A Tara de Padfoot escrita por The Awesomest Girl on Earth


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

James = Tiago
Remus = Remo
Peter = Pedro
Moony = Aluado
Padfoot = Almofadinhas
Pad/Pads = Diminutivo de Padfoot
Prongs = Pontas
Wormtail = Rabicho
Marauders = Marotos
Gryffindor = Grifinória
Hufflepuff = Lufa-Lufa
Ravenclaw = Corvinal

Tradução do 2 capítulo:
Snivellus = Snape
NEWT's = NIEM's



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Sirius adotara uma tara estranha. Quer dizer, ficar com pelo menos duas ou três garotas por mês era o comum, não era como uma fixação ou uma tara em si. Era, usando as palavras do mesmo, “um hobby para o tempo livre entre as detenções, e o motivo para as próximas”. Contudo, em uma manhã qualquer, ele anunciou entre os amigos que ficaria, única e exclusivamente, com quem tivesse alguma cicatriz.

"Como assim, Padfoot? Você cansou de peitos e vai pegar o Moony?" Foi a primeira pergunta que James fez, fazendo com que o Moony em questão, que já havia engasgado com a afirmação de Sirius, derrubasse o copo de café com leite na mesa, pingando parte de seu conteúdo em suas vestes.

"Não foi por isso. Quer dizer, um pouco." respondeu Sirius, em um tom tão monótono que poderia estar comentando de alguma notícia boba do Profeta Diário. E fez com que Remus lhe lançasse mais um olhar chocado e um tanto irritado, cujo fora intensamente acentuado pelo quão corado o jovem estava. "Eu estava com insônia ontem, e acabei virando para o lado da cama de Remus. E eu olhei para suas costas, e..." percebi o quão sexy era a visão. Pensou assim, mas julgou que soaria um tanto quanto estranho. Preferiu simplesmente dar ombros e completar: "...achei que seria legal ter esse desafio, de descobrir quem tem alguma cicatriz."

E, apesar de longos minutos em que Remus apontava o quão errado era catalogar pessoas por sua aparência, inclusive citando esse ser o motivo de muitos olharem feio ou com pena para ele nos corredores, Sirius manteve-se firme nessa ideia. Tanto que, na mesma noite, ficou aos amassos com uma quintanista de olhos claros, sardas e cabelo castanho, da Hufflepuff. Uma menina realmente atraente, se não fosse por uma grande e grossa cicatriz em horizontal, que começava ao lado direito do nariz até o meio do queixo, cortando o canto de seus lábios e fazendo com que beijá-la fosse uma experiência nova a Sirius.

Passou quase a semana toda com a garota, até que, três dias depois de ser visto pela última vez com a mesma, apareceu com uma sétimanista negra da Ravenclaw, cuja tinha um grosso corte no supercílio e que quase chegava à sua pálpebra, o que fazia a pelagem do mesmo ser falha.

Umas duas ou três garotas depois, não sobrava mais nenhuma alunas de Hogwarts com cicatrizes faciais. Isso acabou por dificultar o hobby (se é que pode-se chamar uma perversão dessa de “hobby”) de Sirius, mas nem de longe desanimou-o. Apareciam meninas com pequenos cortes nos braços e mãos, até mesmo uma Gryffindor do 6º ano com uma marca que ia do umbigo até quase entre seus seios, o que foi muito bem detalhado (detalhado até demais, na opinião de Moony e de Wormtail) por um animado-até-demais-com-a-ideia Padfoot. Prongs parecia ter adormecido meio minuto após se sentar para ouvir, o que não desestimulou Padfoot na desenvoltura da descrição.

Cerca de dois meses depois do início “dessa maldita insanidade” ¹, como dizia Remus, acabaram as meninas com cicatrizes no colégio, o que foi quase celebrado pelos Marauders, já que essa fixação atrapalhara até mesmo as pegadinhas em que Sirius participaria. E, justo nesse momento, de alguma forma, as meninas de Hogwarts descobriram que Sirius Black estava em busca de uma garota com essas marcas na pele.

Pode-se imaginar o desastre de grandes proporções que se tornou o colégio.

Meninas apaixonadas pelo jovem buscando maneiras de fazer cicatrizes temporárias em seus corpos na biblioteca, recorrendo até a maquiagem trouxa e, quando uma menina apareceu com um corte profundo na mão, pedindo para que a curandeira do colégio que deixasse a marca do ferimento, os Marauders interviriam.

"Você vai ficar com umas duas ou três garotas normais, e, se elas perguntarem, diga que cansou de cicatrizes." disse-lhe um raivoso Remus. "Quatro garotas já me perguntaram onde eu arranjei tantas, e é difícil alguém acreditar que eu tenho verões emocionantes, do jeito que frequento a Ala Hospitalar."

"Está bem, está bem. Vou ser mais discreto." prometeu.

E, durante as quatro ou cinco semanas seguintes, ele realmente voltou a ficar com meninas aleatórias do castelo. Bem, até que aquela terrível manhã de domingo chegou. O cortinado da cama de Padfoot estava fechado, e não se ouvia nenhum barulho lá de dentro. Prongs e Wormtail pensaram que a ressaca havia tomado o amigo, já que fizeram uma festa sem razão específica no Salão Comunal na noite anterior. Acabaram por decidir, em unanimidade, largar o cachorro aos cuidados de Remus, já que o mesmo dormiu demais para fugir da responsabilidade.

"Sempre sobra para mim..." resmungou o garoto, ao acordar. Estava prestes a abrir o cortinado do animago, quando... "Um feitiço de privacidade? Mas o que...?" Remus lançou um Finite na cama a sua frente e, ao abrir o cortinado, imediatamente se arrependeu da decisão.

Deitado com a cabeça apoiada no peito de Pads, estava George Johnson², um quintanista da Gryffindor que Moony lembrava ter visto na comemoração do dia anterior. Era visível o motivo do interesse de Sirius no garoto, uma cicatriz cortava do fim de seu pescoço até o tórax do garoto. Deu graças a Merlin por estarem cobertos, pelo menos até pouco acima da cintura, porque não gostaria nem um pouco de ter pego-os como vieram ao mundo, digamos assim.

O licantropo acordou o amigo cutucando seu braço e disse, apenas movendo os lábios "Tira esse cara daqui antes que eu te espanque", e saiu, esperando à porta do dormitório. Uns minutos se passaram, até que um jovem vestido às presas, com os cabelos desalinhados e sem um pé de meia saiu do dormitório. O mesmo corou ao ver que Remus estava à porta.

"Não diga nada a ninguém que também não diremos." E empurrou-o para longe, entrando de volta em seu dormitório. "Preciso lhe dizer alguma coisa?" perguntou, as mãos nos quadris, irritado com a obsessão repentina de seu amigo por cicatrizes, o que o fez passar até mesmo a barreira de sua sexualidade.

"Não, mas eu preciso te dizer uma coisa." respondeu de maneira séria, levantando e indo em direção ao amigo. Ele usava apenas o lençol de sua cama enrolado à cintura, expondo seu dorso e parte das pernas.

"E o que seria, cachorro?" perguntou Moony em um tom que julgou ameaçador, mas apenas tentando disfarçar seu constrangimento em ver o amigo com tanto de seu corpo exposto.

"Durma de olhos abertos." E, como se o que disse já não fosse explicativo o suficiente, acariciou com a ponta dos dedos uma cicatriz no rosto do jovem a sua frente.

Enquanto o seminu Padfoot ia até o banheiro do dormitório, Moony murmurou um "Cacete, Sirius! Por que você foi gostar justo de cicatrizes?", e saiu, irritado e corado.


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Notas finais do capítulo

¹ dessa maldita insanidade = Eu pensei na expressão britânica This bloody madness, e essa foi a melhor tradução que pude fazer. Sou ótima lendo em inglês, entendo muito bem o que significa, mas não sou muito boa com traduções.
²George Johnson = Eu inventei esse cara, mas, se quiserem destruir suas infâncias, podem interpretá-lo como o pai da Angelina, a esposa do nosso lindo e maravilhoso George Weasley. Desculpem-me, pessoas que não gostam dos nomes em inglês, mas eu expliquei o porque disso e os nomes traduzidos nas Notas Iniciais.Espero que tenham curtido, e adoraria uns comentários ^-^