Amanheceu, e Kristen estava agarrada a mim ainda, olhei para o lado e Adwale estava ao rindo ele tava usando o mesmo manto de ontem.
– Vocês são um casal bem bonitinho
– Hã...?- Kristen começa a acordar e olha o Adwale e desgruda um pouco de mim
– Ed... você pode sair?
– Ed? Você escolheu esse apelido pra mim?- Perguntou Adwale
– Só saia- Eu insisto
– ok ok - Ele sai bufando do quarto
– Bom dia Olie... – Kristen da um bocejo pequeno e me da um a braço forte e eu acaricio um pouco a cabeça dela- Ta na hora de levantar?
– Sim- Sorrio, ela se levanta ao poucos e sai da cama, tira sua calça e a camisa, ficando seminua na minha frente, eu ficando olhando todos os detalhes do seu corpo, então ela vira e me olha.
– o que você tá olhando? Tarado – ela ri e taca a jeans em mim. Não dói alguém tacar uma trocha de roupa em você, mas quando me acertou aquela jeans parecia uma bola de basquete acertando meu peito com força.
– Ta, não vou olhar - Digo evitando olhar pra ela
– ta. Só não olha muito senhor tarado- Ela diz colocando uma saia jeans e uma regata branca com uma jaqueta jeans e botas e senta ao meu lado, eu sento e arrumo um pouco meu sobretudo improvisado.
– Você ta linda – digo sem querer e sem pensar
– Não gostei... quem escolheu essas roupas ridículas?
– Acho que foi o Ed...- Me levanto indo a minha katana que deixei encostada no armário – Ed? Apelido fofo – rio sentando ao seu lado.
– Vou matar ele, que roupa ridícula. – ela diz bufando.

***

Chegamos ao avião, tudo parecia ótimo, Kristen agora era a copiloto de Adwale, a turbulência era grande mas Ed disse que não era nada de mais.
– Então o que sabemos sobre esse Japonês? Onde ele mora?
– Tóquio- Adwale responde nervoso, pois o tempo estava nublado.
– Ótimo temos que achar um japonês em Tóquio, vai ser moleza. – ela diz virando os olhos- acho mais fácil achar um fio de cabelo em você do que achar esse tal japonês. – ela diz séria, mas eu dou uma risada baixa ali no passageiro.

Depois de algumas horas, pousamos em Tókio, em segurança.

Saímos do avião, pegamos nossas mochilas e me questiono quando saímos dos hangares.
– E se nós nos separarmos?- falo para Adewale
– Você ficou maluco?- Perguntou Adwale- Vamos nos perder
– Talvez você sim, mas eu não. Esqueceu quem me treinou? Preciso de uma foto dele- retrucou, e assim que acabou de falar um homem grande usando uma bala clava passou correndo por nós, e mais três logo atrás.
– Pega ladrão! Ladrão!
Instintivamente Ed começa a correr atrás dos dois e eu e kristen fomos logo atrás, até que o rapaz entra em um beco.
– Me devolva tudo o que você roubou- Pede o japonês do meio ,que era mais gordo que os outros para o cara de mascara, que havia tropeçado e estava apavorado.
– Não encostem em mim, por favor – ele diz encostando na parede, pois era um beco sem saída. Eu Kristen e adewale chegamos no beco, eu avanço um pouco mas o negro coloca a mão em meu peito.
– tens sorte de não sermos radicais pilantra – um menor fala para ele, indo pegar ele pelo colarinho, mas ele segura sua mão, a quebrando e com um pé na parede impulsiona para frente indo chutar o mais gordo mas ele desvia e segura o seu pé, fazendo ele bater na parede. Até Adewale quis avançar, mas o rapaz da mascara levanta em uma cama de gato e puxa do chão um cabo de vassoura e bate na perna do magro, mas ele defende, e ficam se batendo, até que o de mascara bate na canela do magro, depois lança a vassoura nele, fazendo ele pegar e depois dá um soco em seu peito, o fazendo largar a vassoura e o de mascara pegar e bater em sua cabeça. Só faltava o gordo.

– agora é eu e você ladrãozinho – ele diz se posicionando.

– com prazer – quando o mascarado termina de falar isso, em um movimento impossível e incrivelmente rápido vai atrás do gordo e o segura pelas bolas e pelo ombro o fazendo bater com tudo na parede. Quando ele termina o serviço, tira a poeira da roupa e a bala clava e diz cuspindo no gordo no chão.

– falei para não me tocarem – quando ele se vira olha para nós três, em especial a Adewale e arregala os olhos e pega o pacote que ele havia roubado. – Pode pegar moço, mas não me bata, por favor.

– Acha que vou te roubar porque sou negro? – Adewale diz se aproximando dele.

– sim... quer dizer, não! – ele diz nervoso e gaguejando. –só não me bata.

– Acha que farei isso só porque sou negro? – ele diz mais alto, e o japonês cai no chão espantado.

– Acho que deu né Ed? – digo me aproximando.

– Só estava me divertindo – ele diz rindo alto.

– O que querem de mim? – ele diz espantado.

– só conversar, e muito – diz Kristen se agachando – você agora que nos viu não está nem um pouquinho seguro.