Epitáfio escrita por Sweet rose, Thaís Romes


Capítulo 20
Aquele que tudo explode!


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas lindas!
Vamos inventar uma musiquinha de desculpas, podem ter certeza. Mas não vamos abandonar a fic, mesmo com nosso horário louco, nós trabalhamos nela sempre que podemos, e as vezes quando não podemos também!
E SRose e eu, queremos dedicar esse capítulo a Renata Lopez, uma leitora linda, que fez um apelo para ter capítulo novo, Renatinha, desculpe a demora flor, adoramos o carinho!
Boa leitura!



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SELINA

Eu tinha gosto de sangue na minha boca, a dor de cabeça era dilacerante, meu corpo todo doía, mas sei a muito tempo passei a encarar a dor com outros olhos, através dela eu posso sentir algo, e durante muitos anos em minha vida eu só tive minha melhor amiga, a dor. Com certeza essa vai ser a pior ressaca da minha vida. Eu sentia um peso em meu estomago, e era uma sensação boa o que era raro devido o meu estado, abro os olhos aos poucos, e vejo sua testa encostada em minha barriga.

– Ei bonitão! – Minha voz é grogue devido os medicamentos que eu sei estavam percorrendo o meu corpo. Ele levanta o olhar e sua expressão é seria. – Por que tão bravo? – Tento fazer graça e pela primeira vez o sorriso que surge em seu rosto não me assusta, acho que nunca tinha visto ele dar um sorriso verdadeiro até aquele momento, por que aquilo sim era um sorriso, o resto eram apenas mascaras, muito diferente da encenação de mais cedo. – Ficou feliz em me ver garotão? – E pronto, lá se foi o sorriso de que eu havia gostado tanto.

–Você não podia ter feito isso, quase se matou. – Seu olhar era duro como sempre, o que me fez suspirar de frustração, e isso aumentou a dor, mordo a meu lábio inferior para evitar soltar um palavrão.

–Fiz o que precisava, e você não teria feito diferente. – O acuso encarando o teto do que eu supunha ser o esconderijo do Arqueiro. – Não me venha com falso moralismo, por que não lhe cai bem morcego. Agora se vai ficar me criticando é melhor ir para o hotel dormir, assim pode me criticar à vontade enquanto eu não preciso te ouvir. – Me viro para ele que estava encostado no encosto da cadeira, sua face em nada tinha alterado.

–Sabe o que ele tinha me tirado, o que acha que eu senti quando te vi aqui desacordada sabendo que tinha sido aquele desgraçado que tinha feito isso com você. – Sua voz era cheia de emoção, mas aquilo faz com que eu me lembre com quem estava lidando.

–Eu já te disse que não sou ela, não vou ser ela nunca, não sou meiga e calma, não sou indefesa. Eu sou diferente e sabe bem disso. Não renegue ela das suas lembranças, mas não me compare, que nem mesmo a cor de cabelo é igual. – Tento me levantar, mas a dor é forte e me faz voltar para a maca. – Merda! – Não consigo evitar a cara de dor que sentia.

–Fique deitada. – Bruce tenta fazer com que eu volte a me deitar. –Precisa dormir, seu corpo vai começar a acelerar o processo de cura, mas não quero que fique seqüelas.

–Vá você dormir. E eu não tenho super cura ou sei lá como se chama. – Digo sem paciência, seu olhar fica duro e ele realmente se levanta, vai até um local mais afastado a onde pude perceber uma cama. Tira a parte de cima do seu uniforme e senta na cama.

–Não quero brigar Selina, não quero mais. –ele leva as mãos a face passando-as por seu rosto como se isso tivesse o poder de afastar o que ele sentia, cambaleio até estar a sua frente, e por instinto Bruce me ajuda a sentar ao seu lado.

–Você se lembra daquele hotel que comprou para mim e Hong Kong depois que eu te ajudei com as jóias do Falcone? –vejo um pequeno sorriso se formar em sua face.

–E você nem mesmo assim se deixou persuadir. –ele se vira olhando em meus olhos. –Preferiu me seguir a campo do que ficar e desfrutar de seu presente. –dou de ombros desviando meu olhar, para que ele não percebesse o motivo real da minha recusa.

–Sabe como é morcegão, sou do tipo que prefere diamantes.

–Ao menos é o que espera que eu acredite. –afirma me pegando de surpresa.

–Não somos assim, não falamos essas coisas. –me deito com dificuldade na cama e Bruce se deita ao meu lado de barriga para cima com o braço esquerdo atrás de sua cabeça e o direito esticado, tocando no meu às vezes enquanto nós dois encarávamos o teto, esperando que o clima pesado se diluísse no ar. –Sinto falta de sexo. –falo logo a primeira coisa que me vem a mente, e dá certo por que escuto a mínima risada vindo dele.

–Não está em condições para isso.

–Não disse que queria fazer, disse que sinto falta. –corrijo.

–Por que preferiu lutar ao meu lado Selina? –mordo meu lábio incomodada, o que deu nesse homem hoje? Deus, parece que ele assumiu a pose Bruce Wayne assustador, mesmo sem ninguém por perto. Ou talvez ele esteja sendo apenas ele, meu coração bate acelerado em meu peito e eu tento manter a mesma postura com dificuldade.

–Para o maior detetive do mundo, você faz muitas perguntas. –esquivo.

–Quer que eu me porte como detetive com você? –dou de ombros em resposta, mas meu maxilar está rígido no momento. –Como quiser então. –sua voz era desprovida de qualquer emoção nesse momento. -Uma mão sua está segurando firmemente a outra, o que indica que você quer me tocar, mas não vai fazer isso até que eu faça primeiro. As pernas cruzadas mostram o quanto está afetada por minha presença. Seu maxilar travado indica desconforto e incerteza, você quer tanto quanto eu dizer em voz alta o que guardamos por anos, mas assim como eu, conhece as conseqüências disso. –sinto seu corpo se virar em minha direção e uma lágrima escorre por meu rosto, me movo de propósito, sem sair da posição que estava, apenas para sentir dor, a dor que colocaria minha cabeça de volta no jogo.

–Hum. –tento em vão abafar o gemido causado pela fisgada em meu ombro. –Acho sexy quando você dá uma de psicólogo.

–Mais um indicio, o sarcasmo, você faz isso para me manter afastado, assim como eu tenho meu silencio para te afastar. Mas isso não acontece não é verdade? –sinto sua mão começando a passear por meu braço bom, em minha barriga e na base inferior do meu sutiã. –O jogo de gato e rato tem durado por todos esses anos, mas não é por que antes você era uma ladra e eu um herói, não foi por que você se tornou heroína e uma parceira valiosa. A verdade é que sempre foi você Selina. –agora sua mão brincava habilidosa com meus seios, de forma que eu precisava morder meus lábios para não gemer, dessa vez não por dor. –Todo o resto foram steps. Consegue dizer o mesmo? –minhas mãos agarram o lençol da cama.

–Bruce... –sussurro seu nome em meio a uma enxurrada de sentimentos. Suas mãos descem até o cós de parte inferior do meu uniforme, e eu me xingo mentalmente por fazer algo tão colado assim, mas ele é o Batman, e de uma forma que eu não sei explicar sua mão se encontra entre minhas pernas, sob minha calcinha. –E nossas regras?

–Para o inferno com essas regras. –diz continuando a me acariciar. –Quase te vi morrer hoje, então que as regras se danem. Pode falar o que nós dois sabemos, ou eu arranco de você. –ameaça.

–Se eu disser em voz alta vai mudar tudo, para sempre. –respondo em meio a gemidos de prazer.

–Passou da hora, e eu acabei de dizer. As coisas já mudaram. –sua voz rouca, somada a suas caricias, estavam me levando a loucura, quando pensei que enlouqueceria ele abocanha meu seio, sem nenhum aviso me fazendo soltar um gemido alto, seguido do primeiro espasmo do meu corpo. –Fala. –ordena entre dentes, e não consigo evitar, sinto meu corpo explodir em prazer.

–Sempre foi você. –digo atingindo o êxtase.

Ele tira sua mão do meu corpo no momento em que minha respiração se acalma, e volta a se deitar a meu lado da mesma forma de antes. Eu começo a deslizar minha mão esquerda que estava perto de seu corpo por seu abdômen, mas Bruce a segura, e a leva a seus lábios, depositando um beijo na palma.

–Hoje eu só quero uma coisa de você. –fala se virando de lado para me olhar, e eu viro apenas a cabeça com cuidado para ver seus olhos azuis emoldurados por seus cílios negros e grandes.

–Qualquer coisa. –respondo e ele me beija, sem o fogo de sempre, apenas um beijo lento e cheio de sentimentos, mais puros do que os com que estou acostumada, mas nada me impede de me acostumar a esses. –Agora responde minha pergunta. Por que preferiu lutar a meu lado, a uma fortuna que você sabia que ganharia com aquele hotel.

–Eu não acabei de responder?

–Quero ouvir com todas as letras. –seu olhar era como fogo sobre mim.

–Nenhum dinheiro no mundo vale mais do que sua segurança.

–Então agora entende o que me fez passar essa noite, se colocando em risco daquela forma? –ele espera resposta, então aceno apenas confirmando. -Não é diferente comigo Selina, e não quero que faça isso outra vez, nem mesmo para me salvar.

–Claro que eu vou fazer. –Bruce suspira cansado, mas quando eu penso que ele começaria a gritar me chamando de irresponsável e mais algumas coisas, ele sorri, com o que se parece muito com admiração em seu olhar, e me beija mais uma vez, calmo e lento.

–Obrigado. –diz entre meus lábios.

FELICITY

Oliver me olhava com expectativa, sei o quanto ele esperava uma resposta minha, sei o quanto eu precisava falar, mas não sabia ao certo o que dizer. -Oliver, eu... – E um barulho estrondoso me interrompe, Oliver me tem presa em seus braços em forma de proteção.

–Que inferno foi isso? – diz me largando e sai em direção ao som. – Fique aqui. – fala quando me vê o seguindo.

–Até parece. –Ele abre a boca para retrucar, mas eu o impeço. – Se isso for uma distração, quando você voltar aqui para cima eu posso estar degolada no carpete do quarto, tem noção como vai ser ruim limpar o carpete? – Ele franze a cara, acho que por imaginar a cena. - Eu posso te assegurar, até hoje eu tenho mancha de sangue no estofado do meu carro, por sinal... Obrigado por isso.

–Ok, mas fique atrás de mim. – Eu reviro os olhos com a colocação, mas prefiro não falar nada, o que diabo ele pensa que eu faria? Correr cantando o ultimo sucesso do Maroon 5? Capaz.

Quando chegamos na sala todos os vidros, tanto os das janelas, portas, espelhos, e até mesmo um copo que estava em cima da mesa de centro, estavam estilhaçados. – O que foi isso? –sussurra olhando em volta, quase em choque.

–Foi aquilo. – Aponto um objeto no lado de fora da janela. – Eu não posso ir lá. – Mostro os meus pés descasos, na verdade não só os pés, eu ainda estava envolta com o lençol. – Mas acho que é um dispositivo de alta frequência, só isso para fazer esse estrago todo. Você sabe quem foi? – Ele passa entre os vidros e pega o objeto que mais parece um disco de hockey, e traz até mim. – Isso parece ser militar Oliver, mas nada que seja da ARGUS.

–Coloca uma roupa. – Oliver não está mais bravo, agora ele está temeroso, se não o conhecesse diria que isso é medo. – Vou ligar para Thea e pedir para ela passar à noite na casa do Roy, e nós vamos para um hotel. – Era obvio que não estava para contestação, e depois disso, eu não queria contestar. Subo as escadas com Oliver em meus calcanhares, coloco um vestido que iria usar no dia seguinte enquanto ele olhava as janelas como se algo fosse invadir o meu quarto a qualquer momento. Saímos pela cidade, Oliver parecia um neurótico olhando para todos os lados, quando paramos em um hotel. Ele fez a reserva para um quarto simples, e para não dar muito na vista éramos um casal, não que nunca tivéssemos dividido uma cama antes, e nas devidas circunstancias e esse nem era um problema, mas eu via como Oliver parecia estar a ponto de explodir.

–Acho melhor mandar uma mensagem para o John, avisando que estamos aqui. – Ele apenas concorda com um aceno de cabeça e se senta aos pés da cama após olhar todos os cantos possíveis do quarto. – Você parece a ponto de explodir. – Tento fazer graça enquanto terminava de digitar a mensagem e seus olhos estão profundos.

–Por que estou. –responde rígido. -É melhor você se deitar Felicity, precisa descansar.

–Mas e você? –pergunto preocupada.

–Alguém precisa ficar de guarda, não dá para confiar, não sei como eles estão te monitorando. –Oliver tinha o maxilar travado, percebo algo brilhar em sua mão.

–O que é isso? –questiono andando em sua direção.

–O dispositivo que usaram para quebrar os vidros da minha casa, peguei um deles antes de sair. –ele responde com os olhos fixos no objeto. –Sara usava algo semelhante à isso, lembra o dia que ela me salvou da emboscada de Laurel?

–É verdade, acha que isso é obra da liga dos assassinos? –não entendo como não cheguei a essa conclusão antes.

–Não, consegue ver esse símbolo? –ele me mostra um pequeno globo terrestre com uma cruz invertida em baixo.

–Sim, satanismo? –digo alarmada e o menor dos sorrisos surge nos lábios de Oliver.

–Não.

–O que é então?

–Algo em que não queria que você estivesse envolvida. –Oliver desvia seus olhos dos meus. -Agora vai dormir, amanhã veremos como isso fica.

–Ao menos se deite aqui. –peço tocando a cama ao meu lado, nunca assumira em voz alta, mas tudo aquilo me deixou aterrorizada, sentir no mínimo a presença dele ao meu lado me faria sentir de alguma forma segura. Oliver se levanta sem hesitar, coloca uma faca na mesa de cabeceira e se deita ao meu lado. –Obrigada.

–Okay. –dispensa o agradecimento me puxando para deitar em seu ombro. –Durma, vou estar aqui quando acordar.

–Promete para mim? –pergunto já sentindo meus olhos pesados, e relaxando ao som das batidas compassadas de seu coração.

–Sempre.


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Notas finais do capítulo

Pessoas, não esqueçam de comentar, e deixar a opinião de vocês, isso nos motiva, e quanto mais motivadas, mais inspiradas ficamos e mais capitulos novos vocês ganham!
Bjs



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