Epitáfio escrita por Sweet rose, Thaís Romes


Capítulo 25
Aquele da voz da experiência.


Notas iniciais do capítulo

Hello guys!
Bom, acho que talvez esse capítulo tenha algumas respostas para as perguntas de vocês, ao menos para a mais frequente nos comentários. Esperamos que vocês gostem! Bjs



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OLIVER

Ouvir a voz daquele maníaco despertou o pior que há em mim, o que nessa altura era muita coisa. Sinto o sangue em minhas veias entrar em ebulição. Tudo passa diante dos meus olhos, Sara morta, Thea tendo sua alma partida e uma espada atravessando meu corpo. Todas as merdas que esse demônio fez.

‘Eu salvei a vida do Oliver. Vocês precisam me ajudar.’ – A voz daquele infeliz era desprezível mesmo pelo comunicador.

‘Você colocou a vida do meu irmão em perigo, por sua culpa temos que nos preocupar com a Liga, por sua culpa eu matei uma amiga.’ – A voz de Thea era repleta de ódio e magoa. ‘Ninguém aqui te deve nada.’

‘Eles não viram atrás de mim somente, quanto tempo até trazerem a justiça cega deles a Starlling? Quando isso acontecer ninguém estará livre de tudo o que podem fazer.’

Quando e se, esse dia chegar, nós lidaremos com eles. A nossa maneira.’ – A voz de John parecia um trovão, sei que ele estava se controlando para ele mesmo não espancar aquele idiota. Eu estava agora a três quarteirões do clube, e acelerava até aonde minha moto aguentava, o que era muita coisa.

‘Vocês não conseguiram deter o meu plano por inteiro, mal detiveram o exército do Slade acha realmente que tem capacidade de derrotar Ra’s? Isso nunca vai acontecer.’

‘Iremos derrotá-lo Merlin, pode correr e se esconder como o rato que é. Agora saia daqui.’ – John parecia a ponto de explodi-lo.

‘Isso não acabou.’ –Sua voz queima meus ouvidos como um veneno queimaria minhas veias.

‘Típica fala de vilão, só faltou a risada maligna.’ –Felicity tenta amenizar o ocorrido, mas sei que também ficou abalada.

Paro a moto a tempo de ver Malcom sair por uma das portas do clube, nem mesmo se deu o trabalho de sair de uma maneira mais discreta, desgraçado. Desço da moto e o encaro, eu tinha gasolina correndo nas minhas veias e só estava precisando de uma faísca. –Você! – o pego pelo colarinho do terno elegante que usava, e o prenso contra a parede. – Você vai ficar longe da minha irmã. Vai ficar longe da Felicity, vai ficar longe de todos nós! –minha voz era baixa, ameaçadora.

–Ou? O que você vai fazer? Você me deve Oliver, está vivo por que eu te salvei. – e era o que precisava...

–Eu morri por sua causa. – Dou um soco em seu rosto. – Minha irmã matou, por que você a drogou. – e outro em seu estomago, Malcom toma posição de luta e eu iria adorar isso, precisava de algo em que descarregar a minha fúria, e foi ótimo ele se voluntariar para o trabalho. – Você conseguiu deixa pior, o que já era difícil. – Ele soca meu rosto e sinto o gosto metálico de sangue em minha boca.

–Você foi fraco, eu esperava mais de você. Meu erro foi ter apostado no cavalo errado. – cuspo o sangue, mas não sei se era o sangue ou aquelas palavras que estava expelindo.

–Vamos ver o quão fraco eu sou. – Chuto sua perna esquerda fazendo com ele caia de com ela de joelho, aproveito para dar uma joelhada em seu queixo, tenho certeza que quebrei alguns dentes, sorrio com a ideia.

Malcom levanta, e quando tento dar um soco em seu rosto ele se esquiva pegando o meu braço e me lançando no ar, caio de pé e antes que ele me ataque chuto suas costelas, vejo que ele perdeu o ar, então concluo que no mínimo duas costelas tinham sido pelo menos trincadas. Quando estava para dar o último golpe, um cabo se prendeu em meu punho, me impedindo o movimento.

–Você não vai querer seguir por esse caminho.

JASON

Confesso que queria ver até onde aquilo iria parar, seguir Oliver Queen não era o meu esporte favorito, mas vê-lo era como ver um pouco do que aconteceu comigo, em escala menor por que Oliver tinha algo a se apegar, na verdade, ele tinha muito a que se apegar. O que não era o meu caso, nem de longe. Mas não deixava de ser uma interpretação de mim mesmo, e sabe como odiamos ver os nossos erros, mesmo na pele dos outros.

Não podia interferir. Então fiquei assim por alguns dias, Oliver levava alguns bandidos para o hospital, obvio que estava perdendo o controle, ao menos nas ruas. Mas quando estava com Thea, Felicity e os outros (o que já era um avanço), Oliver voltava a ser o que deveria, o descontrolado sobre controle. E querendo ou não, os bandidos estão indo parar no hospital por isso, já que sem isso, eles iriam parar direto no cemitério, com uma parada anterior no IML da cidade.

Então a meu ver estava tudo tranquilo, mas não sou bom e julgar tranqüilidade. Um terremoto de sete graus para mim seria um ótimo dia para ir ao parque, se eu fosse a parques... Como disse, estava tudo tranqüilo, até ver Oliver arrancar pela cidade em uma velocidade que deixaria Dick orgulhoso. Por que mesmo eu estou citando esse idiota?

De qualquer forma, eu o segui por cima, pulando os prédios e quando por fim cheguei, Oliver estava bem mais parecido comigo do que deveria. -Você não vai querer seguir por esse caminho. – Puxo seu braço. Ele para e só então parece notar o quão próximo havia chegado.

–Você não entende. –Oliver usa um dardo para soltar a minha corda que prendia seu braço. Larga Merlin de qualquer jeito e sobe em sua moto.

–Vai por mim, precisa descer e se acalmar. E só vai conseguir com o pessoal lá de baixo. – Respondo pegando o braço de Merlin e o levantando.

–Não posso ficar lá em baixo assim. –Olha para as mãos como se a qualquer momento fossem explodir.

–E exatamente por esse motivo. – carrego Merlin até o porão por que Cave é um nome muito idiota. Quando chegamos todos se voltam para nós, Oliver tinha a cabeça baixa e eu segui com Malcom para a maca, seguido por Diggle que começou a fazer os curativos no farrapo que Merlin tinha se tornado.

–Oliver fez isso? –me pergunta em tom baixo, com a voz cheia de incredulidade. E eu apenas aceno afirmativamente com a cabeça.

Por um longo período a sala fica silenciosa, apenas o barulho do metal a onde estava o material para os curativos de Merlin era ouvido. –Você está sofrendo com os efeitos do poço. – resolvo quebrar aquilo que estava entre o monótono e o esquisito.

–Como sabe o que o poço pode fazer? – Thea vem até mim intrigada.

–Por que já dei um pulo de cabeça naquelas águas revigorantes. – Sorrio com escarnio enquanto dou o último ponto em Merlin. – Sabe o lance de estar morto que todos falam? –dou de ombros. - Bem, de fato estive. E tipo, com muito estilo. – Me olham como se eu fosse uma bomba preste a explodir, o que de fato eu sou. Não posso admitir isso para o mundo, mas admitir isso para mim mesmo é o que eu faço todos os dias na frente do espelho. – Morri a golpes de um pé de cabra, desferidos por um palhaço alucinado. Sem falar na bomba que o insano utilizou para finalizar o serviço. – sei que não sou muito de falar disso, mas Oliver tem um motivo para ser ele novamente, por mais difícil que a jornada se mostre, eu vou ajudá-lo. Mesmo que para isso tenha que o colocar em uma caixa e manda-lo por esse caminho pela FEDEX. – Isso que vem passando são efeitos das águas do poço, ela não altera apenas o seu corpo, o curando, ela mexe com a sua mente. Ao menos é nisso que acredito. – Oliver senta em uma cadeira enquanto Thea se apóia na mesa e Felicity parecia perdida, sem ação a tomar. – Mas o fato de sua alma ter saído de seu corpo e provavelmente ter ido para lugares complexos de se entender... – Faço aspas para a palavra complexos, já que fé é igual à time de basquete, cada um tem o seu. – não deve ajudar quando ela retorna para o seu corpo.

–Você está dizendo que isso não tem saída? – Diggle parece incrédulo.

–Não tem saída. – afirmo. – Para aquele que o espirito foi corrompido nunca há saída. Mas não acredito que o Espirito de Oliver tenha sido, ele foi torturado, sofreu várias feridas, mas não mudou quem é. – me viro para Oliver. – Você luta pelas mesmas coisas que antes, e o seu centro continua sendo o que era antes. – Indico com a cabeça Felicity e Thea. –Seu espírito não foi maculado, só vai levar um tempo até se curar.

Saio por uma das portas. Aquilo era verdade, Oliver voltaria a ser ele de uma maneira que nuca iria acontecer comigo. Sinto os primeiros pingos de uma garoa que começava a se fazer na cidade, levanto o meu rosto sentindo aquela água fria lavar minha face. – Nunca mais senti a chuva como deveria. – Minha voz ressoa no vazio.

“Tudo queimava, meu sangue parecia ferver em minhas veias, eu sentia dores em cada pedaço do meu corpo. Minha cabeça era um emaranhado de cenas desconexas. Uma luz forte parecia apagar tudo o que eu fui em minha mente. Puxo o ar em meus pulmões, mas o que sinto e a ardência da água que parecia se juntar ao fogo que tinha dentro, e ao invés de amenizar o calor parecia se tronar ácido e queimar ainda mais tudo dentro de mim. Em um pulo emerjo e percebo que eu estou cercado, mas quem eu era? E por que tudo aquilo em volta de mim? Me livro de todos no caminho, não sei como, mas simplesmente os tirei da minha frente um a um. Só paro quando cruzo uma porta gigante e gotas de chuva molham o meu rosto. Onde eu estava? Era uma pergunta que me seguia por todo o caminho de fuga, uma fuga que nem sei o porquê. Mas o que mais me atormentava era saber, o que eu era?”

FELICITY

As pessoas, a literatura e mesmo as religiões, nos ensinam que o amor é um sentimento poderoso, capaz de coisas impossíveis. Esse sentimento sem forma, que age no silencio até conseguir seu espaço, se instalar em alguém, e então nada mais passa a importar. Ele se torna o centro, vira um sol particular, e a pessoa infectada por esse super vírus divino, passa a ser o planeta. Apenas um planeta que gira em torno dele, que se move em volta do sol. Acontece que meu sol está sofrendo um eclipse nesse momento.

O silencio se estabelece em toda a caverna, Thea tem seus olhos perdidos e seus braços em volta do próprio corpo. Diggle olhava para Malcom inconsciente sobre a maca, com a expressão indecifrável. Oliver estava sentado de cabeça baixa, ele olhava para as próprias mãos, como se estivesse escorrendo sangue delas. E eu, bom, não sei o que fazer, pela primeira vez em minha vida me sinto sem palavras, tenho medo de abrir a boca e tudo desmoronar, em um segundo.

Mas começo a pensar a respeito do eclipse, e percebo que isso se parece muito mais com um meteoro, um grande, enorme meteoro de gelo que tenta apagar a chama do meu sol. Esse pensamento faz com que uma força da qual nunca tive conhecimento tome conta de mim. Me levanto e vou em direção a John, que me olha esperando apenas um comando.

–Leve Malcom, o deixe no covil do mal onde habita. –murmuro em voz baixa, mesmo consciente de que o ouvido dos Queens eram treinados, queria que tivessem o maximo de paz que puder proporcionar. –Acha que ele pode ir? –meus olhos são temerosos. Dig me puxa para um canto da caverna mais afastado, me olha compreensivo.

–Tem no mínimo duas costelas quebradas. Ele precisa de um médico, um médico de verdade. –sussurra. –Tudo o que eu queria era deixá-lo morrer aqui, mas não somos assim.

–O que vamos fazer então? –já sentia o pânico tomar conta de mim.

–Tem uma opção, não sei se Oliver e Thea vão concordar com ela. –respira fundo, cansado.

–Me conta.

Dig me explica seu plano, ou sua saída, que a meu ver é um nome mais apropriado para o que estávamos prestes a propor aos irmãos. Paro em frente à eles tomando coragem para começar a dizer. Oliver e Thea parecem notar nossa presença e levantam os olhos para nós.

–Merlin. –me esforço para usar seu nome, no lugar de um dos muitos apelidos que o dei. –Precisa de um médico, mas como ele tecnicamente está morto, não podemos levá-lo a emergência mais próxima. –respiro fundo.

–E por que precisamos o salvar? –para minha surpresa era Thea quem se manifestou. Todos nós a olhamos assustados. –O que é? Ele destruiu nossas vidas, a de cada um de nós. O mundo seria um lugar melhor sem ele. Meu mundo seria melhor sem ele. –seu lindo rosto estava contorcido em uma máscara de fúria.

E quem poderia culpá-la? Malcom Merlin tirou dela o pai, causou uma catástrofe que deu fim na vida do meio irmão, chantageou sua mãe, que por ter sido cúmplice dele quase foi condenada a morte, a usou para matar sua amiga desde... Sempre? E como se não fosse o suficiente, fez Oliver se sacrificar. Listando tudo isso me sinto tentada a acatar sua sugestão, não posso negar que o mundo seria melhor sem Merlin. Mas meu sol está sob ataque, e nada é mais importante do que isso, nem mesmo meu nojo do Malcom.

–É uma boa idéia... –cantarolo. –Mas não, pensamos em outra coisa, Diggle e eu. –aponto para nós dos afim de ilustrar o que dizia.

–Por quê? –Thea me olha como se estivesse a traindo. Não queria ter que fazer o discurso apaixonado, meio que acho isso um tanto brega, mas como não tenho opções, encho meus pulmões de ar e tomo o fôlego suficiente para fazê-lo.

–Por Oliver. –os olhos dele param nos meus, sua boca se abre em um pequeno “o”, me olha como se fosse seu alicerce, e aquilo me dá a coragem que preciso para prosseguir. –E por você Thea. –ela desvia seus olhos dos meus. –Por que Jason disse que a alma dele não foi comprometida, que ele ainda é ele. Por que vou cuidar para que isso não aconteça. Com Oliver, ou com você. –Thea volta a me olhar, vejo o que se parecia com afeição em seus olhos. –Eu sei como é ter... –respiro com cuidado, odeio esse assunto, olho para o teto sem conseguir encarar nenhum deles. –Sei como é ter um pai que não é um pai. É um saco, isso para dizer o mínimo. Mas mesmo eles não merecendo... –meus olhos se enchem de lágrimas, essa era minha caixa ultra secreta e lacrada em minha mente. –Se sentar e vê-los morrer não vai liberar o mundo de um monstro, vai criar outro. Não tem como uma alma sobreviver de algo assim. É como uma hidra, você corta uma cabeça e surgem outras duas no lugar.

–Parece conhecer bem a sensação. –Thea murmura me olhando atentamente.

–É, conheço sim. –uma lágrima escapa e escorre por minha face. –Dig, conte a eles o plano. –peço, pois o nó em minha garganta não me permite dizer mais nada. O plano era simples, entregaríamos Malcom para a ARGUS, eles cuidariam dele, e se fugisse depois bem, se não, o esquadrão suicida ganharia mais um membro.

Saio de lá a passos apressados, nem sei como consegui chegar a boate. Precisava respirar, precisava tampar o buraco, me controlar. Começo a ouvir soluços altos enquanto meu corpo escorre pela parede até chegar ao chão, só então percebo que os soluços são meus. Droga, tento usar minhas mãos para me silenciar, tampando minha boca. Quando sinto os braços de Oliver em volta de mim, e nesse momento era como se ele fosse a única coisa que me segurasse.

–Está tudo bem. –dizia em meu ouvido com a voz que usa apenas comigo. –Vou ficar inteiro, por você e por Thea. Prometo.

Olho para o relógio sobre a minha escrivaninha, já se passava das três horas da madrugada, eu precisava dormir, tinha uma prova importante as onze horas da manhã no dia seguinte. Mas faltava tão pouco para terminar esse dispositivo, e imaginar os avanços que a segurança nacional pode fazer com ele me enche de gás. Sem contar que posso fazer essas provas dormindo, não alteraria nada, ainda assim tiraria o total.

–Okay só mais uma porta a ser destrancada... –murmuro sozinha terminando o que deveria ser a primeira parte do meu programa.

Mas surge um estrondo na janela do meu dormitório, vejo um corpo cair para dentro. Ao me aproximar o reconheço, reconheço meus olhos nele. O homem que apesar de já ter quase cinqüenta anos, parecia ainda um garoto que mal chegou aos trinta, seu porte é atlético e cabelos escuros, como os meus. Ele parecia o mesmo das minhas poucas fotografias, como se não tivesse envelhecido nem um dia. E por mais impressionada que esteja por vê-lo ao vivo depois de tantos anos, algo mais importante chama minha atenção.

–Oi filha. –geme as palavras abraçando o próprio abdômen, que sangrava.

–O que? Como chegou aqui? –eram tantas perguntas que se passavam em minha mente.

–Preciso de ajuda. –o vejo prender um grito de dor.

Foi o suficiente para me despertar, as respostas passaram a não importar mais. O ajudo com dificuldade a se deitar em minha cama, abro o que restou de sua camisa. –Uau, parece que algo explodiu muito perto de você! –exclamo ao ver sua pele queimada em diferentes partes. –Precisa de um médico!

–Não! –quase grita. –Vou ficar bem, tenho algo que pode me curar, apenas preciso que não faça muitas perguntas e dispare essa seqüência na internet. –me entrega um papel com um código criptografado.

Bom, às vezes faço coisas idiotas, como nesse momento. O ajeito da forma mais confortável que posso, colocando mais travesseiros em baixo de sua cabeça e o livrando de qualquer coisa que pudesse encostar no ferimento. E obedeço a primeira ordem que recebo de meu pai a anos.

–Pronto. –falo assim que a seqüência está online.

–Felicity. –estende a mão em minha direção e pronuncia meu nome com um leve sorriso no rosto, como se sentisse falta de dizê-lo, o que me faz sorrir também.

Não sei por que, mas pego sua mão e a levo a meus lábios. Até onde sei ele pode morrer, não quero que morra tendo sua ausência sendo jogada em sua cara em seus últimos momentos. E uma felicidade insana explodia dentro de mim por estar perto dele, ao mesmo tempo em que o rancor e a dor que a falta dele por todos esses anos me causou, fazia com que lágrimas ardessem em meus olhos.

–Eu estou aqui pai. –falo baixinho perto dele. –Vai ficar tudo bem. Você vai ficar bem.

–Me escute com atenção. –seus olhos azuis me fitavam com intensidade, suas palavras eram cortadas por gemidos de dor. –Preciso que saia daqui, tem algum lugar seguro onde possa ir a essa hora?

–Cooper, mas por...

–Shiii! –me interrompe com um sorriso quase inocente, que me deu uma paz que não sei explicar. –Sem perguntas meu amor, preciso que vá, preciso que fique segura. Você disparou um alarme na rede, estarão aqui em minutos para me buscar, não quero que ninguém saiba quem você é minha menina. –ele falava com tanto amor, que me senti mal por culpá-lo por todos esses anos. Balanço a cabeça concordando e ele leva minha mão a seus lábios dessa vez, e os sinto febris contra minha pele. –Você se tornou uma mulher linda. Como sua mãe está?

–Bem, ela está bem. –dou de ombros. –Sente sua falta. –isso o faz sorrir mais uma vez.

–Sinto a dela, a de vocês duas. –a forma como me olha me faz perceber que chegou a hora, deveria ir. –Eu te amo. –sussurra quando me levanto.

–Por favor, não morra! –uma risada escapa por seus lábios.

–Vou fazer meu melhor, prometo.

Saio do quarto com meu coração batendo acelerado. Cooper já dormia quando chego em seu dormitório, então apenas me deito ao seu lado e ele me abraça no mesmo instante, me conforto ali. Orando, como não fazia a muitos anos, para que meu pai sobrevivesse a isso.

No outro dia pela manhã quando volto a meu quarto ele não está mais lá, assim como qualquer vestígio que já esteve. Poderia dizer que foi um sonho louco se quisesse, mas não era apenas ele que havia desaparecido. Meus sistema, ou a primeira parte dele, se fora, assim como meu pai.”


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Notas finais do capítulo

Nos conte galerinha, o que acharam do Sr. Smoak e dessa relação pai e filha? hahaha
Não deixem de comentar, queremos saber a opinião de vocês!
Bjnhos