Segunda eu já tinha voltado ao normal. Tava muito zureta. Deve estar chegando aqueles dias.

Entrei na sala de aula e já me sentei.

Sensei Ann é muito explicava, explicava, e eu no mundo da lua.

Quando começou o recreio, saí da sala que nem zumbi.

Era um dia normal

com coisas normais.

Que é um tédio!

Era o que eu achava hoje.

– RIN-CHAN!

Eu olhava pra frente e não acreditava.

– PRIMA-CHAN!

Corri e pulei em cima dela e abracei-a!

– Quando tempo! Que saudade!- disse.

– Digo o mesmo, Rin-chan!

– Nani?- vi que ela estava com uma expressão séria.

Desgrudei dela e me virei.

Vi Gumi e Merli a encarando, e depois foram em rumo ao refeitório.

– Então Rin, e as novidades?

– Ahn... uma aluna nova, que já não é nova, é minha amiga.

– Que bom! Eu vou ficar aqui por três dias!

– Oba! Vamos comer?

Fomos ao refeitório, longe das duas claro, e comemos e rimos bastante.

– Achava que você não poderia entrar aqui.- disse.

– Os professores me amam! Ainda não entendeu?

Rimos mais.

Um garoto veio correndo anunciando algo:

– Merli está brigando com uma garota do terceiro ano!

Esqueci que Merli era valentona na sua outra escola!

Eu e Prima fomos correndo até lá.

E quando chegamos, a cena era de se desesperar.

Merli e uma garota mais velha, estavam roxas e suas roupas rasgadas.

Olhei pro e vi Gumi. A face dela estava indescritível.

Não sabia se estava serena ou perplexa com a cena.

Será que ela inventou isso?

A coordenadora as puxou com força pra diretoria e mandou todo mundo circular.

[...]

Já tinha batido o sinal há algum tempo. Eu, Gumi e Prima, estávamos sentada em frente a diretoria.

– Olá, Prima...- disse Gumi secamente.

Eu estava entre elas.

– Olá, Gumi. Sentiu minha falta? Humpf, sei que não.

– Talvez eu tenha sentido, Prima!

– Quê?

– Mas não senti!- e empinou o nariz.

– Só podia ser.

Depois a Gumi abaixou sua cabeça e tirou sua mexa atrás da orelha pra esconder seu rosto.

Tinha algo estranho, muito estranho.

Foi um silêncio longo, até as duas saírem da sala.

Nós três no levantamos na hora. A outra garota foi embora direto.

– Nani?- perguntei.

– Fui expulsa.- disse ela sorrindo.

Ela parou em frente a Gumi e disse:

– Parece que acabou tudo por aqui.- Merli.

– Acabou?

– Nossa "amizade".

– Por que entre aspas?- parecia que a Gumi não estava entendendo mesmo.

– Eu nunca gostei de você! Mesmo nós duas sendo parecidas, você conseguiu ser mais estúpida que eu!- Agora adeus!- e foi embora.

– Gumi?- perguntei com o coração na boca.

– Eu to bem.

Prima ria como se ela merecesse.

– Mesmo?

– Rin, você fala muito enrolado! Não con-consigo entender!- Vai pra sala estudar!

E eu fui, como sempre.

[...]

Passaram duas semanas, desde a expulsão da Merli.

Eu ligava pra ela e nada. Ela não manteve contato.

Parece que ela só fingia mesmo.

A nossa popularidade, caiu um pouco. Nós não recebíamos mais cartas e menos da metade dos garotos de antes nos chamavam pra lanchar.

Gumi ta estranha, e muito.

***

Outro dia de aula, e o recreio!

Eu e Gumi ficamos conversando na sala.

Ela parecia mais carente. Ela falava do Piko as vezes, da Prima e até da Merli, mas sempre com seu jeito de durona.

– Eu gosto muito de pudim! Você gosta de pudim, Rin?

– Sim, gosto de pudim de pão!

Enquanto ela falava, meus olhos olhavam pra sala com algumas pessoas.

Pocema e Piko conversavam normalmente. Até aí tudo bem.

Logo depois o Len chega e ela começa a tremer.

– O que tem ela?- Gumi pergunta com desprezo.

Vi que ela estava ficando pálida.

– Vou ajudá-la!- fui lá correndo.- O que você tem, Pocema?

– A-Arritmia!- ela estava desesperada.

Não conseguia pensar direito e logo disse pra ela subir nas minhas costas. Tinha esquecido que os garotos estavam presentes e saí com ela correndo pro hospital (que é bem perto).

[...]

– Doutora, doutora!

– Posso ajudar?

– Minha amiga está com uma crise de arritmia!

Fomos e a doutora fez um exames nela.

– Então doutora, o que ela tem?- perguntei aflita.

– Ela não está com arritmia. Mas o que houve pra ela ter chegado nervosa assim?

– Ela estava conversando co um amigo e depois veio outro amigo nosso e ela começou a tremer!

E a doutora riu que deixou nós duas confusas.

– Eu disse algo engraçado?

– Não, não. É só paixonite!

– Paixonite?- nós duas perguntamos.

– Então por que eu não conseguia respirar?- Pocema perguntou.

– Uma parte é da paixonite e outro porque você ta com uma bronquite leve.- Antes que piore, vou pegar o soro. Com licença.

E nós duas ficamos sozinhas.

Isso aconteceu quando o Len tinha chegado!

– Então você tem uma paixonite pelo Len, né?- fui curta e grossa.

– NÃO, NÃO, NÃO, NÃO!- ela começa a balançar os braços em negação corada- Eu não gosto do Piko!- ela tapa a boca na hora- Perai, Você disse Len?

– Não. Acredito!- sorrio de orelha a orelha.- Mas você disse que não gostava de ninguém!

– Isso era antes!

– Quanto isso começou?

– E-Eu não sei...

– To feliz por você! Eu vou ao banheiro e já volto!

– Ta.

POV POCEMA

Rin saiu e me senti aliviada. Tive que dar tapinhas nas minhas bochechas pra sair o nervosismo.

Eu ouço passos pesados entrando na sala onde estou.

– Que droga! A Rin enrola tanto a língua que não entendo nada! Mas você eu ouvi muito bem, Pocema!

– Gumi?- perguntei surpresa.

Ela chega bem perto de mim e me encara.

– O que você quer?- perguntei.

– O Piko é meu! E nenhuma nanica, feita você, vai roubá-lo!

Eu estava super nervosa! Mas tive que me manter durona!

– Pelo o que eu soube, o Piko é dos pais dele. Está até registrado em sua data de nascimento.- dei até um sorriso vencedora.

Ela ria sarcasticamente.

– Não vou pegar leve com você só porque é fofa.

– Obrigada pelo elogio!- disse jogando meus cabelos no vento a imitando.

Ela já estava vermelha de raiva.

– Então é guerra!

Tremi agora.

– Então ta.

E ela saiu e comecei a chorar.

– Por que eu sou tão sensível?!

POV RIN

Quando saí da porta da sala onde Pocema estava, todos estavam do lado de fora num corredor na recepção. Fui até lá.

– Gente? Por que não estão na escola?

– Viemos ver a nossa amiga!- disse Miko dando duas joinhas.

– Ela muito especial pra gente!- disse Piko. Sim... o Piko! Hehe!

– Todos somos importantes!- disse o Len.

– Será que podemos entrar?- Kaito.

– Claro, vamos!- disse animada.

Andamos pelos enormes corredores, até encontrar a sala onde ela está.

– Chegamos!

Abri a porta e ela já estava com o soro.

– Como está? Estávamos todos preocupados!- disse Yukari.

– Arigato...- ela estava com uma expressão triste.

– Ta tudo bem?- perguntei.

– Ha-hai! Só estou cansada.

– Pocema, você precisa comer! Eu trouxe um sanduíche de lanche, mas pode ficar!

– Arigato Piko.

– Bom...- Meiko- Na sala de música, combinamos que vai ter uma festa do pijama hoje, na minha casa. Se quiser ir, aqui está o endereço!- ela arrancou o papel do bloquinho e deu pra ela.

– Obrigada, vou sim!- ela deu um sorriso fraco.

– Uhuuu, festa das garotas!- SeeU e Yukari deram a louca haha!

– Desculpe, mas a sessão acabou. Vocês devem voltar pra escola.

– Você vai ficar bem, Pocema?- perguntei.

– Sim, já liguei pra minha mãe.

– Ok! Sayo!

– Sayo!

Voltamos pra escola, e chegamos justo na aula de educação física!

[...]

18:30 eu já estava no carro do meu pai a caminho da casa da Meiko.

– Rin, vamos antes, parar na casa da sua tia paa você comer alguma coisa.

– Mas lá tem comida!

– Rin, não se aproveite da comida dos outros!

– Gomen, pai!

– Lá é só as sete mesmo.

– Ok.

Cinco minutos depois, cheguei na minha linda e maravilhosa tia!

– Oi, Rin! Ai, ta tão magrinha!

– Sim! Por isso que preciso de suas goloseimas!

– Me acompanhe, você também, papai da Rinzinha!

– Claro, cunhadinha!

Comemos e sete horas e fui pra casa de Meiko com minha mochila rosa!

Toquei a campainha.

– Olá, Rin! Vamos, entre!

Subimos as escadas e entramos.

Umas estavam de camisolas e outras de pijama fui no banheiro me trocar.

Eu tinha uma camisola amarela linda na minha mochila!

– Cheguei!- Pocema, você veio!

– HAI!- disse ela com um copo de refri.

Nós conversamos, comemos, jogamos video game (perdi quase todas), dançamos (tinha uma caixa de som bem kawaii) e depois, a Meiko fez uma proposta de um jogo cuja nossas vidas não serão mais as mesmas depois de jogá-las.

– QUEM QUER JOGAR VERDADE OU DESAFIO???

– EU!- todas.

Pegamos uma garrafa de refrigerante para girá-la.

– Verdade ou desafio?- Meiko com um sorriso de dar medo.

– Desafio!- Miku.

– Duvido você cheirar o pé da Yukari!

Yukari, a que ama esportes!

– T-Ta...

E ELA CHEIROU!

– ECAAAAAAA!- toda.

Girando de novo.

– Verdade ou desafio?- Yukari.

– Verdade!- Pocema.

– Você gosta de alguém? Se sim, quem?

Ela respirou fundo.

– Sim. DO....DO PIKO-KUN!!!

Só ouvi uns "ÓÓÓÓ"!

Girando!

– Verdade ou desafio?- eu.

– Desafio!- Neru.

– Deixe a Meiko mexer no seu celular!

– NÃAAAO! Isso é maldade!

– Então vai sair da brincadeira?

Então ela deu o celular pra Meiko e ela ficou tirando fotos da loira aborrecida.

– Pronto, já estou satisfeita!- e a entregou.

– QUE ISSO?! Você bateu meu récorde! Demorei tanto...!

– Que tal girarmos a garrafa?- Pocema.

Girando!

– Rin, verdade ou desafio?- SeeU.

Se eu escolher desafio, vão me pedir pra cheirar o pé da Yukari ou mexer no meu celular.

– Desafio!

– Gosta de alguém? Se sim, quem?

Ta na hora, Rin! Hora de expor a verdade!

– HAI!- estava com o coração a mil!

– ÓÓÓ!- todas.

– Quem?- Miku.

Respirei fundo. BEM fundo!

– Do Len!

– ÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓ MAMAMIA!- Miku- Eu apoio!

– Eu já sabia.- Pocema

– Quê?- todas.

– Meio que percebi isso quando a gente estava fazendo trilha.

Então era isso.

– OK, OK!- disse já nervosa- Quer tal dormirmos?

E aí começamos a fazer GUERRA DE TRAVESSEIRO! E depois fomos dormir.

[...]

Quando eu acordei, vi que umas estavam acordadas e outras dormindo ainda.

– Ohayo meninas.

– Tem banheiro aqui no meu quarto. Pode se trocar lá.

– Valeu, Meiko.

Me troquei, cheia de sono, e me joguei na cama da morena.

Parece que estamos bem íntimas. Eu até to me jogando na cama dos outros. (como se não fizessem na minha).

Todas acordaram aos poucos e tomamos um delicioso café da manhã feita pela mãe da Meiko.

– Foi muito divertido, mas agora eu tenho que ir.- Sayo garotas!

– Sayo!

Saí e fui pra minha tia.

Quando eu ia tocar a campainha, alguém me segura por trás.

Aprincípio, eu pensava que era o Len.

– SeeU?!

Ela me vira e tapa minha boca.

– Você não tem o direito de gostar dele!

Tiro a mão dela e começo a falar:

– Dele quem?

– DO LEN! Eu vi ele primeiro! Ele é meu namorado!

– Ele ERA seu namorado!

– Eu não entrei nesse grupo idiota a toa! Eu estou reconquistando o meu Len!

– Pois eu também estou!- na verdade eu nem comecei.

– Então você quer guerra?

– Eu já ganhei!- nossa, sou tão competitiva!

– Espere pra ver!- e ela foi embora.

– Eu vou conquistá-lo, nem que eu tenha que parar de comer laranja!

Ok, eu devo ter exagerado!