Sempre te amei. escrita por AnaClaudiia


Capítulo 10
Capitulo 10: Gêmeos




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/574885/chapter/10

Por João Lucas
Eu estou muito preocupado. Desde que nasci fui criado no luxo, nunca me considerei um mimadinho, filho de papa,i mas confesso que não sei se saberei lidar com a falta de grana.
Du está dirigindo o carro rumo a nossa casa e ao olha la vejo que está tranquila. É bom saber que contarei com seu apoio nesse momento...
Du: Fala alguma coisa Lucas, você veio de Angra até o Heliponto calado, pelo amor de Deus né? Ficar pobre por uns tempos também não é o fim do mundo...
JL: Como você consegue ficar tranquila? Vai saber quando a polícia federal vai desbloquear os bens da família... Onde a gente vai morar? Porque não dá pra ficar morando na casa dos outros Du... A não ser que você queira voltar pra casa da minha mãe!
Du: Lucas, eu aposto que isso não dura nem 4 meses, nesse tempo a gente aluga um apartamento pequeno, só pra nós dois... Você não disse que tem uma grana guardada?
JL: Até tenho, só que não dura por esse tempo todo...
Du: A gente arruma um emprego ué... Fome a gente não passa, para de drama.
É até engraçado a facilidade que ela tem de simplificar as coisas... Eu a olho com ternura e lhe digo.
JL: Você existe mesmo? Porque se sim, eu sou o cara mais sortudo do mundo por ter te encontrado...
Du: Eu existo e to aqui pra te ajudar em tudo... Fica tranquilo Leki!
JL: Já falei que é Amor. - disse fingindo estar bravo
Du: É o costume, meu Amor!
Fico mais calmo e sigo até em casa conversando com Du sobre o futuro.
Quando chegamos na rua de nosso antigo lar, nos deparamos com uma quantidade absurda de repórteres. Eles tentam parar nosso carro para que eu dê uma declaração a eles, mas vendo que não iriamos parar, nos passar e entrar na garagem do prédio.
Du: Bora subir Lucas... Ó, e se prepara, que pelo jeito o clima lá em cima deve estar péssimo!
Subimos de mãos dadas até nosso andar e, como já era de se esperar, quem nos recebe é Silviano, com a mesma calma de sempre.
Silviano: Master Lucas e Senhorita Eduarda, entrem... Fizeram boa viagem?
Du: Fizemos sim Silviano... Mas eae, como está o clima?
Ele aponta para que nós seguíssemos até a sala e diz.
Silviano: Veja você mesma.
Ainda de mãos dada, eu e Du andamos até encontrar toda família reunida na sala.
Quando meus irmão me vêem, simplesmente me dão um aceno de cabeça. Ninguém queria conversar, pela primeira vez em anos, a família estava toda calada. Ninguém estava brigando com ninguém, nem lançando olhares de raiva. Todos estavam ali sentados, apenas sofrendo calados, pensando no que irão fazer daqui pra frente.
Eu me sento do lado de Maria Clara e é ela que interrompe nosso silêncio.
MC: Chega né gente? Isso daqui ta parecendo um velório! Vamos animar, não é o fim do mundo... Até a empresa e nossos bens não serem desbloqueados a gente pode arrumar um emprego... Sei lá!
Olho para meus irmão e percebo que sou o único sem saída ali. Me levanto e aponto para Pedro dizendo:
JL: O Zé Pedro é formado numa das melhores faculdades de Boston, rapidinho arruma um emprego. - Me viro para Clara e continuo a falar - Você é uma das melhores Designer de jóias desse país, vai chover propostas pra você... - Vejo Cristina sentada num canto distante da sala e riu dizendo - Até a Cristina tem o Camelodromo caso não arranje outra coisa... Enquanto eu?! O que vou fazer gente. - Nesse momento uma lágrima cai de meu rosto. Percebo que de todos os irmãos, eu sou o único sem formação alguma, sem oportunidades.
Du vem até mim e me abraça dizendo.
Du: Calma cara, a gente dá um jeito... Olha, qualquer coisa eu peço um emprego pro Manuel, ou pra Xana... Sei lá, a gente dá um jeito!
JL: Mas Du, não quero que você trabalhe... Nosso filho vai nascer daqui a alguns meses, não queria que ele chegasse a esse mundo com a gente nessa situação!
MC: Calma Lucas, tudo isso é temporário... É até concluírem a investigação. Quem sabe até o bebe de vocês nascerem, tudo já não se resolveu em? Vamos ser otimistas!
JL: E essa casa? Vocês vão continuar a morar aqui?
MC: Não sei Lucas... Duvido que a polícia federal venha bater aqui pra nos despejar, porém não vamos conseguir manter esse apartamento sem a grana da Império... O condomínio é muito caro. A gente vai acabar saindo daqui também!
Du me abraça e ficamos assim por alguns minutos... Eu me levanto do sofá e fazendo sinal para que Du faça o mesmo digo.
JL: Vamos embora Du, ficar aqui não vai adiantar nada! - vamos indo a caminho da porta quando me lembro de fazer uma pergunta- O meu carro ainda é meu ou corre o risco da polícia ir atrás dele também?
MC: O carro ta no seu nome, só foram bloqueados os bens no nome da Império, do pai e da mãe...
JL: Menos mau... - Me despeço de todos e vou com Du até a garagem.
Quando chegamos até lá embaixo olho para a Eduarda e ela está sorrindo.
JL: Posso saber o que é tão engraçado?
Du: Nada Lucas, é que eu tava pensando que se nada mais der certo a gente ainda pode morar no seu carro né?
JL: Se eu soubesse que um dia isso poderia acontecer tinha comprado uma vam...
Nós dois começamos a rir, Du entra no carro e antes de liga-lo me diz.
Du: Vamos decidir logo pra onde ir porque ficar rodando pela cidade até achar um lugar não dá!
JL: Ah não Du, vai indo, depois a gente vê!
Du: Lucas, primeira lição da vida de pobre: Não gaste gasolina atoa, ta pela hora da morte!
Nunca nem tinha parado pra pensar nisso, riu da situação e pego meu celular dizendo.
JL: Você tem razão, é melhor começar a economizar desde agora! Vou procurar aqui na net e ver um hotel pra gente...
Du: O mais barato em? Nada de cinco estrelas... - Eu a olho e nós dois caímos na risada, ela está fazendo os meus problemas parecerem mais fáceis de que realmente são. Eu a amo ainda mais por isso.
Quando encontro o hotel ideal, Du dirige até lá.
Pago adiantado 3 dias, acho que nesse tempo consigo um apartamento pra gente, afinal tenho os meus contatos...
Vou com Du até o elevador carregando nossas malas, Eduarda me olha sorrindo e diz
Du: Como é a sensação de estar em um hotel que não tem um carregador de bagagens em?
JL: Mas você ta muita engraçadinha hoje em? - Coloco nossas malas no chão do elevador e quando as portas se fecham pego Du pela cintura e a coloco imprensada na parede - Acho que vou ter que te dar um cástido por isso... - digo a encarando.
Du: Aé? E qual vai ser meu castigo? - Me diz se segurando para não rir.
JL: Vai ter que dormir abraçadinha comigo a noite inteira!
Du sorri maliciosamente e beija minha boca. Quando saímos do beijo, ela me olha e fala:
Du: Mas a gente vai só dormir é?
JL: Não... - Digo isso enquanto beijo seu pescoço - Eu tenho uma ideia bem mais legal!
Du: E qual é essa ideia legal em?
JL: Vem cá que eu te mostro. - Puxo o corpo de Du pra mais perto de mim e novamente a beijo, só que dessa vez com mais intensidade.
As portas do Elevador se abrem e, ainda nos beijando, caminhamos em direção a porta do nosso quarto. Quando entramos na suite e estamos a caminho da cama, Du para o nosso beijo e com os olhos arregalados me diz:
Du: As nossas malas Lucas, você deixou no elevador!
JL: Deixa as malas pra lá Du... - Digo tentando beija la novamente.
Du: Você ta louco - Me diz sorrindo- Vai buscar essas malas logo pra gente continuar de onde parou Lucas... Imagina só, sem casa, sem dinheiro e sem roupa pra vestir...
JL: Mas a gente não precisa de roupas agora, muito pelo contrário... - Digo tentando agarra la de novo.
Du: Lucas, para de graça e vai pegar logo!
JL: Ta bom - Antes de sair, lhe lanço um olhar sedutor e digo - Mas eu já volto tá?
Vou até o elevador e ele não está em nosso andar, o chamo e espero alguns segundos. Quando as portas se abrem vejo que nossas coisas não estão lá. Será que estou tão azarado ao ponto de até ter minhas coisas roubadas?
Desso até a recepção e procuro alguém que possa me ajudar. O gerente vem falar comigo e, chamando os faxineiros do hotel, descobre que minha mala foi levada pro achados e perdidos.
JL: Mas vocês são rápidos né? Eu esqueci a mala por menos de 3 minutos e vocês já a acharam e levaram pra outro canto! - digo um pouco irritado. Sei que a culpa é minha, mas de todos os lugares que eu gostaria de estar nesse momento, a recepção com certeza, não faz...
Quando finalmente encontro minhas malas, subo com elas até o meu andar.
Quando o elevador finalmente abre as portas dou de cara com Du.
Du: Nossa, pensei que tinha desistido de mim... Que demora é essa?
JL: Acredita que a mala tinha ido pro achados e perdidos? Até acharem foi um século... Mas porque, ficou com saudades?
Du: Muita! - Du coloca os braços sobre meu pescoço e nós dois começamos a nos beijar, ali mesmo no elevador.
Dessa vez paramos por alguns segundos e, pegando as malas, vamos em direção a nosso quarto.
Enquanto deixo nossa bagagem num canto qualquer, Du tranca a porta de nossa suite. Eu a olho e pergunto.
JL: Aonde a gente parou mesmo?
Du: Olha que eu não sei... A gente vai ter que começar tudo de novo. - Nesse momento vou até ela e a beijo. Um beijo demorado, e quente.
A caminho da cama, ela tira minha blusa e eu faço a mesma com a dela. Em poucos segundos estamos completamente nus.
Eu beijo todo seu corpo e ela se entrega novamente pra mim. É incrível como o mundo desaparece quando estou com Eduarda, nada mais impota, a única coisa que quero é sua boca, seu corpo, seu carinho...
Depois de nos amarmos, Eduarda, ainda ofegante me diz:
Du: Sabe Lucas, agora que você não tem que ir trabalhar a gente podia fazer uma coisa...
JL: Fazer o que Du?
Du: Eu ainda não comecei meu pré natal...Nós podíamos marcar pra manha né? Se algum médico tiver jorário, dai você vai comigo!
Eu não consigo conter a alegria e ao me levantar da cama vou até minha mala procurar me notebook.
JL: Mas é claro meu amor, eu mal posso esperar pra poder saber se tá tudo bem com nosso filho... Ver ele na ultrassom! Vou pegar o note pra ver um médico aqui por perto... - Olho pra Du que, sorri pra mim sentada na cama, e continuo - Viu? To aprendendo a economizar gasolina! Nada de médico longe...
Nós dois rimos e começamos a procurar uma clínica.
Eu acho um consultório a dois quarteirões daqui e decidimos que amanha cedo ligaremos pra marcar consulta.
O restante da noite foi complicada, eu quase não consegui dormir direito de tanta ansiedade... Amanha eu ia ver o meu filho pela primeira vez, mesmo que seja por uma tela de computador toda borrada. No meio da madrugada olha pra Du e ela dorme como um anjo, sei que ela também está ansiosa pra "conhecer" nosso filho, mas isso não tirou o sono dela.
Quando acordo são 9 horas da manha. Apesar da noite mal dormida, sou o primeiro a abrir os olhos. Me levanto da cama devagar, para não acordar Eduarda e pegando meu celular ligo para o telefone da clínica que achei ontem a noite.
Quem me atende é uma mulher muito simpática, ela me diz que estou com sorte, uma paciente acabou de ligar cancelando a consulta dela hoje. Pergunto que horas era a consulta e ela me diz que estava marcada para as 10 horas da manha.
Ao desligar o telefone me apresso pra acordar Du.
Vou até ela na cama e lhe dando um beijo digo:
JL: Acorda, não quero me atrasar!
Ainda sonolenta Eduarda me diz:
Du: Atrasar pra que Lucas?
JL: Pra conhecer nosso filho. Acabei de ligar na clínica e a moça me disse que, por sorte, uma cliente desmarcou a consulta... Só que é pras 10 horas e agora... - disse conferindo o relógio - Agora são 9:10. A gente tem 50 minutos pra tomar banho, se arrumar, comer alguma coisa e ir...
Du dá um pulo da cama e pegando uma toalha me diz.
Du: Então eu tomo banho primeiro!
JL: A gente pode tomar banho junto...
Du: Nem vem Lucas, ai que nós vamos se atrasar mesmo!
Vendo que ela está certa a deixo ir tomar banho logo.
Quando ela sai do chuveiro, eu entro logo em seguida.
Quando saiu ela ainda está procurando o que vestir.
Du: Caramba Lucas, não tenho roupa pra ir no médico!
JL: Ué Du, ponha qualquer coisa... Tanto faz!
Ela escolhe uma roupa e enquanto nos arrumamos ela me diz.
Du: Imagina o dia em que a gente estiver indo lá pra saber o sexo do bebe?
JL: E o dia que a gente estiver indo pra maternidade pra ter o bebe? Nossa, eu vou ser o homem mais feliz do mundo!
Eduarda para de se arrumar para me dar um beijo e logo em seguida volta sua atenção para seu rímel e lápis de olho.
Eu fico pronto primeiro e ao olhar no relógio vejo que estamos quase atrasados.
JL: Du, já é 9:40, ainda bem que o consultório é perto... Mas anda, a gente tem que tomar café da manha ainda!
Du: Fica tranquilo que eu não to com fome!
JL: Nem pensar Du, tem que comer... Você não ta com fome mas meu filhão deve tá né?
Ela sorri para mim e ao ficar pronta nós dois dessemos para tomar café.
Comemos rapidamente e vamos para o carro.
Eduarda dirige até o consultório e rapidamente chegamos lá. Olho no relógio e estamos 1 minuto adiantados.
Du me olha e diz sorrindo.
Du: Esse é meu record de rapidez!
Entramos na clínica e uma moça vestida de branco nos recebe.
B: Bom dia, eu sou Bruna... Vocês são - diz conferindo um caderno- João Lucas Medeiros e Eduarda?
JL: Sim, eu marquei uma consulta hoje cedo!
B: Sim, o Doutor já vai recebe-los. Podem aguardar... - Ela nos aponta uma cadeira e nós dois sentamos juntos e esperamos ser chamados.
JL: Meu coração ta quase saindo pela boca! Será que está tudo bem com ele... Ou com ela! Sei lá. - Nesse momento uma porta se abre a nossa frente e um homem, de uns 50 anos, vestido de branco, aparece em nossa frente.
Dr: Olá, eu sou o Dr. Angelo, vocês são Eduarda e João Lucas certo? - Nós dois nos levantamos e cumprimentamos o médico, ele faz sinal para que entremos em sua sala e, ao entrar ele nos indica uma cadeira.
Dr: E então Eduarda, de quanto tempo você está grávida?
Du: De uns 3 meses Doutor...
Dr: E você já começou o pré natal em outro médico ou essa é sua primeira consulta?
JL: É a primeira... - disse sorrindo.
Dr: Muito bem, se é assim, vamos começar os exames. Eu preciso medir sua pressão, te pesar e fazer uma ultrassom.. Tudo bem?
Nós dois concordamos, e depois dos dois primeiros exames o médico nos informa que Du está com um peso ideal e a pressão controlada.
Dr: Agora vamos fazer a ultrassom... Eduarda, você poderia se deitar ali - disse apontando para uma espécie de maca cheia de computadores do lado. Eduarda obedece e ele continua - Agora erga a blusa por favor... Eu vou passar esse gel em você, ele é um pouco gelado ok?
Eu me sento ao lado de Du e quando as imagens começam a aparecer lágrimas dessem de meu rosto. Eu não estou entendendo nada do que aparece naquela tela de computador, mas sei que aquele monte de morrões é o meu filho. Meu primeiro filho.
O médico fica olhando para a tela do computador em silêncio por alguns segundos e eu começo a ficar preocupado.
JL: O que foi doutor?
Eduarda, que a essa altura também está preocupada, também pergunta, com lágrimas nos olhos, o que estava acontecendo:
Du: ta tudo bem com meu filho?
Dr: Ah sim, desculpe, está tudo bem com o bebe, ou melhor, com os bebês! É que a ultrassom está mostrando que vocês não vão ter um filho!
Du: Como assim Doutor?
Dr: Parabéns Eduarda, você está gravida de gêmeos!
Olho para Eduarda e ela parece estar desesperada. Se um filho já exigia muita maturidade imagina dois?
Quando a minha fixa cai, eu começo a sorrir, beijo a boca de minha futura esposa e lhe agradeço por esse presente.
Eu a olho novamente e ela está chorando. Não parece ser de alegria.
JL: Que foi Du? - Pergunto preocupado.
Pensei que a fase de medo do futuro já tinha passado, mas ao vê la daquele jeito, percebo que não.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sempre te amei." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.