A werewolf boy escrita por kreu


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capítulo do ano, uhul.
Só vim aqui para dizer que a partir daqui as coisas irão começar a esquentar, e não estou falando do clima! ;)



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Stiles:

– Quais suas intenções com o garotinho? – perguntei, com os braços cruzados e as sobrancelhas arqueadas. Eu sei que não conseguia ficar sério por muito tempo, porém, estava realmente estranho porque Scott o tratava como seu cachorro de estimação e mantinha sempre o garoto por perto. – Por que está rindo? Hein, não vai me responder?

Tive vontade de rir quando Scott se engasgou com o pedaço de waffle que tinha colocado na boca. A escada rangeu, alertando que Liam estava por perto. Ele inclinou a cabeça para o lado e sorriu com aquele olhar de "sinto muito" que usava sempre que estava satisfeito. Fiz uma cara de mal e lancei meu olhar de "precisamos conversar".

O garoto chegou parou ao nosso lado. Vestindo o suéter preto de Scott que já não servia nele. As mangas estavam dobradas e o suéter ficava um pouco acima dos joelhos. Aquele garoto era tão jovem, não podia ter mais de quinze anos. Tão novo e tão pequeno. Confesso que eu o acho muito bonito, e pelas minhas experiências, Scott também.

Eu sempre soube que quando ele estava se apaixonando por alguém, ele costumava olhar muito para essa pessoa, tentava ficar sempre perto dessa pessoa e ajudava essa pessoa do melhor jeito que conseguia. E assim ele fazia com Liam. Não faziam nem dez minutos que ele estava ali sentado conosco enquanto comia seus waffles sentado na cadeira, como um humano. E não acocado no chão e comendo como se ele fosse um leão e a comida um pedaço de carne suculenta.

Mas era errado. Não sabíamos quem ele era e estávamos com ele fazia poucos dias. Scott não podia estar se apaixonando por ele, principalmente assim, tão rápido. Deveria ser algum tipo de sentimento familiar.

Mais estranho que isso era a aprendizagem rápida do garoto. Tipo, ele estava aprendendo a escrever, mesmo que sua letra fosse horrível e torta, mas ele já sabia muita coisa. Seu modo de agir também tinha mudado. Ele somente comia após Scott dizer que ele podia comer, assim como fez no dia do churrasco, quando o garoto nos achou. Ele não fala, apenas murmura nomes. Ele escova seus dentes sozinho, a única coisa que ainda está sendo trabalhada é o fato de ele não tomar banho sozinho. E ele não toma banho com ninguém mais além de Scott.

Hm, talvez ele tivesse o mesmo "sentimento familiar" de Scott.

Ai meu Deus! Mas isso é tão errado!

– O que houve? – perguntou Scott, então percebi que ele e o garoto ao seu lado me olhavam assustados. – Você está fazendo um monte de caretas. Maluquinho.

Liam riu quando Scott terminou a frase e eu franzi o cenho, ia protestar até que a porta se abriu e Derek surgiu através dela. Eu não podia falar nada se Scott estivesse apaixonado pelo garoto, eu já estava caidinho por aquele cara.

– Desculpa interromper, Kira desmarcou de última hora. Se importa se eu pegar Stiles emprestado? – ele disse, referindo-se à Scott, que apenas respondeu "ele é todo seu, literalmente". Maldito!

Fui até meu quarto, sendo seguido por Derek. Quando entramos, fechei a porta e procurei por alguma roupa. Decidi colocar minha camiseta cinza e um jeans qualquer. Arrumei – ou tentei – meu cabelo que estava uma bagunça, pior que meu quarto. Senti o olhar de Derek em mim, e aquilo me fez corar. Eu podia ver minhas bochechas queimando sempre que olhava para o espelho. Mas uma coisa eu nunca seria capaz de descrever: ele se levantou da cama, eu estava arrumando meu cabelo, ele me segurou pela cintura, ele me virou, começou a mexer em meu cabelo.

Sou iludido? Sou mesmo, e daí?

Meu olhar não encontrava o de Derek, mesmo que eu soubesse que ele estaria olhando para meus olhos. Não podia ficar mais envergonhado. Quando suas mãos se afastaram de meu cabelo, ele murmurou um "vamos lá", saindo do quarto. E eu o segui.

***

Scott:

Derek e Stiles desceram as escadas novamente. Eu e Liam nos entreolhamos e demos uma risadinha. Eles saíram pela porta se despedindo, fechando-a. Assim que eu terminei de comer, levantei e coloquei meu prato na pia, sendo acompanhado pelo garoto ali presente.

– Ei, Liam – ele se virou, me encarando. – Quer jogar lacrosse lá no topo da colina?

Ele assentiu e subiu as escadas, deduzi que ele iria trocar de roupa, o que eu fui fazer. Coloquei uma calça esportiva qualquer e uma camiseta de mangas compridas e desci para sala, onde o loiro já me esperava.

Abri a porta, dando passagem para ele e sai logo em seguida, trancando a porta. Liam conhecia aquele lugar melhor que eu, por isso, quem me guiava até a colina era ele. Se esquivava com facilidade dos galhos, das plantas e da floresta. Ele sorria, às vezes quando via um animal, por exemplo, encontramos um lobo. Parecia um filhote, Liam o afagou, e sorriu. Então o filhote seguiu seu rumo, e nós seguimos o nosso.

Quando chegamos, entreguei à liam um taco de lacrosse e o ensinei à jogar. E devo admitir, ele era muito bom. Rápido e ágil, sempre pegando o disco de metal. E quando trocamos, eu não consegui pegar nenhum disco.

Voltamos para casa, totalmente suados, mesmo que o frio fosse intenso. Dei à Liam uma toalha, dizendo que eu tomaria banho primeiro, mas ele me seguiu até o banheiro, e aí eu lembrei que ele não conseguia tomar banho sozinho.

De alguma maneira, isso me deixou sem jeito. Eu não sabia o que fazer. Eu o deixei entrar no banheiro e ele se despiu. Entrando no box, e se ajoelhando no chão, como fazia sempre que eu lhe ajudava no banho. Então eu fiz o mesmo, retirei minha camisa, sentindo o olhar do garoto sobre mim, retirei o restante de minhas roupas e entrei no box junto dele.

Ele me olhava de maneira inocente, como se tivesse qualquer outra intenção. Talvez eu fosse o único que estivesse com a mente longe ali e eu me repreendi por isso. Liguei o chuveiro, pegando um sabonete e me ajoelhando ao lado de Liam. Começando por suas costas, e então ensaboando o restante de seu corpo. Ele se enfiou em baixo da água quente, retirando todo o sabão de seu corpo.

Graças à Deus, ele faz isso sozinho, pensei.

Eu ri comigo mesmo quando o garoto saiu do chuveiro e balançou a cabeça como um cachorro molhado faz. Então ele saiu do banheiro com a toalha enrolada na cintura e eu pude tomar meu banho sem me preocupar com nada.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Até o próximo, discípulos.