You Don't Know Me escrita por Warbird
POV Natasha Romanoff
A noite foi consumida pela chuva.
Várias e várias gotas caindo todas ao mesmo tempo, sem cessar. Os carros jogavam água na calçada quando passavam por cima da mesma. As pessoas andavam tranquilamente. Algumas com guarda-chuvas, outras com capas de chuva.
Eu caminhava pela noite calma e fria com meu guarda-chuva preto.
Ao tempo as pessoas foram acabando e a única coisa que ouvia eram meus saltos encostarem-se ao chão, ritmados com meus passos.
Não havia comido direito então, como vi uma lanchonete na esquina, resolvi entrar.
Abri a porta e guardei meu guarda-chuva.
Havia poucas pessoas ali. Afinal não vai muita gente jantar as onze horas da noite.
Sentei-me em uma mesa e olhei o cardápio. Apenas comida básica. cafés e pães diversos.
Assim que fiz minha decisão e abaixei o cardápio do rosto, percebi que havia alguém sentado em minha frente.
Pelo susto, demorei um pouco até perceber quem era.
Ele riu pelo susto e eu também.
— Como me encontrou? - Indaguei.
— Eu to te seguindo desde que saiu da loja de armas.
suspirei sorrindo.
— Está me vigiando?
— Não. Apenas queria fazer uma surpresa.
Um raio e um trovão no lado de fora chamou a atenção de nós dois. Viramos-nos para a janela ao lado e fitamos a rua. Estava tão escuro que apenas as luzes dos postes e dos carros mostravam que a chuva estava presente.
— Como vou chegar em casa assim? - Murmurei para mim mesma.
— Ah, minha casa está a dois quarteirões daqui. Se você preferir...
Sorri pelo convite.
— Deixe-me ver se entendi; você tá me convidando para dormir na sua casa? - Indaguei com uma sobrancelha arqueada e um sorriso malicioso.
Steve corou e coçou a parte de trás da cabeça.
— É mais ou menos isso. Mas, eu posso dormir na sala e você fica com o meu quarto - Disse ele rapidamente para eu não perceber algumas segundas intenções.
Então outro trovão estourou.
— Bem, acho que não tenho muita opção. Que tal comermos algo antes? Estou morrendo de fome.
— Ah sim, claro - Steve chamou um garçom - Por favor, um cappuccino pequeno para mim. Para a dama, um chá de hortelã e um sanduíche natural.
Fiquei perplexa por ele saber exatamente o que ia pedir.
— Não se exiba por isso. Você não me conhece totalmente - Murmurei com um sorriso provocador nos lábios.
— E nem você me conhece totalmente. Então acho que estamos quites.
Passou-se um tempo e o lanche havia chegado.
— E ai? E o que você está fazendo sem o Capitão América? - Indaguei enquanto bebericava o chá quente.
— Bem, eu não deixei de ser o Capitão América. Apenas um agente da SHIELD.
— O que você nunca foi - Completei.
— Por que você diz isso?
— Você não tem a personalidade de um agente da SHIELD. Nós somos bem diferentes de você. Então não se encaixa na SHIELD.
— E como é a personalidade de um agente da SHIELD?
— Fria - Respondi com uma palavra. Observava a chuva fria lá fora formando um mormaço no lado de dentro, o que esfumava as janelas - Todos somos frios e feitos para salvar o mundo. Como máquinas. Não é correto demonstrar sentimentos, seja o qual profundo eles sejam. Você não é nada disso.
— E nem você.
Virei-me para ele, com um sorriso irônico nos lábios.
— Como eu disse: você não me conhece.
Steve suspirou.
— Você não é mais uma agente da SHIELD, Natasha. Não precisa respeitar essas leis mais.
Concordei com a cabeça. Mas ainda não acreditava nisso cem por cento.
— Há muitas coisas que eu não posso te contar, Steve. E acredite, eu queria. Eu não fui criada para ser uma agente da SHIELD. Fui criada para ser outra coisa. Não é porque deixei de ser da SHIELD que essas regras sairão da minha cabeça.
— Então você não tem sentimentos? É um robô altamente programado para matar e não amar?
Eu estava pensando em uma resposta sincera para isso quando meu celular vibrou.
Procurei-o na bolsa e vi a mensagem. Respondi e deixei-o na mesa.
— Meus sentimentos por pessoas são apenas para me relacionar amigavelmente.
— Uau - Ele franziu a testa e sorriu maliciosamente - Como se você não sentisse nada mais forte por alguém...
— E não sinto - Protestei.
— Ok. Então pode me dizer sobre o seu lance com o Barton?
— O quê? Você acha que... Ah, espera aí. Você está com ciúmes.
— O quê? Não. Eu só estou perguntando.
— Bem, para sua informação, eu não tenho nada com o Barton. Ele é apenas um amigo íntimo. Mas não a ponto de termos uma amizade colorida, ok? É só que passamos por muita coisa juntos. Ele me conhece bem. E eu o conheço bem.
— E esse colar?
— Eu ganhei dele. E daí?
— Nada - Ele deu um gole no cappuccino.
— Ciúme não faz o seu estilo - Também bebi meu chá, segurado um sorriso provocador.
— Por que eu teria ciúmes?
— Eu não sei... Talvez porque você...
Antes de eu terminar a frase, o celular de Steve tocou. Ele atendeu.
— Hey, Sharon.
Então caiu a ficha. Não pude acreditar. Mas é claro. Eu disse a ele para ligar para a enfermeira que na verdade era uma agente da SHIELD. Como eu pude ser tão boba?
— Sábado à noite? Ok. E eu pago. Ok. Até - E desligou.
— Vejo que está saindo com a enfermeira - Comentei seca.
— Bem, esse vai ser nosso segundo encontro. Sabe.
— Acho que já terminei aqui. Você pode pagar Steve? - Disse me levantando com pressa.
— Ei, aonde você vai?
— Pra casa - Respondi tentando ao máximo não chorar.
Steve deixou o dinheiro na mesa e saiu atrás da mim com pressa.
— Espera Nat! - Gritou ele.
Eu não virava para trás. Apenas ignorava-o.
— Eu estava brincando. Eu disse para ela que não posso sair com ela porque estou apaixonado por outra mulher! - Ele gritou de longe.
Parei no lugar. Dei meia volta e olhei para ele.
O doce Steve molhando-se na chuva apenas para finalmente admitir seu amor.
— Ela pensa que eu não a amo, sabe? Ela acha que não a conheço o suficiente. Mas ela tem o cabelo mais cheiroso, a pele mais macia e os olhos mais lindos que já vi.
Ele se aproximava lentamente.
— E sim. Eu tenho ciúmes dela com esse tal de Barton - Ele fez uma careta brava - E eu não quero que ela vá sozinha para casa. Eu a quero perto de mim.
Não pude segurar o sorriso. Nunca em minha vida alguém se declarou assim para mim.
— Mas a pergunta é: Ela sente o mesmo? - Steve deu o último passo é parou de frente para mim.
Larguei o guarda-chuva na calçada.
— Ela sente o mesmo - Afirmei.
Ambos sorrimos e Steve puxou-me para mais perto.
— Então ela não vai se importar...
Senti suas mãos se colocarem ao redor da minha cintura e me puxarem levemente para perto.
Nossos rostos a poucos centímetros um do outro e a respiração leve de ambos sendo sentida por nós dois.
Steve deu o último passo e selou nossos lábios. Não foi como da vez em que eu o beijei para disfarçarmos. Foi totalmente diferente.
Daquela vez, senti que ele não estava preparado e confuso, mas agora ele estava determinado a conseguir o que ele quer.
Steve envolveu-me pela cintura e coloquei as mãos ao redor de seu pescoço.
Logo tivemos que nos separar para recuperar o ar.
Fitei seu rosto. O cabelo molhado caia por cima da testa e seus olhos estavam brilhando como nunca.
Steve fazia o mesmo. Queria gravar o meu rosto na memória assim. Com as mechas molhadas e as gotas da chuva caindo sobre mim.
Começamos a correr pela chuva, pisando em poças e sentindo cada gota nos molhar até o apartamento de Steve.
Assim que chegamos a chuva ainda não havia passado. E era assim que queríamos.
Estávamos ensopados, mas felizes.
— Eu tenho algumas camisetas grandes que podem caber em você - Informou Steve ao trancar a porta.
— Seria ótimo - Respondi enquanto tentava secar os cabelos.
Steve foi até o armário e trouxe uma camiseta social azul clara para mim.
Apanhei-a e fui até seu quarto me trocar.
Steve havia se trocado também. Estava com uma camisa de manga curta e uma calça de moletom. Ele se sentou no sofá esperando eu voltar.
Estava quase caindo no sono quando voltei.
— Já vai dormir, velhote?
— Do que você me chamou? - Riu ele, mas assim que abriu os olhos perdeu a graça.
Ele abriu os olhos e se deparou comigo vestindo sua camiseta. Ela mostrava quase toda a minha perna e deixava claro minhas curvas. Meu cabelo ainda estava úmido e bagunçado, mas isso não era um problema para ele.
Steve corou e se remexeu no sofá nervosamente.
— E que tal um beijo de boa noite? - Aproximei-me e sentei ao seu lado.
— Ãmm...
— Qual é? Não é corajoso o suficiente, Capitão América? - Puxei Steve pela gola
da camisa.
— Já disse que você não me conhece - Ele sorriu maliciosamente e se deitou sobre mim.
Nossos beijos se tornaram mais intensos. Sentia suas mãos passeando pelo meu corpo inteiro.
Ele começou a desabotoar minha camiseta - que era dele - aos poucos até abri-la totalmente.
De repente eu estava apenas com o meu sutiã e minha calcinha preta e Steve passou seus beijos para o meu pescoço.
Agora era a minha vez de me divertir.
Levantei a camisa de Steve e tirei-a com facilidade. Eu tentava manter os olhos abertos para apreciar aquele peitoral forte, mas seus beijos me dominavam.
Puxei o laço da calça e abaixei-a ainda sentindo seus beijos em meu pescoço.
Assim que estávamos apenas com roupas íntimas, Steve me puxou para cima e entrelacei minhas pernas em sua cintura.
Ele nos levou até sua cama. Deitou-se em cima de mim e começou a distribuir beijos da minha barriga até meu pescoço.
Mas logo ele parou. Fechou os olhos com força e mordeu os lábios.
— Não posso fazer isso. Vou te machucar.
— Não, não vai.
— Mas...
— Steve, eu também sofri experimentos. Sou mais forte do que um ser humano normal. E... Eu quero.
Ele deu um sorriso malicioso e eu ri.
Logo ele voltou a me beijar enquanto abria meu sutiã. Depois retirou minha calcinha e eu retirei sua cueca.
Seus beijos se tornaram mais intensos e senti seu membro entrando em mim.
Uma onda calorosa de prazer invadiu a nós dois. Meu corpo inteiro se arrepiou.
Seus movimentos se tornaram mais fortes e rápidos enquanto eu gemia seu nome e arranhava suas costas.
Ele ainda dava lambidas e chupões em meu pescoço enquanto eu mordia sua orelha.
Quando chegamos ao ápice, Steve se deitou ao meu lado.
ofegamos e puxamos nossas roupas de baixo para nós vestir apenas com elas.
Depois nos deitamos frente a frente e sorrimos por termos finalmente nos aceitados.
Steve me puxou e deu um selinho.
— Eu te amo - Ele sussurrou.
— Você me conhece o suficiente para saber quem eu amo - Sorri.
Ele riu.
— Boa noite, Dona Aranha.
— Boa noite, Picolé.
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Bem obrigada se você chegou até aqui e espero que tenha gostado :3 bjinhos