Os jogos estão de volta! escrita por Ferro e Fogo


Capítulo 2
Desfile dos tributos


Notas iniciais do capítulo

Hello, It's me...Ta bom parei. Então gente, só queria dizer obrigada por lerem, e quero pedir que acompanhem a história, isso é muito importante pra mim, ou melhor, para nós hahah (sim, somos duas pessoas, mas só uma publica as coisas porque a "Fogo" é muito lerda pra isso hahah).
Então obrigada gente, continuem lendo e acompanhando a história amores. Um beijo e um queijo.



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     -Bom dia flor do dia!Tudo bem?

Eu acordo no susto, encarando Peter, que estava sentado no ponta da cama:

   -O que você está fazendo aqui?

  -Bem,acordei mais cedo e vim ver como você estava...Desculpa se incomodei...

  -Você nunca incomoda...

Ele sorri, se levanta, me da um beijo na bochecha e vai em direção a porta:

—O café esta na mesa, te espero lá

 - Okay...

Lavo o rosto e cooco minha roupa do dia anterior, me dirigindo ao vagão seguinte, onde Peter e Haymich tomavam café discutindo animadamente.

 -Posso saber do que estão falando?

Haymich responde ainda mastigando uma fatia de pão:

—Estava perguntando pro seu amiguinho aqui, o que ele acha de ter uma aliança, e pelo visto ele gosta da ideia.

 -É claro que gosta, eu sou a aliança dele!

Falo me sentando a mesa e pegando uma fatia do mesmo pão que eles comiam. Nenhum se comparava ao do meu pai na minha opinião.

 -Aliança além de você Aurora, não seja convencida! Já estou pensando em uns conhecidos meus que adorariam formar uma aliança conosco...

 -Não sabia que você conhecia os tributos...

 -Não conheço, mas conheço seus treinadores, e eu, diferente de certas pessoas - ele olhou pra mim e Peter com o canto dos olhos enquanto passava geleia de amora no pão - Presto atencão nos nomes que da colheita ao invés da bela aparecia do rapaz do dois, ou da garota do 1.

 -Ei!

Dissemos em unissono fazendo Haymich rir, sendo interrompido por Effie que nos chamava até a janela:

 -Vejam crianças! Chegamos!

Olhamos pela janela, haviam muitas pessoas vestidas de modo que eu não conseguia entender, todas elas acenando e gritando.

Ao sair do trem, Peter e eu somos dirigidos  ao Centro de Transformaçao, onde nos separamos, e eu conheço minha equipe de preparação. Todos extremamente escandalosos e com o detestável sotaque da Capital, sibilando a letra S com uma voz extremamente aguda.

Lá, eles me dão branho, enfregando meu corpo de modo que quase rasguem minha pele, fazem minhas unhas e depilam cada centímetro meu. Minha mãe disse que quando fizeram isso com ela, a mesma se sentiu como um pássaro depenado pronto para ser assado.

Após me esfregarem um pouco mais com uma loção para o corpo, eles tiraram o fino roupão que me cobria vez o outra, me analisando de cima a baixo e batendo palminhas em seguida.

 -Perfeita!

 Disse Roobie, uma mulher baixinha com sobrancelhas em formato estranho e cabelo rosa.

 -Fizemos um ótimo trabalho, achei que seria bem mais dificil, dado que é uma doze.

  Exclamou Martin, um homem estremamente magro com os olhos inteiramente negros, coloridos artificialmente.

  -Fique aqui querida, vamos chamar Larelyn!

 Eles sairam como pássaros coloridos, de onde entrou meu estilista alguns minutos depois com um sorriso no rosto. Ele era jovem, tinha altura mediana e belos olhos castanhos, usava denileador azul metalizado e roupas  nada simples, mas fora isso, não tinha tanto o ar da Capital, devidado ao fato de que aparentemente nada em seu corpo fora mudado cirurgicamente.

  -Olá Aurora –ele apertou minha mão- Sou Larelyn, seu estilista, e vou te ajudar a ficar deslumbrante. Não que seja muito difícil.

Sorri com o comentário. Larelyn certamente era uma das pessoas da Capital mais agradáveis que conheci hoje.

 Algum tempo depois vi que esse ano não estavam muito inspirados. Apesar da Capital odiar minha mãe, meu estilista teve uma ideia “espetacular” em suas palavras, para o desfile. Peter e eu estávamos vestidos com um macacão nada comprido, que parecia imitar pedras de carvão em todo ele, assim como as meias nas pernas. De qualquer forma, mesmo sendo muito revelador, não foi isso que me fez sentir apenas um projeto de minha mãe, e sim o fato de que pegaríamos fogo. Me senti extremamente clichê, se queriam fazer como na 74ª edição porque não me mandaram começar uma revolução de uma vez? Esse povo da Capital não deve ter um pingo de sanidade na cabeça.

  Larelyn e Guigia, estilista de Peter, nos posicionam para entrar assim que os tributos do 11 estão partindo com suas roupas de plantas. Aperto a mão de Peter que me tranquiliza:

    -Vai ficar tudo bem, seus pais ja passaram por isso e estão bem né?

   -Claro que estão Peter, depois de uma revolução que fez minha tia e muitos outras pessoas morrerem.

  Sorri Cínica.

   -Não vai ter revolução dessa vez Aurora, não seja idiota. É so um foguinho sintético inocente, pense nisso como uma homenagem a 74ª edição! Já posso até ver a garota do 1 inchada devido a picada de teleguiadas...

   -Engraçadinho você né Peter? Devia ser palhaço!

  Ele mostra a lingua e olha pra frente, se preparando para a entrada. A carruagem começa a andar e me seguro para não cair, recebendo um olhar de Peter enquanto ouvia a mutildão gritando, eles realmente pareciam ter gostado da ideia clichê de Larelyn e Guigia. Flores caiam sobre nós, claramente despertando a raiva dos outros tributos. Os cidadãos da Capital iam a loucura, gritavam nossos nomes e o numero de nosso distrito, nossos rostos nas enormes telas estavam deslumbrantes. Sempre soube que não era uma garota feia, mas nesse entardecer eu pude ter certeza que era linda. Os olhos azuis de Peter entravam em contraste com o fogo e o tornavam ainda mais belo, coisa que tenho certeza de que os meus também faziam.

   O caminho até o Circulo da Cidade durou cercade 20 minutos de pura euforia da multidão até pararmos em frente e mansão da presidenta, onde residia há 16 anos o já falecido presidente Snow, também conhecido como “mostro que comandou os jogos e depois morreu de rir”, na verdade, apenas eu e Peter o chamavamos assim, um apelido criado depois de sabermos de toda a história quando crianças.  Sua neta, a atual presidenta, uma mulher ainda jovem com os cabelos finos e castanhos, dá boas vindas e faz seu discurso, antes dito por seu avô. A medida que anoitece, alguns tributos nos encaram com cara feia, outros com admiracão, principalmente depois do fim do discurso, quando nossas carruagens  desfilam em torno do Círculo uma ultima vez e chegamao centro de treinamentos.

 Nossa equipe nos da os parabéns e comentam sobre o desfile como um bando de tietes, o que me faz tomar um pouco de distância deles. Acariciava o cavalo negro que tinha puxado nossa carruagem quando alguém se aproximou:

—E ai lindinha, tem namorado ? 

Era o garoto do 2.

—Você sempre chega assim em silêncio e assusta as pessoas?

—Sim garota em chamas 2.0, faço sempre isso.

—Não me chame assim 2, pode me dar licença? – Ele atrapalhava a passagem.

—Não antes de responder minha primeira pergunta. – Ele sorriu cínico, me fazendo mentir.

—Sim 2, eu tenho. Porque?

—Porque agora tem dois. – Ele deu um passo a frente, o que me fez dar um para trás.

—Fazendo novas amizades Danilo? – A garota do seu distrito se juntou a nós – As vadias que você pega lá no 2 não são suficientes?

Peter decidiu também argumentar enquanto chegava perto de nós:

—E você Aurora? Novos amigos? Não sabia que eu era tão altamente substituível!

Reviro os olhos enquanto o garoto olha novamente para mim e diz:

—Hm,agora já sei seu nome...Ele é bem bonito por falar nisso.

—Crianças...Como é difícil cuidar delas, né Danilo? Cuidado para não fazer uma!

A garota fala olhando para brutamontes do seu distrito que está ao seu lado, sendo respondida por Peter ao invés de Danilo;

—Nem me fale! Essa aqui sempre me da trabalho né Aurora?

Ele me olha pelo canto do olho e a menina baixinha solta uma leve risada quando me vê bufar.  Haymich se aproxima, ao ver isso Danilo volta o olhar pra mim:                                                                                                                                                                               

—Nos vemos por ai Aurora...

Ele toca na ponta do meu nariz e vai em direção a sua equipe, levando a garota consigo.

—Gosto de ver vocês falando com eles... – Haymich  diz ao se aproximar e passar o braço ao redor do ombro de Peter.

—Pois esta vai ser a última vez! – Digo seca.

—Qual o motivo dessa felicidade toda Haymich? Effie e você finalmente vão assumir que tem um caso? – Peter diz nos fazendo rir, mas não acabando com o sorriso de Haymich.

—Engraçado você Peter, mas é algo bem melhor que isso...Digamos que seja bom que interajam com as pessoas de sua aliança.

Nossos sorrisos desaparecem e nós dizemos em uníssono:

—O que? Nem fodendo!

—Olha a boca crianças, é muito feio usar esse tipo de linguagem. – Nosso mentor diz ainda com um sorriso.

— Haymich...você não entende a gravidade da situação! Aquele conquistadorzinho barato cheio de músculos quer estuprar a Aurora! – Peter não escondia o ciúmes.

— É tudo parte da estratégia dele Peter. Ele quer me seduzir para que eu me torne um alvo mais fácil. Geralmente usam isso quando não tem nenhum recurso além de beleza, eu usaria Cashmere como exemplo, mas o tal de Danilo não parece ser tão inteligente para que faça isso do modo certo como ela. – Peter me olhou espantado enquanto Haymich ria.

—Os dois estão errados. Enobaria me disse que Danilo é assim mesmo, não se preocupem com ele, cão que ladra não morde Peter – O moreno revirou os olhos – E essa não é a estratégia dele Aurora, temos algo muito mais legal planejado e acredite, ele ainda não sabe o que é. – Haymich sorriu com ironia.

 -E nós? Podemos saber que estratégia brilhante é essa? – Eu disse curiosa.

 -Logo logo vocês saberão lindinha...Vamos subir logo, temos muito o que fazer.

 O seguimos até o elevador, onde Enobaria e os tributos do 2 já estavam. Danilo sorri ao me ver:

  -Olha se não é a garota em chamas 2.0 e seu namoradinho ciumento! Já tiveram a DR?

Decidimos ignorar até que Haymich quebra o gelo:

—Peter e Cléo podem fingir um casal nos jogos...Todos nós sabemos que essa é uma boa estratégia e esse povo da Capital adora... 

Cléo, a garota loira baixinha solta uma risada irônica:

—Mas nem que me paguem! Enobaria! Você não tem nada a dizer a esse bêbado? –Ela encarou a mentora com raiva.

—Ex bêbado Cléo, mais repeito –Danilo e Haymich deram uma risada abafada – E só tenho a dizer, obrigado Haymich! Por informar a estratégia de forma tão boa aos nossos tributos!

—Então essa é a estratégia? Os dois fingem namorar e o resto da aliança fica assim? Sem nada pra fazer? – Me excedi.

—Menos barraco Aurora, essa não é a estratégia. Nosso plano é uma aliança composta por casais. Todos amam casais, ainda mais casais fortes e que sabem lutar como vocês. Carreiristas apaixonados será uma ótima coisa caso queiram patrocinadores. –Haymich disse com calma.

 -Mas eles não são carreiristas! São do 12! – Cléo fala sendo repreendida por Enobaria.

 -Podem ser 12, mas lutam tão bem quanto vocês, ou até melhor! – A loira abaixou a cabeça – Esse ano o 4 não quis entrar na aliança, a garotinha aparentemente tem medo de vocês, então se contentem com o 12. Vocês sabem quem são os pais da garota certo? Tendo isso em mente vocês devem se convencer de que sim, agora eles são carreiristas.

Danilo digeria a informação devagar e perguntou com um sorriso:

 -Espera...Se vocês querem juntar o tal de Peter com a Cléo quer dizer que...Eu terei de namorar a Aurora?

Haymich corrigiu:

—FINGIR namorar a Aurora. E isso depende dos tributos do 1. Mas visto que provavlemente os loiros já se peguem escondidos...Sim, você sera a “paixão” da Aurora.

 O carreirista comemorava enquanto eu pirava:

 -Vocês estão loucos? Eu nem quero ser carreirista, minha única aliança seria Peter! Agora vocês vem me dizer que também tenho que atuar em um romancezinho de quinta para agradar os patrocinadores? Eu até aguentaria fazer parte da aliança, mas eu me recuso a namorar esse infeliz!

 Danilo me olhou:

—Ai! Essa doeu princesa!

 Estava prestes a retrucar quando as portas do elevador se abriram e Haymich nos empurrou para fora dizendo:

 -Conversamos melhor lá dentro!

Peter parecia tão cunfuso quanto eu:

 -Isso não é permitido. É?

Enobaria sorriu se sentando no sofá:

 -Agora é meu bem. As coisas mudaram bastante desde 25 anos atrás.

 Me sentei no sofá da sala de estar do segundo andar ainda meio confusa, tudo estava indo rápido demais, eu não entendia porque tínhamos que estar nessa aliança. Porém, algo bom tinha de vir disso. A chama da esperança que tinha de ficar viva, pareceu brilhar mais forte.


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