BAD GIRL: Selvagem escrita por Jhuly Panter Kat


Capítulo 8
Chagando na casa da vovó!




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Marina passou a viagem inteira escutando música. Apesar de ser briguenta ela gostava de músicas calmas. Escutou todas as músicas de 5 a seco que tinha no seu celular, Birdy, Coldplay, He is we, Radiohead, Lana del Rey. Mas uma hora cansou de músicas calmas e relaxantes. Ela estava com raiva, irritada e chateada, nem se despediu do pai direito. Ela não queria sentir raiva dele mas querer não é poder, e por mais que não quisesse era impossível já que ele a estava mandando pra Brasília, um lugar que fica tão seco no inverno que com um mero esforço físico você tem hemorragia nasal. Ou seja, ela teria que maneirar nos exercícios físicos o que não era a cara dela. E o inverno estava próximo. Brasília era linda na primavera e verão toda florida verde e graciosa com uma bela vista para o céu sem ter que ir pra algum morra ou coisa do tipo. No entanto no outono e inverno era seca e amarelada. Quente e seco. E não quente e úmido como no Rio. Selecionou então uma música de sua playlist de rock, Psychosocial-SlipKnot e acabou caindo no sono. Sua avó lhe acordou com leves palmadinhas no ombro direito.

–Marina, nós chegamos.

–Hã?! - Disse ela ainda sonolenta esfregando os olhos com a mão fechada, coçou a cabeça e processou o que estava acontecendo, o rock de Metallica gritava em seu ouvido esquerdo, sua avó tirara o fone direito para informá-la sua o desembarque de ambas. -A tá. - Piscou algumas outras vezes tentando desembaçar os olhos.

Saíram do avião e foram para o desembarque. Com o poder que sua avó possuía, elas poderiam ter ido para Brasília de helicóptero, mas aparentemente optara por ir de avião, só que na primeira classe, como era de se esperar de alguém que aprecia o conforto. A primeira classe estava cheia de pessoas. No desembarque um homem, que aparentemente era o segurança ou o motorista, ela estava em dúvida pois ele era alto e robusto, pegou os pertences de Mariana e colocou-os em um carrinho. Ele havia viajado com elas, só que na classe econômica. Obviamente por ser um funcionário.

Chegaram na casa quase quatro horas da manhã. O homem robusto chamado Dante estacionou o carro e tirou as malas da menina do porta-malas. Antônia foi recebida por Sara, a empregada que trabalhava na casa há mais de vinte anos. Seus rosto mostrava sinais de uma vida dura de trabalho e cansaço. Havia olheiras enormes abaixo de seus olhos. A mulher com certeza havia ficado acordada esperando a patroa e a neta problemática chegarem de viajem.

– Sara, preparou o quarto da Mar?

– Sim senhora. Mas acho que o senhor Júlio não vai gostar nada nada disso.

– Eu vou ficar no quarto do tio Júlio?

– Vai e ele não tem o direito de ficar zangado, já que ele quase não vem pra casa, e afinal essa casa é de quem mesmo? - Antônia questionou a pobre empregada que estava mais parecendo um zumbi que qualquer coisa. - E você mocinha, vá para o seu quarto agora. Amanhã sairemos cedo para resolver a sua situação. - Anunciou à neta.

Marina não disse nada, apenas foi para o seu novo quarto. O quarto do seu tio Júlio era o segundo maior da casa. O maior era o dos gêmeos, obviamente por ser para duas pessoas.

Ela sempre gostara daquele quarto de parede brancas e armários brancos. O enorme guarda roupa tinha um espelho tão maior quanto, dentro do armário havia uma porta que dava para o banheiro com uma bela banheira de hidromassagem. Tão luxuosa quanto o resto da casa. Todos os quartos na casa tinham banheiro, mais ou menos o mesmo design com o banheiro dentro do guarda roupa. Menos o de sua avó, ela tinha um grande closet, era a única diferença, além do quarto ser menor que os outros e do mesmo tamanho que o quarto de hóspedes. As paredes tinham a mesma cor que se lembrava azul gelo. O tio havia mantido as decorações de sua ex-esposa, uma penteadeira no estilo colonial branca com um banquinho branco acompanhado um divã azul em frente a cama, uma enorme bancada com armários abertos em cima para colocar livros e outras coisas e gavetas com uma cadeira giratória em frente e uma televisão de 42 polegadas na bancada. Mariana observou todo aquele luxo. A partir de agora ela dormiria em uma cama de casal em um quarto maior que o seu quintal e que a sua antiga sala em Pequenos Filhos. Dante levou suas malas até o quarto. Todos os pertences do tio haviam sido retirados. Mar tirou todas as suas roupas ficando apenas de calcinha,se aninhou debaixo das cobertas jogando uma perna em cima em um amontoado de edredom como se fosse uma pessoa entre elas e dormiu pesadamente. Naquela noite ela não sonhou.

Acordou então com um forte cheiro doce. De chocolate. Mar amava chocolate. Tanto quanto amava Power Rangers, sua mãe e pai, seus amigos e o mar. Revirou a mala procurando por um calça, não estava quente, na verdade estava bem frio, olhou no relógio do celular e eram apenas seis da manhã, mas ela queria provar deste chocolate. Achou a velha calça de malha preta que usava para correr as seis da manhã com seus irmãos aos sábados e domingos quando não rolava alguma festa ou reunião do grupo e colocou o casaco favorito de lã da sua mãe, era soltinho e rosa.

Seu estômago reclamou o atraso na procura de roupa. Ela estava faminta. Desceu as escadas correndo até a cozinha e se deparou com os seus primos que olharam pra ela assustados. Eles não estavam tão magros quanto a sua última memória deles. Eles sempre foram altos e magros, mas agora tinham músculos, e estavam muito bonitos. Na verdade de tirar o folego. Os gêmeos Liam e André eram idênticos a não ser pelo corte diferente de cabelo e pelo fato de que o cabelo de um tinha leves ondulações e o do outro não. Sem contar a pinta que Liam possuía no pescoço e André não. Mar notou que os garotos estavam comendo bolo de chocolate com cobertura de brigadeiro e coco ralado por cima acompanhado por um suco de laranja, muito provavelmente natural que a deixou com mais fome do que já estava.

–O que você está fazendo aqui?- Perguntou Liam pasmo com a presença da prima na casa naquela manhã. Mariana presumiu que eles não sabia o motivo dela estar ali naquela manhã.


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