Wrong Love escrita por Rayssa


Capítulo 15
Chapter 15


Notas iniciais do capítulo

Quase que não dava tempo D: Espero que gostem!!!!



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– Tem certeza de que quer ficar no seu dormitório? – perguntou Ronnie pela terceira vez naquela noite.

– Eu tenho. – afirmou a namorada irritada. – E essa é a terceira vez que eu digo isso. – cruzou os braços, sentindo o rosto ficar vermelho.

O silêncio reinara na maior parte da viagem, desde que Ronnie havia reclamado do modo como Caitlin e Barry haviam agido durante o boliche, a mulher decidira que iria dormir em seu dormitório e ele estava tentando convence-la do contrário. Quando entraram no carro, houveram os primeiros gritos. Após deixar bem claro o que queria, Caitlin fez quase uma greve de silêncio.

– Vai continuar chateada como uma garotinha de três anos? – perguntou Ronnie ainda mais irritado.

– Sim. – sua voz saiu entediada.

– Ah, fala sério Cait... – ele virou o olhar para a namorada.

– Olha para frente. – resmungou. – Estou falando sério. Eu suporto todos os seus amigos, você não consegue passar uma noite com os meus sem reclamar? – fechou os olhos com força.

– Eu gosto dos seus amigos. – informou irritado. – Barry é o meu problema. Existe algo entre vocês que ameaça o nosso relacionamento. – ele praticamente grunhiu as palavras.

Enquanto falava, foi estacionando o carro em frente ao grande prédio em que Caitlin iria ficar. Apesar de tentar ser frio, Ronnie podia sentir algo dentro de si querendo quebrar, ele realmente gostava de Caitlin, ele a amava. E saber que tudo estava indo por água a baixo por um comentário estupido, estava levando embora toda a sua racionalidade.

– Não é o Barry que está ameaçando a nossa relação. – ela desafivelou o cinto rapidamente. – É você Ronnie! – exclamou, seus olhos focados em um desenho que haviam feito na placa do prédio. – Esse ciúme é sem fundamento, eu e o Bar somos amigos de infância e nunca rolou nada, nem vai rolar. – ela estava tentando manter a calma, odiava ficar fora de si.

– Não é assim! – a voz do homem estava um tanto mais alta. – Cait, vocês não são mais aqueles garotinhos! O sentimento pode ter mudado, eu não sei, mas sei... – ele foi interrompido.

– Exatamente, você não sabe! – sua voz soou aguda. – Porque você não é o Barry! Você não sabe o que passa na cabeça dele, ou na minha! Não existe nada, absolutamente nada. – bufou.

Ronnie não queria dizer as palavras que estavam por vir, sua cabeça estava pesada e sua mente não estava funcionando do jeito que deveria. Ele não compreendeu o que saia dos próprios lábios.

– Acho que preciso de um tempo. – afirmou. – Preciso pensar se esse relacionamento vale a pena. – sua voz era magoada, seus olhos demonstravam o quão incompreendido ele se sentia.

Isso não abalou a mulher, na verdade, acalmou-a. Toda a ira e descontrole se dissipou, deixando apenas uma certeza.

– Você tem todo o tempo do mundo. – sua voz soou fria, áspera e contida, deixando o homem perplexo. – Não vou ficar me irritando por causa de alguém que não se importa com a minha felicidade. – continuou. – Por isso, acaba aqui mesmo. Obrigada pela a carona e nós conversamos sobre uma possível amizade depois que você voltar da visita aos seus pais. – enquanto falava, abriu a porta. – Tenha uma boa noite.

Caitlin saiu do carro e fechou a porta sem força, começou o seu caminho sem se deixar abalar, porém, sentiu a sensação de perda imediatamente. Não gostou, mas estava certa sobre a sua decisão.

Ronnie, por outro lado, estava paralisado. Demorou quase quinze minutos para dar a partida no carro. Ele sabia que ela poderia ser fria, contudo, não esperava tamanha indiferença. Estava ele realmente errado?

(...)

– Velhos hábitos demoram as nos deixar, não é mesmo Oliver? – a mulher colocou o cigarro em seus lábios e deu uma longa tragada.

– Eu não sabia que você estava na cidade até hoje. – afirmou o homem que acabara de sair do chuveiro.

– Sério? – a mulher pareceu realmente surpresa. – Não te culpo, não estou querendo ser vista pela mídia. Papai e eu não somos a melhor família do mundo. – prendeu o cigarro entre os lábios e começou a desabotoar a camisa do homem.

– Por que isso? – Oliver jogou a toalha sobre a cama e pegou a cueca que estava jogada sobre o carpete.

– Acho que vai precisar disso. – ela estava completamente nua, segurando o cigarro em uma das mãos e estendendo a camisa. – Temos interesses profissionais completamente diferentes. – voltou a colocar o cigarro entre os lábios, tragando-o mais uma vez.

Oliver puxou a camisa da mão da mulher e a vestiu com destreza, abotoando-a logo em seguida. Eles se conheciam a muito tempo.

– Ele concorda com o tipo de vida que você leva? – perguntou curioso, seus olhos passando novamente pelo corpo dela.

A mulher virou o rosto para soprar a fumaça.

– Ele não faz ideia do tipo de vida que eu levo. – voltou a colocar o cigarro entre os lábios e caminhou até seu guarda-roupa. – Não nos falamos a dois anos. – comentou ainda com o cigarro em seus lábios.

Oliver já estava devidamente vestido e pronto para ir embora, todavia, ao invés de caminhar até a porta, se jogou na cama da mulher.

– Tudo por interesses profissionais? – levantou as sobrancelhas.

– Claro que não. – resmungou Helena. – Mas eu fui deserdada de toda a forma, de nada adiantaria tentar ser a boa filha. – revirou os olhos, puxou uma peça de roupa do seu armário. – Eu ficaria muito séria com esse vestido? Preciso visitar o pai da Sara no hospital. – era um vestido de comprimento médio e mangas ¾ de cor cinza.

– Provavelmente. – afirmou o homem. – Espera ai! – levantou as mãos, analisando a conversa. – Você e a Sara são amigas? E o que aconteceu com o detetive Lance? – a mulher colocou o vestido de volta no lugar e levou o cigarro até o cinzeiro.

– Quentin teve um infarto, ela me enviou uma mensagem. – deu de ombros. – Você estava no banho, por isso não te avisei. – Helena mordeu o lábio com força, tentando não demonstrar o que realmente estava sentido. – Não somos amigas, na verdade, existe uma química entre nós, sei lá, parece interessante.

– Você está saindo com a Sara? – perguntou surpreso. – Eu não acredito que acabei de fuder com a namorada da minha ex-cunhada. – Helena bufou.

– Eu não estou saindo com a Sara. Eu não sou gay. – mais uma vez fez o seu caminho até o guarda-roupa, procurando algo que dizia "Estou preocupada, mas isso não é um velório".

– Por isso que vai visitar o pai dela a essa hora da madrugada? – perguntou curioso.

– Acho que você deveria ir cuidar da sua vida. – cruzou os braços, trazendo o olhar de Oliver para os seus seios. Ela se sentia tão à vontade, que nem mesmo ele parecia notar que ela não usava nada. – E ir para casa, você precisa dormir.

– Você tem razão. – um sorriso convencido surgiu nos lábios da mulher.

– Antes de ficar todo irritadinho pelo Tomzinho estar com a "sua garota" – fez aspas no ar. – Lembre-se que você ficou, fica e sempre ficará, com todo o resto. – a mulher deu uma piscada e caminhou até o banheiro.

Helena havia sido a escolha certa para extravasar.

(...)

Felicity repassou todas as informações do dia anterior. Havia tanto para lembrar. A conversa com Oliver, a ligação de Lawton, o boliche, a proposta de Cisco, Tommy a beijando... A lembrança do beijo veio seguida com uma longa declaração de amor... Para a Laurel. Ele havia dito que não podia mais perder nada para Oliver, ele já havia perdido o grande amor de sua vida, Dinah Laurel Lance e em seguida, vomitou tudo em cima da mulher.

Seu celular apitou, o que a obrigou a levantar.

Era uma simples mensagem.

Floyd Lawton;

"A passagem foi comprada, está no seu nome e é para as oito da noite. Quer que eu te pegue?"

Ela digitou apenas um "Eu pego um táxi, obrigada." E foi em direção ao quarto de Tommy, ele deveria estar com uma puta ressaca.

Quando adentrou o quarto, o homem estava com o travesseiro sobre o rosto e o corpo todo coberto pelo fofo edredom. Sem delongas, ela encostou a porta e sentou-se ao lado dele, puxando levemente o travesseiro.

– Seu celular tocou a noite toda. – afirmou em um tom suave. – Era a Laurel. – completou em mesmo tom.

– Em uma escala de zero a dez, o quão ruim eu estava ontem? – perguntou temeroso.

– 8,5... – sua voz tinha um tom de brincadeira. – Sendo bem positiva. – sorriu abertamente agora. – Como você está? – ele franziu o nariz.

– Com a pior ressaca da era. – murmurou. – Preciso de um café quente.

– E de um banho, depois precisa ligar para a Laurel. – afirmou.

– Para saber que ela voltou com o Ollie? Não, obrigado. – ela revirou os olhos.

– Ela precisa de você, o Quentin teve um infarto. – sua voz mantinha o mesmo tom suave, porém, dessa vez soou um pouco afetado.

– O QUE? – praticamente berrou e se arrependeu no mesmo instante. – Vou tomar banho. – ele ia levantar rápida, mas Felicity o parou.

– Devagar Tommy ou você vai ficar pior. – riu pelo nariz e voltou a ficar de pé. – Meu café não é dos melhores, mas vou preparar algo. – afagou o rosto do amigo e levantou.

Felicity abriu a porta no exato momento em que começaram a bater à porta do apartamento. Imediatamente, lançou um olhar para o homem que estava levantando.

– Quer que eu abra? – perguntou, Tommy apenas assentiu, suas feições eram torturadas.

Sem delongas, Felicity caminhou até a porta, respirou fundo e abriu a porta. Não sabia bem quem esperar, não conhecia quase nenhum amigo de Tommy. Porém, não se deu ao trabalho de pensar muito sobre isso.

– Felicity? – uma voz conhecida chamou a sua atenção, contudo, teve dificuldade em reconhecer o rosto a sua frente.

– Meus óculos. – resmungou.

A mulher deu um passo à frente, entrando em foco nos olhos semiabertos da outra mulher. Felicity finalmente reconheceu o rosto surpreso e confuso de Laurel Lance.

– Ah, Laurel. – sorriu gentilmente. – Sinto muito pelo senhor Lance, como ele está? – perguntou em um tom baixo e educado. – Quer entrar? – rapidamente saiu do caminho, deixando que ela entrasse.

Assim que a Laurel atravessou a porta, ela a fechou e praticamente correu na direção dos seus óculos que estavam no centro da sala.

– Onde está o Tommy? – os olhos de Laurel estavam no ambiente vazio e limpo da sala.

Felicity havia tido um trabalho de cão após deitar o amigo bêbado. Procurou e colocou todas as bebidas de volta na adega, depois jogou fora algumas caixas de pizza e de fast foods. Estava tão cansada que decidiu aceitar a proposta que Tommy havia feito antes, quando estava quase vomitando em sua roupa.

– Ele está tomando banho. – disse enquanto se dirigia a cozinha.

Só então percebeu o que aquilo aparentaria para Laurel. Olhou para suas roupas, ou melhor, a camisa do amigo e os pés descalços.

Felicity virou em direção a mulher que a encarava com um certo choque, estendeu as mãos – como se pedisse que ela parasse -.

– Não, não, não! – exclamou. – Não estou dormindo com o Tommy. – avisou. – Ele vomitou em mim, antes que você pense algo errado. – apontou para suas roupas. – E o banho é por causa da ressaca que ele teve, estava indo visitar o Lance, sabe? – mordeu o lábio com força, antes de voltar a falar. – E eu só dormir aqui por estar cansada demais para voltar dirigindo para casa. – terminou.

– Ele está melhor. – sussurrou Laurel. – Eu ainda estou meio em choque, então... – suspirou pesadamente.

– Sente-se, fique à vontade. – afirmou a mulher. – Não que a casa seja minha, mas tenho certeza que ele não se incomoda. – deu de ombros. – Vou fazer café, você quer? – Laurel assentiu brevemente.

Enquanto Felicity se dirigia para a cozinha, Laurel sentou-se no sofá e respirou fundo, absorvendo o que havia acontecido com o seu pai, a conversa que tivera com Oliver. As coisas estavam muito complicadas nesses últimos dias.

Logo que descobriu que havia uma cafeteira, a mulher colocou tudo o que precisava na máquina e a deixou rodar, voltando para a sala. Sua curiosidade implorando para perguntar sobre a conversa com Oliver Queen.

Para sua surpresa, encontrou uma Dinah encolhida e chorosa sobre o sofá. Por alguns segundos, não soube exatamente o que fazer, então, lembrou-se que sabia exatamente o medo que a outra mulher sentia naquele momento.

– Ele vai ficar bem. – informou, recebendo um olhar assustado. – Eu sei qual a sensação de quase perder um pai, no meu caso é a mãe. – sentou-se ao lado de Laurel e colocou a mão sobre a dela. – Vai ter que mudar de alimentação e fazer mais exercícios físicos. – afagou a mão da mulher. – Mas isso não é o bastante para derrotar um Lance. – sorriu, sabia que isso era exatamente o que sua mãe disse para si, só que ela trocou pelo Smoak.

Elas trocaram um olhar cheio de mutualidade, reciprocidade e cumplicidade.

– Obrigada Felicity. – um sorriso tímido surgia nos lábios da mais velha.

– Não por isso. – sorriu de volta, sentindo, pela primeira vez, uma sensação completamente diferente com relação a Laurel. Então um som de alarme as tirou do transe. – Ah, o café está pronto.

(...)

Quando Helena voltou ao hospital, encontrou Sara encolhida em uma poltrona, seus olhos fechados e sua respiração lenta, dormindo como um anjo. A mulher abaixou-se e – colocando o copo de café e a sacola no chão – afagou o rosto da mulher.

– Você deveria ir para casa. – afirmou em um tom gentil, quando os olhos azuis se abriram. – Está cansada. – sussurrou baixinho.

– Estou bem. – sua voz era apática.

Quando se movimentou para ficar com a postura ereta, Sara pode sentir seus músculos doerem, não só pela posição desconfortável, como pelo cansaço. Não havia dormido absolutamente nada e estava em pânico com a possibilidade de perder o seu pai.

– Eu trouxe café e croissant, foi tudo que encontrei para vender a essa hora. – Helena estendeu o copo e a sacola para a "amiga".

– Que horas são? - Sara coçou os olhos, borrando ainda mais a sua maquiagem da noite anterior, antes de pegar o que era oferecido.

– Dez e... – ela olhou rapidamente no relógio para conferir. – quarenta e sete. – os olhos azuis se arregalaram.

– Já? – a voz da mulher tremeu, a ideia de seu pai ainda não ter acordado, piorou o seu estado emocional.

– Ele vai ficar bem Sara. – a voz de Helena era tão convicta, que a mulher deixou uma sensação de proteção a invadir.

– Obrigada. – um sussurro baixo e sincero saiu dos lábios de Sara. – Você está sendo incrível. – comentou, antes de tomar um gole longo de seu café.

– Estou aqui para ajudar. – aquela frase saiu tantas vezes dos lábios de Helena, todavia nunca havia soado tão sincero.

O sorriso triste nos lábios de Sara, juntamente com a bagunça que a mulher se encontrava, aqueceram o frio e duro coração da mulher que havia sofrido tanto, por tantos anos. Sara, mesmo naquele estado, parecia um anjo e os olhos de Helena não conseguiam desgrudar daquela inocência que estava começando a se quebrar.

(...)

Durante todo o almoço, ela observou o irmão distante, pensando em coisas que ela nunca poderia imaginar. Aquilo a incomodou, ver aqueles olhos alegres tão... Mortos. Após terminarem de comer, Thea recolheu os pratos e começou a caminhar até a lava-louças.

– Você estava cerca. – um murmurou triste tomou conta do ambiente. – Tommy está namorando. – aquelas palavras não poderiam ser mais amargas.

Após colocar a louça na máquina e liga-la, Thea voltou para a sua cadeira e encarou, novamente, os olhos tristes de seu irmão mais velho. Não sabia como reagir aquela situação, nunca o virá tão triste.

– Ele te contou? – perguntou curiosa.

Oliver passou a mexer no seu celular, procurando uma imagem especifica.

– Eu os vi. – sussurrou ao encontrar o que queria e mostrou o celular a irmã. – É essa aqui, não é?

Os olhos de Thea encararam o celular, sem entender porque o irmão poderia ter uma foto dela em seu celular. Percebeu que era uma selfie, Oliver sorrindo feito um bobão, enquanto uma mulher fazia uma careta, como se não esperasse por aquilo.

A mulher era a garota que ela havia visto com Tommy.

– Você a conhece? – perguntou surpresa.

– O nome dela é Felicity e eu estava interessado nela. – murmurou tristemente. – Eu comentei com o Tommy e ele fingiu não ter nada com ela.

Só pelo tom de voz, Thea soube que ele estava muito mais do que apenas interessado em Felicity. Ela não lembrara qual foi a última vez que vira ela tão "apaixonado". Isso fez uma raiva surgi em seu peito.

– Você pode me enviar essa foto? – pediu gentilmente.

– Por que você iria querer? – ela deu de ombros.

– Quero ter certeza de que é ela, estou um pouco inserta. – mentiu.

Apesar de saber que aquilo era uma mentira descarada, Oliver estava muito chateado para se importar com os problemas de Thea, então, enviou a foto. Porra, ele estava gostando da namorada de seu melhor ami... Ele começou a fazer alguns cálculos rápidos, percebendo algo completamente chocante.

Tommy e Felicity já estavam juntos quando ela ainda namorava Sara. E ela ficava dando todos aqueles sermões hipócritas. Uma ira começou a queimar em seu coração. Ele não podia gostar de alguém que não conhecia.

Não sabia nada sobre a família de Felicity, de onde ela vinha, seus antigos namorados... Apesar de saber muito sobre a mulher em si, conhecia a Moralista Felicity, e não aquela hipócrita. Ele não a conhecia.

– Thea. – praticamente grunhiu. – Eu preciso ir. – recolheu as coisas que estavam sobre a mesa e ficou de pé.

– Já? O Roy ainda nem chegou. – apesar de dizer isso, não se incomodou em insistir, sabia que seu irmão precisava de um tempo para si mesmo.

– Preciso pensar. – passou o braço pelos ombros da irmã e beijou o topo de sua cabeça.

– Até mais. – despediu-se.

Quando Oliver fechou a porta, Thea pegou o celular e se jogou no sofá, encarando a foto que havia sido enviada. Ela parecia uma mulher tão gentil e diferente, não do tipo que magoaria o seu irmão.

Não soube quanto tempo ficou encarando aquela imagem, porém, estava tão entorpecida que acabou por não notar quando seu namorado adentrou ao apartamento e sentou-se no braço do sofá.

– O que você está fazendo? – a voz de Roy fez a menina jogar o celular longe, como se aquilo estivesse pegando fogo e quase se cair para o lado do sofá, de tão grande que foi o susto.

– Jesus! – exclamou. – Você quer me matar? – colocou a mão no coração.

– Claro que não. – riu o namorado. – Achei que você havia me notado. – ele inclinou o corpo para selar os lábios da namorada. – Boa tarde.

– Boa tarde. – sussurrou de volta. – Você pega para mim? – apontou para o celular jogado.

– Já está me explorando? – levantou as sobrancelhas, contudo, fez o que a namorada pedia.

Ao pegar o aparelho, a imagem de Felicity chamou a sua atenção. Ele levantou as sobrancelhas, completamente chocado. Ela conhecia o irmão de sua namorada? Como?

– O Oliver conhece a Felicity? – a mulher sentou-se rapidamente no sofá.

– Você conhece a Felicity? – a surpresa estava espantada em sua face. – Todo mundo conhece Felicity? O que porra é isso?

– Eu falei dela para você. Foi minha tutora, lembra? – ele caminhou até a namorada e se sentou.

– Ela é a namorada do Tommy. – uma gargalhada alta saiu dos lábios de Roy.

– Nunca! – ele apontou para a mulher no celular. – Ela não tem namorado, faz anos que ela não beija ninguém. – a mulher negou com a cabeça.

– Oliver os viu juntos. – tentou parecer convicta, mas a certeza de Roy era tanta que isso a perturbou. – Você deve estar confundindo. – nem ela mesma acreditava naquilo.

– Eu tenho absoluta certeza de que essa é a Felicity e mais certeza ainda de que ela não está com Tommy. – a menina estava ainda mais surpresa. – Foi ela quem me apresentou o Diggle, e nós jantamos juntos semana passada. Ela até me contou sobre a namorada de mentira dela e como tudo acabou. – só então algo fez sentido. – Porra, ela até me falou do Oliver, só que eu não me liguei que Oliver era Oliver Queen!

– Ela te falou do Tommy? – perguntou curiosa.

– O Tommy que dá as melhores gorjetas e que eu ajeitei o computador algumas semanas atrás. – relembrou o que ela havia falado. – Sim, ela falou.

– Então como o Oliver os viu de beijando? – perguntou confusa.

– Não sei, mas há um grande mal entendido ai. – suspirou pesadamente.

(...)

– Os sintomas são variados... – suspirou pesadamente, não estava conseguindo se concentrar.

Uma ansiedade que ela não conhecia, estava tomando conta de seu corpo, e ela não conseguia parar de pensar no que acontecera na noite anterior. Passara boa parte do tempo, decidindo o que faria aquilo passar, por fim decidiu que o certo seria conversar conversar sobre isso com alguém, mas Fiona estava fora desde que ela acordara e Felicity não atendia o celular – ela havia tentando mais cedo-. Cisco estava viajando, e a maior parte dos outros amigos, eram amigos do Ronnie.

Ela fechou o livro e segurou o celular que estava jogado no sofá.

Ok, ela estava arrumando desculpas para acreditar que só tinha uma pessoa com quem pudesse falar, quando, na verdade, existiam várias. Ela queria falar com Barry e, como não encontrava uma razão lógica para aquela situação, acreditou que a razão era por ela não ter mais ninguém para conversa.

Procurou o número na agenda, discando-o e esperou enquanto chamava.

Não demorou muito para a voz grogue de Barry chamar do outro lado da linha, o que indicava que ele ainda estava dormindo, mesmo sendo quase três horas da tarde. Caitlin supôs que ele fora jogar após voltar para casa.

– Virou a noite jogando? – perguntou.

– Devil may cry. – informou. – Você me conhece tão bem. – brincou.

– Vai fazer alguma coisa hoje? – sua voz era esperançosa.

– Me entupir de comida e assistir algum filme de terror que esteja fazendo sucesso na internet. Quer se juntar? – apesar de ter certeza que ela nunca aceitaria, Barry desejava que ela aceitasse.

– Me dê uma hora e estarei ai, pode ser? – a mulher ficou feliz por ele a ter convidado, sabia que ele não a chamaria só por educação, eram amigos demais para isso.

– Quer que eu te pegue? – a voz do outro lado da linha havia perdido todo o sono e estava animada. – Quer dormir aqui? Se seu namorado não incomodar, é claro.

– Não precisa me pegar. – afirmou. – E bem, sobre o Ronnie... – tomou fôlego, pronta para dizer. – Acabou, não estamos mais juntos. – era a primeira vez que colocava isso em palavras desde a noite anterior. – Então, eu posso dormir ai.

– Chego ai em uma hora, esteja pronta. – Caitlin pode notar que Barry estava sorrindo, somente pelo tom de sua voz.

– Ok então, não se acidente e até já. – despediu-se Caitlin, desligando o celular.

Um sorriso vitorioso estava em seus lábios e ela praticamente correu para o banheiro. Precisava de um banho, colocar uma roupa confortável e fazer uma pequena mala. Pelo curto período de tempo que se arrumava, Caitlin esqueceu completamente do termino.

Feliz demais com a própria liberdade.

(...)

O aquecedor do dormitório estava no máximo, por isso, mesmo com o tempo frio, Oliver estava rodando pelo ambiente apenas com a calça de moletom. Ele havia acabado de sair do banho e estava feliz por ter passado a tarde treinando o arco-e-flecha.

Estava na hora de comer alguma coisa, eram quase seis da noite e ele não comera nada, desde o almoço, onde nem mesmo prestara atenção ao que comia.

O esforço havia deixado de lado a tristeza e a raiva, por isso, agora ele poderia se focar em algo mais produtivo do que desejar uma mulher que sempre está com alguém que não é ele. A mesma mulher que ele estava querendo fundir a ideia de hipocrisia, o que estava sendo impossível. Ele não conseguia imaginar Felicity como alguém que não fosse a mulher amável que ele conhecia.

Ele decidiu por cereal e leite, não era um bom cozinheiro e estava cansado demais para realmente preparar alguma decente. Colocou tudo em uma tigela e devolveu os ingredientes para a geladeira.

Quando estava levando a primeira colherada a boca, batidas na porta quebraram o silencio do local. Ele não deixou que isso interrompesse a sua refeição, gritou um "Já vou" e se deliciou com o seu sucrilhos.

Com a tigela e a colher em uma mão, abriu a porta da frente, esperando que fosse Thea, querendo saber porque ele não atendia o celular. Na verdade, ele nem sabia mais onde estava o seu celular.

Porém, ele ficou bem surpreso com a pessoa que se encontrava a sua frente.

– Felicity?


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Notas finais do capítulo

É quase o fim do meu aniversário!!!! WEEEEEEEEE. ESTOU FICANDO VELHA, SOCORRO!!!!
Enfim, estou decepcionada com a quantidade de comentários do capítulo passado, muito mesmo e isso me deixou sem vontade de escrever, por isso demorou tanto para chegar e esse também foi o motivo de eu ainda não ter respondido os comentários. Mas, ainda irei.
Deu tempo, cumpri a promessa, mas não revisei, sorry D:
Mas, então, o que acharam? Sejam sinceros, eu aguento :DDD Beijooooooos ;***



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