Wrong Love escrita por Rayssa


Capítulo 7
Chapter 7


Notas iniciais do capítulo

Lindinhos, peço encarecidamente que LEIAM AS NOTAS FINAIS e espero que gostem :D



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– Obrigada. – murmurou sorrindo.

– Eu é que agradeço. – sorriu de volta. Felicity soltou o cinto de segurança e se preparou para sair. – Felicity... – ela parou e encarou o homem novamente.

– Oi...

– Você poderia ir comigo amanhã? – levantou as sobrancelhas. – É que, apesar da lista que você me entregou não ser muito confusa, eu realmente não entendo nada de computador. – explicou sem jeito.

– Claro. – assentiu. – Te vejo amanhã. – sorriu docemente, antes de sair do carro.

Tommy esperou ela adentrar as portas do prédio para dar a partida. Ele ainda não entendia exatamente o que acontecia ali. Felicity era diferente da maioria das pessoas. Era atrapalhada, divertida, naturalmente bela e muito gentil. Isso o fascinava. Ele passara toda a sua vida entre pessoas que falsas em todos os aspectos, elegantes e más. Pessoas que não mereciam nada do que tinham e quando ele olhava para a garota, ele sabia que ela merecia muito mais do que sempre teria.

Isso era frustrante, na verdade. Ela parecia ter uma autoconfiança bastante baixa e era quase tão frustrante quanto todo o resto. Ele tentara pagar pelo seu serviço, mas ela disse que era até uma ofensa aceitar o dinheiro dele, estava apenas ajudando, não trabalhando.

Aquela garota estava fritando o seu cérebro.

(...)

Oliver sentou em frente ao bar e pediu um Scotch. Precisava de uma bebida, depois de todo o estresse que acabara de passar. Quando sua bebida chegou, virou o conteúdo todo de uma vez e pediu outro.

– Um Jack, por favor. – uma voz feminina chamou a atenção do homem.

A mulher que sentara ao seu lado tinha um ar esnobe. Seu rosto era muito bonito, apesar das feições sérias e duras. Seus cabelos eram de um tom de castanho um pouco mais claro que o de seus olhos e sua pele era clara. Ela tinha um ar forte.

Ela, definitivamente, não combinava com o local.

– Você não parece o tipo de mulher que frequenta esse tipo de ambiente. – afirmou Oliver, chamando a atenção da mulher.

– Nem você. – retrucou.

– Touche. – levantou o copo de whisky, em um falso brinde. – Acabei de terminar com a minha namorada de seis anos, não estou afim de ser reconhecido. – admitiu. – O que te traz aqui? – perguntou.

– Não que seja da sua conta... – tomou um gole do seu whisky. – Mas, fui abandonada no aeroporto e esse foi o primeiro bar que encontrei no caminho para Central City. – o homem abriu um leve sorriso.

– Então, estamos no mesmo barco. – piscou. – Como se chama? – perguntou.

– Isabel e você? – apesar de parecer se divertir, a mulher não sorria.

– Oliver.

(...)

– Eu realmente ainda não estou acreditando que você me acordou às cinco da manhã para ficar atirando flechas em bonecos de pano. – irritou-se o garoto. – Como você espera que eu acerte? São CINCO da manhã. – Diggle assistia a cena com uma xícara de café e um sorriso nos lábios.

– Se quiser, a Lyla pode te ajudar. – deu de ombros.

– Isso é golpe baixo... – atirou novamente, sem acerto. – ameaçar chamar a Lyla, você sabe que ela não é nenhum pouco boazinha com os treinos. – resmungou.

– Talvez, Roy, se você parasse de resmungar e se concentrar, você acerte as 10 flechas que você precisa acertar para poder se preparar para ir para faculdade. – o homem colocou os pés sobre o encosto.

– Você está se divertindo demais com o meu sofrimento. – Roy respirou fundo, precisava fazer isso.

Aprumou o arco, tomou sua postura ereta, puxou o cabo e mirou. Ele tinha que acertar essa, pelo menos uma. Inspirou fundo, prendendo o ar dentro de seu corpo. Quanto mais rápido terminasse, mais rápido iria tomar banho, mais rápido chegaria na universidade e mais rápido veria Thea. Expirou e soltou o cabo ao mesmo tempo, acertando o peito do boneco, um pouco afastado do lado que ele mirou, porém, muito melhor que antes.

O que Thea tem a ver com tudo isso?

– Muito bem garoto. – elogiou o homem. – Agora só faltam nove.

(...)

O homem acordou assustado, sua cabeça doía e não sabia muito bem onde estava. Primeiro, aquilo não era a sua cama. Segundo, ele estava nu. Terceiro, não havia ninguém ao seu lado. Quarto, não havia sido roubado. Quinto, ele tinha aula. Sexto, ele estava fudidamente atrasado.

Levantou-se às pressas, colocando as roupas muito mais rápido do que ele julgava capaz.

Ao pegar o celular, encontrou três novas mensagens.

Speedy;

Bom dia Ollie. Mamãe está louca com você. Por que você não apareceu para tomar café com a gente? Dica da sua irmã que entende das coisas. Evite-a.

Ele tinha esquecido completamente desse café. Como ele iria contar para mãe que acabou o namoro? Ela já estava irada, imagine depois que contasse? Ele tinha que tomar uma decisão sobre isso.

Tommy;

Está tudo bem? Laurel me ligou chorando ontem à noite. Quando perguntei o que era, ela respondeu apenas 'Oliver'. Estou preocupado. O que houve?

Por que ele não estava surpreso por Laurel ter corrido para o Tommy? O que ela esperava? Que Tommy fosse convencer de que ele errou? Ele tinha certeza de que tinha tomado a decisão correta, e sabia que o seu amigo concordaria completamente com isso.

Isabel;

Paguei metade da estadia.

O homem franziu o cenho. Que tipo de mensagem era aquela? E desde quando ele tinha o número dela? Isso era a definição de assustador, em sua opinião. Se bem que ela tinha algumas feições de psicopata. Faria total sentido.

Arrastou o corpo pesado até o saguão do hotel de estrada. Caminhou até o balcão e pagou o resto da estadia, que era uma mixaria. Era hora de cair na estrada de volta. Ir até Starling. Voltar a realidade. Uma realidade irritante.

Fechou os olhos com força e um par de olhos azuis tomaram conta de sua mente. Lindos olhos azuis, um jeito atrapalhado e um sorriso amável. Quando voltou a abrir os olhos, havia um sorriso em seus lábios.

Vasculhou o celular rapidamente, nenhuma mensagem.

Talvez não fosse tão ruim assim.

(...)

– Eu já disse que eu odeio esses dois juntos? – reclamou Barry.

– Eu acho que você é muito dramático. – riu Felicity. – Eles são fofinhos juntos.

– Ah... – Cisco resmungou. – Pena que você não sente nada pela Cait. – balançou a cabeça.

– Espera! – exclamou. – De onde surgiu essa? – Cisco passou o braço pelos ombros dela.

– Barry disse que você namora a Sara, então, achei que você também sentia algo pela Caitlin, já que esse dai... – apontou para Barry. – Não para de reclamar que odeia esses dois, ele deve estar apaixonado. – deu de ombros.

– Eu não to... – foi interrompido e ignorado.

– Se eu tenho namorada, isso deve significar que eu sinto algo pela minha namorada, não? – franziu o cenho. – Senhor! – exclamou. – Caitlin é a minha melhor amiga! Isso seria horrível. – balançou a cabeça.

– Eu acho que seria maravilhoso! – comentou. – Você duas...

O celular de Barry começou a tocar. Ele se afastou para atender.

– Isso foi estranho. – afirmou Cisco.

– Muito estranho. – confirmou Felicity.

Ambos ficaram encarando as costas do homem, sem desviar o olhar.

Esse logo voltou, quase saltitando de tão feliz. Um sorriso enorme tomava conta de seus lábios. Seu rosto havia se iluminado completamente. Não parecia mais o mesmo garoto que estava reclamando da melhor amiga.

– Mais estranho ainda. – notou Cisco.

– Pode ter certeza. – concordou Felicity.

– Vamos todos para o Verdant hoje à noite! – foi a primeira coisa que disse ao chegar. – Até o namoradinho idiota da Caitlin pode ir. EU CONSEGUI! – Felicity e Cisco se entreolharam, tentando entender.

– O que? – perguntou Felicity.

– O estágio no departamento de investigação de cenas de crimes. EU SOU UM ESTAGIÁRIO CSI! – parecia que o garoto havia ganhado um prémio.

– SÉRIO? – Caitlin perguntou, chegando atrás dele.

– Sério! – ele exclamou sorridente.

Em um impulso, a mulher abraçou-o fortemente. Um grande sorriso em ambos os lábios. Um abraço mais forte do que o de costume e uma sensação diferente invadiu o corpo de Barry, algo que ele nem sabia se já havia sentido antes.

– Parabéns. – sussurrou, antes de beijar a bochecha dele.

– Obrigado. – sorriu de canto.

– Você sabe que tenho outros amigos aqui, né? – uma gargalhada saiu dos lábios de Barry.

– Parabéns. – sorriu Felicity, abraçando-o. Estava muito feliz por ele conseguir algo que ele queria tanto quanto isso. – Você merece. – afastou-se com um sorriso.

– Eu já sabia que você ia conseguir. – deu de ombros. – Mesmo assim, parabéns.

Um abraço rápido entre os amigos.

– Verdant hoje à noite, beleza?

(...)

Roy caminhava entediado, não se sentia muito animado para estar ali. Estava com os braços cansados de tantas flechas que lançou, sem falar que esqueceu que não haveria aula de arquitetura básica de computadores na terça. Então, todo o seu ânimo se dissipou.

Um par de mãos apertou os seus ombros, fazendo com que ele pulasse com o susto.

– Oi Roy. – um sorriso instantâneo surgiu em seus lábios.

– Thea. – virou-se e encontrou uma garota sorridente. – O que faz por aqui?

– Eu estava passando e decidi te cumprimentar. – deu de ombros. – Algum problema? – fingiu surpresa.

– Não com isso. - ambos andavam lado a lado, com sorrisos felizes nos lábios. – Tem aula de que agora? – olhou-a de soslaio.

– Acho que é de ética. – uma risadinha saiu dos lábios dele. – Pode rir, eu queria pagar uma cadeira de ética no meu primeiro período. – admitiu. – Eu só quero experimentar um pouco de cada curso antes de escolher.

– Você sabe que eu não falei nada, não é? – virou o rosto com as sobrancelhas arqueadas.

As bochechas de Thea aqueceram.

– Você tem aula de que? – desconversou, colocando uma mexa de cabelo atrás da orelha.

– Probabilidade e estatística. – comentou. Thea levantou as sobrancelhas. – É uma matéria bem interessante, na verdade.

– Eu não falei nada, você sabe... – sorriu vitoriosa, recebendo um revirar de olhos. – Bem, eu tenho que ir. – sorriu. – Te vejo por ai. – esticou seu corpo, beijando a bochecha do homem.

– Até mais Thea. – despediu-se.

Observou a garota se afastar com um sorriso nos lábios e o ânimo restaurado.

(...)

– Finalmente te encontro por aqui. - murmurou Felicity.

– É bom te ver também Felicity. – sorriu, passando o braço pelos ombros dela e beijando a sua testa.

– Espera... – afastou-se e enfiou a mão no bolso lateral de sua mochila. – Isso é para você... – retirou uma caixinha de tamanho médio com uma embalagem verde e colocou a outra mão no outro bolso lateral. – Esse é para a Lyla. – retirou uma caixinha vermelha. – Espero que gostem.

O homem segurou as duas caixinhas, negando com a cabeça.

– Você é inacreditável. Não deveria ter comprado nada. – murmurou. – Mas, de toda forma, obrigado. – passou novamente os braços ao redor da mulher e abraçou-a.

– De nada. – sorriu. – Agora tenho que ir, quinta e sexta eu fico com seu sobrinho. – beijou a bochecha do segurança e continuou o seu caminho.

(...)

Oliver e Tommy saíram da sala de Gestão internacional de negócios em um silêncio mortal. Nenhum deles sabia realmente o que dizer sobre Oliver ter terminado o relacionamento de seis anos que estava prestes a dar em casamento. Tommy queria dizer alguma coisa. "Você fez a coisa certa" ou "Finalmente está se tornando um homem", mas sabia que não podia fazer isso. Laurel era sua amiga e o amor de sua vida inteira, como ele poderia dizer isso quando ouvirá chorar desesperadamente no telefone aquela madrugada.

Assim como Oliver não merece ser infeliz. Ambos merecem ser felizes... Foi o melhor Tommy, foi o melhor.

– Ollie... – chamou o amigo. – A Laurel não merece sofrer assim, mas... – colocou a mão sobre o ombro do amigo. – Você fez a coisa certa. – admitiu.

– Eu sabia que você iria entender. – ele sorriu abertamente.

– Eu entendo. – respirou fundo. – Não me leve a mal, só que... – franziu o cenho. Era tão estranho a ideia de Oliver e Laurel separados. – Não vão voltar mesmo? – sussurrou. – Porque...

– Não vamos voltar Tommy, é o fim. – respirou fundo. – Eu estou até interessado em outra pessoa. – isso pegou o melhor amigo de surpresa.

– Sério? Já? – Oliver fechou os olhos.

– Não é interessado, mas quero conhece-la. – fingiu dar de ombros. – Ela é... – pensou na melhor palavra para descreve-la. – Diferente.

Imediatamente, a imagem de Felicity veio a cabeça de Tommy. Se ela fosse parecida com essa mulher, ele entendia completamente o motivo de Oliver querer conhece-la, assim como ele queria, apesar de não ser da mesma forma.

– Agora você tem uma oportunidade, não é? – um sorriso irônico se abriu nos lábios dele.

– Não tenho certeza se ela quer me conhecer. – Tommy franziu o cenho.

– Por que? – perguntou assustado.

– Porque ela acha que eu sou um grande filho da puta e que deveria morrer sozinho. – resmungou.

– Essa não é a primeira vez que uma mulher diz isso para você, é? – seu tom era sarcástico.

– Não, mas é a primeira que me faz pensar realmente sobre isso. – suspira. – Eu tenho que ir resolver umas coisas... - não era exatamente uma mentira. – Conversamos mais tarde?

– Que tal aproveitarmos sua primeira noite de solteiro no Verdant? – perguntou.

– Na frente da irmã da minha ex? E essa não é a primeira noite. – Tommy arregalou os olhos.

– Ah, qual é. – irritou-se. – Vamos festejar, aproveitar. – insistiu o homem. – O Oliver que eu conheço, não negaria uma festa.

– Só acho que seria estranho com a Sara por lá. – cruzou os braços. – Mas, vamos lá. – concordou.

– É assim que se fala. – Tommy estendeu a mão para Oliver e esse bateu sua mão sobre a do amigo.

– Vejo você mais tarde. – despediu-se.

Oliver caminhou lentamente, tudo o que ele queria era encontra-la, uma breve conversa era o suficiente, ele queria que ela passasse a ter uma visão diferente dele. Não do Oliver imbecil que ela tinha certeza que ele era. Queria conhece-la e agora podia, tinha essa oportunidade.

Como se o destino quisesse ajudá-lo, a mulher virou no corredor em que ele estava. E ele não soube bem o porquê, mas ela parecia reluzir, totalmente alheia ao que acontecia ao seu redor, olhando para o seu celular com os fios de seu rabo-de-cavalo caindo pelo seu rosto.

– Felicity Smoak? – chamou baixinho, tentando não assustá-la.

Mas ela se sobressaltou do mesmo jeito.

– Que susto! – exclamou, colocando a mão no peito. – O que faz aqui?

– Bom dia para você também Felicity! – sorriu. – Como você está? – perguntou com sarcasmo.

– Curiosa para saber o que você faz aqui e você? Procurando uma nova presa para atacar, aproveitando que a Laurel não está por perto? – levantou as sobrancelhas, sendo tão sarcástica quanto ele. – Eu sou uma péssima escolha. – comentou.

Uma risada alta saiu dos lábios dele.

– Belo mal humor. – levantou as sobrancelhas.

– Você parece estar saltitando com seu bom humor por ai. – franziu o cenho

– Aconteceu alguma coisa? – perguntou.

– Minha mãe. – fingiu dar de ombros, todavia, Oliver viu o brilho triste em seu olhar. – Mas, então, o que você quer? – insistiu, menos agressiva.

– Você ficou de me mandar uma mensagem, lembra? – ela levou a mão que não segurava o celular até a cabeça.

– Como eu sou burra! – negou com a cabeça. – Eu esqueci completamente Oliver. – confessou. – Eu vou fazer isso agora. – começou a mexer no celular.

– Você vai me enviar uma mensagem comigo ao seu lado? – franziu o cenho. – Isso que é gostar da minha presença.

O rosto de Felicity ficou vermelho, talvez ela estivesse sendo um pouco rude demais.

– Não é isso. – suspirou. – É que assim você não tem que anotar e tem o endereço e as datas, e é um arquivo pronto que eu tenho no office do celular. Da muito trabalho falar tudo isso. – riu – eu vou só copiar o conteúdo e enviar. – afirmou. – Dai você pode ler quantas vezes quiser, e não precisará me perguntar nada, não que vá me incomodar, pode perguntar de toda forma e eu estou tagarelando. – bateu a mão na própria cabeça novamente. – Eu tenho que parar com isso.

– Simples e prática. – murmurou sorridente, ignorando todo o resto que ela havia falado.

– Sempre que possível. – enviando as informações para o homem. – Prontinho, enviado. – o celular dele apitou.

– Você sabe que acabou de me mandar o seu número sem querer, não é? – ela levantou o rosto para poder encará-lo.

– Não faça com que eu me arrependa. – seus olhos demonstravam insatisfação. – De toda forma, vejo você sábado. – Oliver levantou as sobrancelhas.

– Sábado? – ela mordeu o lábio com força para não rir.

– Nós vamos nos ver muito nos próximos sábados Oliver, porque eu também sou professora. – admitiu. Um grande e deleitoso sorriso surgiu nos lábios dele. Gostara bastante da ideia de vê-la. – Mas esse sábado, especificamente, você vai participar do treinamento, então, te vejo as seis da manhã. – um sorriso sarcástico apareceu em seus lábios.

– O que? – perguntou aturdido. – Seis da manhã? – sua voz beirava ao desespero.

– Quer mudar de ideia?

Isso era um teste! Maldito teste!

– Não mesmo, estarei lá. – confirmou.

– Ótimo. –deu de ombros. – Seja pontual, o endereço está na mensagem. – e sem ao menos de despedir, voltou a fazer o seu caminho.

Oliver não iria desistir tão fácil, nem pensar. Mas seis da manhã era um absurdo. Suspirou pesadamente, ele faria mesmo assim, iria mostrar que era responsável o bastante.

(...)

A menina saiu do carro, sem saber realmente o que estava fazendo ali. Quando menos esperou, já estava estacionando o carro em frente à loja. Não acreditava que estava fazendo isso, nem ao menos sabia o porquê, só sabia que queria.

Seus passos foram vacilantes ao caminho da loja. Não tinha certeza se deveria...

– Boa noite senhorita. – um homem alto e franzino, com a farda da loja, saudou. – Em que posso ajudar? – perguntou, abrindo um largo sorriso. Ele tinha covinhas, ela notou.

– Eu queria um notebook novo. – confessou.

– Claro, por aqui. – ele a direcionou para o corredor certo.

Mostrou diversos tipos diferentes de notebooks. Alguns bem pequenos, netbooks, que ela descartou. Passou para alguns mais simples, porém de uso básico, que também foi recusado. Passaram cerca de 30 minutos observando e analisando até que ela o encontrou. Era de aparência simples, mas seus atributos maravilhosos. Possuía uma placa de vídeo muito boa e diversas outras coisas que ela só sabia o significado por causa das poucas aulas de arquitetura.

– Certeza que quer esse? – perguntou o vendedor. – Ele é um pouco caro.

– Dinheiro não é o problema. – sorriu abertamente.

– Tudo bem, já volto. – o homem caminhou até uma portinha vermelha no final do corredor.

Thea caminhou até os mouses, observando a diversidade deles, quando ouviu uma voz bem conhecida.

– Já pegamos tudo? – aquilo era Tommy?

– Claro, pode deixar que ele vai ficar novinho em folha. – seguido de uma voz feminina.

A menina arriscou levantar o olhar e encontrou Tommy Merlyn completamente sorridente, conversando com uma garota com, mais ou menos, a sua altura, um rosto delicado, roupas folgadas e um rabo de cavalo alto. Era uma garota bonita, teve que admitir, porém, não parecia o tipo de garota que normalmente ele saia.

– Então, pizza de novo? - Thea continuou olhando, e pode ver quando ele perguntou.

– Não posso. – ela parecia entristecida com isso. – Eu tenho umas coisas para fazer e minha carona vai sair as oito. – sorriu gentilmente.

– Eu posso te dar uma carona, se quiser. – ela negou com a cabeça.

– Acho que não vou fazer você ir até o Glades por minha causa, não não. – comentou.

– Eu vou por lá, mais tarde, de toda forma. – ela sabia que era errado ficar ouvindo a conversa alheia, mas não conseguia parar com isso.

– Não precisa, é sério. – sorriu docemente. – Vem, vamos pro caixa. – tocou o ombro do homem com delicadeza.

Quando Felicity virou para leva-lo até o caixa, Thea, para não ser pega no flagra, se jogou ao chão atrás da prateleira, enquanto sua mente fluía em uma velocidade fora do normal.

Tommy estava namorando! Porque ele não contou? Será que Oliver sabia? Não, ele a teria contado. Por que será que ele não contou para ninguém? Muitas perguntas, perguntas demais, e ela não sabia responde-las.

– A senhorita está bem? – a voz do rapaz a tirou do torpor.

– Estou... bem. – afirmou com o rosto avermelhado por ter sido pega jogada no chão e ficou de pé.

(...)

Sara e Felicity desceram do carro juntas e adentraram a boate ao mesmo tempo, apesar de serem exatamente oito horas da noite, o local estava lotado e todos os amigos de Felicity estavam sentados em uma mesa não muito longe.

– Eu vou avisar ao chefe que cheguei e vou atender vocês. – sorriu para a amiga e foi até o balcão, enquanto Felicity fazia seu caminho até a mesa.

– Boa noite. – saudou educadamente, recebendo todos os olhares para cima de si.

Suas bochechas instintivamente coraram.

Barry abriu a boca em um grande O, surpreso pela aparecia da garota. Todos os outros também estavam chocados, contudo, nenhum parecia tão abismado como Barry. Seus olhos brilharam, impressionados.

A mulher usava uma t-shirt branca com detalhes pretos, ensacada na calça alta de couro preta, que parecia fundir com a bota de cano curto também preta. Seus cabelos negros estavam presos em um rabo de cavalo alto e seu rosto estava muito bem maquiado, destacando seus olhos azuis vibrantes com uma sombra preta esfumada. Ela estava incrível.

– Você está... – começou Caitlin, mas foi interrompida.

– Perfeita. – sussurrou Barry, sorrindo.

– Obrigada. – murmurou, ainda mais corada.

– Senta aqui Felicinha! – pediu Barry, apontando para a cadeira entre ele e Barry, ela foi sem hesitar.

(...)

– Faz o que? – perguntou Tommy. – Dois anos que não saímos assim? – perguntou com as sobrancelhas levantadas. – Só eu e você, podendo fazer o que quiser e sem culpa depois. – o sorriso de Oliver aumentou.

– Para ser sincero, eu achei que eu ia acabar casando com a Laurel, mesmo sem querer. – confessou. – Ela estava me dando nos nervos.

– Vocês brigaram ou coisa assim? – perguntou mostrando a identidade e adentrando a boate.

– Não. – negou, seguindo o amigo e aumentando o tom de voz para poder ser ouvido. – Apenas fui lá e terminei, estava na hora de dar um fim a esse drama.

– E já está pensando em entrar em outro. – ironizou Tommy.

– Improvável. – riu. – A garota que eu estou interessado, tem namorada.

– Isso nunca foi um problema para você. – deu de ombros.

– Mas parece ser para ela, sem falar que eu acho que você não me escutou. – bufou, aproximando-se ainda mais do amigo. – Namorada Tommy, ela é gay.

– PUTA MERDA! – exclamou o homem. – Porra Oliver, bilhões de mulheres no mundo e você termina o seu namoro por uma lésbica?

– Não terminei por ela. – murmurou. – Terminei por mim. – Tommy demorou um pouco para entender pelo volume da música.

– Amigo, você precisa de uma bebida. – colocou o braço sobre o ombro do amigo. – Vamos lá. – apontou para o bar.

(...)

Sara apareceu sorridente, trocando um sorriso cumplice com Barry sem que ninguém notasse.

– Uma rodada de tequila para Barry e Felicity. – colocou os copos sobre a mesa e começou a entregar os outros.

Caitlin e Iris estavam discutindo sobre política, ou melhor, estavam quase começando a se bater porque tinham pensamentos completamente diferentes sobre o assunto e, bem, elas definitivamente se detestavam. Cisco conversava animadamente com Ronnie, ignorando a "briga" das garotas, eles conversavam um assunto muito comum em uma boate, bebidas, porém, era um tipo de conversa diferente, do tipo que fala sobre a parte química das bebidas.

Até aquele momento, Felicity encarava a pista de dança com os olhos desejosos. Barry esperava animadamente pela bebida, pois aquilo, em sua opinião, não era como ele queria comemorar seu estágio.

– Eu não pedi isso. – resmungou Felicity, piscando várias vezes em direção ao Barry.

– Eu pedi. – deu de ombros.

– Não vou beber isso. – comentou.

– Vai sim. – a mão de Barry tocou a sua levemente, os olhos verde-azulados brilharam de excitação. – Qual é Felicity, eu vi o seu olhar para pista de dança. – levantou as sobrancelhas. – Você precisa disso, vamos aproveitar a noite. – começou a sussurrar – Eu preciso disso. – seu olhar desviou rapidamente, em direção a Caitlin e Iris. – Por favor. – sob seu olhar suplicante, Felicity não teve coragem de negar.

(...)

Os olhos de Oliver vagavam pela pista de dança, atrás de alguém que chamasse a sua atenção. Tommy estava no bar, conversando com uma mulher com traços indianos, e estava claro que ele iria leva-la para a cama. Mas nenhuma garota chamava a sua atenção. Conversara rapidamente com duas ou três, nada interessante saia delas.

Até que seus olhos bateram nela. O rabo de cavalo batia em suas costas, a medida que ela rebolava e balançava o corpo. Ele não acreditava que Felicity Smoak estava ali. Um sorriso gostoso se abriu em seus lábios.

Uma mão tocou o ombro dela e um homem, que ele identificou como sendo o amigo do Cisco que ele não lembrava o nome, sussurrou algo em seu ouvido, antes de caminhar na direção, que ele julgou ser, do bar.

Então, ele não perdeu tempo, com um sorriso no rosto, caminhou em direção a garota, colocando as mãos sobre a cintura dela, mesmo sem querer, manteve uma pequena distância entre eles, já que ela era a namorada de Sara que também estava presente. Começou a seguir os movimentos da mulher, estranhando o fato de ela não ter protestado ainda.

Decidiu fazer um teste, aproximou o rosto de sua orelha e, roçando levemente os lábios no local, sussurrou:

– Você está divina essa noite.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Seguinte, primeiro, sobre os nomes do capítulo, foi algo um tanto empatado, então, quem não respondeu, peço, encarecidamente, que responda agora... Capítulos com nomes ou capítulo tipo Chapter X?
Segundo, alguém me pediu para colocar músicas, mas como são muitas estórias diferentes, é meio difícil, então, se vocês quiserem, eu posso colocar as músicas que eu escuto quando to escrevendo :D Querem???
Terceiro, eu demorei a postar porque eu estava obcecada por um livro chamado "Encontrada", então, perdoem-me.
Quarto, se você não leu Taking Care, pode pular isso aqui, mas, bem, é o seguinte... Eu to com um projeto de tipo uma continuação dessa fic, e queria saber se alguém leria... Alguém leria? :D
Quinto... Fantasmas, por favor, mostrem sua carne :X Obrigado a todos que comentaram pelos 100 reviews *---* Seja sinceros e beijooooos ;*