Tadaima escrita por Faye


Capítulo 1
Narcisos


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Então, essa é a minha primeira fanfic, e espero que gostem. ~ ♥



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Caminhava lentamente em baixo do sol quente. Já não havia necessidade de correr, visto que já estava chegando a seu destino. Tinha ficado um longo tempo distante da vila, e finalmente Sasuke sentia-se pronto para retornar. Usava um pesado manto cor bege, que um dia já estivera inteiro. Hoje em dia, seu manto era mais um velho farrapo, com umas costuras mal feitas aqui, outras lá, e as linhas da costura eram totalmente desiguais e de cores diferentes. Tentará seu melhor, visto que não tinha alguém que costurasse suas roupas.
–Manto idiota! –Exclamara Sasuke quando tinha aumentado ainda mais o rasgo que tentava costurar. Mas era de se esperar que sairia um fiasco. Afinal, Uchiha Sasuke não foi feito pra costurar mantos, e sim para lutar.
Quanto mais se aproximava da vila, mais sentia seus músculos tensos. Suas mãos estavam trêmulas e sentia uma fina camada de suor aderir lhe o corpo devido ao calor. Desde quando seu corpo se tornara tão pesado ? Não sabia o quão difícil seria voltar para a vila, uma vez que a sombra do seu passado doloroso não o atormentava mais, e não passava de um pequeno lugar escuro e doido de seu coração. De súbito, Sasuke percebeu que não era seus pecados que o atormentavam, e sim uma mulher de grandes olhos de um verde magnífico e cabelos rosados, cujo qual cheirava a primavera.
Haruno Sakura, uma mulher forte como um diamante, e linda como tal. Extremamente encantadora e extremamente assustadoras em alguns momentos. Mas isso não importada para Sasuke. Ele sempre a amará, sempre. Por vezes – por muitas vezes – nas noites mal dormidas, se pegava em meio a devaneios sobre seu sorriso quente e acolhedor, sobre aquela risada que o enchia de uma estranha felicidade que ele nunca tivera sentido antes e sobre aqueles abraços que ele nunca retribuía, mas que significavam o mundo pra ele. Ela significava o mundo pra ele. Fora um tolo de negar seus sentimentos por tanto tempo, e agora, olhando para trás, fora um tolo de passar todos esses anos longe da calmaria da sua fala, do delicado toque de suas mãos tão pequenas e do calor do seu corpo esbelto.
Ao olhar em sua volta, Sasuke percebeu a vegetação comum da entrada da vila. O solo seco e mal tratado abaixo dos seus pés. As grandes árvores verdes dançavam com o soprar do vento que pareciam lhe desejar boas-vindas. Um pouco mais a frente, avistou o enorme e rude portão de madeira da vila, com o símbolo da nação do Fogo pintado em vermelho. Ao passa-lo, percebeu que grandes e esguios edifícios foram erguidos, e que Konoha agora possuía um aspecto mais moderno. De principio, não gostou muito da nova paisagem, mas com o passar do tempo foi se acostumando. A rua estava cheia de rostos desconhecidos. Sasuke se sentiu grato por isso, não queria encontrar ninguém agora. Crianças riam e gritavam, correndo uma atrás das outras, de pés nus tocando o chão.
Se dirigiu imediatamente para uma loja, a fim de comprar roupas novas. Não queria que Sakura o visse desse jeito, todo sujo e mal cheiroso. Devia lhe apresentar sua melhor aparência. E esse maldito manto.. Argh, não via hora de se livrar dele. Comprou uma blusa preta de manga comprida e uma calça azul de um tom forte, ambos confortáveis. Despejou seu manto em um lixo qualquer, e pôs se a andar depressa em direção a sua antiga casa. No meio do caminho, avistou uma pequena barraca de flores. “Não” pensou. Mas sua ação foi contrária. Andou até a barraca e examinou as flores, uma a uma, tendo o incrível cuidado para escolher qual agradaria mais sua Sakura. De repente, seus olhos encontraram aquela flor. Sorriu ao vê-la e ao se lembrar dos narcisos. Uma vez, quanto estava de cama no hospital, Sakura levava para seu quarto todos os dias flores de narciso. Ela era tão irritante.
–É para a sua namorada? –falou, uma velha roliça e pequena, de feições suaves, enquanto Sasuke entregava uma dúzia de narcisos brancos. Sua voz era fraca e baixa, mas Sasuke a ouviu.
–Hm, quase isso. –Sasuke respondeu com uma voz acalorada. Simpatizara com aquela senhora.
–Com certeza ela é uma mulher de sorte. –Sorriu, enquanto esticava os braços para lhe entregar as flores. –Tome, é por minha conta filho.
–Obrigado. –Sasuke sorriu de volta e apanhou os narcisos envolto por um pequeno lacinho vermelho, muito bem trabalhado. Antigamente só teria dado a velha um seco obrigado, mas os anos e sua viagem lhe ensinaram muito, e ele se tornara mais gentil.
O crepúsculo chegava, e Sasuke apertava o passo para chegar a sua casa. Tudo o que queria era tomar um bom banho e ir de encontro com sua amada, pega-la nos braços e beija-la a noite toda. A saudade lhe doía no peito, como uma flecha que atravessara seu coração um milhão de vezes. Já era tempo de ele retornar ao lugar de onde ele nunca deveria ter saído. Já era tempo de retornar ao seu lado.
Chegou em sua casa e correu para o banheiro, se despindo. Girou a torneira da banheira, e deixou a água fria enche-la. Apoiou suas mãos nos braços da grande pia branca, e abaixou a cabeça, acalmado pelo barulho da água a cair. De repente, se viu novamente com medo. O que diria a Sakura quando a visse ? Será que ela realmente o estava esperando ? E se ela estivesse envolvida com outra pessoa ? “Sasuke, você é patético” disse a si mesmo, ao perceber em que estado se encontrava. Nunca estivera tão ansioso por um momento em toda sua vida, mas era culpa dela. A culpa era toda dela por ser tão.. tão Sakura. Amava aquela mulher, e entendia quando ela lhe dizia que o amava tanto que chegava até doer. Entendia e partilhava do mesmo sentimento.
Quando a água gelada lhe tocava os pés, perceberá que tinha perdido tempo cogitando sobre os assuntos. Dirigiu-se a banheira, fechou a torneira e entrou em seu banho. Não se demorou, já não havia mais tanto tempo. Ao sair do banheiro, vestiu suas vestimentas novas, e pegou as flores que havia depositado em um jarro com água gelada. Ao sair de sua casa, percebeu que o sol já se porá a dormir, e que já não haviam tantas pessoas na rua como quando ele chegou de sua viagem. Apesar de estar cansado, não pensou em nenhum momento em descansar. Só descansaria quando falasse tudo que tinha para falar para Sakura – embora isso parecesse uma tarefa difícil - , e descansaria em seus braços. Seguiu em linha reta para a casa da sua amada, ela não morava tão longe. O ar estava pesado, mas fazia um bom tempo. O calor havia ido embora junto com o sol, e a noite estava fresca. O cheiro agridoce que a noite trazia enchia lhe os pulmões, e de certa forma, o davam força para expulsar aquela ansiedade atormentadora. Quando deu por si, estava na rua da casa da Sakura. Caminhou a passos largos até sua porta, e sem aturar mais a saudade, deu três batidas rápidas na porta. A princípio, não houve respostas, mas depois de um curto tempo, ouviu aquela voz doce e quente:
–Já estou indo! – Gritou do andar de cima.
Sasuke conseguia ouvir a sua amada descer as escadas com os pés descalços, e a porta se abriu.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram ? Por favor, opinem. Críticas são bem-vindas! Provavelmente essa fanfic terá dois capítulos, no máximo três. Então, até a proxima. ~



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