Wrong Love escrita por Rayssa


Capítulo 2
Chapter 2


Notas iniciais do capítulo

Parece que muita gente gostou :DDD Espero que continuem gostando, to morrendo de medo aqui!!!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/576603/chapter/2

Uma noite em claro nunca era agradável, agora ele entendia como a Caitlin se sentia. Já passava das sete da manhã e Barry não chegara nem a cochilar. Certo, ele não realmente tentara dormir, passara a noite terminando de zerar left 4 dead 2, e isso demorou bem mais do que ele esperava, pois seus pensamentos sempre mudavam de rumo para como a garota havia desligado o telefone.

Ela estava brava por algum motivo, e ele sabia que a culpa era dele.

– Barry? – era a doce voz de Iris o chamando.

– Estou acordado. – murmurou, virando-se em direção a melhor amiga.

E ela estava, como sempre, linda. Seus cabelos bagunçados deixam-na com um aspecto mais sensual ao seu rosto. A camisola branca de renda azul clara contrastava com sua pele morena, deixando-a divina, na opinião de Barry.

– Você está bem? – ela podia ver as duas bolsas roxas que já tomavam forma embaixo dos olhos do homem. – Não me diga que passou a noite jogando. – seu tom era de irritação, quando viu a tela do jogo ainda aberta no computador.

– Estive com insônia, acho que Felicity está brava comigo e eu não sei bem o porquê. – sussurrou a contragosto.

Se havia uma garota que Barry poderia se sentir realmente feliz, além de Iris, era Felicity. Na verdade, essas eram as melhores amigas que ele tinha. Não que ele e Caitlin não fossem próximo, eles eram, mas nunca tivera metade da intimidade que tinha com as outras duas. Não se sentia atraído pela Felicity, era como uma irmãzinha. Uma versão feminina e mais desajeitada dele.

– Por que não pergunta? – ele negou com a cabeça.

– Felicity é muito reservada em muitos aspectos, nos conhecemos a anos e eu não sei nem onde ela morava antes de vir para Starling, e ela sempre passa as férias lá. – cruzou os braços. – Não sei como agir quando ela está brava comigo, ela nunca ficou brava comigo. Com Cisco, várias vezes, mas, comigo, nunca. – Iris passou o braço pelos ombros do melhor amigo.

– Então, peça desculpas, Felicity é um amor de pessoa, nunca negara suas desculpas.

(...)

Sara não estranhou acordar primeiro que a colega de dormitório, apesar disso nunca ter acontecido antes, sabia como a mulher havia estado na noite anterior. Ela precisava de um descanso. Com pena da garota, acabou por decidi fazer café-da-manhã para ambas, elas sempre tomavam cereais com leite, contudo, decidiu fazer omeletes, deliciosas omeletes de queijo.

Havia feito café também. Seu café não era dos melhores, mas era digerível, em sua opinião. E era exatamente isso que estava fazendo, tomando seu café, quando uma voz chamou a sua atenção.

– Como estou? – a voz fez com que seus olhos saíssem da mesa e fosse para a garota.

O café foi cuspido longe.

– Você está... – a mulher não sabia bem qual palavra usar. Felicity está lindíssima, contudo, aquilo não tinha nada a ver com ela e estava super vulgar. – Onde você pretende usar isso? –perguntou curiosa.

– Hoje, na faculdade. – Sara precisou segurar a gargalhada que estava muito próxima de estourar.

– De ônibus? – ela precisava ter certeza.

– Sim.

Ela realmente tentou, mas a risada saiu mesmo assim, alta e clara.

– Felicity... – revirou os olhos. – três coisas que não combinam com essa roupa. Dia, faculdade e ônibus. – a mulher repousou a xícara sobre a mesa e caminhou até a garota. – Deixe-me te ajudar. – a garota assentiu.

As duas meninas seguiram até o quarto, lado a lado.

– Algumas regras básicas. Roupas curtas assim são vulgares, não femininas. Roupas coladas são para balada durante a noite que você vai de carona. – abriu o guarda-roupa de Felicity.

A outra mulher analisava sua aparência no espelho. Seu cabelo estava em um coque alta, havia um batom vermelho marcando seus lábios, um vestido, também vermelho, colado, marcando suas poucas e bem definidas curvas e completava com um par de saltos escuros. Estava bonita, mas entendia o que Sara queria dizer.

– Você tem razão. – riu de si mesma, jogando os sapatos longe. – Eu estou parecendo a minha mãe. – sussurrou, chamando a atenção da outra mulher.

– O que disse? - as bochechas de Felicity começaram a ficar escarlate.

– Que sou uma tragédia ambulante. – Sara revirou os olhos.

– Deixe de drama, vamos começar devagar, depois você começa a sair da sua zona de conforto, tudo bem? – a garota assentiu.

(...)

Ela chegara de viagem na segunda-feira, porém, só agora, na sexta, tinha sido liberada por sua mãe e seu pai para ir para a universidade. Era uma caloura e estava animada para começar. Por isso, decidiu começar o dia com o pé direito, tomando café-da-manhã com seus dois irmãos.

– Bom dia. – murmurou, sentando-se em frente a Tommy e Oliver.

– Bom dia irmãzinha. – sussurrou Oliver.

– Bom dia Thea. – sorriu amigavelmente. – Gostei do novo corte de cabelo.

Oliver era seu irmão de sangue, enquanto Tommy era seu irmão de consideração, haviam sido praticamente criados juntos, já que o pai do homem era um infeliz filho da mãe.

– Obrigada. – sorriu com sinceridade. – Então, como vão as coisas com Laurel? – perguntou sorridente. – Já pediu a sonífero em casamento?

Os dois garotos caíram na gargalhada. Thea nunca gostara de Laurel, talvez pelo fato de Sara não gostar da irmã, e ela ser bem próxima de Sara. De toda forma, Thea tinha aquele apelido bem especial para a mulher.

– Não, ainda não. – riu Oliver.

– Acho que falar da Dinah não é algo que interesse a você, não é mesmo? – a menina fingiu bocejar em menção ao nome. – Que tal nos contar um pouco sobre a viagem?

(...)

Felicity encarou a sua imagem no espelho, e gostou do que viu. Seu cabelo continuava preso em um coque alto e bagunçado controladamente, e seus óculos continuavam em seu rosto, contudo, sua roupa era completamente diferente. Usava uma calça jeans quase do seu tamanho, uma blusa vermelha de tecido fino e leve, tendo um leve decote V e sem mangas – que nunca usaria antes disso, continuava com seu habitual par de tênis, porque teria que ir trabalhar e, bem, era no Glades.

– Se eu disser que te amo, você não vai achar que eu to dando em cima de você, certo? – encarou Sara com seriedade. – Tipo, eu nunca conversei com nenhuma lésbica direito, então não sei como agir sem deixar as coisas estra... – sua voz foi diminuindo de tom quando percebeu o sorriso irônico e as sobrancelhas levantadas de Sara.

– Tipo agora? – piscou. – Mas, não se preocupe, você é fofa demais para que eu pense algo assim. – o sorriso de Sara se alargou. – E, só para deixar claro, eu não sou lésbica.

– Não vem com essa conversinha pra cima de mim... – disse, sentando-se a mesa, onde estava a omelete que ela se serviu animadamente. – Quando você e Nyssa entravam naquele quarto, eu ouvia os gemidos altos e clar... – a mulher bateu em sua própria cabeça. – Desculpe-me, eu tenho que aprender a calar a boca.

– Eu que peço desculpas, isso nunca deveria ter acontecido. – resmungou a mulher com as bochechas levemente avermelhadas. – Enfim, eu também gosto de homens. – riu.

Batidas na porta tiraram a atenção da conversa.

Felicity levantou-se rapidamente e foi até a porta, abrindo-a rapidamente.

– Desculpa? – Barry Allen estava do outro lado da porta. – Eu sei que pisei na bola e que não mereço as desculpas, porém, passei a noite inteira tentando entender o porquê de você ter ficado brava comigo, ainda não sei o que foi, mesmo assim... – respirou fundo - Desculpa? – Barry estava nervoso e isso fez um sorriso surgir nos lábios de Felicity.

– Eu não fiquei brava. – mentiu. – Eu estava ocupada com... – mentiu novamente. – Sara.

Uma risada alta saiu de dentro do dormitório. A garota virou o corpo em direção a loira que fingia mexer em seu celular, quando, na verdade, prestava total atenção na conversa. Felicity não entendeu que aquilo tinha soado um tanto estranho. Quando percebeu que essa não olharia, voltou em direção ao garoto.

– Você quer entrar? – sentiu suas bochechas avermelharem, Barry nunca estivera dentro de seu dormitório.

– Eu adoraria, mas a Iris está lá embaixo, esperando eu te oferecer carona até a faculdade. – sorriu timidamente.

– Eu...

– ELA VAI! – a voz de Sara sobrepôs a de Felicity, essa ficou ainda mais vermelha.

– Deixa só eu pegar minha mochila.

(...)

Caitlin dormia como um bebê sobre o seu notebook. Estava morta de cansada e, dessa vez, era tudo culpa de Cisco Ramon. Ela queria mata-lo. O que ele tinha na cabeça de liga-la as duas da manhã para fazer uma pergunta sobre química elementar? Ele nunca ouviu falar na internet?

Uma mão mexeu levemente o ombro da mulher, na tentativa fracassada de acordá-la.

– Caitlin... – mas aquela voz era o suficiente.

A mulher foi levantando devagar, abrindo os olhos e encontrando um Ronnie Raymond sorridente a sua frente. E ele estava lindo, em sua opinião, os cabelos bem arrumados e os olhos brilhantes de sempre.

– Oi... – piscou algumas vezes, para ter certeza de que não sonhava.

– Você adormeceu, achei que fosse melhor te acordar. – piscou rapidamente e saiu.

Caitlin demorou alguns segundos para voltar a se mover. Aquilo era tão estupido. Ela já era uma mulher adulta, não podia ficar agindo como uma adolescente que não consegue ter uma conversa séria pelo homem ser muito bonito.

Levantou-se a contragosto e saiu da sala.

(...)

As mãos desceram pelos quadris da mulher, puxando seu corpo para mais perto, ao mesmo tempo que beijos eram distribuídos em seu pescoço, descendo, lentamente, até a pele sensível de seu colo.

Sara não sentia nada.

Ela já estava apelando. Ele era um homem fudidamente gostoso e ainda era de fraternidade. Mais da metade da universidade sonharia em estar no lugar dela. E tudo o que ela sentia era desconforto. Precisava parar com aquilo.

– Ivo... – chamou.

– Hummm... – o homem murmurou, parando de beijar o pescoço dela.

– Não vai rolar. – afastou-o rapidamente e saiu da sala do zelador rapidamente.

Droga. Isso era tão frustrante. Por que ela não conseguia sentir mais nada? Não havia desejo algum. Tudo o que queria era ir para casa, tomar um banho e esquecer de tudo isso.

Suas ideias foram frustradas quando Laurel Lance dobrou o corredor.

– Sara! – chamou animadamente.

Puta merda!

– Meu nome. – a mulher não sorriu, elas nunca se deram nada bem.

– Então, mamãe e papai estão na cidade para a gente ir jantar juntas amanhã, em comemoração ao seu aniversário. – Laurel parecia empolgada.

Claro que ela está empolgada para jogar na cara dos nossos pais que é melhor que eu em tudo.

– É, eu sei. – sorriu sem mostrar os dentes.

Foi então que teve uma ideia brilhante, mas antes, precisava passar na biblioteca.

– Eu preciso ir. – não esperou resposta da irmã, apenas saiu quase correndo dali.

(...)

Thea estava atrasada. Tinha aula de Arquitetura Básica de Computadores, não sabia ao certo porque tinha escolhido pagar essa matéria, não sabia o que queria fazer da vida, na verdade. Seus passos eram rápidos e firmes, como sempre foram.

Quando adentrou a sala, sentiu um grande arrependimento de ter escolhido essa matéria quando notou que era a única mulher na turma. Isso só significava que ela seria o "mascote" da turma.

– Temos uma gatinha na sala. – uma voz masculina brincou.

– Se eu fosse você, não mexia com ela. – outra voz falou. – Ela é uma Queen. – quando essas palavras foram faladas, toda a sala ficou em silêncio e todos os olhares viraram em sua direção.

Suas bochechas queimavam enquanto ela subia a escada até encontrar uma cadeira vaga. E, para sua sorte ou azar, era exatamente do lado de um homem parecia um modelo da Abercrombie.

– Espero que seja durona. – murmurou o Abercrombie. – Duas garotas saíram dessa sala por causa dos idiotas. – Thea suspirou pesadamente.

– Fui criada com imbecis, talvez eu saiba lidar com esses. – sorriu gentilmente, abrindo o seu computador e colocando o livro ao lado.

Logo o professor adentrou a sala e começou a explicar várias coisas. Thea fez várias anotações, contudo, era muito confuso. Talvez por já ter perdido três aulas daquela matéria. As perguntas que faziam, ela anotava juntamente com a resposta que o professor dava. Queria anotar o máximo de coisas possíveis para não se perder.

A aula passou rápido e logo já era hora de sair. Foi quando lembro que ela era a única pessoa que tinha perdido várias aulas.

– Ei, Abercrombie. – brincou.

– Oh não, já basta a Sin, você também? – fingiu indignação.

– Você tem as anotações das aulas passadas? – o garoto assentiu.

– Tenho sim, mas acho que a nobre princesa não vai querer digitar tudo, não é? – apontou para o próprio caderno.

– Não teria como me passar por e-mail? – franziu o cenho.

– Se quiser as anotações, vai ter que pegar do caderno, não tenho nada no notebook, porque eu não tenho notebook. – levantou uma sobrancelha. – Vai querer? – apesar de surpresa, decidiu aceitar.

– Claro, por que não? – sorriu gentilmente.

– Pode me devolver segunda. – colocou o caderno sobre a mesa de Thea e começou a sair.

– Abercrombie. – chamou, quando esse estava chegando à escada.

– Oi? – ele virou em sua direção, um sorriso amigável estava ali.

– Qual é mesmo o seu nome? – perguntou curiosa.

– Abercrombie não é, e você também não perguntou. – deu de ombros. – Roy Harper e qual o seu, alteza? – sua voz era cheia de sarcasmo. – Opa, eu já sei. Thea Queen. Todos sabem. – apesar de se sentir levemente atacada, Thea ignorou.

– Obrigada pelas anotações Roy. – sorriu amavelmente antes de começar a recolher o material.

(...)

Tommy e Oliver haviam acabado de correr juntos e mereciam um bom café, os dois adentraram ao café com sorrisos cansados. Oliver mexia em seu celular, conversando com a namorada sobre o jantar de aniversário de Sara, por esse motivo, Tommy levou o notebook, tinha algumas coisas para resolver ali.

– Desejam alguma coisa? – a voz de Iris era educada, como sempre.

– Eu desejo um delicioso cappuccino com canela extra e chantilly. – informou Oliver, dando uma bela olhada para a bunda da mulher que anotava o pedido.

– Eu vou querer um milk-shake de baunilha com morango e um daqueles biscoitinhos cor –de-rosa. – anunciou Tommy.

Quando a mulher finalmente levantou o olhar, seu coração quase parou de bater. ELA ESTAVA ATENDENDO OLIVER QUEEN! O grande multimilionário mais gostoso de Starling City. Sentiu seu coração acelerar loucamente.

Praticamente correu até a parte de trás do balcão.

– Iris! – a voz de Carly a assustou. – Podemos conversar? – a mulher suspirou pesadamente, sabia que se tratava sobre a reclamação que um cliente havia feito sobre seu pedido ter chegado errado.

– Só um minuto. – pediu - Felicity... – chamou a mulher que estava pronta para entregar o pedido na mesa quatro. – Você pode ficar com a mesa 8? – Felicity não precisou de nenhuma explicação, apenas assentiu e continuou seu caminho.

– Hey Dig. – disse colocando a grande fatia de torta e o copo de suco de laranja em frente ao grande e musculoso homem. – Como vão as coisas? – perguntou sorridente.

– Estou ótimo. – ele sorriu de volta. – Como foram as férias?

– Foi ótimo passar um tempo com minha mãe. – admitiu, um brilho triste passou pelo seus olhos. Brilho esse que não passou despercebido por John, porém, ele sabia que não era o lugar certo para conversar. – Você ainda está de férias? Não o vi pela universidade. – perguntou.

– Por trabalhar mais, ganhei uma semana a mais de férias. Lyla ficou feliz com isso. – um grande sorriso surgiu nos lábios dela, escondendo qualquer indicio de tristeza.

– A propósito, tenho um presente para você e para ela no meu dormitório. – fingiu dar de ombros. – Segunda eu te entrego. – ele já negava com a cabeça.

– Felicity! – bufou. – Você não pode ficar gastan... – antes que ele terminasse de falar, ela o interrompeu.

– Oh! – exclamou. – Veja só quantos clientes, tenho que trabalhar. – piscou e saiu de lá rapidinha, deixando um Diggle com um sorriso orgulhoso.

Oliver estava ainda mais compenetrado no seu celular. Laurel estava, mais uma vez, tocando no assunto deles irem morar juntos ou casarem. Estavam no meio de uma briga, quando o celular dele começou a tocar. E era ela.

– Eu tenho que atender. – mostrou o visor para o amigo e saiu quase correndo para fora do local.

Tommy estava lutando para abrir o navegador de internet e isso estava sendo impossível.

Felicity aproximou-se, colocando as coisas sobre a mesa, contudo, ao ver a expressão de Tommy a olhar para o computador, sabia que tinha algo muito errado ali. Não queria se meter, mas não resistiria.

– Não querendo me meta, mas já me metendo, tem algum problema? – perguntou sorridente.

– Meu navegador não abre. – sua voz saiu em um suspiro.

– Oh, já olhou se tem algum processo aberto? – perguntou, curiosa.

– O que? – perguntou ainda sem olhá-la e seu sorriso se abriu ainda mais.

– Deixe-me te ajudar. – a mulher caminhou para trás do homem.

Alguns clicks depois, o navegador já estava aberto.

– Como você... – quando os olhos de Tommy bateram sobre a mulher, seu sorriso se abriu ainda mais. – Felicity. – suspirou.

– Tommy. – ficou surpresa por ele lembrar seu nome, era estranho.

– Você é boa com computadores? – ela assentiu.

– Precisando, é só falar. – admitiu.

– Como consigo contatá-la? – isso a surpreendeu ainda mais. Aquele era Tommy Merlyn, um dos caras mais ricos da cidade.

A mulher se abaixou e escreveu o número sobre o guardanapo.

– Só ligar. – e depois saiu, tinha outras mesas para atender.

Quando Oliver voltou, notou que havia um sorriso estupido nos lábios do amigo.

– Interessado na garçonete? – sua voz era sarcástica.

– Quase isso. – murmurou Tommy. A resposta correta seria fascinado.

(...)

Caitlin estava deitada em sua cama, cochilando quando o seu telefone começou a tocar. Mas que merda era essa? Toda vida que ela ia dormia, alguém iria incomodá-la?

– Alô? – sua voz era grogue.

– Aqui é o Barry. – a voz do homem era agitada. – O videogame que Cisco ganhou chegou, eu e a Felicity vamos passar a noite lá, jogando. Você vem? – e ele era um dos momentos em que Caitlin entendia menos ainda o tipo de relacionamento que tinha com o Barry..

– Não, não. – negou. – Vou viajar para Central City amanhã, lembra? Visitar o Star Labs? – Barry tinha esquecido completamente.

– Você pode fazer os dois. – insistiu. – Não vai ser o mesmo sem os seus gritos toda vez que o carro sai da pista. Vamos! – um suspiro pesado saiu dos lábios dele.

– Não dá. Eu preciso realmente dormir, e não vou conseguir com vocês três gritando.

– Tudo bem. – a voz de Barry era decepcionada. – Outro dia, então?

– Outro dia.

Caitlin desligou o telefone e decidiu comer alguma coisa.

– Boa noite Caitlin. – murmurou Webb, enquanto lia alguma coisa. – Quer pedir pizza?

Os olhos da mulher foram em direção a outra. Fiona Webb era uma mulher muito bonita. Tinha longos cabelos ruivos, com belíssimos olhos verdes que demonstravam uma grande quantidade de emoções apenas olhando normalmente para o livro.

– Claro. – estava mesmo com fome.

Porém, mais uma vez, chegara a mesma conclusão.

Fiona Webb era louca.

(...)

Quando Oliver adentrou ao dormitório, o som do jogo era alto, assim como a risada deles. Haviam três cabeças, duas masculinas e uma feminina, em frente a um jogo de corrida, que ele identificou como Crash, e parecia que a mulher estava vencendo.

– ARRASEI! – exclamou a mulher, provando a teoria de Oliver.

A voz mexeu com o seu cérebro, trazendo as lembranças da noite anterior. Aquela era a mesma menina? Seu rosto virou em direção aos três, podendo ver cada rosto. Não, não podia ser a mesma pessoa.

Essa menina era muito mais bonita, seus cabelos negros e longos estavam soltos, contrastando com os olhos azuis e deixando a perfeição da pele da mulher a mostra, apesar de dar um ar meio sombrio a mulher. Ela usava um short jeans e a blusa de Sara, ele conhecia aquela blusa. E estava incrivelmente linda

Ele estava errado sobre ela não ser feminina.

– Oliver. – a voz de Cisco o tirou de seus devaneios. – Não sei se você lembra do Barry e da Felicity, lembra? – o homem negou com a cabeça.

– Então seu nome é Felicity... – um sorriso torto estava em seus lábios, um tanto provocador.

– Isso mesmo, seu irmão mais novo. – sua voz fora um pouco ácida, deixando o homem ainda mais interessado e desafiado.

Os outros garotos encaravam a cena sem entender nada.

– Ok, eu mereci. – fingiu render-se. – Qual o jogo? – perguntou, mesmo já sabendo a resposta.

– Algo que você iria perder pra mim de todo jeito. – deu de ombros, voltando a sua postura antiga. A cada segundo Cisco e Barry ficavam mais chocado.

– Se importa de eu jogar também Cisco? – perguntou, tinha algo nessa garota que estava desafiando cada célula de seu corpo. – Tenho que dar uma lição em meu irmão mais novo.

– Sem problemas, senta ai cara.

(...)

Oliver já tinha jogado 18 partidas de Crash, 8 de Mario Kart e até mesmo tinha começado a jogar Fusion Frenzy, ficou em último em todas as partidas.

– Tudo bem, eu desisto. – bocejou. – Meu irmão mais novo é um gênio do mundo dos jogos. – resmungou.

– É até injusto jogar contra ela. – resmungou Barry, passando o braço sobre os ombros de Felicity, depositando um beijo na bochecha dela, fazendo seu rosto ficar vermelho.

Eles eram namorados?

– Por que irmão mais novo? – perguntou Barry.

– Longa história. – os olhos azuis de Felicity estavam tão focados nos olhos de Oliver que ele não ousou virar ou falar algo que a contradissesse. Oliver supôs que ela não queria que Cisco ou Barry descobrissem sobre tudo. – Foi ontem, quando eu estava ajudando Sara no bar, apenas. – e como se fosse o timing perfeito, o celular dela começou a tocar.

Ela se levantou para atender com mais privacidade.

– Sara? Algum problema? – perguntou surpresa.

– Você tá afim de ir no meu jantar de aniversário com a minha família amanhã?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Com relação a aparência da Felicity, eu não quis fazer uma mudança drástica ainda, porque a Fel tem uma personalidade forte, e isso significaria que ela se incomoda muito com a opinião de Oliver, maaaaaaaas, próximo capítulo eu prometo uma Felicity BEEEEEM mais arrumada que essa. :DDDD
Mas então, gostaram???
Beijooooos ;***



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Wrong Love" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.