Meu Natal escrita por Harukko
Notas iniciais do capítulo
Aqui está a simples one-shot de Natal que eu tinha falado que faria. Eu escolhi entre as sugestões que deram e aqui está ^^ Espero que gostem!
– Eu não gosto – resmungou a pequena sentada no sofá.
– Por que, Sarada? – perguntou a mãe da menina pendurando mais uma bolinha na árvore de Natal.
– Porque são todos iguais e chatos!
– Mas você ganha presentes.
– Isso não é importante. Eu não gosto e ponto – falou franzindo o cenho e cruzando os braços.
Sakura deu uma risadinha pelo jeito da filha.
– Você quer colocar a estrela no alto do pinheiro?
– Não!
Ela virou o rosto e olhou brava para o chão.
...
Alguns dias depois, a véspera de Natal chegou e lá estavam Sakura e Sarada com um peru no forno.
– Por que temos que comemorar o Natal?
– Você não sabe a história do Natal, querida? – perguntou carinhosa, enquanto ocupava-se em fazer o arroz.
– Claro que sei mas... Eu não queria comemorar. Todos na escola gostam e contam como passaram o Natal, mas eu acho idiotice. Pura idiotice!
Sakura parou de mexer o arroz e despejou água quente por cima. Ela limpou as mãos em um pano de prato e ajoelhou-se na frente da filha para ficarem do mesmo tamanho.
– Eu também sinto falta do papai, no entanto, devemos aproveitar o máximo mesmo assim.
– Que coisa injusta! O papai nunca está, nunca pode, sempre naquelas missões. Enquanto todos estão com a família reunida, nós ficamos sem ele. Isso é injusto! Eu odeio o Natal! – resmungou a morena saindo pela sala pisando forte no chão.
Sakura sabia que por um lado a pequenina estava certa. A última vez que Sasuke passou um Natal com a família, Sarada era ainda mais miúda. Ela tinha todo o direito de estar brava.
A mãe foi até o quarto dela e a viu sentada na ponta da cama, tristonha.
– Sarada.
– Eu não quero conversar, mamãe – disse sem ao menos trocar olhares.
– Eu fico mal por vê-la assim, querida.
Sakura olhou para Sarada esperando alguma reação.
– Desculpe – falou limpando as lágrimas que quase escorreram por debaixo dos óculos. – Não fique triste, mamãe, eu estou bem.
A pequena forçou um sorriso.
Algum tempo depois, a Sarada debruçou-se na janela observando as crianças correrem na rua, escutando a balbúrdia dos vizinhos e sentindo a alegria que se formava no ambiente.
– Sarada! – chamou a rosada. – Venha ver o peru, está com um cheiro muito gostoso.
A pequena foi até a mesa enquanto sua mãe segurava a bandeja do peru com enormes luvas cor-de-rosa.
– Parece muito bom – a menina elogiou após Sakura arrumar o alimento sobre a mesa. – Você quer alguma ajuda?
– Não, obrigado. Basta apenas colocar a bandeja de frutas na mesa e esperar a meia-noite.
Sarada voltou a debruçar-se na janela e olhar a rua alegre.
– Ei! – chamou. – Sarada!
Ela então reparou no garoto loiro de cabelos espetados.
– Boruto?! – disse ela, em seguida olhou para dentro para ver se a mãe não percebera.
– Quer vir brincar?
– N-não.
– Vem, é divertido!
– Eu não quero.
– Ah, qual é?! Seu pai não deixa? Ele é mesmo assustador.
– Meu pai não está em casa... – murmurou Sarada desviando o olhar.
– Mas é véspera de Natal.
Ela silenciou por alguns segundos, então recuou dizendo.
– Preciso ir, Boruto.
– Espera, eu tenho algo para te mostrar. Vem rápido que já é quase meia noite.
Sarada olhou para a mãe enquanto aquela terminava de arrumar a mesa. Ela assentiu para Boruto e sumiu da vista dele.
– Mamãe eu vou... vou sair um pouquinho, já volto.
– Tudo bem, tente não se atrasar. Ah! Mande feliz Natal ao Boruto por mim – disse ela piscando o olho e deixando a pequena corada.
Ela saiu devagar até encontrar o loiro na rua.
– Vem! Está quase na hora!
O garoto segurou a mão de Sarada e começou a correr, quase arrastando-a para algum lugar. Eles entraram no Centro Administrativo de Konoha, que estava com algumas decorações natalinas.
– E-ei! – murmurou um ninja que estava por lá, mas Boruto não seu atenção e seguiu correndo levando a menina.
Quando eles estavam no topo do Centro de Administração, Boruto soltou a mão de Sarada e correu para o parapeito.
– Olha! – exclamou ele com os olhos maravilhados.
Sarada avistou o lugar. De lá dava para ver a aldeia, a grande aldeia, cheia de luzinhas de Natal e gente feliz. As crianças corriam por entre as ruelas, as pessoas possuíam um brilho no olhar de uma forma que Sarada nunca tinha reparado.
– Está quase na hora! – avisou o garoto abrindo um sorriso ansioso. – Agora!
Alguns segundos depois, os fogos de artifício iluminaram o céu. Eles subiam lá em cima e estouravam fazendo faíscas vermelhas enfeitarem a negritude. Inicialmente, Sarada deu alguns passos para trás de Boruto, ficou um tanto assuntada, nunca tinha visto aquilo de perto. O menino sorriu ao perceber que pela primeira vez viu Sarada tendo medo de alguma coisa, já que na escola ela era a melhor aluna da turma e causava medo, pois suas habilidades e o clã que carregava consigo já eram motivos suficientes para os colegas temerem a garota.
– É bonito, não é?! – falou Boruto segurando a mão dela e a guiando de volta para o seu lado.
– S-sim – sussurrou não despregando os olhos da explosão de cores que aconteciam no céu.
A menina, ao perceber que Boruto segurava a sua mão, rapidamente recuou e enrubesceu, mas ele mostrou um enorme sorriso após afirmar, “O Natal é muito legal!”, fazendo-a se sentir mais envergonhada.
Eles estavam lado a lado, observando os poucos fogos que ainda brilhavam no céu quando...
– Sarada?
Os pequenos viraram-se devagar ao escutar a voz grossa.
Era Sasuke. Sarada correu até ele, mas não o abraçou, apenas parou a poucos centímetros de distância.
– Papai – cumprimentou fazendo uma pequena e discreta reverência. – O que faz aqui? Não estava em missão?
– Eu acabei a tempo de voltar. – Ele olhou para o céu, que recebia um ou dois fogos atrasados. – É Natal, por que não está com a sua mãe?
– Ah! é mesmo! Eu iria sair por um segundo, mas...
Sasuke olhou rígido para Boruto, que espremeu-se um pouco mais contra o parapeito.
– E você? Por que não está com a sua família? – perguntou se aproximando, fazendo esvoaçar a capa negra.
– E-eu só vim mostrar os fogos de artifício para a Sarada.
Sasuke olhou rispidamente. Fez um movimento com o braço que fez Boruto fechar os olhos e esperar uma pancada, mas não foi isso que aconteceu. O garoto sentiu uma mão grande e áspera cair com cuidado em sua cabeça.
– Obrigado – falou o de capa sem demostrar nenhuma emoção.
– Boruto! – escutou-se vindo lá de baixo uma voz fina e esganiçada.
– Himawari! – Ele olhou debruçando-se no parapeito. – Já estou indo!
Sasuke foi afastando-se dele e chegando perto de Sarada. Tocou a mão do ombro dela, e a menina, que costumava estar séria como o pai, sorriu.
– Obrigado, Boruto – disse ela.
O homem fez um movimento com a capa que fez ele e Sarada desaparecerem no ar.
...
Após olhar pela janela pela terceira vez, Sakura despencou sobre uma cadeira. Por mais que tentasse, não conseguia sorrir. Sem Sasuke e Sarada não lhe restava mais nada.
Ela ouviu dois toques rápidos na porta. Levantou-se e abriu-a, estava pronta para perguntar onde Sarada estava quando viu ela e o seu pai parados.
– Sasuke-kun!
Sakura o abraçou forte, fazendo Sarada sorrir de canto. Era incomum ver a mãe feliz daquela forma, tão linda. Quer dizer, mas linda ainda.
– Você não estava em missão?
– Eu acabei a tempo. Eu passei a noite trabalhando para que hoje pudesse... vir.
Sakura abraçou Sasuke e Sarada com os olhos marejados. Estava sentindo uma alegria imensa. Ela amava aqueles duas pessoas incondicionalmente, e tê-las perto de si era a melhor sensação do mundo.
– Feliz Natal, mamãe, papai – disse Sarada ainda apertada no abraço acolhedor.
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Foi isso, pessoiinhas!! ^--^ É simples e descontraída, mas comenta aí, tá?! Obg :3 (Facebook: www.facebook.com/HarukkoFanfics)