Além de Neverland escrita por TheMagicPowder


Capítulo 4
E você é Peter Pan


Notas iniciais do capítulo

Hey, fadinhas!
Primeiramente, desejo a todos vocês um feliz ano novo! Fiquei totalmente sem tempo de postar o capítulo que havia prometido mas.. Aqui esta ele! hahaha
Algumas pessoas me perguntaram se Tinker é do tamanho de um polegar na fic. Bom, ela só tera esse tamanho quando quiser (igual ao que ocorre em OUAT).
Beijos com pó mágico para vocês!



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Anos.

Eu não deveria senti-los passar, não deveria sequer lembrar de sua existência. Contudo, o simples ato de sonhar trouxe-me de volta a contagem do tempo. Não lembro quando comecei a ter minhas noites roubadas pela menina dos cabelos de ouro mas, desde então, tornou-se inevitável a contagem dos grãos de areia que insistiam em cair da minha ampulheta.

Minutos tornaram-se horas, horam-se tornaram-se dias, dias tornaram-se noites e, nesse momento, Tinker voltava para mim. As noites transforam-se em semanas, que viraram meses e estes, finalmente, eram anos.

Meus anos de tormenta.

Tormenta essa que, a partir do momento em que eu concordei em ir ao continente, teve seu fim determinado.

Os meninos, ainda eufóricos, concordam encerrar a noite pois, havia lhes dito que queria partir logo no dia seguinte. Lentamente, cada um deitou-se em sua rede, almejando pela primeira vez, desde que chegaram em Neverland, que o tempo ( sempre ele) passasse.

Sentia os fios de cipó torcido que formavam a base da minha "cama" cutucar minhas costas. O céu tinha estrelas demais para que eu fechasse meus olhos, contei todas aquelas que pude, inventei novas constelações até que, finalmente, o sono veio transportar-me para outro lugar.

– Quer dizer então que você vem me ver?

Ela sorria de tal forma que as mais lindas ninfas invejariam.

– Eu te prometi isto certa vez, não foi?

O sorriso era contaminante.

– Prometeu. Bom, o continente é gigantesco, caro amigo, como planeja me encontrar?

O tom de desafio em sua voz embriagava-me.

– Imaginei que voce fosse me dizer, pequena Bell.

– Bell? - Os grandes olhos azuis examinavam cada parte do meu corpo.

– Sua risada me lembram pequeno sinos, todos a tocar ao mesmo tempo.

O sorriso nunca abandonava seu rosto.

– No continente a um lugar chamado Londres ou, para você, local onde reside Tinker Bell.

– Tinker?

– Sim?

– Você não parece tomada de angústia como nas outras noites.

Ela apenas me olhou em silêncio antes de responder, levando embora seu sorriso.

– Você me encontrará e, quando isso acontecer, tudo estara resolvido.

Uma névoa cobriu seu pequeno corpo quando terminou de pronunciar a frase. Chamei por seu nome mas não obtive resposta. Estava exausto, admito, mas, mesmo assim, a procuraria até os confins do mundo porém, hoje, sentia que poderia dormir, eu ainda havia de encontra-la.

O restante da noite passou como o sopro de uma brisa de verão, o Sol logo pintou o céu e os meninos começavam a acordar e chamar por mim.

– Vamos Pan, seu molenga, levante já essa bunda magra daí e venha ajudar!

Nathan parecia uivar de tanta alegria, nunca antes alguem o tinha visto expressar tanto sentimento.

Depois de duas horas tudo estava pronto. Eu havia ido ao lago em busca do pó mágico que existia em suas profundezas uma vez que, sem ele, não poderíamos voar fora dos limites de Neverland.

Uma vez que todos estavam ao meu redor, joguei para cima o que nos permitiria sair da ilha e uma poeria dourada se entendeu ao nosso redor. Flutuávamos no ar de maneira graciosa até que, por fim, começamos a voar rumo a barreira que cobria toda a extensão de Neverland. Em questão de segundos estávamos fora de nossa casa, havia uma imensidão de aguá para todo lado.

– Pan, qual caminho devemos seguir para chegar ao continente? - disse Poe

Eu não sabia.

– Vamos voar para o norte, meninos.

– Se você quiser se perder o norte é uma das opções.

Olhei para meus irmãos mas todos pareciam tão espantados quanto eu. Quem havia dito aquilo?

– Fui eu quem falou, menino perdido.

Olhei para baixo e lá estava uma menina de cachos ruivos pendentes pela cintura fina, a pele era pálida acentuando o verde aguá que coloria seus olhos. Entretanto, o que mais chamava atenção era sua boca. O tom rosado exercia uma espécie de atração convidativa.

Contenha-se, Pan.

– Você é uma sereia? - perguntou Jason, o segundo mais novo.

– Um peixe completo é que não sou, meu querido.

Os meninos caíram em risos mas algo me incomodava naquela situação. Era perigoso pedir, ou aceitar, algo que vinha das sereias, essas pediam favores em troca e o preço a se pagar pelo favor prestado por ela era sempre alto.

– Qual seu nome, sereia? - Meu tom entregava a desconfiança que sentia.

– Cassie.

– Bom, Cassie, irá me mostrar o caminho para o continente?

Ela ria, uma risada tão imponente que chegava a ser assustadora.

– Peter Pan, só eu abro o portal que te levara para o continente.

– Diga logo o que você quer em troca.

– James.

O que ela havia acabado de dizer? Ela queria meu melhor amigo?

– Você só pode estar brincando comigo, nunca ...

– Eu fico - James olhava para mim

– O que?

Ele explicava em seu olhar que fazia aquilo por mim, sabia da minha urgência.

– Que maravilha! Pretende ficar quanto tempo, olhos de safira?

A voz da sereia despertava raiva em mim.

– Ele não vai ficar muito tempo, garota peixe, só até eu voltar. - rosnei

– Chame-me de garota peixe novamente e verá em que continente você ira.

James então voou para o lado de Cassie enquanto essa nadava em círculos, formando um redemoinho no mar.

– Pulem nele e irão para onde desejam.

– Como sabemos que podemos confiar em você? - Nathan olhava desconfiado

– Pulem e vão descobrir.

Foi o que fizemos.

A sensação de se estar no portal era ruim mas sair dele era ainda pior. A lua oferecia um tom prateado ao céu de Londres, torres altas espalhavam-se por toda a parte, uma mistura de sons tornava o lugar inquietante enquanto a falta da natureza era uma característica marcante.

Permiti que os meninos vagassem pelo lugar enquanto eu, sozinho, ia a procura da dona dos meus sonhos.

Horas passaram e, junto a elas, meu entusiamo. A cidade era gigantesca, não seria facil encontrar Tinker, requeria de tempo demais, tempo que eu não queria dar a Cassie.

Enquanto sobrevoava podia sentir o cansaço pender sob meu corpo, foi então que, no centro de Londres, avistei um lago cercado por pequenas arvores, voei até lá em busca descanço.

Beirando a água uma garota estava parada, de costas para mim, os ombros tensionados combinavam com sua concentração. Ela era pequena, as pernas eram curtas e estavam cobertas pelo grande casaco preto que pendiam rente aos cabelos loiros, ao mãos entrelaçadas atrás das costas estavam tremendo.

Me aproximei aos poucos, com medo de tira-la de seus pensamentos, porem, ao pisar em galhos secos, o ruído entregou-me para ela a medida que virava, pausando seus olhos a altura dos meus.

Meu coração parou.

As palavras fugiam a minha boca e, quanto mais as buscava, mais distantes pareciam. Fora seu suspiro que tirou-me do estado de êxtase.

– Você é Tinker Bell?

Ela sorriu.

– E você é Peter Pan.


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Notas finais do capítulo

Hey, fadinhas!
Este capítulo foi meio grande, em? hahaha
Bom, eu ainda escreveria mais .. Mas, deixa quieto, fica para o próximo!
Ahh, não posso esquecer de agradecer pelos comentário! haha
Fiquem atentos para o proóximo capítulo!
Beijo com pó mágico para vocês!



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