BAD GIRL: Selvagem escrita por Jhuly Panter Kat


Capítulo 6
Visita ao cemitério.




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Marina e Davi foram até a casa de Amélia, a sobrinha de quatro anos de Matheus. Ele tomava de conta dela quando sua irmã saía pra trabalhar. Ou fazer outras coisas, que ninguém se sabe o que eram, boatos diziam que ela contrabandeava produtos, mas ninguém sabia ao certo que tipo de produtos eram esses. As reuniões com os caras aconteciam naquela casa. Grande o suficiente pra caber vinte marmanjos e uma moça tão forte quanto eles. Na maioria das reuniões rolava briga. Algumas começavam com quem pegou a última esfirra, ou com, eu te vi dando em cima da minha mulher ontem, e era basicamente isso que acontecia nas reuniões, quando alguns dos caras não estavam tão loucões de bebida ou drogados. Como o machismo ainda faz parte da sociedade, a bagunça toda sobrava pra Mariana, mas quem disse que Mariana era passiva quanto ao machismo, esta completamente engando. Mesmo vomitando tripas, os caras tinham que limpar suas bagunças. Ou ela descontava a raiva dela neles. Eles sabiam que não podiam dar uma surra em uma garotinha, principalmente quando ele tem uma cargo na polícia, não um qualquer um cargo de respeito. Se um dos caras a ali a machucasse o suficiente pra ficar roxo, pode ter certeza ou ele estaria pior do que ela ou estaria atrás da grades. A garota obviamente sabia se virar. Já cuidou de quatro caras sozinha uma vez. Seu pai lhe disse que foi um golpe de sorte, no entanto ela sabia da verdade. Ela os batera o suficiente para eles terem medo de chegar perto dela.
–Mar! - Gritou uma pequena figura de cabelos escuros cacheados usando vestido rosa com um laço atrás e marias chiquinhas. A menina correu em direção à Mar que a elevou no ar e rodou com a menina no colo que não parava de rir e gritar. -To tonta! -A pequena gargalhava. Mar desceu ela no chão, pois a menina poderia vomitar se continuassem a brincadeira.
– E aí Mar! O que tá pegando? - Matheus estava encostado no portal da porta da frente com uma lata de coca-cola na mãe esquerda e apoiado no portal com o braço direito. Ele estava sem camisa e usava um bermuda tactel da sete mares.
– Queria que você e o Davi me acompanhasse em um lugar.
– Briga com algum rival? -Perguntou ele todo sorridente. Matheus queria descarregar energia em alguém depois dos acontecimentos de manhã. Estava com os nervo a flor da pele, a coca-cola só o deixava mais agitado.
– Não. É coisa minha.
– Hum. - Ele ficou um tanto desapontado.
– Se você não vier, vai levar uma surra. -Alertou Davi, que estava comendo uma manga, que havia acabado de colher do pé que fica em frente à casa. - Ela esmagou as minhas bolas porque eu me atrasei um pouco.
– Admita. Você mereceu.
– Eu me esforcei pra convencer a Angelica, ok? - Disse ele um tanto indignado. Indignado demais pra Mariana, que já estava pensando em levar consigo uma de suas bolas e usá-la como bola de beisebol.
– Percebi, pelos gemidos.
– Uau! O que exatamente você fez? Agora fiquei curioso. -Disse Matheus com um imenso sorriso e um tanto curioso.
–Depois eu te conto. - Davi lançou-lhe um sorriso orgulhoso. Marina iria sentir falta desses babacas e de suas babaquices.
– O que eu faço com a Ami?
–Leva ela com a gente. - Matheus e Davi se entreolharam franzindo o cenho. Após deram de ombros.
Matheus trancou a porta e o portão e vestiu uma regata branca que destacava seu belo corpo musculoso, nem deixando espaço para imaginação.Enquanto os quatro andavam pela rua, mulheres de odas as idades passavam olhando para os dois e riam pra eles. Até mulheres velhas secavam eles enquanto Amélia andava de mãos dadas com Marina.
–Pra onde estamos indo?
–Cemitério
–Você vai nos matar? -Perguntou Davi em um tom zombatório.
–Não, mas deveria.
– O que exatamente vamos fazer em cemitério?
– Visitar a minha mãe.
Os garotos se calaram em resposta. Mar nunca viera visitar sua mãe no cemitério desde que a mesma morreu. Era a primeira vez em dois anos que ela estava visitando a mãe. Matheus não entendeu porque só agora a irmã estaria visitando o túmulo da mãe. Porém Davi sabia o motivo. E sentia a dor da irmã. Demoraram um tempo até achar o túmulo, poi Mar não se lembrava do local exato.
– Mãe! Eu e os meninos viemos te visitar.
– Oi tia. - Os dois disseram ao mesmo tempo
– Podem me deixar sozinha por um instante?
– Claro. -Disse Davi puxando seu irmão e levando a pequena de vestido rosa em seu colo até uma lanchonete ali perto.
–Oi mãe. - Sentiu seus olhos começarem a marejar. - Eu só vim pra dizer que sinto sua falta e que te amo. - As lágrimas desceram enquanto ela ainda dizia em um tom calmo um tanto indiferente. - Eu não vou pedir desculpas o pelo o que eu fiz, porque eu não me arrependo de nada. Mas queria... - Sua voz falhou. - Eu queria te pedir uma coisa. - Engoliu em seco e secou as lágrimas e assoou o nariz na manga da blusa preta fazendo um rastro de lesma catarro. - Queria te pedir pra cuidar do papai. A única pessoa da qual posso pedir isso é a senhora, já que sabe que eu acredito em espíritos e não em Deus. - Deu uma leve risada irônica daquilo que disse. - Mãe cuide dele e daqueles idiotas ali. - Passou a mão pelo túmulo como se a sua mãe fosse o mesmo, deu um olhar delicado para ele. - Tchau mãe. - Acenou e foi até seus irmãos. E chorou mais um pouco.


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Notas finais do capítulo

Triste né gente. Eu sei que essa história tá um tanto depressiva, mas já já passa. Continuem lendo. Beijocas!



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