Safira: A História de Uma Assassina escrita por Maithe Merizio


Capítulo 1
Capítulo 1




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Meu nome é Ana, não pense que sou uma pessoa boa só porque desse estúpido nome que minha estúpida mãe me deu, pois sou o pior ser humano que já existiu. Quando atingi a idade de três anos a primeira coisa que me ensinaram foi a como matar alguém com uma faca de manteiga, depois desse dia meu pai me treinou para ser uma assassina assim como ele. Vivíamos em uma vila pequena que ninguém conhecia só aqueles que queriam morrer ou serem treinados pelo grande Bill Lowell, mas na maioria das vezes ou meu pai matava o aprendiz ou ele fugia - mas acabava morrendo de qualquer jeito - Sei que quando nasci meus pais ficaram decepcionados, mas com o tempo acharam que era o melhor presente que eles ganharam, quem melhor do que uma garotinha para trazer caos a todo Kimberely?! Bom pelo menos foi isso que meus pais me disseram.
Assim que completei cinco anos me consideravam um prodígio, para provar que meu treinamento não foi em vão meu pai decidiu que sozinha eu deveria invadir Desmond e tomá-la para ele. Como eu ainda era uma criança usaria isso a meu favor, não levaria armas, armaduras, nada, fingiria ser uma criança abandonada pela mãe.
¨¨
Estava frio naquele dia, eu estava ansiosa por esse momento. Finalmente poderia provar a meu pai que eu era boa, sendo assim caminhei pelas ruas gritando pela minha mãe, quando cheguei perto da entrada de empregados do palácio e vi uma mulher sentada do lado de fora fingi tropeçar e ralei meu joelho, berrei até que ela veio me ajudar. A mulher me pegou no colo e ficava sussurrando.
– Shhh! Tudo vai ficar bem, calma - falava com uma voz doce que me fez acreditar por um momento que eu poderia ser amada e que não precisava fazer nada para prejudicar ninguém.
Ela cuidou do meu machucado e conversava comigo, perguntou o meu nome, idade e o que tinha acontecido comigo, falei a verdade, - pelo menos meu nome e minha idade - menti sobre o que tinha acontecido comigo, pois ninguém poderia saber a verdade. Queria não ter que matá-la, realmente me senti triste, meus pais nunca fizeram nada por mim, eu sempre tive que fazer tudo, quando me machucava eu cuidava do machucado mesmo se tivesse que dar ponto ou até mesmo se eu quebrar meu braço, tem que dar um jeito de colocar o osso no lugar, não queria ter que matar alguém que queria me ajudar sem querer nada em troca ou sem gritar coisas obscenas, mas eu estava lá para uma coisa e só, matar aqueles que estivessem no meu caminho e mesmo que só matasse o rei e a rainha meu pai me mandaria matar a todos que estivessem lá dentro. Não tinha outra escolha.
– Me perdoa - falo angustiada, reprimo a tristeza
Roseli sorriu
– Não tem que me pedi perdão, sua mãe sim. Que horrível abandonar uma menina tão adorável como você
Olho para ela com o meu melhor olhar mortal, bufo uma risadinha
– Minha mãe que se dane, não é por isso que eu quero pedir perdão. Perdoe-me por ter que te matar - digo colocando minhas mãos de cada lado de sua cabeça e viro-o quebrando seu pescoço
Seu corpo cai aos meus pés totalmente sem vida, me sinto culpada, mas só um pouco. Vou em direção à porta que sai da cozinha e vou em direção à sala dos tronos.
¨¨
Toda vez que via um guarda eu me escondia, mas quando fui me aproximando da sala dos tronos cansei de brincar e ataquei o primeiro guarda que avistei. Corro em sua direção e deslizo por entre suas pernas, levanto-me e rapidamente o desarmo e enfio a espada em seu peito, giro e corro para o próximo guarda, nossas espadas se chocam e com um movimento do meu pulso faço sua espada sair de sua mão, enquanto a espada está no ar a pego antes dele, bufo e enfio a espada em sua cabeça quando dou um chute em seu joelho fazendo com que ele caia. Retiro a espada de seu crânio e corro pelo corredor. Foi assim por um tempo, atacar, matar, atacar, matar. Quando chego à porta da sala do trono já tem quatro guardas, ando até ele arrastando as espadas no chão, deixo minha mãe mole e finjo estar chorando.
– O que você faz aqui? - pergunta o guarda que está do lado da porta, os outros três estão espalhados pelo corredor
Fungo
– Ela está coberta de sangue, vou leva-la até Roseli. Hank você vai me substituir até que eu volte, venha mocinha - ele vem em minha direção, mas me esquivo - anda logo garota estamos sobre ataque - diz o guarda furioso
– Não vou poder ir com você – falo.
Todos me olham confusos enquanto enxugo as lágrimas e sorrio.
– Por que você não pode ir com ele? - pergunta Hank
– Porque eu vou matar todos vocês.
Ergo as duas espadas e corro até os dois primeiros e rasgo a perna dos dois, eles gritam enquanto eu rio, dou um golpe com a parte lisa da espada na cabeça dos dois fazendo-os desmaiar. Os outros dois estão me olhando boquiaberto, lanço a espada no peito do que está na esquerda enquanto que vou em direção do que está na direita e arranco sua cabeça. Tiro a espada que está no peito do guarda da esquerda e vou aos dois que estão caídos e enfio as espadas no peito de cada um. Forço para que lágrimas escorram pelo meu rosto e entro na sala do trono.
O rei e a rainha me encararam assustados, desabo no chão e choro um dos guardas me pega no colo e me leva até as criadas que estão sentadas em um canto da sala. Todo guarda tem uma faca em seu uniforme, coloco a mão em seu peito e rapidamente finjo brincar com a costura de sua roupa, pego a faca e a escondo em minhas vestes sem ninguém perceber. Ainda estou chorando quando uma criada me tira dos braços do guarda, a rainha está me observado, ela era linda, olhos de um tom de azul acinzentado, cabelos loiros até a cintura e parecia ser alta também.
– O que aconteceu com você garotinha? - pergunta uma mulher mais velha
Enxugo as lágrimas.
– E... Eu... Eu estava com minha mamãe. - respiro fundo - e alguém... Não sei dizer como, mas um minuto minha mãe estava do meu lado rindo e no outro está gritando e ela cai em cima de mim, seu... Seu sangue me encharca, depois um guarda aparece e me ajuda, mas no caminho pra cá ele é morto e quando chego aqui vejo quatro guardas no chão... - começo a chorar de novo - estou com tanto medo - falei entre soluços.
Depois desse teatrinho as mulheres me consolaram e falaram para que eu andasse assim quem sabe eu poderia me acalmar, dei uma volta depois outra até que me cansei, estava com sede de sangue vou em direção ao trono e abro um sorriso.
– Obrigada pela diversão. - falei enquanto tirava a faca de minhas vestes, quando um guarda veio em minha direção joguei a faca em seu peito e corri em sua direção, tiro a espada de sua mão e luto com os outros guardas até que não sobra nenhum e todos os serviçais.
– QUEM É VOCÊ? - grita o rei
Nesse momento papai entra pela porta, sorrindo.
– Essa é minha filha - disse rindo.
Fiz uma reverência.
– Meu nome é Ana Lowell, Vossa Majestade.
Os rostos do rei e da rainha estão tomados pelo terror, isso me faz rir.
– Termine logo com isso Ana. Sei que quando começa é difícil parar e quero ir embora.
Fui em direção ao rei que se levantou brandindo uma espada, tolo, continuei andando calmamente com um sorriso torto no rosto, larguei minha espada, corri e saltei sobre um corpo deslizo por entre as pernas do rei subo em seu trono segurei o seu manto e puxei enquanto usava , minha mão livre para tirar a espada de sua mão. Assim que consegui chutei suas costas e puxei ainda mais o manto, ele cai imóvel no chão a rainha gritou e antes que pudesse se levantar usei a espada de seu marido para decapitá-la. Tudo terminou rápido e me sentei no trono, guardei a espada, tirei a coroa do rei e coloquei em minha cabeça. Papai me olhava orgulhoso e ao mesmo tempo ria.
Essa foi à forma que Desmond se tornou de papai, agora ele é literalmente um rei.
¨¨
Quando completei sete anos papai decidiu que eu deveria melhorar minhas técnicas e aprender sobre outras culturas. Ele me mandou para Quentin por dois anos, depois para Donovan por três anos, para Myrle por quatro anos e por último Delmy onde fiquei por pouco tempo. Assim que completei meus estudos voltei para casa.
Tudo havia mudado, não era o lugar que vivi por um tempo, havia guardas por todos os lados, mamãe havia ficado grávida enquanto estive em Quentin agora ele tem nove anos, meus pais me ignoram, passo os dias treinando, tocando violino no jantar, torturando alguém de manhã e às vezes invadindo pequenos vilarejos na floresta. Não era a vida que eu queria, mas era a única que tinha.


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Notas finais do capítulo

Se algo estiver errado por favor me avise.



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