How about...Us? escrita por Alexy


Capítulo 6
CAPÍTulo 6 - EU NÃO Devia...


Notas iniciais do capítulo

Galera, desculpa esses problemas dos TÍTUlos DoS CAPÍtulOS estarem desse jeito, mas eu não sei o que tá rolando, muito menos como concertar isso.



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Expliquei a situação a Castiel e ele ligou, irritado. Mais até do que eu estava.

Esse seu pai não tem vergonha, não?! Suborna a Diretora e ainda…nossa…

—Eu ainda não tenho certeza de nada, Castiel!

Como assim você não tem certeza?! Você já tem mais que provas suficientes!

Ao falar disso, de certa forma me sentia culpado, então, tentei mudar de assunto.

—Esquecendo isso…Eu tenho uma coisa….várias até, pra te mostrar. Será que dá pra ir na sua casa?

Claro que dá, eu vou-te buscar agora.
—Nossa que pontual. Até.

—Até mais.

Castiel desligou a chamada.

Aproveitando essa onda de “seu pai não vale uma bosta” decidi mostrar a ele as manchas que marcavam minhas costas. Castiel e provavelmente, toda escola acreditam ser marcas de Box. Eu não luto faz bastante tempo, pelo menos um ano e meio. Estou até mais fraco.

Em menos de cinco minutos o Ruivo estava batendo na minha porta. Com alguma dificuldade abri.

—Podemos sair?

—Podemos.

Eu estava andando apenas com um pé, firmando as mãos e braços nas paredes ou móveis, então Castiel me cedeu o ombro até entrar no carro.

—…Obrigado.

Ele apenas sorriu.

[…]

—O que você tinha pra mostrar?

—Eu….

O mais alto olhou pra mim, como se dissesse “-Você...?”. Meus olhos não conseguiam encara-lo. Ele estava feliz por estar comigo, eu conseguia senti-lo. Eu não queria estragar isso.

—Não é nada…de mais…é só que…
Ele me encarou de forma séria e levantou minha cabeça, propositalmente para eu saber disso.

—Não quero saber, me mostra.

Abaixei a cabeça de novo. Desta vez tirei a famosa camisa branca, de meu corpo. Ao tirar a roupa eu tentava imaginar a reação dele. Me sentia culpado por dar a conhecer a verdadeira razão das marcas, a Castiel. Me sentia culpado por tê-las.

Finalmente, virei costas pra ele. Movi a cabeça o suficiente para conseguir vê-lo no canto do olho.

—Essas marcas…elas não são de esporte. São marcas dos vários cintos do meu pai.

Cabisbaixo, fiquei em silêncio. Meus olhos começaram a lacrimejar ao fim de uns segundos. Lacrimejar era pouco. A única coisa que eu conseguia enxergar eram os rios de lágrimas que ali se formavam. Ao balbuciar estas palavras conseguia sentir um nó na garganta e um cinto nas costas.

O Ruivo não disse nada durante um bom tempo.

—…

Decidi finalmente encarar meu amigo. Ele estava chorando também…em silêncio. Pelo sofá de couro, as lágrimas escorriam e caiam no chão, molhando o piso flutuante.

—…Castiel…!

Pela primeira vez em muitos anos, vi o Ruivo chorar. Sem qualquer expressão no rosto ele perguntou:

—Ainda doem?

Doem. Bastante.

—Doem o bastante pra lembrar delas todo dia.

Os olhos molhados do Ruivo e as lágrimas que deslizavam pelo seu rosto brilhavam com o reflexo do abat-jour do teto.

Ele olhava fixamente para o mesmo.

—A próxima vez que eu encontrar seu pai, eu vou deixar a cara dele igual ele deixou suas costas.

Ele falou isto de um jeito calmo, que me assustou.

—NÃO! Por favor não! Eu não quero que você se machuque por culpa minha! Por favor! Não faz isso!

Segurei em seus ombros, puxando-o contra meu corpo, abraçando-o forte. Ele retribuiu o abraço.

—…Ele merece pior.

Afastei-o de mim. Segurando em seus ombros, novamente.

—EU GOSTO DE VOCÊ!

Abaixei a cabeça, mas ainda deu tempo de ver a expressão do Ruivo mudar de tristeza para espanto.

—Eu gosto de você e não é pouco! Eu quero você por inteiro!

Voltei a olhar nos olhos dele.

—Se eu tiver como evitar, eu não posso permitir que algo ruim aconteça com você!

Neste momento eu estava mais irritado e envergonhado que qualquer outra coisa. Meu nervosismo fez com que eu, inconscientemente apertasse os ombros do mais alto e chacoalhasse o corpo dele.

Eu estava ofegante e meus olhos encaravam os dele com esperança de uma resposta.

—Sabe, eu até beijaria você agora, mas estou com um gosto de choro muito ruim na boca.

Aliviado soltei o Ruivo. Dei uma risada de leve e respondi:

—…Eu também…!

Castiel riu e deitou meu corpo sobre o dele. Minha cabeça estava apoiada em seu peito. A mão dele fazia cafuné no meu cabelo, me reconfortando.

—Eu sinto o mesmo por você, Nath.

Nós adormecemos no sofá. Durante a noite começou a ficar frio e levantei do peito dele, para tentar encontrar algo para fazer o papel de lençol. Meu joelho já parecia um pouco melhor, facilitando minha vida. Agora conseguia firmar o pé do chão e dobrar o joelho. Mas era melhor não abusar.

—…Nath…tá frio...

Castiel, ainda de olhos fechados chamava por mim. Uns minutos depois, ele finalmente acordou e levantou do sofá.

—Porque você está a pé tão tarde?
Castiel me abraçou por trás, enquanto eu tomava um copo d'agua.

—Fui procurar por um cobertor, mas não achei nada.

—Nossa, que fofo. Mas será que você sabe que eu tenho uma cama em casa?

—Eu sei, mas seu quarto não é no primeiro andar?

—É, mas eu posso te levar. Você quer?

Assenti com a cabeça, sorrindo.

Assim foi. Castiel subiu as escadas comigo nos braços e minha camisa no ombro. Chegado ao quarto, o Ruivo, carinhosamente me sentou na cama.

—Tira essa roupa, vou te emprestar um pijama quente.

Tirei a roupa como ele pediu. O quarto do Ruivo era quente e a cama era bem mais confortável do que eu lembrava.

—Você comprou uma cama nova? Estou achando diferente.

—Compr…

Ao olhar pra mim, Castiel paralisou.

—…Castiel…? 'Tá tudo bem?

—S-Sim…! Vamos dormir?

—Vamos, estou morrendo de sono.


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