Parecia um sonho, mas não era, e isso era a melhor parte. O homem tinha pele dourada e musculosa, olhos azuis-cobalto como meu vestido, o cabelo negro caia sobre seus olhos, era perfeito, outras partes de seu rosto nem sei descrever. Vestia trajes douradas refinadas, o sapato era de couro vermelho. Me preocupei com minha expressão e fechei a boca, olhei para minha mãe que se certificava que tinha o número exato de caixas.

– Desculpe senhoritas, minha mãe não está presente no momento, creio que essa seja a encomenda de biscoitos mensais. – Ele sorriu para mim gentilmente e pude ver seus olhos brilharem.

– Sim majestade, aonde posso deixar sua encomenda? –Minha mãe perguntou calma, alheia a beleza do príncipe.

Ele gritou um nome, uma garota morena de vestes amarelas apareceu apressada.

– Leve as duas senhoritas até a cozinha, por favor Isha.

Isha nos levou até uma enorme cozinha com mesa prata com oito lugares, a bancada de mármore creme estava coberta com frutas e doces. Isha nos instruiu para deixar as caixas atrás da bancada onde havia outras caixas empilhadas em um tipo de mini bancada.

– Kelsey, o príncipe não te conhece, volte lá e se apresente. – Olhei para ela por algum tempo achando que era piada, mas percebi que não era. Caminhei ansiosa até a sala luxuosa, o príncipe ainda estava lá olhando algum objeto na grande estante. Aproveitei que ele não me olhava para pensar no que dizer.

– Majestade? – ele se virou- Vim me apresentar adequadamente, sou Kelsey Hayes, filha da mulher que faz e traz seus doces. - Fiz uma reverencia do jeito que minha mãe ensinou.

Seus olhos correram pelo meu vestido, um sorriso doce se espalhou pelo seu rosto.

– Sim, a mim você já deve conhecer, Alagan Dhiren a sua disposição.

– Na verdade, não te reconheci pelo nome, apenas sabia que você era um príncipe. – Sorri tímida.

Ele riu, que risada maravilhosa!

– Não sou tão parecido quanto meu irmão, ou sou? Deixa pra lá, você não é indiana?

– Não, fui deportada da América.

– Fez alguma malandragem? – ele sorriu travesso.

– Oque? Não! Lógico que não! Pareço alguém que faz malandragem? – agora eu sorri.

Ele me fitou, avaliando atentamente meu rosto, minha pele ficou vermelha.

– Na verdade, não. Você tem o rosto aberto, bondoso.

Olhei para ele desafiadora.

– E o que meu rosto aberto revela hein?

Ele pensou um pouco, o rosto sereno, uma vontade de toca-lo cresceu dentro de mim. Quando ele ia responder, Isha entrou na sala.

– Srta.Kelsey, sua mãe está pronta para ir.

Oque? Ela queria que eu me apresentasse a Dhiren me dando segundos para isso? Assenti para Isha que se retirou.

Olhei para Dhiren, que tinha uma expressão triste.

– É uma pena que nossa conversa esteja terminando.

– Tomara que a dose se repita. – Sorri e estava me retirando, quando ele segurou meu pulso, minha pele se arrepiou quando a sua mão quente tocou em mim.

– Espere, você vira no baile em comemoração a associação dos reinos?

Olhei para frente , pensativa.

– Acho que é só para os reinos envolvidos.

Ele puxou meu rosto para olhar para ele, seus olhos de safira me hipnotizaram.

– Eu dou um jeito. – Ele sorriu e eu também.

Quando passei pela porta, me virei.

– E espero uma resposta até lá, majestade.

Ele sorriu maliciosamente.

– E até lá espero que não me chame mais de majestade, pode me chamar como quiser.

Olhou atenciosamente para ele então um nome surgiu na minha mente.

–Como quiser... Ren – Ronronei e ele se deliciou com isso.

Após me despedir, fui para a cozinha encontrar minha mãe.

No caminho para lá fiquei pensando sobre a nossa conversa.

Porque tinha que ter acabado? Estava tão interessante. Não é justo.

Não podia acabar.