Epitáfio escrita por Sweet rose, Thaís Romes


Capítulo 3
Aquele com a peruca loura.


Notas iniciais do capítulo

Oi galerinha!
Voltamos com capítulo novo, mas primeiro... Precisamos agradecer a todos os comentários, a galera que favoritou e quem está acompanhando e também a galerinha do face que tem acompanhado a fic. Valeu gente!
Esperamos que vcs gostem...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/573958/chapter/3

OLIVER QUEEN

Eu acordo incomodado nesse quarto imundo em que meu colega de quarto é a personificação do demônio, que para minha surpresa tem o sono mais pesado que já vi na vida. Levanto e vou fazer minha higiene sem o acordar. Preciso conferir com meus próprios olhos o que está acontecendo, talvez eu deva contatar o Diggle, apenas ele, por que algo está muito errado nessa história.

Vou direto para os arredores da boate e após alguns minutos vejo o carro de Diggle chegando. E Roy salta do banco de trás vestido como Arsenal, as nove da manhã? Quando pensei que nada ficaria pior, vejo Diggle como o Arqueiro e o motivo deles estarem assim. Roy abre a porta e Diggle a pega pelo braço a dando apoio e deixando Roy olhando tudo em volta. Eu dou um passo inconsciente em direção a Felicity, assim que a vejo tremula.

Espero que eles entrem em segurança e vou ao apartamento dela, ver de perto o que realmente aconteceu. Sua casa se parece com ela, as paredes azuis, a mistura de cores nos móveis e meus olhos param acima da sua TV. Não consigo controlar o sorriso que se forma em meu rosto, ao ver um quadro do Robin Hood. Felicity e suas maneiras inusitadas de me surpreender.

–Foco Oliver. –Falo sozinho em voz baixa tentando voltar minha cabeça para o jogo.

O idiota do Merlin disse que as vítimas foram treinadas por Joe Morgan, o que tira Felicity do padrão, já que minha parceira foi treinada por John Diggle. Vejo a parede onde as balas atingiram, não sei como ela conseguiu escapar, mas graças a Deus que conseguiu. Com o auxílio de uma pinça pego uma das balas que ficaram cravadas na parede e a coloco em um saquinho. Vou em direção ao seu quarto, o mesmo que eu olho de longe todas as noites, assim que passo pela porta já consigo sentir seu cheiro, o que me atinge como um grande soco na cara, que grande merda minha vida se transformou, não que eu me lembre de quando ela realmente não tenha sido uma merda.

Sua Janela foi quebrada e a flecha de Roy ainda estava na parede com o cabo que o alçou até lá. –Bom trabalho parceiro! –Elogio como se ele pudesse me ouvir. –Mantenham ela em segurança.

Volto para o inferno ao lado do capeta com quem eu moro. Malcom está sentado na mesa pequena de madeira comendo o que parece ser cereal. -Aceita? –Pergunta levantando a tigela em minha direção e eu jogo o saquinho com a bala em sua frente. –Você não consegue ficar longe não é mesmo? –Diz sorrindo e olhando o que eu o entreguei.

–Preciso de um teste de balística. –Informo. –Ele foi atrás de Felicity. –Malcom levanta a cabeça com o olhar assustado parecendo pensar.

–Mas qual o padrão disso?

–É o que eu estou tentando descobrir. –Reviro os olhos impaciente.

–Quem você recorreria normalmente para rastrear essa bala? –Tento não revirar os olhos mais uma vez com a idiotice que ele disse. –Claro. –Percebe enfim a resposta. –A lourinha... Joe Morgan, Jim Harper, Felicity Smoak... O que esses três tem em comum?

–Eles não tem! –Solto frustrado. –Bom, Felicity pelo menos não.

–Como você é burrinho. –Comenta com sarcasmo. –Joe não é o padrão, o que todos eles fazem é!

–Como? –Questiono confuso.

–Joe Morgan treinou diversas crianças que se tornaram vigilantes mais tarde, foi a forma dele de salvar o mundo. Ted e Ray não foram pegos por que o primeiro não é mais um vigilante e o segundo...

–Nunca foi. –Termino sua frase e seu sorriso se alarga.

–É disso que eu estou falando! –Comemora apontando em minha direção. –Já sua namoradinha é uma vigilante, e esse cara é esperto...

–Por que? –Eu quase grito frustrado.

–Ela é os olhos de vocês. Sem ela...

–Vamos ficar às cegas, loucos por vingança e sem direção. –Concluo e ele assente. –Que filho da puta! –Malcom se levanta e coloca a tigela na pia.

–Vai ficar ai? –Me pergunta pegando seu casaco.

–Onde vamos?

–Salvar a cabeça loura da sua namorada. –Ele para com a mão na maçaneta olhando em minha direção. –Ou morrer tentando.

FELICITY SMOAK

–Tem certeza que não estou segura aqui Dig? –Pergunto desanimada encolhida em minha cadeira.

–Conversamos sobre isso. –Responde cansado puxando uma cadeira para se sentar à minha frente. –Preciso que você fique em segurança. A maior segurança que eu puder lhe garantir. –Vejo o desespero em seus olhos e decido fazer sua vontade, não aguento mais tanta tragédia ao meu redor.

–Tudo bem. –Suspiro e ele dá um sorriso triste.

–Laurel. –Chama e a mulher para a seu lado vestida como a Canário Negro. –Você vai no carro com a Felicity, eu vou estar logo atrás a uma distância segura na moto, Roy vai a frente. E Grant estará fazendo um caminho paralelo ao nosso.

–Espera! –Grito fazendo os três me olharem. –Quem vai dirigir?

–Lyla. –Diggle fala rápido já se voltando para o plano, e por sua expressão, acho melhor não o interromper mais. Eu estava me sentindo o Papa na Praça de São Pedro, no dia do atentado. Por que eu sei dessas coisas, mesmo sendo judia? –Vamos vestir Felicity como você. –Okay, acho que agora eu estou fazendo careta, para de fazer careta Felicity! Estão todos olhando para você! –Trouxe as roupas?

–Sim. –Laurel me olha com piedade colocando a bolsa sobre a maca, só quando a abro percebo o motivo. Eram as roupas de Sara. Eu as solto como se fossem excremento humano.

–Não posso vestir isso... –Murmuro. –Não consigo. –Laurel respira fundo e me segura pelos ombros.

–Eu entendo. –Assegura. –Vestiria elas em seu lugar, mas sou muito alta e Sara era do seu tamanho. –Ela me dá um sorriso triste. -Felicity, precisa fazer isso, não podemos perder mais um. –Sua voz diminui a um sussurro e olho ao redor, vendo os olhares torturados dos meus amigos.

–Vou fazer. –Suspiro pegando a bolsa com as mãos tremulas e vou em direção ao banheiro. –Mas aposto que a calça vai ficar pequena e a blusa grande. –Faço um gesto indicando meus seios para Laurel que dá risada.

Surpreendentemente a roupa serviu, mas também, eu perdi peso consideravelmente nesses últimos dois meses, e para minha surpresa Laurel trocou o collant. Claro que trocou, ela não me faria usar o de Sara depois de ser perfurado por flechas que a mataram. Coloco a peruca e a máscara e me olho no espelho. Eu até estou parecida com ela, sinto as lágrimas se juntando em meus olhos, o bolo em minha garganta, e não posso deixar de imaginar a fúria que Oliver ficaria se me visse vestida dessa forma, isso quase me faz sorrir.

Saio do banheiro a passos curtos, ao me verem Laurel leva as mãos aos lábios, Roy parece sem reação e Diggle vem em minha direção percebendo o quanto aquilo estava me deixando desconfortável. –Agora sabe como me sinto sempre que visto isso. –Tenta brincar para quebrar o clima. –Lyla está lá fora, vocês estão prontas? –Ele se vira para Laurel que enxuga as lágrimas de seus olhos e caminha em minha direção, se forçando a me olhar.

–Eu estou, e você? –Pergunta secando minhas lágrimas.

–Vamos logo acabar com isso. Quero tirar essas roupas o quanto antes. –Ela concorda e eu entrego a bolsa, agora com minhas roupas para Diggle.

Lyla está parada na entrada dos fundos da caverna. Eu entro no carro seguida de Laurel que se senta ao meu lado, Diggle coloca a bolsa dentro do carro e nos olha pela última vez antes de fechar a porta. –Tudo bem ai? –Lyla pergunta.

–Sim. –Respondemos juntas e ela arranca o carro.

–Por que vigilantes usam couro? –Tagarelo nervosa. –Nunca entendi o porquê do couro. Isso incomoda. –Vejo Lyla dando risada através do retrovisor e escuto Laurel sorrindo ao meu lado.

–Felicity, vai ficar tudo bem. –Tranquiliza Lyla. –Você tem um exército inteiro para te proteger se for preciso.

–Não me preocupo comigo. –Falo sincera. –Tenho medo do que pode acontecer a vocês.

–Nossa vez. –Lyla avisa e sinto a mão de Laurel em meu braço.

–Queria ver a cara do Oliver, se visse você assim. –Lyla fala.

–Ele me mataria. –Murmuro saudosa e Laurel dá risada.

–Ele mataria todos nós por ter deixado você fazer isso. –Corrige Laurel. –Você ele deixaria viver, para ser uma espécie de exemplo. –Debocha.

Eu desvio meu olhar para o caminho, e juro que posso vê-lo entre os becos, ao lado de Malcom Merlin. Acho que estou ficando louca afinal. Respiro fundo fechando os olhos, tentando me concentrar no que estava prestes a acontecer.

OLIVER QUEEN

–Onde estão levando ela? –Falo andando de um lado a outro tentando manter minha cabeça fria. –Por que inferno estão a tirando do único lugar seguro? –Escuto o som das palmas de Merlin, se estivesse com meu arco em mãos agora, com toda certeza ele já estaria com uma flecha no meio da testa.

–Finalmente eu vejo que existe mais do que dois neurônios ai. –Reviro os olhos tentando me acalmar. –Esse é o lugar que você. –Ele aponta para mim se aproximando. –Pensa ser o mais seguro para ela, mas se fosse você tentando proteger a mulher que seu melhor amigo morto amava, o que faria?

–Odeio essa inclinação didática que você tem. –Murmuro pensando no que ele disse. –Eu a colocaria em um lugar onde não a ligassem a mim. –Malcom sorri. –Não vamos segui-los?

–Não podemos, não agora. –Ele aponta para o carro que sai em seguida. –Mandaram uma isca primeiro, sua namorada está nesse ai. –Aponta para o segundo carro que após alguns segundos é seguido pela moto do Arqueiro, onde Diggle ultrapassa o carro em que Felicity está e faz a escolta do primeiro. –Não são os únicos. –Malcom corre para o outro lado e vejo mais uma moto a seguindo, essa provavelmente fará a segurança da Felicity. Fico emocionado com o cuidado deles, queria mais do que nunca dizer obrigado. –Esse cara é a resposta.

–Quem é ele? –Pergunto parado escondido, vendo a moto esperar o sinal para dar partida.

–Ted Grant. –Conta dando tapinhas em meu peito.

–Vão entregar a segurança da Felicity, nas mãos do ex vigilante que treinou Laurel? –Se eu fosse um desenho animado provavelmente estaria soltando fumaça agora.

–Para onde acha que vão leva-la?

–O antigo galpão do Pantera. –Respondo com absoluta certeza.

–Então sabemos onde ir. –Malcom responde me entregando uma mala de pano, que ao abrir encontro um arco negro e uma aljava da mesma cor. –Vai precisar disso, sei que prefere o verde, mas a verdade é que não dou importância para as suas preferências.

–Idiota.

FELICITY SMOACK

Eu realmente preferia estar na caverna sentada em frente aos meus computadores, mas ou invés disso eu estou correndo a toda velocidade pela cidade, usando um corselete incrivelmente apertado, e agora eu entendo como os seios de sara ficavam daquele jeito, os meus já estavam meio, bem digamos, que aparentavam estar maiores que o normal, e essa peruca, como ela aguentava? Minha cabeça está pegando fogo. Mas devo admitir que a jaqueta de couro e principalmente a mascará são bem legais.

O carro para no que parece ser um subsolo, e antes mesmo que eu possa firmar meu pé no chão mão me pegam em cada braço me escoltando rapidamente para dentro. Roy já estava dentro do galpão fazendo a varredura enquanto Laurel checava a área externa, mas nada parecia fora do normal, bom considerando que tem alguém querendo brincar de tiro ao alvo com a minha cabeça, as coisas estavam calmas. Ou pelo menos eu pensei, até meu celular começar a disparar.

–O que foi Felicity? – Roy pergunta alarmado ao meu lado.

–Uma ameaça de bomba... – Eu fico muda por um momento, isso não poderia estar certo. – Não, três ameaças de bombas. Uma no hospital central, outro no orfanato e o outro na inauguração do memorial das vítimas do atentado ao Glades. – Sinto o ar me faltar.

–Meu pai está fazendo o esquema de segurança, eu preciso tira-lo de lá. – Laurel entra em desespero, mas Ted Segura em seu braço a impedindo de sair sem um plano, ao mesmo tempo que o telefone de Lyla toca e todos já sabíamos de quem se tratava já que na inauguração também estariam o prefeito da cidade, senadores importantes, governadores e talvez o vice-presidente.

–Pronto. – Lyla fala sem demonstrar emoção. –Acabei de descobrir. – Mais um tempo. – Sim, seguirei para lá imediatamente. – Desliga o telefone e nos olha. –Amanda me quer no memorial comandando o esquadrão.

–E quanto aos outros lugares? – John pergunta parecendo já saber a resposta.

–Não são prioridade. – Lyla fala com desgosto, e John se controla para não explodir.

–Vocês se dividam entre o hospital e o orfanato. –Aponto para Roy e John. – E Laurel você vá com a Lyla, não ficará tranquila em outro lugar que não perto de seu pai. – Dou as coordenadas.

–Não vamos deixar você aqui. – Roy não se move.

–Primeiro eu não sou mais importante que todas aquelas vidas. Segundo não estarei sozinha. Ted vai ficar comigo, certo? – Me viro para ele, que apenas confirma com a cabeça. Mas nem John ou Roy estão perto de estar confortáveis com essa ideia, porém sabem que não há solução, essa é a única saída.

–Eles respeitão muito o que você diz. – Ted diz depois de algum tempo que todos haviam saído.

–Somos uma equipe, todos são respeitados e ouvidos. – Respiro tentando me acalmar, arranco a perua que me incomodava e começo a anda e a observar o local enquanto não recebia notícias dos outros. – Dig disse que você chegou à conclusão de que esse... – Torço os lábios em desgosto, não sabia ao certo que nome dar a ele. – Cara que está tentando me matar, ele mata vigilantes, mas o porquê que ele quer a mim? – Essa pergunta rondava a minha cabeça. – Eu apenas ajudo a distância, quase sempre estou sentada a salvo de qualquer perigo.

–Quase. – Grant dá um sorriso. – E de uma maneira muito peculiar Felicity isso te torna uma vigilante muito mais eficiente que qualquer um de nós já foi, é ou vai vir a ser. Você nem ao menos precisa se dar ao trabalho de sair do lugar para atrapalhar a vida de muitos por ai. – Eu fico constrangida com o elogio.

–Como você chegou a essa conclusão?

–Que você é uma vigilante? Bem...- Ele começa mas eu o interrompo.

–Não, que ele atacava apenas os vigilantes. – Pergunto, mas parece não estar à vontade a falar.

–Tenho as minhas fontes, do tempo em que eu estava nesse negócio. – Não se aprofunda, e eu sei que devo deixa-lo em paz, mas não posso e continuo o encarrando. – Tem esse cara em Gothan e ele enfrentou esse vilão, Onomatopeia. – Eu olho estarrecida, que espécie de nome é esse?

–Vilanifico estava ocupado e então ele pegou um termo gramatical com codinome? – Que doideira!

–Ele tem esse nome por reproduzir os sons do ambiente, como disparo de arma, barulho de micro-ondas a porta rangendo...

–Torneira aberta? – O questiono e ele assente. E nesse momento chiado como de televisão não sintonizada pode ser ouvido, e aquilo me gela o estomago. –Fala que não é como aquela fita cassete do Chamado? – Ted se põe na minha frente de onde o som tinha vindo, mas de trás de mim um som de papel sendo rasgado se propaga, fazendo todos os pelos do meu braço se levantar, Grant troca de posição, agora o som era de lata caindo, mais longe e de repente uma fisgada na minha perna e eu estou no chão, ao mesmo tempo que uma flecha cruza o espaço e crava em um canto pegando o ombro de um homem que não estava lá a dois segundos, e assim como surgiu desapareceu, mas eu não estava o vendo, meu olhar foi em sentido a quem disparou a flecha e eu deveria estar delirando, talvez já tivesse perdido muito sangue, não, não poderia ter perdido muito sangue, eu tinha acabado de levar o tiro, mas o tempo tinha parado, por que do outro lado da galpão Oliver vinha correndo para mim. Acho que não fui acertada na perna, talvez no peito e Oliver tinha vindo me buscar em minha morte.

–Felicity? – Sua voz era torturada pelo medo, ele não podia estar com medo, eu não estava, Oliver estava comigo, não tinha medo que resistisse a isso.

–Você veio me buscar? – Minha voz saiu mais forte do que eu esperava, e ele apenas deu um sorriso triste.

–Eu prometi que eu voltaria. – Fez um carinho em meu rosto me fazendo sorrir feito uma criança na Disney.

–Vai doer? –Murmuro para ele segurando sua mão em meu rosto.

–Felicity, você não vai morrer. –Me garante rasgando um pedaço de sua camisa antes de fazer um tourniquet em minha perna.

–Já sei, eu estou no nimbo, entre a vida e a morte. –Concluo sentindo meu corpo ser erguido e uma fisgada forte em minha perna. –Você é tipo um aparador espiritual?

–Acho melhor você se poupar Felicity. –Responde me segurando em seus braços. O engraçado é que minha morte não era nadinha judaica.

–Não, preciso falar! –Protesto sentindo minha cabeça rodar.

–Não, não precisa. –Responde com seu habitual mal humor e eu sorrio o olhando admirada, tentando gravar cada parte de seu rosto em minha mente.

–Você é tão lindo, mesmo quando estava vivo, não parecia ser de verdade. –Suspiro tocando seu rosto. –Eu deveria ter dito isso mais vezes, é tão libertador! –Ele sorri mesmo com toda aquela preocupação em seu rosto. -Deveria ter dito o quanto eu amo você. –Ele para de caminhar e me encara parecendo surpreso, vejo um sorriso tímido aparecer em seus lábios, seus olhos se perderem nos meus por alguns instantes. Era como se ele tivesse esquecido onde estávamos o que me faz dar risada em meio a dor. –Tão bobinho. –Eu puxo seu rosto mais para perto. –Mas ninguém se importa, por que você é muito gostoso. –Sussurro como se fosse um segredo e vejo seu rosto ficando vermelho.

–Você está delirando. –Murmura com os olhos brilhando.

–Não! –Protesto. –Eu estou morrendo! –Corrijo.

–Felicity. –Me olha cético, erguendo uma sobrancelha para mim. –Você levou um tiro na perna, ninguém mais morre por isso hoje em dia!

–Para onde você vai leva-la? –Escuto a voz de Ted que vinha correndo atrás de nós.

–Um hospital. –Oliver responde impaciente.

–Não pode!

–Espera! –Grito sentindo agora minha perna queimar e a dor se intensificar. –Você consegue ver ele? –Pergunto ao Ted que me olha confuso confirmando.

–Pela última vez Felicity, eu estou vivo! –Faz sentido, um aparador espiritual não me carregaria nos braços ou rasgaria a própria camisa... Minha cabeça gira por um segundo e sou invadida por dezenas de sentimentos conflitantes.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então galera, sei que o reencontro não foi exatamente o que esperavam, mas nos contem o que acharam! Bjs