dona da silhueta ali, a Nick ficou parada olhando pra alguma coisa, eu fui pra frente dela e – David? – olhei pra Nick – oh Nick, você? Está viva? Aqui? E eu nem te vi. Olha isso David, a Nick – eu ri

– David – Nick disse

– Nicole – Dav’s disse

Um olhava pro outro, ambos paralisados.

– não vão se agarra no meio da rua não é? – eu disse – eu não quero segurar vela. Principalmente do casal Dicole – ri nervoso

– é que... – Nick disse

– eu não... – David falava, mas nenhum dos dois terminavam, sequer, uma frase

– hum, Nick... O DAVID TE CHAMOU DE OBSOLETA – falei rápido e levantei as mãos – gente... eu estou com fome. Por que ninguém me dar atenção? Eu estou com câncer, vou pular da ponte. Vou arrancar meu pulso e vender na deep web. O que acham?

– vai vai! – David disse

– depois me conta como foi – Nick disse

Minha cara de que faz meio dia que eu não como nada não está funcionando. Então fui grosso com eles: dei língua e sai! Procurei a lanchonete mais próxima... mais próxima tipo uns 30 km. Eu percebi isso depois de andar uns 27 minutos e não achar nada. O bom é que eu estou perto da casa da Stef. Então resolvi parar lá.

– MALÉVOLA, ESTÁ AI? – gritei

– NÃO, ESTOU NA CASA DA TUA MÃE, DESGRAÇA! ME CHAMA ASSIM NÃO – essa é a querida e gentil malévola que abriu a porta – o que foi?

– aconteceu muita coisa – eu disse – Isa ganhou mais coisas, acordei agorinha, Nick chegou em casa, perdi um sanduiche, fugi de casa e está tendo Dicole agora perto de casa

– você perdeu um sanduiche? – Stef disse tipo chocada – UM SANDUICHE?

– sua maluca, a Nick voltou e está rolando Dicole! – eu disse – e depois, eu estou com bastante fome. Tem alguma coisa ai na tua casa?

– tem... sofá, cama, TV, som, cozinha, quarto... quer que eu continue? – ironia rolando a mil hoje

– ah, estou falando de comer. Gênios! – é sério, estou morrendo de fome – então, tem alguma lanchonete aqui perto? Vamos lá

– tem sim! Uma dobrando aquela rua – Stef apontava

– eu vou ligar pro casal Dicole e vamos se encontrar lá ok? – disse pegando o celular e discando

– ok, vou ligar pra Vih, pra Isa e pra Hannah! – Stef disse

– tem que vim a Hannah? Não vai dar problema? – disse baixando o tom de voz

– você não esqueceu ela. Não é isso? – Stef disse

– o queeeeeeeee? – tentei – não, mas eu não imagino eu com ela. Qual seria o nome da gente? Heago? – ri

– mas e eu? Me esqueceu? – essa voz era de outra pessoa. E eu a conhecia. Virei

– Gi-Giovanna?

Continua...


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