Human World Observation escrita por Lady Pompom


Capítulo 1
Prólogo




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Um barulho mecânico misturado ao som de um avião planando ecoava por toda a sala de paredes metálicas. Pelas pequenas janelas de vidro em formato quadrado na parede frontal da sala, podia-se ver o céu, ou melhor, o espaço sideral e seus milhares de estrelas e astros.
Na escura sala, que parecia vazia, duas figuras ali de pé conversavam, com suas silhuetas ocultas na escuridão.

_Compreendes tua missão? –perguntou uma voz grave-
_Sim... –respondeu a outra figura apoiando-se em um dos joelhos- Eu compreendo.
_Estaremos por perto para receber teus relatórios.
_Sim...
_Veja bem, é aquele lugar... –andou até uma das janelas para contemplar a vista do local designado-
Pelo vidro, a imagem do planeta terra, visto de longe.




...

Nem todo mundo tem um dia de sorte

Eileen Sanders, publicitária, alta, magra, cabelos castanhos, curtos e ondulados, olhos âmbar; dedicada, uma jovem adulta comum com uma carreira promissora, bons amigos, boa família. Estudou numa boa faculdade, tirava boas notas e era representante de sala na época de colegial.
Nada na vida desta mulher parecia imperfeito. Como qualquer outra garota, chorou por amores de adolescência, sonhava sobre romances idealistas, saía com as melhores amigas. Teve encontros com rapazes mais velhos, enfim, teve uma vida completamente normal, não fora do comum.
Em seus 25 anos de vida, teve fracassos e sucessos como qualquer outra pessoa, e morava atualmente sozinha. Saiu da casa dos pais aos 20, quando recebeu a casa que mora atualmente como presente por ingressar em seu primeiro emprego. Apesar de ser um exagero receber uma casa de primeiro andar como presente, ela ficou feliz com isso.
A residência era grande, e de acordo com seus pais era daquele tamanho porque eles desejavam que ela casasse logo e tivesse muitos filhos, assim o lugar ficaria cheio e mais animado. Infelizmente, a mulher estava desinteressada em relacionamentos, não se preocupava com tais assuntos. Preferia sua vida de solteira, amava seu trabalho, tinha uma boa casa, para quê aumentar preocupações?

_O que devo cozinhar hoje~? –pensava olhando para o alto enquanto caminhava na rua-

O fim da tarde era sempre o melhor horário, pois era o momento em que ela deixava o trabalho e regressava ao seu amado lar, um lugar pacífico e relaxante, onde podia fazer o que quisesse e esquecer o stress do trabalho.
Respirou fundo, saindo de seus pensamentos auspiciosos e parou na porta de sua casa. Abriu o portão de ferro como sempre fazia, e pisou na estradinha de pedra que passava do jardim de grama verde até a porta de entrada da casa.
_Hum...? –sentiu um cheiro estranho- Isso é... Fumaça...? –inspirou o ar mais um pouco- Será que tem algo queimando? Não deixei nenhum fogo ligado, como... –viu fumaça flutuando alto no céu, na parte de trás de sua casa.
_H-hein? –correu até seu quintal-

A verdade era que a boa residência que possuía ficava na frente de um sítio, a divisão entre seu terreno e o terreno do outro lugar era feita por um muro de pedra que delimitava seu quintal e se estendia ao longe no horizonte para limitar a extensão do terreno vizinho.

_... HÃAAAAAAAAAAAA?!! –gritou deixando a bolsa escorregar dos ombros e deslizar por seu braço, caindo no chão-

A questão era: parte do muro que separava os terrenos, não existia mais. Quebrado, em ruínas e uma nuvem de poeira pairava ali, a fumaça, no entanto não vinha originalmente do muro em pedaços.
Olhou em volta, ninguém ali. Será que nem uma única alma viva teria ouvido o estrondo de algo quebrando e ter coragem de verificar? Bem, se não, ela verificaria agora mesmo, embora suas pernas trêmulas lhe indicassem que não era uma boa ideia.
Passou pela fumaça. Embora estivesse escuro, dava para ver que havia pedras e uma trilha grande no chão e árvores caídas, como se algo grande tivesse sido arrastado por ali, e mais à frente, entre as poucas árvores plantadas no sítio, uma cratera que parecia ser a fonte de toda a fumaça.

_Então não foi uma explosão, mas um meteorito...? -suspirou aliviada- Espera, espera... Eu não deveria me sentir calma quando um meteorito cai e destrói parte do sítio do vizinho e o muro da minha casa...

À medida que a fumaça foi cessando, ela se aproximou, contudo, o que seus olhos viram era uma realidade completamente diferente do que seu cérebro havia previsto...
_O-o q-que é isso...? –tremeu só de ver aquilo-

Não era um meteorito. Algo inteiramente diferente caíra ali... Algum tipo de estrutura metálica, lembrando um caça do exército aéreo, mas algo sem dúvidas muito mais moderno e maior, dava para ver pequenos raios percorrendo os sistemas danificados daquela coisa.
Seja lá o que fosse, estava quebrado agora, e era causa do grande buraco no sítio e no muro.

_Será que é alguma operação da aeronáutica que falhou? Algum tipo de treino ou teste de caças novos e acabou dando errado... –aproximou-se do objeto- Não importa, vou pedir uma indenização pelo transtorno!

A cratera que a máquina formara fizera um grande estrago nas plantações do sítio do vinho. Chegava a dar pena, enquanto olhava distraída ela escorregou e caiu rolando até bater na estrutura.

_AI!- massageou o ombro- Minhas roupas... –choramingava vendo a quantidade de terra e poeira que havia grudado em seu blazer-

Kssss, ksss

A mulher olhou para trás, ouvindo o barulho de algo se abrindo mecanicamente, e mais fumaça saindo do “caça”.

_Aah... –uma voz foi ouvida de dentro-

Ela levantou-se irritada, e começou a reclamar enquanto a pessoa saía de dentro da máquina.
_Escuta aqui, é um piloto novato ou algo do tipo?! É melhor você pagar pelo que fe...eez -à medida de viu a figura saindo, foi baixando a voz e arregalando os olhos até ficar sem palavras-

_Hum? –a criatura olhou para baixo-

Diante dos olhos da mulher, na escura noite, uma estranha e aterrorizante criatura de mais de dois metros, pele anormalmente azul, rabo e traços faciais não humanos estava de pé, em frente a ela.

_K-WAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!

Gritou, depois desmaiou.

_Opa, opa... Acho que devia ter me disfarçado de humano antes de descer... –a criatura coçou a cabeça-

E assim se inicia, pela primeira vez, uma rotina não normal na vida desta mulher e que mal sabia ela, seria algo que definiria o futuro de toda a humanidade...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.



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