Quando Emma e Elsa chegaram em frente a cripta de Regina prontas para entrarem e se desfazerem das fitas que tinham no pulso, Emma parou de repente antes de chegarem perto da porta fazendo com que Elsa passasse de uma vez por ela a deixando para trás. Ao perceber que caminhava sozinha, Elsa parou e percebeu que Emma parecia aflita. Caminhou então de novo até ela e colocou a mão em seu ombro antes de dizer:

–Emma, tudo bem ? Eu sei que tudo que está acontecendo tem te deixado meio transtornada, mas nós precisamos continuar.

–Não, tudo bem, eu só ... eu só precisava respirar um pouco. –ela voltou seu olhar para a cripta e deu uma longa respiração. –Vamos lá.

As duas então se dirigiram até a porta, e a Xerife foi até ela e a tocou sentindo que ali havia um feitiço de proteção, que Regina por certo havia colocado para que não conseguisse escapar. Ela deu um passo atrás e estendeu as duas mãos para quebrar o feitiço, porém nos segundos que se seguiram nenhuma magia foi usada por ela, que permaneceu naquela posição apenas olhando para a porta.

–Emma, o quê aconteceu ? –Elsa se apressou em perguntar ainda mantendo uma certa distância.

–Eu preciso quebrar o feitiço de proteção.

–Então por quê não o faz ?

–Eu não sei. –a Xerife voltou as mãos para perto do corpo e baixou a cabeça parecendo desapontada, logo Elsa já estava novamente ao seu lado. –Eu não sei.

–Você consegue, se é esse o seu medo, de não conseguir, você sabe que pode fazer isso Emma, você pode controlar a sua magia. –a Rainha de Arendelle tentou fazê-la se sentir confiante, mas Emma continuava cabisbaixa.

–Eu sei que posso, não é por causa da minha magia que eu estou assim. –ela respirou fundo e Elsa a olhou esperando que continuasse. –É por causa da Regina, ter que brigar com ela de novo me deixa, não sei ...

–Eu entendo, vocês duas conseguiram tornar a relação de vocês menos conturbada agora, e ter que vê-la te odiando de novo deve ser ruim, mas não é a Regina que está lá agora Emma, é alguém que vai sumir quando nós conseguirmos reverter essa situação e então vocês duas vão continuar se dando bem.

–Você tem razão, mas ela vai se lembrar de tudo que eu vou dizer pra ela e eu não queria magoá-la. –Emma respirou fundo mais uma vez se lembrando do que ela e Elsa haviam combinado de fazer ao encontrarem Regina, e ao voltar seu olhar para a Rainha de Arendelle, percebeu que esta sorria. –O quê foi ?

–Ela é importante pra você, não é ? –a pergunta pegou Emma de surpresa, que não sabia o quê responder. –Eu reconheço esse tipo de preocupação, mas não precisa responder pra mim, responda apenas pra si mesma. –completou tocando na mão de Emma que pareceu pensar por alguns segundos antes de se afastar.

–Nós precisamos salvar Storybrooke e a todos, vamos lá. –a Rainha de Arendelle se afastou e Emma voltou na sua posição anterior, mas antes de usar magia, sorriu para Elsa antes de dizer. –Obrigada ! –recebeu um sorriso em retribuição e nos segundos que se seguiram, sua magia desfez a proteção da cripta e as duas entraram correndo.

Ao chegarem no interior do local, Emma engoliu em seco ao ver a figura de Regina, nos trajes da época de Rainha Má. Elsa lhe lançou um olhar como se esperasse uma reação da loira, que criou coragem e começou a dizer:

–Hey, o Halloween já acabou. –ela chamou a atenção da morena para si, que ao ver a Salvadora, abriu um sorriso de escárnio enquanto se levantava.

–Você. –ela se manteve sorrindo e se impôs como a Rainha que era. –Chegou bem na hora, Miss Swan. –então voltou seu olhar para Elsa e continuou. –E vejo que trouxe sua amiguinha junto.

–Eu só vim porquê queria ver a sua cara ao descobrir a verdade. –Elsa sorriu de lado e a morena arqueou uma sobrancelha antes de perguntar:

–Qual verdade ?

–Que eu trouxe a Marian do passado de propósito, porquê eu queria estragar o quê você tinha com aquele outro. –a expressão de Regina se mantinha a mesma enquanto o coração de Emma se manifestava. –E digo mais, eu também queria que você me visse feliz com o Hook, uma felicidade que você jamais terá.

Regina apenas soltou um grito enquanto conjurava uma bola de fogo, que ao ser lançada contra as duas loiras, as fez se abaixar deixando apenas os pulsos com as fitas serem atingidos, as fazendo desaparecer. As duas se reergueram e se olharam, depois para Regina que parecia estar com mais ódio do que antes.

–Vamos Emma. –Elsa gritou para a Xerife que parecia mais uma vez transtornada, olhando a morena lhe matando com os olhos. E quando Regina ameaçou ir para cima dela, ela apenas ergueu as mãos e lançou sua magia em cima da morena, a fazendo voar e bater contra o espelho antes de cair ao chão.

A Salvadora só saiu de seu transe ao sentir a mão de Elsa lhe puxando pelo braço e lhe tirando de dentro da cripta antes que Regina se levantasse. As duas correram e quando já estavam fora do local, Emma parou de repente e se voltou para a cripta de novo.

–Será que eu a machuquei ? –ela perguntou aflita para a Rainha de Arendelle, que a segurou não deixando que ela voltasse para lá de onde apenas escutaram o grito da morena:

“SWAN”.

–Se ela nos alcançar, aí sim nós vamos ver o quê é se machucar. –Elsa completou puxando o braço da loira de novo e a fazendo sair dali.

***

Assim que Anna terminou de ler a carta de Gerda que havia encontrado, Ingrid caiu de joelhos sentindo seu coração se despedaçar. Não conseguia acreditar em tudo aquilo, mas as palavras de Gerda tocaram seu coração, ela podia sentir que eram verdadeiras e cheias de amor, que eram palavras reais vinda de sua querida irmã Gerda.

–Oh, Gerda. –a Rainha da Neve abraçou o pergaminho como se estivesse abraçando sua própria irmã, depois tocou no pequeno cristal que havia nela e as lembranças dela e de suas irmãs em Arendelle lhe preencheram o coração com um calor imenso que logo foi rompido pelo frio ao se deparar com tudo que estava acontecendo na realidade, ou melhor, com tudo que ela estava causando. –O quê eu fiz ? –ela perguntou voltando seu olhar para Elsa, Anna e Emma que permaneciam ali apenas a olhando. –Eu preciso reverter isso. –disse se levantando e caminhando em direção ao seu espelho. Então esticou suas mãos e deixou que os cacos de vidro de sua maldição começassem a vir até ela e cercá-la.

–Ingrid, não. Você vai morrer. –foi Elsa quem falou com o coração apertado por ver sua tia naquela situação e por tudo que estava acontecendo naquele momento.

–Eu sei, tudo bem. –Ingrid sorriu para as três enquanto os cacos de vidro iam lhe cobrindo o corpo todo. –Elsa, Anna, vocês encontraram uma a outra, e Emma, você encontrou uma família, mesmo que seja sem mim. –seu sorriso era um misto de arrependimento e alegria. Ingrid sabia que estava fazendo a coisa certa, mesmo que isso significasse sua morte, ela precisava salvar as três, pois ela as amava de verdade. –Vocês merecem suas memórias de volta. –remexeu uma das mãos sobre as pedras mágicas que segurava e elas se dissolveram em magia que foram de encontro com Elsa e Emma que no mesmo instante tiveram suas memórias junto de Ingrid restauradas.

“O quê é isso ?”

“Eu estou preenchendo a papelada para adotar você. Seremos uma família.”

“Está falando sério ?”

“Eu sei que é um grande passo e que talvez você não me veja como mãe, é difícil, mas eu prometo que serei a melhor irmã mais velha que você já imaginou ter.”

“Eu te amo !”

“Eu também te amo !”

Assim que se lembrou de tudo que havia passado com Ingrid, o coração de Emma se apertou e os sentimentos que havia entre elas voltaram a lhe preencher o peito. Ingrid também estava se lembrando das mesmas coisas e por isso deu um sorriso triste quando seu olhar se encontrou com o de Emma.

–Vocês três são tão especiais. Espero que nunca se esqueçam disso. –a Rainha da Neve falou com sinceridade sentindo alegria por saber que estava fazendo a coisa certa, e ao mesmo tempo sentindo tristeza por saber que iria deixá-las.

–Ingrid, não. –Emma deu um passo a frente. –Tem que haver outro jeito. –seus olhos haviam se enchido de lágrimas e seu peito se apertava cada vez mais, enquanto Elsa deixava as lágrimas lhe escorrerem livremente o rosto e Anna a abraçava lhe consolando, pois sabia que Ingrid era importante para ela, que a Rainha da Neve havia passado mais tempo com sua irmã do que com ela. –Você merece um final feliz também.

–Há muito tempo uma profecia me disse, que você me levaria ao meu final feliz, Emma. E é o que está acontecendo agora. –seu sorriso de dor e esperança era de partir o coração de Emma e das duas irmãs. –Tudo que eu sempre quis foi ter o amor das minhas duas irmãs e agora eu tenho, agora eu vou me juntar a elas. –Ingrid completou e os cacos lhe envolveram de vez se transformando em um clarão de luz que ao se dissipar, havia a levado junto de si.

Emma, Elsa e Anna não sabiam o quê fazer e nem o quê dizer, tudo o que podiam fazer naquele momento era chorar, por tudo que havia acontecido e por terem perdido alguém que amavam e que se sacrificou por elas. Logo flocos de neve começaram a cair e elas se entreolharam sabendo o quê aquilo significava. Que a maldição do espelho, a da visão despedaçada, havia sido quebrada. Se deram as mãos e então saíram correndo da gruta da Rainha da Neve para se juntarem ao pessoal de Storybrooke que, enfim, estavam salvos.

Quando chegaram na rua, o pessoal todo já estava por lá se encontrando. Emma avistou ao longe sua mãe com o carrinho onde estava Neal, e seu pai, vindo juntos de Regina e então correu até eles. Seu olhar estava focado na morena que também a olhava e mentalmente a loira agradecia por ela estar bem. Seus pais lhe envolveram em um abraço e enquanto isso ela pode ouvir a voz de Henry gritar: “Mãe” e com o canto do olho viu quando ele abraçou Regina.

Ela se separou do abraço dos pais e então tomou o filho em seus braços e lhe apertou forte agradecendo por todos que ela amava estarem bem. Deu uma olhada no irmão que estava no carrinho e em seguida se dirigiu até Regina, que permanecia quieta assistindo ao encontro de todos. Enquanto o pessoal festejava por tudo estar bem, as duas se encontraram sós e Emma olhou a morena nos olhos antes desta criar coragem e lhe abraçar também. A Salvadora retribuiu ao abraço lhe apertando forte e a trazendo para mais perto de si.

–Nós precisamos conversar. –Emma falou assim que se separaram do abraço.

–Era o quê eu ia dizer. –Regina sorriu junto da loira. As duas então olharam para o pessoal que ainda comemoravam e perceberam que se saíssem juntas, ninguém perceberia.

Por fim, saíram correndo juntas e a única que viu foi Elsa, que acabou sorrindo e lhes dando cobertura, ficando na frente de Henry e Anna que pareciam duas crianças brincando. Mary e David ainda tinham muitas pessoas para cumprimentar e um bebê para cuidar, que nem se dariam conta.

***

Emma e Regina correram até o Castelo do Henry. Ficava isolado e ali ninguém as encontraria, diferente da Delegacia e da Prefeitura, ou a casa de qualquer uma delas, onde por certo todos iriam após terminarem de se reconciliar. E ali era um lugar que agradava ambas, porquê pertencia a alguém que elas amavam mais do que tudo, pertencia á Henry.

Se sentaram lado a lado e depois de alguns segundos de silêncio, a loira enfim começou a falar enquanto as duas se olhavam olho no olho:

–Regina, eu ... eu queria te pedir perdão pelas coisas que eu lhe disse lá na cripta.

–Não precisa se desculpar, era um momento complicado e aquela não era eu. Não era quem eu sou agora.

–Mas aquela era eu. –Emma fixou seu olhar no de Regina, podia perceber que a morena estava chateada, mas não queria culpá-la. –Eu sinto que lhe devo uma explicação, por ter chegado lá e dito coisas ridículas pra você, porquê você não deve ter entendido nada até agora, não é mesmo ?

–É, eu só me lembro das fitinhas que estavam no seu pulso e no da Elsa e que deixavam vocês imunes a maldição, mas eu as destruí, era pra eu ter feito isso mesmo ou foi um acidente ? –ela conseguiu descontrair arrancando um riso da loira.

–Era pra ter destruído elas mesmo. Obrigada ! –riram mais uma vez da maneira como Emma brincou. –As fitinhas faziam a Ingrid roubar a nossa magia pra ela e nos impedia de usarmos essa mesma magia nela, por isso precisávamos nos livrar delas, e como foi um sentimento extremo que as colocou lá, o amor da Ingrid por nós, eu precisava de outro sentimento extremo para tirá-las de lá, e aí eu pensei que te fazer me odiar, mais do que você já me odiou um dia, daria certo, e deu. Eu só fiz isso porquê nós precisávamos nos livrar delas, se não eu jamais teria ido lá e dito tudo aquilo pra você. Mas eu disse, pra te irritar muito mesmo a ponto de você querer me matar.

–Bom, eu entendi, foi uma boa ideia. Mas ... –Regina voltou seu olhar para Emma, que havia desviado enquanto lhe explicava. – ... eu não te odiei tanto assim um dia, eu não gostava muito de você no começo, é diferente.

–É bom ouvir isso. –Emma não conseguiu conter um sorriso e a morena acabou sorrindo também. –Eu te machuquei ? Quando lancei magia em você ? –sua voz estava carregada de preocupação e a morena respirou fundo antes de dizer a verdade.

–Não. Bem, fisicamente não, mas ... –ela não precisou terminar a frase, pois Emma leu tudo em seu olhar e era isso que ela estava temendo que acontecesse.

–Eu não queria te machucar Regina, eu juro. Mas eu sei que fiz isso, também eu disse algo muito chato, sobre ter trazido a Marian do passado pra estragar o seu relacionamento.

–Eu não te odiei por isso. –Regina riu fazendo a loira franzir o cenho. –Porquê pra mim você tê-la trazido ou não, se tornou indiferente. Não havia um relacionamento Emma. Eu até tentei no começo, mas não deu e eu disse pra ele que precisávamos terminar com isso. Não da ... –ela deu uma menear negativo com a cabeça enquanto Emma a olhava atentamente. – ... porquê eu amo outra pessoa, sempre amei, mas nunca tive coragem de dizer, não sei porquê. E isso que eu sinto por ela é forte e verdadeiro o bastante pra independer de magia ou qualquer coisa do tipo. É um dos sentimentos mais bonitos e importantes que já surgiram na minha vida. –seus olhos estavam marejados e ela sorria, enquanto Emma sentia como se seu coração estivesse formigando. –Mas você estava certa na outra coisa que me disse lá na cripta. Não sei se um dia eu terei com essa pessoa, o quê você tem com o Hook. –completou abaixando a cabeça, sem conseguir olhar a loira nos olhos.

–Mas agora quem se enganou foi você. –o riso de Emma fez a morena voltar a fita-la intrigada. –Eu e o Hook também não temos nada. Na verdade nós tivemos algo ... porquê eu gosto dele, mas é um gostar de amigo, e nós acabamos tendo uma amizade colorida e ele nutriu sentimentos por mim, sentimentos dos quais eu não fui capaz de corresponder. Eu não queria magoá-lo, mas pra mim nós somos mais amigos do qualquer outra coisa. Tivemos algo um dia, mas também não da pra seguir com isso, porquê eu também amo outra pessoa. –suas íris verdes se perderam nas íris castanhas e elas se fundiram em um olhar intenso e cheio de dúvidas que esse mesmo olhar ia respondendo.

–Depois de quase matarmos uns aos outros com esse feitiço da visão despedaçada e de agora termos tido coragem de dizermos isso, nossos sentimentos ocultos, eu acabo de ter a certeza de que nós realmente somos duas idiotas. –Regina falou como se aquilo fosse óbvio e Emma acabou dando risada. –É verdade, nós temos esse sentimento lindo dentro de nós e nunca tivemos coragem de dizer isso pra pessoa que amamos, sendo que cada dia tem sido uma batalha diferente pra nós, em que não sabemos se amanhã estaremos vivos ou não, se amanhã a pessoa vai estar aqui pra dizermos que amamos ou não. Seria injusto demais esconder esse sentimento pra sempre, você não acha ?

–Sim, eu concordo com você. Foi muito legal o quê você acabou de dizer. –Emma sorriu e Regina sentiu seu rosto corar enquanto colocava uma mexa de cabelo atrás da orelha. –Você tem mesmo razão, nós devíamos ir agora mesmo correndo contar para a pessoa que amamos, que nós as amamos, você não acha ? –ela completou sentindo um misto de medo e de emoção lhe invadir.

–Acho. –Regina nunca havia sentido seu coração disparar tanto como havia disparado nesse momento. Ela também sentia medo e emoção ao mesmo tempo. –Se você prometer que vai, eu também vou.

–Então, eu prometo, vamos lá. –a loira completou, porém nenhuma das duas se levantou, nenhuma das duas correu, e nem tiveram coragem de olhar para o lado. Ambas sentindo medo de que a outra se levantasse e fosse, e agora, ao permanecerem lado a lado, ambas estavam confusas e com a esperança as consumindo. –E então ? –Emma engoliu em seco antes de perguntar aquilo.

–Eu já fui. –Regina respondeu tão baixo, que parecia sentir medo de dizer aquilo. –Na verdade, eu já vim. –por fim voltou seu olhar para Emma, que abriu um enorme sorriso enquanto sentia seus olhos marejarem.

–Que bom, chegamos ao mesmo tempo. –foi a vez de Regina sorrir grandemente enquanto seus olhos se enchiam de lágrimas.

Palavras não foram necessárias nos segundos que se seguiram, em que ambas apenas se admiraram, felizes por agora saberem, que elas eram o sentimento oculto uma da outra. Os olhares desceram dos olhos para os lábios e lentamente a distância entre os rostos foi ficando mais curta, até que eles se encontraram e os lábios fizeram o mesmo, em um beijo cheio de amor que a tanto esperaram para dar.

Os corpos chegaram mais perto e as mãos de Emma foram para o rosto de Regina, enquanto as mãos da morena se posicionaram na lateral do corpo da loira, como se assim ela a segurasse. O beijo só foi quebrado quando lhes faltou o ar, porém ele foi seguido de vários outros beijinhos que as fizeram sorrir entre um e outro. Pararam então se olhando e tudo que Regina conseguiu fazer, foi abraçar Emma forte sem conseguir conter as lágrimas, que a loira também já derramava. Ficaram assim abraçadas, por longos minutos em silêncio.

–Eu nem acredito que isso está acontecendo. –Regina falou ainda abraçada a loira. –Parece um sonho.

–Eu falei que eu ia trazer o seu final feliz, não falei ? –Emma puxou a morena para poder olhar em seus olhos. –Ele estava comigo, o tempo todo. –completou fazendo as duas sorrirem de uma maneira mais sincera impossível.

–Eu não queria estar com mais ninguém nesse momento que não fosse você, Emma. –a morena acariciou o rosto de Emma, que segurou sua mão e depositou um beijo nela. –Eu não queria que o meu final feliz fosse com nenhuma outra pessoa que não fosse você.

–Eu também não, de jeito nenhum. Eu sabia que eu tinha que trazer os finais felizes de volta, eu só não sabia que eu ia encontrar o meu também, aqui, com você. –a loira fixou seu olhar no de Regina. –Tinha que ser com você, Regina.

Sorriram mais uma vez uma para a outra, antes de se entregarem a outro beijo cheio de amor, de um amor que agora elas viveriam juntas, como sempre desejaram. Os corações batiam em sincronia dentro de seus peitos, que não podiam estar mais felizes do que estavam agora.

O beijo só foi interrompido, pelos flocos de neve que começaram a cair mais forte sobre elas, que se separaram e acabaram rindo enquanto erguiam as mãos com as palmas para cima, deixando elas serem cobertas pelo gelo. Emma abraçou Regina de lado, a puxando para perto de si, como se quisesse aquecer as duas e a morena se aconchegou em seus braços, enquanto tornavam a rir, felizes por estarem juntas.

–Mas me conta, como foi com a Rainha da Neve ? Vocês conseguiram derrotá-la e nós nem conversamos sobre isso.

–Nós não a derrotamos. –Emma abaixou a cabeça e a morena percebeu seu semblante se tornar triste.

–Emma, como assim ? O quê aconteceu ? –Regina se endireitou no lugar, e ergueu o rosto da loira, preocupada. Emma apenas a olhou nos olhos antes de desabar em um choro que ela não conseguiu segurar, e nem queria. Regina a acolheu em seus braços a fazendo deitar a cabeça em seu ombro. –Emma, o quê houve ?

–Me abraça, por favor, só me abraça forte. –ela pediu e a morena o fez no mesmo instante, a abraçou forte deixando que ela chorasse tudo o quê precisava, enquanto se mantinha em silêncio apenas a embalando em seus braços e sentindo seu coração se apertar de preocupação por ela. Assim que já havia chorado tudo o quê precisava, a loira se sentou novamente e enxugou as lágrimas de seu rosto, com a ajuda de Regina. –A Anna encontrou uma carta da sua mãe Gerda, irmã da Ingrid, falando sobre elas e depois de ler, a Ingrid se arrependeu de tudo que havia feito e decidiu reverter o feitiço da única maneira que seria possível. –ela fez uma pausa para respirar fundo e Regina segurou firme em sua mão, lhe dando coragem de continuar. –Ela se sacrificou Regina, ela se sacrificou pra salvar a todos nós, e porquê ela amava a mim e a Elsa, e a Anna também. Mas antes dela partir, ela devolveu as nossas memórias e eu me lembrei de todos os momentos que eu havia passado com ela, que eu também a amava e isso me fez perceber que esse sentimento ainda existia dentro de mim, que eu ainda a amava e vê-la morrer por mim doeu tanto, tanto. –novas lágrimas desceram por seu rosto e Regina sentiu seus olhos se encherem delas também. –Ela merecia ser feliz, e eu queria que fosse junto de mim e das sobrinhas dela, das pessoas que ela amava, eu queria poder abraçá-la mais uma última vez. Mas ela estava feliz, ela disse isso a nós, sorrindo, enquanto partia. –o sorriso no rosto de Emma, era um sorriso triste e tudo que a morena conseguiu fazer, foi puxá-la para mais um abraço apertado.

–Emma, você fez o quê podia, não se sinta culpada e nem mal por isso. Tenho certeza que a Ingrid partiu muito agradecida pelo amor que você deu a ela e sabendo que você tinha trazido o seu final feliz. Ela se sacrificou pra salvar a todos, isso foi um ato heroico Emma, foi uma redenção. –a morena falou ainda a abraçando forte.

–Você tem razão. Obrigada por me escutar ! –a loira sorriu após se separarem do abraço. –Mas mesmo sabendo de tudo isso, ver alguém que eu amo partir é doloroso demais, ainda mais quando essa pessoa me ama e eu a fiz sofrer de certa forma, como eu já fiz tantas vezes.

–Emma, isso não é verdade, você não a fez sofrer, eu sou uma prova viva de que você não fez as pessoas que te amam sofrerem. –Regina segurou o rosto da loira entre suas mãos e as duas fixaram seus olhares, antes da morena enfim falar o quê sentia. –Eu te amo, Emma ! Eu te amo e você pode achar que me fez sofrer um dia, mas isso não é verdade. Eu posso ter sofrido por não ter você, mas a culpa não é sua e nenhum sofrimento se compara a felicidade enorme que você me deu agora, nesse momento. –as lágrimas continuavam a escorrer pelo rosto da loira e agora pelo de Regina também. –Emma, você me deu a maior alegria do mundo primeiro com o Henry e agora você também é a minha felicidade, meu amor !

Emma não respondeu com palavras, mas sim com um beijo apaixonado. Escutar a declaração de amor de Regina, a fez se sentir a mulher mais feliz do mundo e seu peito transbordava de amor pela morena. Assim que separaram seus lábios, a loira segurou o rosto de Regina entre suas mãos e falou olhando em seus olhos:

–Eu te amo, Regina ! Eu te amo tanto, meu amor ! –e a morena sorriu antes de lhe beijar de novo, agora também se sentindo a mulher mais feliz do mundo, por ter a mulher que amava junto de si.

Passaram mais algum tempo aproveitando daquele momento, trocando beijos apaixonados e fazendo juras de amor. Por fim se abraçaram e ficaram em silêncio, na companhia uma da outra.

–Eu preciso te contar uma coisa. –foi Regina que quebrou o silêncio e a loira lhe deu permissão pra continuar. –Eu tentei matar a sua mãe.

–O quê ? –Emma a puxou para poder a olhar, mas em seu rosto havia um sorriso divertido e ambas acabaram rindo. –Ah, eu já posso imaginar. Você saiu da cripta doida pra me matar, mas aí resolveu aproveitar e matar a sua sogra também ? –ela estreitou o olhar e as duas riram de novo.

–Na verdade eu tentei matá-la, porquê eu não te encontrei. Mas é sério, mesmo agora que tudo ficou bem e que nós até estamos rindo da situação, na hora foi sério. Imagina se eu consigo ?

–Amor, calma, está tudo bem agora. –Emma sorriu para ela.

–Ainda bem que eu usei uma espada, ao invés de magia.

–O quê ? Você lutando com espada ? –o sorriso divertido voltou ao rosto da loira e Regina sorriu da mesma maneira enquanto assentia com a cabeça. –Essa eu vou querer ver com os meus próprios olhos.

–De jeito nenhum, foi a única vez. –a morena brincou sentindo o rosto corar. Emma dominava espadas. –Você não merece depois de ter dito que eu estava vestida para o Halloween. –fingiu estar irritada enquanto escutava a loira rir.

–Hey, eu não falei sério, era só pra te irritar. E a propósito, você tava muito linda, muito mesmo. –a loira sussurrou a última parte puxando a morena para bem perto de si e lhe beijando o rosto. –Tava sexy. –ela arrancou uma risada de Regina que sentiu o rosto corar mais uma vez. –Mas eu prefiro você assim, a minha Regina. –ela colocou uma mexa do cabelo da morena atrás da orelha enquanto se olhavam fixamente. –A mulher mais do mundo. –e Regina lhe beijou em resposta e quando se separaram, falou enquanto colocava os braços em volta do pescoço da loira:

–Me faz um favor ? –Emma esperou ela continuar. –Coloca a sua jaqueta vermelha. Você é perfeita assim, mas com ela ... –a morena mordeu o lábio inferior e as duas deram risada, antes de se beijarem de novo. –Agora eu acho melhor nós voltarmos, né ?

–É, se não daqui a pouco já estão todos loucos de preocupação atrás da gente, por termos sumido depois de tudo que aconteceu.

As duas se levantaram, deram as mãos e sorriram uma para a outra, trocaram mais um beijo rápido e então começaram a caminhar de volta para a cidade. Ao chegarem na rua em que todos haviam se encontrado, viram mais a frente Mary e David parados em frente ao Granny’s com o carrinho do bebê, e quando os dois avistaram as duas vindo até eles de mãos dadas, um olhar intrigado surgiu no rosto de ambos.

–Mãe, pai ... –Emma começou a falar assim que as duas pararam em frente a eles, ainda de mãos dadas. – ... nós temos uma coisa pra dizer. Nós ...

–Eu sei. –Mary interrompeu a fala de Emma e a loira e a morena se olharam com o cenho franzido. –E não é porquê vocês duas estão de mãos dadas, não. Eu já havia percebido isso ... a muito tempo.

Emma e Regina se olharam mais uma vez e depois voltaram o olhar para Mary e David, que sorriram para elas, as fazendo sorrir também. O momento só foi interrompido, quando Elsa, Anna e Kristoff chegaram chamando as duas.

–Emma, Regina. –Elsa as chamou antes de pararem junto delas em frente ao Granny’s.

–Emma, Regina ? –Anna olhou para as mãos das duas entrelaçadas e elas acompanharam o olhar dela. –Vocês estão juntas ? Não que eu não ache isso bom, porquê eu realmente acho.

–Sim, nós estamos. –Emma respondeu sorrindo e a morena a olhou sorrindo também. Elsa ao ouvir a resposta da loira, sorriu também.

–Bem, nós estamos indo até a gruta da Ingrid, pra nos despedirmos dela uma última vez. –a Rainha de Arendelle explicou. –Viemos te chamar pra ir conosco.

–Claro. –Emma respondeu passando o olhar por todos e o parando em Regina.

–Regina pode vir também. –Elsa falou ao perceber o olhar que as duas trocavam. –Claro.

Eles se despediram de Mary e David, que sorriram mais uma vez para Emma e Regina, e de Kristoff que resolveu ficar junto deles, afinal era um momento delas, antes das quatro se dirigirem até a gruta que era de Ingrid. No caminho até lá, Elsa chegou perto de Emma e falou baixo só para ela escutar:

–Eu falei que conhecia esse tipo de preocupação, não falei ? –a Rainha de Arendelle sorriu para Emma como se dissesse que já sabia de tudo, e a Xerife retribuiu sorrindo também. –É amor.

Enquanto isso, Anna vinha caminhando ao lado de Regina, que se aproximou para conversar com a Princesa de Arendelle. Precisava dizer algo e aproveitou o momento.

–Bem, acho que eu lhe devo um pedido de desculpas. –ela falou e Anna a olhou confusa. –Por ter mandado você e o seu noivo pra qualquer lugar.

–Oh, é ... mas era o feitiço. E na verdade você nos fez um favor, porquê você nos enviou para a praia e foi lá que eu encontrei enfiada na areia, a garrafa com a carta da minha mãe para a tia Ingrid, a carta que fez ela se arrepender de tudo e salvar todo mundo. –Anna completou sorridente e a morena não pode deixar de sorrir também.

Assim que chegaram na gruta, as quatro entraram juntas e lá dentro sentiram o frio constante que ainda havia no local. Tudo estava onde Ingrid havia deixado, e Emma, Elsa e Anna sentiram seus corações se apertarem por ela novamente, enquanto Regina se manteve um pouco mais afastada, respeitando o momento das três.

Ao fundo avistaram o espelho da Rainha da Neve e dessa vez se olharam nele sem medo, apenas vendo no reflexo, três semblantes tristes pela ausência da dona daquele espelho. Anna então retirou seu colar, foi até o espelho e delicadamente o colocou pendurado na moldura, logo em seguida voltando para perto de sua irmã e da Salvadora, que sorriram para ela pelo gesto bonito que havia feito.

–Tia Ingrid, pode ficar com o meu colar, na verdade ele era da minha mãe, então eu acho que você provavelmente vai gostar dele, porquê é como se fosse dela, apesar de agora ser meu, ou melhor, seu. –a Princesa de Arendelle acabou rindo, enquanto Elsa estava abraçada a ela e Emma logo ao seu lado. –Eu só queria poder ter passado mais algum tempo com você.

–Ingrid, talvez você não esteja me escutando agora, mas eu gostaria que você soubesse que eu sou muito agradecida á você por ter me ajudado a aprender a controlar a minha magia e por ter sido uma boa irmã para minha mãe e a melhor tia de todas nos seus últimos minutos conosco. –foi Elsa quem falou enquanto as outras duas permaneciam em silêncio. –Eu só queria que isso pudesse ter continuado.

Assim que a Rainha de Arendelle se calou, Emma percebeu que era sua vez de dizer algo. Ela sabia tudo o quê queria dizer, mas não sabia como. Ela então se virou e voltou seu olhar para Regina, que entendeu o quê estava acontecendo com ela, por isso sorriu tentando lhe transmitir confiança. Anna e Elsa apenas olhavam as duas, esperando a Xerife se pronunciar, mas tudo que Emma fez foi estender a mão pedindo para que Regina viesse para junto dela. A morena olhou para a mão da loira estendida e então foi até ela sem pensar duas vezes, segurou em sua mão e lhe abraçou de lado, enquanto depositava um beijo em seu rosto.

–Ingrid, primeiro eu quero te pedir perdão, por no passado não ter confiado em você, é só que eu ainda não sabia de toda a verdade sobre a minha história. Mas eu queria que você soubesse, que eu te amava muito e que eu adoraria que você fizesse parte da minha família. E eu me sinto muito orgulhosa de você, pelo que você fez hoje, por ter se sacrificado pra salvar a todos nós, mesmo que isso tenha me deixado muito triste, porquê você partiu. Eu só queria que você estivesse aqui agora, pra que eu pudesse te abraçar uma última vez. –Emma completou sentindo o choro entalada em sua garganta e Regina a abraçou, enquanto Anna e Elsa também se abraçavam.

Por fim as quatro se separaram e começaram a deixar o lugar, e enquanto caminhavam lentamente até a saída, o colar de Anna que estava pendurado no espelho, começou a brilhar em um azul intenso que em segundos preencheu a gruta toda fazendo as quatro pararem e se virarem assustadas a tempo de ver a luz que emanava do colar ir se apagando aos poucos enquanto começava a nevar dentro da gruta. Elsa correu até o espelho e pegou o colar que estava nele, olhou para as outras três sorridente e falou:

–O colar da Anna é ... –e Emma completou junto dela . – ... a estrela dos desejos.

Assim que terminaram a frase, a neve que caía começou a se juntar em um redemoinho branco que cresceu e aumentou a velocidade fazendo as quatro se esquivarem, e segundos depois ele se acalmou e começou a diminuir, enquanto a neve se desfazia e em seu lugar começava a surgir uma figura que aos poucos foi se tornando familiar aos olhos delas.

–Ingrid. –as quatro disseram juntas assim que a mulher apareceu em pé no meio da gruta. A Rainha da Neve abriu os olhos e assim que conseguiu se acostumar com a claridade, apertou o olhar reconhecendo o lugar e os rostos que estavam sorridentes em sua frente. A única coisa que conseguiu fazer, foi sorrir também.

–Emma, Elsa, Anna. –Ingrid falou com o seu coração se enchendo de um calor enorme, que também habitava o peito das três, que no mesmo instante correram e a abraçaram todas juntas com força.

–Tia Ingrid, eu estou tão feliz em te ver agora. Não que eu não estivesse feliz em te ver antes, na verdade eu não estava quando você queria lançar maldições e machucar os outros. Quero dizer, eu não estava feliz com a maldição, mas ...

–Anna. –Elsa interrompeu a irmã que não parava de falar e todas deram risada.

–Eu também estou feliz em ver vocês. –Ingrid acariciou o rosto de Anna e depois fez o mesmo com Elsa e Emma, até ela recuar e sua expressão se tornar preocupada. –Mas espera, não era para eu estar morta ? Eu não consegui reverter o feitiço ?

–Sim, você conseguiu. –Elsa a trouxe para junto delas de novo. –Está tudo bem agora.

–Então por quê eu estou aqui ? –a Rainha da Neve continuava confusa.

–O colar da Anna era a estrela dos desejos ... –Elsa começou a explicar e Emma continuou:

–E nós viemos nos despedir de você e desejamos que você estivesse aqui e aconteceu. O nosso pedido se realizou.

–Mas eu achei que era irreversível, minha vida pela salvação de vocês. –Ingrid permanecia com o cenho franzido, mas seu coração se sentia feliz pelo que havia acabado de escutar.

–Mas o quê você fez foi um ato de amor verdadeiro. –a voz veio do fundo da gruta para onde todos olharam e Emma sorriu ao ver Regina vindo lentamente até elas. –Você se sacrificou para salvar a todos, isso é mais forte que qualquer feitiço ou contra feitiço. –completou sorrindo para a Rainha da Neve e segurando na mão da loira, o quê não passou despercebido por Ingrid.

–Então quer dizer que eu vou ficar viva e que tudo está bem ? –as quatro assentiram e Ingrid sentiu seus olhos se encherem de lágrimas, enquanto ela sorria e envolvia as três em outro abraço. –Me perdoem de novo ?

–Tia Ingrid. –Elsa a advertiu. –Nós queremos que saiba, que você também é especial e que esperamos que você nunca se esqueça disso.

–Eu te disse que você merecia um final feliz e tinha que ser do jeito que você queria, com a sua família. –Emma ergueu as mãos mostrando todas elas, indicando que elas eram a família da Ingrid. A Rainha da Neve sorriu olhando fixamente para ela, e era como se ela estivesse vendo a mesma Emma adolescente que um dia ela tentou adotar. A loira via o mesmo nos olhos dela.

Anna então pegou o seu colar que estava com Elsa, e o colocou no pescoço de Ingrid, que sorriu para elas sentindo seus olhos transbordarem de lágrimas.

–Mas me diga, vocês ? –Ingrid voltou o olhar para as mãos de Emma e Regina que estavam entrelaçadas e as duas se olharam e sorriram.

–Bom, essa é a mulher da minha vida. –a Salvadora falou olhando nos olhos de Regina que sorria grandemente.

–Ótimo. –Ingrid sorriu para elas. –Cuide bem da minha menina. –pediu para a morena.

–Com a minha vida se preciso. –a Prefeita respondeu fazendo todas rirem e em seguida deu um selinho demorado em Emma.

–Eu te entendo. –a Rainha da Neve brincou tirando outra risada delas. –Eu ainda tenho tanto o quê saber de todas vocês.

–Mas nós teremos muito tempo pra conversar, e eu espero que nesse tempo eu consiga me casar logo com o Kristoff antes que ele enlouqueça. –Anna falou de maneira divertida, tirando mais algumas risadas delas.

–Agora estamos todas juntas, é o quê importa. –a Rainha de Arendelle sorriu para as demais e assim elas ficaram, apenas se olhando e sorrindo, felizes por tudo que havia acontecido e por estarem todas juntas e bem. E o silêncio só foi quebrado quando Ingrid abriu um sorriso maior, antes de dizer para elas:

–Vocês quatro são tão especiais ! –e todas riram de novo, sabendo que aquele momento, era um momento especial.